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INSCRIÇÃO: | 00229 |
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CATEGORIA: | PP |
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MODALIDADE: | PP06 |
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TÍTULO: | Spot: Não deixe que sua história termine assim |
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AUTORES: | Jamille de Melo Guimarães (Universidade Fundação Oswaldo Aranha); Paulo Victor Dalboni Cardoso (Universidade Fundação Oswaldo Aranha); Anderson Higino da Silva (Universidade Fundação Oswaldo Aranha); Rhanica Evelise Toledo Coutinho (Universidade Fundação Oswaldo Aranha); Leonardo Simões Canavez (Universidade Fundação Oswaldo Aranha); Douglas Baltazar Gonçalves (Universidade Fundação Oswaldo Aranha) |
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PALAVRAS-CHAVE: | Rádio, Publicidade Radiofônica, Spot, Violência Doméstica, |
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RESUMO |
O spot aqui apresentado foi produzido por alunos do primeiro e terceiro ano de Publicidade e Propaganda, sob o trabalho integrado da disciplina RTVC - Rádio, TV e Cinema, tendo como temática questões inerentes à igualdade de gênero. A peça aborda a questão da violência contra a mulher, e visa incentivar as pessoas a denunciarem este tipo de agressão. O spot apresenta uma narrativa que alterna ações e reações protagonizadas por um casal que vão de uma situação de intimidade e aparente afeto até a um desfecho de violência e silêncio. O texto utiliza recursos de linguagem que transmitem ritmo às ações assim como oferecem ao ouvinte uma descrição das atitudes dos personagens. O resultado é uma peça que consegue apresentar uma cena visual por meio de elementos auditivos, sendo ao mesmo tempo simples, direta e impactante. |
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INTRODUÇÃO |
A violência contra a mulher é uma questão social e cultural. O agressor, tanto da violência física como psicológica muitas vezes é uma pessoa próxima à vítima e que tem sua ação acobertada pela prática social. O combate à essa forma de violência, passa pela mão do Estado, por meio de mecanismos jurídicos e assistenciais que visam a garantia do direito à vida e à integridade física, garantidos pela Constituição. O Estado brasileiro possui em seu código penal diversos artigos capazes de darem conta juridicamente de questões de violência de um modo geral. Especificamente para as mulheres em 2006 foi promulgada a Lei 11.340, conhecida como Lei Maria da Penha (LMP), e