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INSCRIÇÃO: | 00850 |
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CATEGORIA: | PP |
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MODALIDADE: | PP09 |
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TÍTULO: | Realidade Simulada |
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AUTORES: | Anaí Corrêa de Souza (Escola Superior de Propaganda e Marketing); Felipe Borges (Escola Superior de Propaganda e Marketing); Giovanni Tavares Pereira (Escola Superior de Propaganda e Marketing) |
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PALAVRAS-CHAVE: | Anúncio, Tecnologia, Desmatamento, Realidade virtual, Publicidade |
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RESUMO |
No sétimo semestre, como um trabalho proposto na cadeira de Produção de Campanha e Portfólio Final, tivemos a oportunidade de atender ao briefing do Festival Mundial de Publicidade de Gramado de 2017. A partir do desafio de abordar o tema sustentabilidade, resolvemos trazer a questão da devastação dos recursos naturais do planeta. O insight veio da percepção de que a degradação do ambiente ocorre ao mesmo passo dos avanços tecnológicos, o que acaba por distrair as pessoas do problema. Assim, buscamos um recurso moderno - a realidade virtual - para propor uma crítica a este desvio de atenção: enquanto não damos importância à realidade, ela pode chegar a circunstâncias irreversíveis. |
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INTRODUÇÃO |
Desde o advento dos smartphones, virou rotina se deparar com novidades tecnológicas. Muitos foram os avanços neste ramo nas últimas décadas. Um dos que mais agitaram as massas, as mídias e o mercado foi a popularização dos instrumentos e experiências de realidade virtual. Ainda que o conceito não seja tão novo (data da década de 80), sua popularização se deu apenas em meados de 2014, quando os recursos baratearam e, não por coincidência, o Facebook comprou a Oculus, pioneira na produção de óculos de realidade virtual. Ao mesmo tempo em que esta e outras novidades avançam no ramo das novas tecnologias, também avança o desmatamento, a poluição e a extinção de espécies terrestres. Não é à toa que o Festival Mundial de Publicidade de Gramado buscou na sustentabilidade o tema de sua premiação do ano de 2017: a situação do planeta é crítica. Três quintos dos maiores animais terrestres, entre eles carnívoros e herbívoros, estão ameaçados, muitos deles em "perigo crítico" ou até mesmo já "extintas em estado selvagem", segundo dados da União Internacional para a Conservação da Natureza. Enquanto isso, Unidades de Conservação brasileiras que somam quase o tamanho de Portugal estão sob o risco de perder área ou mesmo ter o status de proteção diminuído, por pressão da base parlamentar do Governo e com apoio dos setores ruralista e de mineração, segundo o dossiê da WWF Brasil de 2017. Mesmo assim, basta uma rápida passagem pelas redes sociais para se observar qual tema, entre os dois mencionados, agrega mais atenção. É este o problema observado no desenvolvimento deste trabalho: a ofuscação da situação da Terra frente ao deslumbre das novas tecnologias. |
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OBJETIVO |
Primeiramente, o objetivo da criação do anúncio era atender o briefing proposto pelo Festival Mundial de Publicidade de Gramado, que impôs o tema da sustentabilidade de forma bastante ampla. Assim, a dupla tomou como desafio trazer uma nova perspectiva para o assunto, uma vez que ele já foi pauta de tantas discussões e outras campanhas até o momento presente. Sendo assim, a partir da contextualização brevemente apresentada acima, a dupla se propôs a desenvolver uma peça publicitária capaz de trazer a questão da sustentabilidade e da preservação do nosso meio ambiente a um contexto atual, com o qual as pessoas, principalmente os jovens, pudessem se identificar e se situar. Desta forma, o maior propósito desta criação era falar de natureza, poluição, recursos naturais e sua escassez de uma forma que não fosse já usual e corriqueira, de modo a realmente causar a reflexão e despertar a consciência da parcela de culpa de cada um na realidade com a qual nos deparamos hoje. O objetivo buscado com o anúncio, portanto, mais que simplesmente cumprir um trabalho acadêmico, era se propor o desafio de reconhecer a própria displicência em relação ao assunto – nossa falta de atenção às pautas ambientais, nossa busca seletiva por notícias positivas, nossos descuidos rotineiros com a natureza – para que, assim, se fosse capaz de descobrir como despertar esta consciência no público atingido pelo anúncio. O autoconhecimento e a autocrítica foram, portanto, instrumentos na busca por este objetivo. |
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JUSTIFICATIVA |
