ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>Anais :: Intercom :: Congresso Intercom</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span class="quatro"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;01280</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;PP</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;PP09</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;Pacifique-se</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Barbarah Maria Gadelha Freire (Universidade de Fortaleza); Iana Couto Monteiro Lemos (Universidade de Fortaleza); Iara Maria Pereira (Universidade de Fortaleza); Cláudio Henrique Nunes de Sena (Universidade de Fortaleza)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;Anúncio, Publicidade, Responsabilidade Social, Fotografia, Impresso</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O trabalho aqui apresentado se trata de uma peça publicitária criada para a campanha "Pacifique-se", produto da disciplina Redação Publicitária I, do curso de Publicidade e Propaganda da Universidade de Fortaleza. Tendo como objetivo criar um anúncio de revista que tinha como tema geral "Cultura de Paz", abordando de forma mais específica a depressão e os transtornos de ansiedade. As peças seguiram uma metodologia projetual definida durante o início das nossas pesquisas, que partiu do briefing definido pelo professor seguindo à criação do layout da peça, passando pela produção das fotos e dos textos. Baseado nas intenções definidas durante nossa pesquisa e no que foi aprendido em sala de aula, nossa peça atingiu o objetivo esperado.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Durante o curso de Publicidade e Propaganda da Universidade de Fortaleza (UNIFOR), os alunos passam pela disciplina de Redação Publicitária I onde são estimulados a usar de seus conhecimentos adquiridos e criar campanhas que apresentam uma resolução para o problema retratado no briefing. Nesse caso foi exigido que os alunos desenvolvessem uma campanha off-line de cunho social com o tema "Cultura de paz", que tivesse como cliente uma ONG, e que levasse o tema em discussão para um público maior, fazendo as pessoas a refletirem e ficarem atentas ao assunto tratado. A partir daí formaram-se equipes e estas desenvolveram suas estratégias para solucionar o briefing. Dentro das peças exigidas para a campanha estava o anúncio de revista. Para a campanha, a equipe em questão decidiu adotar o conceito "Pacifique-se", uma vez que a abordagem escolhida foram a depressão e os diferentes transtornos de ansiedade. Foi escolhida a ONG Paz sem fronteiras como cliente por seu histórico a favor da paz. A equipe utilizou dos conhecimentos adquiridos durante o curso para produzir o anúncio, utilizando métodos de criação textual, fotografia publicitária e direção de arte.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">As últimas pesquisas da OMS (Organização Mundial de Saúde) trouxeram à tona um importante assunto para a sociedade. Em uma matéria em seu site, a Organização Mundial de Saúde define a depressão como "a principal causa de problemas de saúde e incapacidade em todo o mundo". Movidos por essa estatística, tinha-se como objetivo tocar as pessoas e alertá-las sobre a depressão e outras patologias do tipo. A intenção da peça era mostrar às pessoas, com os sintomas de depressão, que haviam formas de superar a doença. No que diz respeito à disciplina de Redação Publicitária I, o objetivo era seguir o briefing passado pelo professor, criando uma campanha publicitária que abordasse o tema "Cultura de paz". Para Sampaio (1997, p 230), campanha é um conjunto integrado de peças e esforços publicitários ou promocionais. Mais especificamente, precisávamos: Mostrar conhecimento da metodologia utilizada na criação de peças publicitárias. Apresentar um problema a ser resolvido e resolvê-lo através de uma campanha publicitária. Criar um conceito coerente com o tema escolhido pelo grupo. Divulgar a ONG escolhida como cliente da campanha.