em março de 2015 a Lei 13.104 que torna o feminicídio crime hediondo e representa um marco político na luta pelos direitos das mulheres (PASINATO, 2015). Apesar dos esforços nesse sentido, de acordo com dados divulgados pelo SIM, treze mulheres são assassinadas por dia no Brasil. Entre 2004 e 2014 houve um aumento na taxa de homicídios da ordem de 11,6%. Grande parte desses crimes são cometidos por maridos, namorados, companheiros ou homens de conhecimento da vítima. Embora inúmeros casos de homicídio não sejam solucionados, dificilmente deixam de ser registrados. Ou seja, são comunicados à polícia, ao contrário do que acontece com a maioria dos casos de agressão. Muitas vezes as vítimas não denunciam por medo de retaliação do agressor. O pior é que em geral o silêncio é compartilhado por outras pessoas próximas que, embora não concordem com a agressão pouco ou nada fazem para interrompe-la. Felizmente os casos que terminam em morte não são a maioria. Mas também não são frutos da primeira violência sofrida, poderiam ser evitados se numa ocasião anterior o agressor fosse contido, ou impedido de continuar a perpetrar seus atos violentos. Necessita-se da colaboração entre o poder público e as pessoas vítimas de violência, seus familiares e círculos sociais mais próximos para que denunciem. |
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OBJETIVO |
O trabalho visa a criação de um spot, e por meio dele alertar sobre casos de violência doméstica mesmo em casais aparentemente felizes e companheiros. De certa forma, a intenção é informar para quem está dentro e fora de um relacionamento abusivo, que denunciar é a melhor opção tanto no sentido de evitar maiores consequências. Torna-se relevante a possibilidade de que independente de qual seja a situação do ouvinte frente a essa questão, ao escutar o spot, poderá ser despertado para essa questão e poder ajudar a denunciar, caso conheça pessoas que vivenciam uma situação como essa. Em outra perspectiva a proposta, visa oportunizar aos acadêmicos o desenvolvimento de um projeto prático e interdisciplinar, onde é possível aplicar os conhecimentos teóricos adquiridos em sala de aula. |
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JUSTIFICATIVA |
As Nações Unidas definem violência contra a mulher como "Qualquer ato de violência baseado na diferença de gênero, que resulte em sofrimentos e danos físicos, sexuais e psicológicos da mulher; inclusive ameaças de tais atos, coerção e privação da liberdade seja na vida pública ou privada" (CONSELHO SOCIAL E ECONÔMICO, NAÇÕES UNIDAS, 1992). A Violência Contra a mulher é uma questão que vem ganhando força nas últimas décadas a reboque das conquistas femininas. Não que esta violência seja recente ou tenha aumentado nesse período. Mas pela própria característica que a envolve, tornando uma forma de agressão bastante particular. Embora seus efeitos físicos e psicológicos sejam semelhantes a outras formas de violência, a Violência Contra a mulher tem um componente social onde muitas vezes a atitude do agressor é relativizada numa cultura machista e patriarcal. O primeiro aspecto justifica a agressão ao atribuir à mulher a atitude deliberada de sedução, assumindo pelo menos parte, se não toda, responsabilidade pela atitude masculina. Assim sendo a forma como se veste, se maquia até como olha ou se expressa por gesto, configuraria um sistema simbólico capaz de engendrar um jogo erótico que ao ser interrompido seria encarado pelo homem como uma quebra de uma promessa. O segundo aspecto é o contexto doméstico em que essa violência é praticada, tanto no aspecto físico da moradia, como na relação entre o agressor e a vítima. Em várias culturas, sobretudo as ocidentais das quais herdamos seus paradigmas, considera a mulher submissa ao homem. O casamento muitas vezes era encarado como uma transferência de posse entre o pai e o marido. Portanto a violência desempenhada por esses atores, incluindo-se irmãos e muitas vezes filhos, se daria num contexto de proteção e correção, reforçando uma posição submissa e dependente da mulher em relação aos homens de sua família. A consequência dos resquícios dessa posição feminina ainda é reforçada pelo respeito imposto por questões ocorridas no lar. “Em briga de marido e mulher, ninguém me te a colher” é um ditado que em muito reflete a atitude de familiares, amigos e colegas de trabalho. O fato também da agressão acontecer muitas vezes “entre quatro paredes”, impede possíveis testemunhas do ato violento, restando os hematomas e marcas que embora sejam um indício da agressão não possuem o mesmo impacto da cena que os causou. Além disso, pesa o fato de que os agressores são pessoas próximas das eventuais testemunhas, favorecendo o silêncio. A conivência da sociedade é agravada muitas vezes pelo silêncio da própria vítima. Segundo Apenas 53% se dirigiram à delegacia, sendo que deste total, 22% procuraram especificamente a delegacia da mulher (SENADO FEDERAL, 2017). |
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MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS |