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Observando os jovens da atualidade, pode-se notar uma crescente pressão para o alcance do sucesso. Parecem precisar ser bem sucedidos, comportamento que vêm trazendo muitas preocupações para as instituições de psicologia pelo mundo. De acordo com a Organização Mundial de Saúde, em uma matéria em seu site, referida na bibliografia deste artigo, afirma que "a depressão é um transtorno mental caracterizado por tristeza persistente e pela perda de interesse em atividades que normalmente são prazerosas, acompanhadas da incapacidade de realizar atividades diárias,(...)". De acordo com o Global Health Estimates (GHE), documento publicado pela OMS para a melhor compreensão da mortalidade e perda de saúde devido a doenças pelo mundo, hoje no mundo existem 322 milhões de pessoas vivendo com depressão. A pesquisa também diz que houve um aumento nesse número entre 2005 e 2015 de 18,4%. De acordo com o documento, esses dados refletem "o crescimento global da população, assim como um aumento proporcional nos grupos etários em que a depressão é mais prevalente". A Associação Americana de Psicologia publica periodicamente o Diagnostic and Statistical Manual (DSM), ou Manual de Diagnóstico e Estatística, onde é definido como é feito os diagnósticos de transtornos mentais. De acordo com o manual existem inúmeras subdivisões dentro do transtorno de ansiedade. Essas são: Transtorno do Pânico, Fobia Específica, Fobia Social, Transtorno Obsessivo-compulsivo(TOC), Transtorno de Estresse Pós-traumático, Transtorno de Ansiedade Generalizada e mais. "(...) no transtorno de ansiedade social, as habilidades de comunicação social desenvolveram-se de forma correta, mas não são utilizadas devido a ansiedade, medo ou sofrimento acerca de interações sociais." (DSM-5, 2013, p.49) De acordo com a OMS, por meio do GHE, houve um crescimento geral da população que sofre de ansiedade estimado em 14,9% entre o período de 2005 a 2015. Na América, os transtornos de ansiedade são mais prevalentes que a depressão, atingindo aproximadamente 6% da população, enquanto a segunda atinge menos de 5%. Esse número porém, é uma exceção, uma vez que a mesma pesquisa mostra que nas outras regiões do mundo a depressão lidera, chegando a estar presente na vida de mais de 4% da população mundial, enquanto os transtornos de ansiedade atingem apenas 3,5%, aproximadamente. Foi escolhida a ONG Paz sem Fronteiras para ser nossa cliente nessa campanha, uma vez que seus trabalhos com cultura de paz abrangem diferentes níveis de cuidados com o ser social. No que diz a este artigo, foi selecionada a mídia revista para a veiculação das peças aqui descritas. Sampaio (1997, p.254) define mídia como "termo utilizado para designar os veículos de comunicação, no seu conjunto ou em particular." O veículo revista foi escolhido por ter um direcionamento mais preciso do público alvo, maior liberdade para falar de assuntos específicos, além de possibilitar o uso de um espaço de uma página completa, possibilitando maiores possibilidades criativas de acordo com Sampaio em seu livro Propaganda de A a Z. Para o autor, a revista possui ainda a possibilidade de ser lida por mais uma pessoa, ou mesmo mais de uma vez pela mesma pessoa, possibilitando assim que a audiência de anúncios feitas nesse veículo seja muito superior à sua circulação. Os fatores apresentados aqui tornam a peça publicitária descrita neste artigo pertinente.