O presente trabalho teve seu desenvolvimento a partir das atividades da disciplina de Rádio Televisão e Cinema (RTVC), que compõe a grade curricular do terceiro ano do curso de Publicidade e Propaganda, o projeto contou com a participação de um acadêmico do 1º ano do mesmo curso, no qual um dos professores da disciplina de RTVC ministra aula de Comunicação, Imagem, Linguagem e Audiovisual, denotando assim uma ação interdisciplinar. Durante todo o primeiro bimestre de 2017, na disciplina de RTVC foi abordado a publicidade em rádio e seus múltiplos formatos. A cada aula era realizada uma atividade de criação de uma peça publicitária para esta mídia, em geral testemunhal ou spot. A partir de um briefing proposto era desenvolvido uma discussão (brainstorm) para que fossem elencadas abordagens para o tema proposto. Ao final da aula cada aula os anúncios criados pelos alunos eram lidos e debatidos, para que, suas deficiências e aspectos positivos fossem correlacionados à teoria e exemplos apresentados. Os autores dos spots considerados como capazes de se tornarem bons anúncios, tanto por sua conformidade técnica como criatividade, eram incentivados a aprimorarem suas obras tendo em vista o processo de produção, que concluiria o ciclo de realização de peças publicitárias radiofônicas. Esta nova etapa seria realizada em grupo, utilizando-se os recursos dos próprios alunos e da Rádio UniFOA. Entre os spots que seriam produzidos nessa fase, realizou-se outra seleção para a escolha do que representaria o UniFOA no Intercom Sudeste 2017. Portanto, em uma das aulas do curso foi proposto o tema do eixo transversal, preconizado pelas DCNs (2014) que aborda Relações Étnico Raciais, dessa forma fez-se um recorte para a temática “Igualdade de Gênero”, desdobrada após debate em questões pertinentes à luta das mulheres em seus múltiplos aspectos, entre os quais a necessidade de se denunciar a violência cometida por agressores conhecidos da vítima. Esses crimes muitas vezes são de conhecimento de outras pessoas próximas, que são testemunhas do ato violento ou de seus efeitos e que se calam, permitindo muitas vezes que a agressão volte a ocorrer. Utilizando-se dessa abordagem foi desenvolvido um spot que tinha o objetivo conscientizar essas “testemunhas” a denunciarem, ou pelo menos encorajarem a vítima a fazê-lo. Foi proposto uma narrativa descritiva em que o narrador mostrasse que um relacionamento íntimo e permitido, pudesse terminar num ato violento. O desafio da criação era tomar cuidado para que o spot fosse claro, mas ao mesmo sem ser apelativo com gritos, sons de tapas etc. Após a escolha, foram feitas modificações para um impacto e entendimento maior da mensagem além da decisão por um narrador masculino com interpretação de todo o ocorrido na história do spot. |