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Como todo projeto, seguimos uma metodologia que se dividia em fases, que ajudaram a equipe a organizar as informações e obter sucesso na criação da peça publicitária planejada. Baseando-se nas palavras de Sampaio (1997, p.19), "o mecanismo de geração e realização da propaganda obedece a uma sequência lógica, que pode ser dividida em uma série de etapas (...)", dividimos nosso processo em 6 fases, indo desde a pesquisa acerca do tema até a finalização do layout. FASE 1: Briefing Como diz Waiteman em seu livro Manual Prático de Criação Publicitária, "um briefing bem passado contém, pelo menos, as informações relevantes. Um parágrafo atrás do outro completa um quebra-cabeça de necessidades e requisitos e, ao final da leitura, você sabe exatamente o que o cliente está lhe pedindo para resolver." O primeiro passo nesse projeto foi saber exatamente o que estava sendo pedido no briefing. Para Martins(2004, p.57), briefing "é conjunto de informações mercadológicas que deverão ser passadas à agência para que ela possa começar seu trabalho." Descoberto o briefing, era hora de decidir qual tema central iria ser abordado, tendo como tema geral "Cultura de Paz", definido pelo professor. FASE 2: Definições Na segunda fase do projeto a atenção voltou-se para a definição do target. Para Sampaio (1997, p.274), target é uma "expressão usada para definir o público alvo de um plano de marketing, campanha ou peça de comunicação." As pesquisas feitas apontaram que o problema que a campanha se promovia a resolver se concentrava nos jovens. começou-se a definir as peças que seriam feitas.Foi escolhido uma página completa de revista, por podermos segmentar nosso público e direcionar essa mensagem de forma mais direta. Esse veículo também tem a vantagem de permitir que textos mais longos sejam utilizados, uma vez que é uma mídia estável que geralmente esTendo esse como o público principal da campanha, tá nas mãos do leitor. FASE 3: Conceito Durante as reuniões de brainstorm e levando em consideração as pesquisas que haviam sido feitas sobre o tema escolhido, foi decidido pelo uso do apelo emocional para impactar o target. Segundo Sampaio (1997, p. 228), brainstorming é uma técnica utilizada para gerar ideias publicitárias que "consiste em propor e relacionar todo tipo de associações que vierem à cabeça, sem nenhuma análise sobre sua pertinência, para avaliação posterior. Geralmente é feita por duas ou mais pessoas, em conjunto." Definido o conceito, começaram as definições sobre o tom que iria ser utilizado nas peças. Durante as pesquisas sobre o tema decidido, notou-se que havia uma necessidade de impactar as pessoas, levando à equipe a criar um conceito mais pesado e que deveria ser tratado com um pouco mais de cuidado. FASE 4: Produção Sendo uma página de revista, a equipe teve liberdade criativa em relação à composição, fazendo com que fosse decidido por algo mais visual. Durante as as reuniões de brainstorm foi levantada a ideia de fazer as fotos que iriam ser usadas. Foi decidido que o tom das peças seria mais pesado, então alguns roughs de como queríamos que as fotos ficassem foram feitos, já incluindo aí o layout da peça. Rough, para Sampaio (1997, p.269), é o primeiro dos rascunhos de um anúncio. "Deverão ser feitos tantos roughs quanto necessários até que se chegue a um modelo razoável e convincente.", aconselha Martins (2004, p.118). Para Waiteman (2006, p.20), layout "é uma prévia em baixa definição do que será o anúncio." Após decidir como seriam as peças, a equipe se reuniu no estúdio para a criação das fotos. Foi orientado aos modelos ficarem em posições que tentassem representar angústia e sofrimento. Poses encolhidas e, em sua maioria, no chão foram as escolhidas para as confecções das peças na fase seguinte. FASE 5: Desenvolvimento textual Enquanto pensávamos no layout e, antes mesmo das fotos, fazíamos os roughs, decidimos que seria utilizada uma abordagem mais direta, com intuito de impactar. De acordo com o briefing, deveria ser criada uma campanha que abordasse a cultura de Paz, levando a equipe a criar uma rede semântica que envolvia esse tema e o escolhido como principal: os males que a ansiedade e a depressão têm trazido para a sociedade. Carrascoza (1999, p.52) fala de rede semântica no trecho: "Em torno da palavra espetáculo, por exemplo, tema de um anúncio, orbitam outras que fazem parte de seu universo semântico ( palco, cena, plateia, ato, show etc)." Frases encontradas nas falas de jovens com problemas de baixa autoestima, ou em momentos de crise ansiosa, foram utilizadas como inspiração para a ilustração da peça. A ideia de que a depressão, ou os transtornos de ansiedade, são como "guerras" entre o sujeito e a própria doença, que incapacita e faz com que a fé em si mesmo suma foram pontos de grande atenção também. Pensando nisso, foi criado o conceito "Pacifique-se. Acabe com a guerra dentro de você". Para a composição do texto de apoio, foi utilizada a técnica 1+1 = 3, que FIGUEIREDO (2005, p.18) descreve da seguinte forma: "Funciona da seguinte maneira: a imagem passa uma mensagem que, por si, já é compreensível. O texto, da mesma forma, diz sozinho outra mensagem completa. No entanto, mensagem expressa no texto é distinta daquela apresentada a imagem. Assim, ao ver o anúncio, o consumidor compreende: 1) a mensagem do título; 2) a mensagem da imagem; então, acontece mágica; ao unir o título à imagem, surge uma terceira ideia, mais poderosa que uma e outra separadamente." Diante disso, a peça foi composta por uma imagem, feita pela equipe, e o texto de apoio, criado para dar maior embasamento ao tema que estava sendo retratado. FASE 6: Layout Nessa fase do nosso processo, todo o conceito da campanha estava definido e era necessário colocar tudo que havia sido planejado em prática. Para isso foi utilizado os programas Adobe Illustrator e Adobe Photoshop para a edição das fotos. No Illustrator foram adaptadas as frases escolhidas ao corpo dos modelos, utilizando a técnica de envelopagem (ctrl+alt+c), que transforma a frase escrita no formato que se deseja. Utilizando a caneta (Pen Tool) foram criadas as formas que seriam interessantes para o objetivo da equipe e então aplicadas sobre a pele do modelo, fazendo assim que a frase tivesse exatamente o formato do seu corpo.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span class="quatro"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Na confecção do produto final, foi utilizado prioritariamente o programa Adobe Photoshop. Nesse programa foi criado um arquivo de 21 centímetros por 27 centímetros, que é referente ao tamanho padrão de revista no Brasil. Nele foi as fotos escolhidas, dentre as muitas feitas durante o ensaio fotográfico, e com uso das ferramentas disponíveis foi feito a edição do contraste de luzes e da saturação. O resultado obtido foi uma imagem escura, onde a pele dos modelos se destacam. As fotos feitas pelo grupo contavam com um fundo preto, para ressaltar a pele dos modelos com maior facilidade. O garoto e a garota que posaram para o trabalho usavam apenas roupas íntimas pretas. As vestimentas utilizadas tiveram como objetivo representar a vulnerabilidade que sente uma pessoa com crises ansiosas ou depressão. Para Burtenshaw, Mahon e Barfoot (2010, p.120) "essa é uma fase importante da campanha publicitária: uma fotografia mal planejada ou mal executada enfraquece drasticamente uma boa ideia." No Adobe Illustrator, foram criadas frases que, com ajuda das ferramentas do próprio programa, simulavam o formato do corpo dos garotos. Utilizando do atalho "Copiar" (ctrl+c) e "Colar" (ctrl+v), essas formas foram levadas para o Photoshop e aplicadas sobre a foto editada no Photoshop, encaixando-as sobre a pele dos modelos novamente. Utilizando a ferramenta de mesclagem "Sobrepor", foi criada a simulação de uma escrita na pele dos modelos. As frases utilizadas nas peças aqui descritas eram: "Eu mereço estar sozinha." e "Eu não sou importante." Para chegarmos até essas frases, foi feita um pesquisa de campo no campus da universidade, com o objetivo de retratar fielmente o sentimento de rejeição e solidão que as doenças que seriam abordadas nas peças passavam. A escolha se deu pela repetição das opções entre os entrevistados, onde 3 ou mais pessoas