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DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO |
O spot é um dos formatos da publicidade radiofônica. Considerado por Vicente (2010) como o “mais criativo” e “bastante versátil”, por Ferraretto (2014), utiliza de uma ampla gama de recursos narrativos em sua composição. O uso de trilha sonora, ruídos e silêncio como efeitos sonoros; tom de voz e interpretação na locução, fazem dessa a modalidade hegemônica do rádio. Por essa razão o spot é o mais adequado para anúncios institucionais, que são aqueles em que se foca mais na transmissão de conceitos e sentimentos, do que a simples enumeração de vantagens ou uma informação mais detalhada. Utilizado largamente na publicidade comercial também encontra bons resultados em propagandas de cunho ideológico. Como dito anteriormente, o spot objeto deste trabalho foi elaborado a partir de uma dinâmica de sala de aula, na qual foi definida sua intencionalidade comunicativa: a de não permitir que casos de violência contra a mulher sejam silenciados. Como estrutura narrativa o spot é composto por uma série de frases que descrevem ações e reações de um relacionamento entre um personagem masculino “ele” e outro feminino “ela”. As frases são compostas apenas pelos pronomes acompanhados pelo verbo. A sequência alternada entre as ações d’ele e as reações d’ela, criam uma dinâmica que permite a compreensão da cena. À medida que o texto avança, percebe-se que uma situação que começa repleta de carinho traduzidas em verbos como “agradou”, “sorriu” e “abraçou” aos poucos vai tornando-se uma situação de conflito expresso nos verbos como “reclamou”, “segurou” e “gritou”. O final da cena é marcado pelos verbos “correu” e “alcançou”, que criam expectativa para seu desfecho. Nesse momento, a locução muda seu “andamento” e diz apenas “ela”, sem concluir o verbo correspondente. A pausa serve para reforçar a dramaticidade deste momento, criando expectativa para a próxima “reação” da vítima. A inflexão também é causada pela esperança que pode haver por uma solução conciliada, ou seja que haja um “final feliz” de algum modo. Ou então, espera-se a descrição mais ou menos explícita de um ato de violência. Quando então, o locutor enfim conclui “ela se calou”, ele omite o que realmente aconteceu. Mas o silêncio da vítima só se justifica uma vez