falaram a mesma frase, ou alguma variação dela.O objetivo era criar uma identificação entre aqueles que sofrem das doenças e que pudesse ser reconhecido por pessoas que convivem com alguém sofresse das doenças. Era importante não só informar àqueles que estavam sofrendo, como também alertar as pessoas ao seu redor que essas doenças existem e devem ser tratadas com a devida preocupação. Para Farina, Perez e Bastos (2006, p.13) "Sobre o indivíduo que recebe a comunicação visual, a cor exerce uma ação tríplice: a de impressionar, a de expressar e a de construir. A cor é vista: impressiona a retina. É sentida: provoca uma emoção. E é construtiva, pois, tendo um significado próprio, tem valor de símbolo e capacidade, portanto, de construir uma linguagem própria que comunique uma idéia". Com a intenção de dar maior destaque para as frases, uma vez que era nelas que estavam concentrados os esforços em emocionar o público de forma mais direta, utilizamos o artifício de deixar apenas as frases com cor mais vibrante, para criar um contraste com as imagens quase completamente dessaturadas dos modelos. Nesse ponto foi empregada a psicologia das cores apresentada em Psicodinâmica das Cores em Comunicação (FARINA, PEREZ, BASTOS, 2006, p.99). A cor vermelha foi escolhida, pois de acordo com os autores, essa cor representa guerra, como se pode ver no trecho: "(...) o vermelho pode ter conotações negativas, como símbolo de impureza, de violência (...)". Os autores também falam que a associação material da cor com a comunicação pode se dar por "guerra", "perigo", "feridas". Dentre vários outros. De acordo com Krebs (2011, p11) "fontes com diferentes características estilísticas transmitem sensações e podem proporcionar interpretações distintas de acordo com o design de cada tipo gráfico." Para contrastar com a família tipográfica muito expressiva utilizada nas frases da pele dos modelos, foi utilizada para o texto de apoio da campanha e o slogan, uma fonte mais sóbria, que passasse a seriedade com a qual estávamos tratando o assunto. Nesse texto, tivemos a liberdade de sermos mais extensos, uma vez que estávamos utilizando a mídia revista, que nos permite ter a atenção do público por um período maior de tempo. De acordo com Martins (1997, p.135), há duas fases no texto publicitário: a fase informativa e a fase argumentativa. Nós passamos por essas duas fases no nosso texto, que pode ser visto abaixo. "Uma luta incessante nos afeta diariamente. Invisível, mas poderoso, nosso maior inimigo está em nós mesmos. Dói, mas cada ferida, cada marca apenas nos fortalece. Você é capaz de vencer essa batalha." O texto começa informando ao leitor sobre o que está sendo abordado na peça. "Uma luta incessante nos afeta diariamente", tem como objetivo, junto com a imagem, apresentar ao leitor o contexto da nossa peça, ou seja, esclarecer os pontos que estamos abordando. As frases seguintes também levam em consideração essa contextualização, agora sendo também descritiva. Nas frases "Dói, mas cada ferida, cada marca apenas nos fortalece. Você é capaz de vencer essa batalha.", encontramos um discurso argumentativo, que procura convencer o leitor sobre o tema discutido no anúncio. Seguindo o texto publicitário, pode-se encontrar o slogan utilizado na nossa campanha. "Acabe com a guerra dentro de você. Pacifique-se." Para Sampaio (1997, p. 272), slogan é a "frase-tema de uma campanha ou marca, que procura resumir e definir seu posicionamento." Martins do livro Propaganda é isso aí (1997, p.132), diz que o slogan deve ser de fácil memorização e cristalizar a ideia central da mensagem. No anúncio, o slogan e o texto de apoio aparecem com a mesma família tipográfica Myriad Pro, com a diferença que para destacar o slogan, utilizamos a fonte em sua variação "negrito". Seguindo as recomendações de Robin Williams em seu livro "Design para quem não é Designer", posicionamos o texto de apoio e o slogan próximos um do outro, como diz o princípio da proximidade, pois para a autora "itens relacionados entre si devem ser agrupados e aproximados uns dos outros, para que sejam vistos como um conjunto coeso" (WILLIAMS, 1995, p.15) Levando em conta a orientação de leitura adotada no ocidente, da esquerda para a direita, de cima para baixo, decidimos por posicionar o texto publicitário e o slogan no canto inferior direito, ao lado do logo da instituição que estávamos usando como cliente.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify">A criação das peças para a mídia revista proporcionou vários desafios como: encontrar a abordagem certa, desenvolver e adaptar uma campanha que utilizava um tema muito delicado, desenvolver textos impactantes e que respeitassem os nossos públicos. Foi entendida a importância do trabalho em equipe, e da divisão do trabalho, tendo cada um das componentes da equipe ficado responsável por uma área da criação publicitária. O projeto ajudou a equipe a entender na prática a importância do planejamento antes da confecção das peças e do cumprimento de prazos, uma vez que se tinha duas semanas para a preparação de toda a campanha. Todos esses desafios proporcionaram grande aprendizado e satisfação para a equipe, ao ser notado as reações esperadas durante a apresentação das peças, que causaram grande comoção entre os alunos e o professor da disciplina. Outra grande oportunidade que esse projeto proporcionou foi conhecer mais sobre o universo das pessoas que sofrem de depressão e transtornos de ansiedade, e poder assim, por meio de esforços individuais, orientar as pessoas ao redor sobre a importância do tratamento correto dessa situação. Acredita-se que o resultado obtido foi satisfatório, sendo possível notar o impacto esperado em todos aqueles que tiveram contato com as peças.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2">American Psychiatry Association. Diagnostic and Statistical Manual of Mental disorders - DSM-5. 5th.ed. Washington: American Psychiatric Association, 2013.<br><br>BURTENSHAW, Ken; MAHON, Nik; BARFOOT, Caroline. Fundamentos de Publicidade Criativa. Porto Alegre: Ed: Bookman, 2006.<br><br>CARRASCOZA, João A. A evolução do texto publicitário: a associação de palavras como elemento de sedução na publicidade. São Paulo: Ed. Futura, 1999.<br><br>FARINA, Modesto. Psicodinâmica das cores em comunicação. 4.ed. São Paulo: Edgard Blücher Ltda, 1990.<br><br>FIGUEIREDO, Celso. São Paulo; Cenage Learning Edições Ltda, 2005.<br><br>Global Health Estimates 2015: Deaths by Cause, Age, Sex, by Country and by Region, 2000-2015. Geneva, World Health Organization; 2016.<br><br>KREBS, Danilo. A tipografia como elemento persuasivo na mensagem publicitária. Santa Maria, RS. 2011<br><br>MARTINS, Jorge S. Redação publicitária  Teoria e prática. São Paulo, SP: Atlas, 2004.<br><br>MARTINS, Zeca. Propaganda é isso aí. São Paulo: Futura, 1997<br><br>OMS, Com depressão no topo da lista de causas de problemas de saúde, OMS lança a campanha  Vamos conversar . Disponível em <http://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=article&id=5385:com-depressao-no-topo-da-lista-de-causas-de-problemas-de-saude-oms-lanca-a-campanha-vamos-conversar&Itemid=839> Último acesso em 15 de Abril de 2017<br><br>OMS, Depressão: o que você precisa saber. Disponível em <http://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=article&id=5372%3Adepressao-o-que-voce-precisa-saber&catid=1257%3Abra-04a-saude-mental&Itemid=822> Último acesso em 15 de Abril de 2017<br><br>SAMPAIO, Rafael. Propaganda de A a Z: como usar a propaganda para construir marcas e empresas de sucesso. Rio de Janeiro Ed. Campos, 1997.<br><br>Waiteman, Flávio Manual prático de criação publicitária : o dia-a-dia da criação em uma agência. São Paulo: Nobel, 2006<br><br>WILLIANS, Robin. Design para quem não é designer: Noções básicas de planejamento visual. São Paulo: Callis, 2001.<br><br> </td></tr></table></body></html>