que tenta ocultar o ato violento. Com o fim da cena, o locutor reforça a gravidade da violência contra mulheres ao destacar uma estatística mundial que registra 5 mortes por dia em todo mundo de mulheres vítimas de violência doméstica. E conclama o ouvinte a denunciar, fornecendo o número do serviço telefônico para esse fim. A conclusão do spot, mais do que informar o ouvinte, também conduz ao seu “envolvimento” na trama. Pois quando apela para que “não deixe que sua história termine assim” ele coloca a mulher que possa estar sendo vítima de violência no lugar da personagem da história. A opção pelo narrador masculino, antes de ser uma opção do mesmo gênero da personagem agressor, deve-se à aceitação como um gênero neutro em narrações. Colocar uma mulher narrando poderia dar uma certa cumplicidade com a vítima, o que tiraria a inicial neutralidade pretendida. Pois embora o narrador ao final apresente a necessidade de denunciar, sempre o faz com voz calma e neutra, como se fosse um narrador neutro. Embora existam vários recursos disponíveis para a gravação de um spot, foi pretendido manter a voz do locutor com o único elemento reforçando a dramaticidade da cena. Abaixo, segue a transcrição do spot. (Loc 1) Voz masculina: “Ele a agradou; Ela sorriu; Ele abraçou; Ela retribuiu; Ele pediu; Ela negou; Ele segurou; Ela reclamou; Ele gritou; Ela correu; Ele a alcançou; Ela ... (Silêncio) Ela se calou. No mundo, cinco mulheres morrem por hora por violência doméstica. Ligue 180, Não deixe que sua história termine assim, denuncie”. Link do Spot: https://soundcloud.com/rhanica-toledo/spot_intercom_unifoa_2017. Toda a pré-produção, produção e pós-produção foi feita pelos alunos do UniFOA com acompanhamento dos professores, sendo a narração realizada pelo aluno do 1º ano de Publicidade e Propaganda.㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀☀渀戀猀瀀㬀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀㰀猀瀀愀渀 挀氀愀猀猀㴀∀焀甀愀琀爀漀∀㸀㰀戀㸀䌀伀一匀䤀䐀䔀刀䄀윀픀䔀匀㰀⼀戀㸀㰀⼀猀瀀愀渀㸀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀 眀椀搀琀栀㴀∀㤀 ─∀㸀ऀ㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀ 愀氀椀最渀㴀∀樀甀猀琀椀昀礀∀㸀刀攀愀氀椀稀愀爀 挀愀洀瀀愀渀栀愀猀 搀攀 攀猀挀氀愀爀攀挀椀洀攀渀琀漀 挀攀爀琀愀洀攀渀琀攀 渀漀 搀攀瘀攀洀 猀攀爀 愀 切渀椀挀愀 瀀爀漀瘀椀搀渀挀椀愀 愀 猀攀爀 琀漀洀愀搀愀Ⰰ 洀愀猀 挀攀爀琀愀洀攀渀琀攀 愀樀甀搀愀爀 愀 挀漀洀瀀漀爀 甀洀愀 洀攀渀猀愀最攀洀 搀攀 挀漀洀戀愀琀攀 瘀椀漀氀渀挀椀愀 挀漀渀琀爀愀 愀 洀甀氀栀攀爀⸀ 䌀漀洀漀 洀搀椀愀 搀椀猀猀攀洀椀渀愀搀愀 渀漀猀 洀愀椀猀 搀椀瘀攀爀猀漀猀 攀砀琀爀愀琀漀猀 猀漀挀椀愀椀猀Ⰰ 漀 爀搀椀漀 瀀漀搀攀 猀攀爀 甀洀 愀氀椀愀搀漀 琀愀洀戀洀 瀀攀氀愀 挀愀爀愀挀琀攀爀猀琀椀挀愀 搀攀 瀀爀漀砀椀洀椀搀愀搀攀 焀甀攀 愀搀焀甀椀爀攀 挀漀洀 猀攀甀 漀甀瘀椀渀琀攀⸀ 䐀攀 戀愀椀砀漀 挀甀猀琀漀 搀攀 瀀爀漀搀甀漀Ⰰ 瀀攀爀洀椀琀攀 漀 搀攀猀攀渀瘀漀氀瘀椀洀攀渀琀漀 搀攀 瀀攀愀猀 愀琀爀愀琀椀瘀愀猀 攀 攀昀椀挀愀稀攀猀 挀漀洀 戀愀椀砀漀 挀甀猀琀漀⸀ 伀 猀瀀漀琀 愀瀀爀攀猀攀渀琀愀搀漀 渀攀猀琀攀 琀爀愀戀愀氀栀漀 瘀攀洀 愀 猀攀 猀漀洀愀爀 渀攀猀猀攀 猀攀渀琀椀搀漀㨀 漀 搀攀 甀猀愀爀 甀洀 瘀攀挀甀氀漀 搀攀 挀漀洀甀渀椀挀愀漀 瀀爀砀椀洀漀 搀愀 瀀漀瀀甀氀愀漀 瀀愀爀愀 挀漀渀琀爀椀戀甀椀爀 瀀愀爀愀 愀 琀漀洀愀搀愀 搀攀 愀琀椀琀甀搀攀⸀ 伀 琀攀洀愀 瘀椀漀氀渀挀椀愀 搀漀洀猀琀椀挀愀 愀椀渀搀愀 猀攀 洀漀猀琀爀愀 愀琀甀愀氀 攀 爀攀氀攀瘀愀渀琀攀 愀瀀攀猀愀爀 搀愀猀 洀攀氀栀漀爀椀愀猀 攀 氀攀椀猀 攀洀 渀漀猀猀漀 瀀愀猀⸀ 吀爀愀稀攀爀 挀漀渀猀挀椀渀挀椀愀 愀猀 洀甀氀栀攀爀攀猀 焀甀攀 猀漀昀爀攀洀 漀甀 樀 猀漀昀爀攀爀愀洀 瘀椀漀氀渀挀椀愀 搀漀洀猀琀椀挀愀 搀攀 猀甀洀愀 椀洀瀀漀爀琀渀挀椀愀Ⰰ 瀀漀椀猀 愀瀀攀猀愀爀 搀愀 最爀愀渀搀攀 洀愀椀漀爀椀愀 挀漀渀栀攀挀攀爀 氀攀椀猀Ⰰ 愀瀀攀渀愀猀 瀀愀爀琀攀 搀漀猀 挀愀猀漀猀 猀漀 搀攀渀甀渀挀椀愀搀漀猀⸀ 倀愀爀愀 渀猀Ⰰ 昀甀琀甀爀漀猀 瀀甀戀氀椀挀椀琀爀椀漀猀Ⰰ 挀漀渀栀攀挀攀爀 昀漀爀洀愀猀 搀攀 挀漀洀甀渀椀挀愀漀 攀洀 焀甀攀 渀漀 漀挀漀爀爀愀 瘀攀渀搀愀 搀攀 甀洀 瀀爀漀搀甀琀漀 攀 猀椀洀 搀攀 甀洀愀 椀搀攀椀愀 琀爀愀稀 愀瀀爀攀渀搀椀稀愀搀漀Ⰰ 昀甀琀甀爀愀猀 漀瀀漀爀琀甀渀椀搀愀搀攀猀Ⰰ 琀爀漀挀愀 搀攀 挀漀渀栀攀挀椀洀攀渀琀漀猀 攀 渀漀瘀愀猀 攀砀瀀攀爀椀渀挀椀愀猀⸀ 倀漀爀琀愀渀琀漀 愀 挀漀渀挀氀甀猀漀 搀攀猀琀攀 瀀爀漀樀攀琀漀 琀爀漀甀砀攀 最爀愀渀搀攀 甀琀椀氀椀搀愀搀攀 愀挀愀搀洀椀挀愀 挀漀洀 漀 甀猀漀 搀愀猀 琀挀渀椀挀愀猀 爀攀昀攀爀攀渀琀攀猀 猀 愀甀氀愀猀 搀攀 刀搀椀漀Ⰰ 吀嘀 攀 䌀椀渀攀洀愀 攀 瀀漀搀攀渀搀漀 琀愀洀戀洀 瀀爀漀搀甀稀椀爀 甀洀 猀瀀漀琀 挀漀洀 琀漀搀愀猀 愀猀 攀琀愀瀀愀猀 渀攀挀攀猀猀爀椀愀猀⸀ 䄀瀀攀猀愀爀 搀攀 甀洀 琀爀愀戀愀氀栀漀 挀漀洀 瀀漀甀挀愀猀 瀀攀猀猀漀愀猀Ⰰ 愀 椀渀琀攀爀愀漀 挀漀洀 琀漀搀漀猀 昀漀椀 搀攀 洀甀椀琀猀猀椀洀愀 椀洀瀀漀爀琀渀挀椀愀 攀 攀昀椀挀挀椀愀 瀀愀爀愀 漀 最爀甀瀀漀⸀ 㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀☀渀戀猀瀀㬀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀㰀猀瀀愀渀 挀氀愀猀猀㴀∀焀甀愀琀爀漀∀㸀㰀戀㸀刀䔀䘀䔀刀쨀一䌀䤀䄀匀 䈀䤀䈀䰀䤀伀䜀刀섀䤀䌀䄀匀㰀⼀戀㸀㰀⼀猀瀀愀渀㸀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀 眀椀搀琀栀㴀∀㤀 ─∀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀䌀䔀刀儀唀䔀䤀刀䄀Ⰰ 䐀愀渀椀攀氀 攀琀 愀氀⸀ 䄀琀氀愀猀 搀愀 嘀椀漀氀渀挀椀愀 ㈀ 㘀⸀ 䐀椀猀瀀漀渀瘀攀氀㨀 栀琀琀瀀㨀⼀⼀眀眀眀⸀挀漀洀瀀爀漀洀椀猀猀漀攀愀琀椀琀甀搀攀⸀漀爀最⸀戀爀⼀眀瀀ⴀ挀漀渀琀攀渀琀⼀甀瀀氀漀愀搀猀⼀㈀ 㘀⼀ ㌀⼀愀琀氀愀猀开搀愀开瘀椀漀氀攀渀挀椀愀开㈀ 㘀开昀椀渀愀氀椀稀愀搀漀⸀瀀搀昀⸀ 䄀挀攀猀猀漀㨀 ㈀ ⼀ ㈀⼀㈀ 㜀⸀ 㰀戀爀㸀㰀戀爀㸀䐀䌀一Ⰰ 䐀椀爀攀琀爀椀稀攀猀 搀漀 䌀甀爀爀挀甀氀漀 一愀挀椀漀渀愀氀Ⰰ ㈀ 㐀⸀ 䐀椀猀瀀漀渀瘀攀氀㨀 栀琀琀瀀㨀⼀⼀瀀漀爀琀愀氀⸀洀攀挀⸀最漀瘀⸀戀爀⼀椀渀搀攀砀⸀瀀栀瀀㼀漀瀀琀椀漀渀㴀挀漀洀开搀漀挀洀愀渀☀瘀椀攀眀㴀搀漀眀渀氀漀愀搀☀愀氀椀愀猀㴀㔀㔀㐀㠀ⴀ搀ⴀ挀ⴀ渀ⴀ攀搀甀挀愀挀愀漀ⴀ戀愀猀椀挀愀ⴀ渀漀瘀愀ⴀ瀀搀昀☀䤀琀攀洀椀搀㴀㌀ 㤀㈀⸀ 䄀挀攀猀猀漀㨀 ㈀⼀ ㈀⼀㈀ 㜀⸀㰀戀爀㸀㰀戀爀㸀䘀䔀刀刀䄀刀䔀吀吀伀Ⰰ 䰀甀椀稀 䄀爀琀甀爀⸀ 刀搀椀漀㨀 琀攀漀爀椀愀 攀 瀀爀琀椀挀愀⸀ 匀甀洀洀甀猀 䔀搀椀琀漀爀椀愀氀Ⰰ ㈀ 㐀⸀㰀戀爀㸀㰀戀爀㸀刀䔀䤀匀Ⰰ 䌀氀瘀椀猀⸀ 吀愀砀漀渀漀洀椀愀 搀漀猀 最渀攀爀漀猀 樀漀爀渀愀氀猀琀椀挀漀猀 渀漀 爀搀椀漀㨀 瀀爀漀瀀漀猀琀愀 搀攀 甀洀愀 渀漀瘀愀 琀椀瀀漀氀漀最椀愀⸀ 䌀漀洀甀渀椀挀愀漀 ☀ 匀漀挀椀攀搀愀搀攀Ⰰ 瘀⸀ ㌀㈀Ⰰ 渀⸀ 㔀㐀Ⰰ ㈀ ⸀㰀戀爀㸀㰀戀爀㸀匀䔀一䄀䐀伀 䘀䔀䐀䔀刀䄀䰀Ⰰ 匀攀挀爀攀琀愀爀椀愀 䔀猀瀀攀挀椀愀氀 搀攀 䌀漀洀甀渀椀挀愀漀 匀漀挀椀愀氀 匀甀戀猀攀挀爀攀琀愀爀椀愀 搀攀 倀攀猀焀甀椀猀愀 攀 伀瀀椀渀椀漀 倀切戀氀椀挀愀⸀ 刀攀氀愀琀爀椀漀 搀攀 倀攀猀焀甀椀猀愀 ጀ†匀䔀倀伀 ㌀⼀㈀ 㔀 ⴀ 嘀椀漀氀渀挀椀愀 䐀漀洀猀琀椀挀愀 䌀漀渀琀爀愀 愀 䴀甀氀栀攀爀⸀ 䈀爀愀猀氀椀愀Ⰰ 洀愀爀漀 搀攀 ㈀ 㔀⸀ 䐀椀猀瀀漀渀瘀攀氀㨀 栀琀琀瀀㨀⼀⼀洀椀搀椀愀⸀瀀最爀⸀洀瀀昀⸀最漀瘀⸀戀爀⼀栀漀琀猀椀琀攀猀⼀搀椀愀搀愀洀甀氀栀攀爀⼀搀漀挀猀⼀爀攀氀愀琀漀爀椀漀开搀攀开瀀攀猀焀甀椀猀愀⸀瀀搀昀⸀ 䄀挀攀猀猀漀㨀 ㈀ ⼀ 㐀⼀㈀ 㜀⸀㰀戀爀㸀㰀戀爀㸀匀䤀䴀 ⴀ 匀椀猀琀攀洀愀 搀攀 䤀渀昀漀爀洀愀攀猀 搀攀 䴀漀爀琀愀氀椀搀愀搀攀⸀ 䐀椀猀瀀漀渀瘀攀氀㨀 栀琀琀瀀㨀⼀⼀猀椀洀⸀猀愀甀搀攀⸀最漀瘀⸀戀爀⼀搀攀昀愀甀氀琀⸀愀猀瀀⸀ 䄀挀攀猀猀漀㨀 ㈀⼀ ㈀⼀㈀ 㜀⸀㰀戀爀㸀㰀戀爀㸀嘀䤀䌀䔀一吀䔀Ⰰ 䔀搀甀愀爀搀漀⸀ 䜀渀攀爀漀猀 攀 昀漀爀洀愀琀漀猀 爀愀搀椀漀昀渀椀挀漀猀 渀漀 䈀爀愀猀椀氀⸀ 䤀渀⸀ 䠀䄀唀匀䴀䄀一Ⰰ 䌀愀爀氀⸀ 刀搀椀漀㨀 瀀爀漀搀甀漀Ⰰ 瀀爀漀搀甀漀Ⰰ 瀀爀漀最爀愀洀愀漀 攀 瀀攀爀昀漀爀洀愀渀挀攀⸀ 匀漀 倀愀甀氀漀㨀 䌀攀渀最愀最攀䰀攀愀爀渀椀渀最Ⰰ 瀀⸀ 㐀 㠀ⴀ㐀Ⰰ ㈀ ⸀ 㰀戀爀㸀㰀戀爀㸀ऀ㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀⼀琀愀戀氀攀㸀㰀⼀戀漀搀礀㸀㰀⼀栀琀洀氀㸀
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