Não é sempre que se tem a oportunidade de produzir criativamente uma peça ou conteúdo de comunicação em prol de uma causa verdadeiramente significativa. Por este motivo, a proposta de criar um anúncio para uma campanha em prol da preservação do planeta em que vivemos já se justifica. Afinal, acima de um cliente ou um objetivo comercial, está o bem comum. Ainda assim, vale a pena justificar os demais âmbitos desta atividade proposta como trabalho acadêmico. Como estudantes, é importante que tenhamos contato com diferentes práticas, que, na criação, são tão ou mais importantes que a teoria. Por conta disto, é muito válido que sejamos expostos a propostas tanto comerciais quanto sociais e governamentais no âmbito acadêmico. No caso deste briefing em questão, a atividade foi um importante canal para exercitar a cidadania, a autocrítica e a consciência da equipe de criação, justificando-se também na esfera pessoal. Num processo de criação de conceito e campanha comerciais, a marca e o público são estudados previamente. Neste caso específico, estudar a "marca" significou informar-se sobre uma causa preocupante, e uma causa particularmente comum a todos os habitantes deste planeta, ao passo que estudar o público foi um exercício de determinar, dentro da população literalmente do mundo inteiro, quem se quer impactar. Por conta desta singularidade de tema, o desafio encontrado foi ainda maior: era preciso passar uma mensagem com a qual grande parte das pessoas já estava familiarizada, mas que, infelizmente, ainda era ignorada pela maioria. Ao mesmo tempo, era preciso tocar em um assunto sério sem causar repúdio aos impactados, mas, ainda assim, incitando algum impacto. Assim, pode-se dizer que há, também, uma motivação e uma justificativa sociais associadas à criação da peça. O tato necessário na busca deste equilíbrio foi muito rico ao processo do trabalho, pois exigiu um cuidado redobrado no momento da concepção do conceito e da ideia criativa. Redatora e diretor de arte foram, então, estimulados a dosar aspectos de sua criação para alcançar uma ideia igualmente criativa, atraente, impactante e inovadora, uma vez que o tema não é mais novidade. Ainda que não receba muita atenção, a ecologia já esteve em pauta na sociedade, de modo que a maioria das pessoas, principalmente das gerações mais modernas, conhece os riscos do desmatamento, da extinção de espécies, da poluição e a importância da preservação, da coleta seletiva, do reflorestamento e proteção à fauna. Ainda assim, mesmo que tenham este conhecimento, pouco é feito em relação ao problema e suas já conhecidas formas de ajudar. É por esta questão que o autoconhecimento esteve presente como parte da criação – atividade que, não raro, obriga os criativos a saírem de sua zona de conforto. Foi preciso assumir a própria indiferença, apesar do conhecimento sobre o tema, em relação ao meio ambiente e as formas de protegê-lo. Este questionamento sobre as próprias verdades é muito importante na fase da graduação por ser um momento da vida no qual tudo é questionado: sobre o mundo, sobre a informação recebida e, por que não, sobre si mesmo. Por este motivo, foi de suma importância que um trabalho deste tipo tenha surgido como trabalho acadêmico, em meio a tantos outros trabalhos com objetivos e justificativas mercadológicas, o que não se encaixa tanto no contexto do briefing em questão. |
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MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS |
O primeiro passo para a criação publicitária é a leitura e interpretação do briefing. Através deste processo, a dupla de criação deve absorver a proposta para desenvolver a melhor solução possível para o pedido. No caso do briefing do Festival Mundial de Publicidade de Gramado de 2017, se tratava de uma proposta ampla, que incluía a possibilidade sugestão de peças ou ações. Uma vez que o briefing fora propriamente lido e interpretado, a dupla de criação recorreu à pesquisa acerca do tema proposto – a sustentabilidade – para ser capaz de ter ideias pertinentes sobre ele. Uma pesquisa documental foi, então, estruturada através da Web. Este momento foi o responsável pelo salto para fora da zona de conforto, quando foi percebido o descaso da maioria das pessoas em relação aos resultados da ação humana no planeta. Já fora da zona de conforto, após a pesquisa, foi possível reconhecer um paralelo contrastante entre o lançamento de tecnologias inovadoras e a destruição ambiental, muitas vezes irreversível. Este contraste observado foi, então, tomado como possível diretriz para a criação da peça. Assim, a dupla passou ao estudo de formatos que poderiam expressar esta questão: a dualidade, o contraste entre duas realidades simultâneas. Foi preciso, então, ser tomada a decisão pelo formato da peça. Optou-se por se produzir uma peça gráfica impressa, no formato de anúncio de página dupla, pensando na veiculação em meios onde são divulgadas notícias sobre lançamentos tecnológicos. Após esta decisão, a dupla recorreu à pesquisa bibliográfica para entender mais sobre layout e composição, através de autores como Hurlburt (1980) e Dondis (1997). Com o estudo dos autores, o conceito de contraste se destacou, uma vez que ele esteve presente na pesquisa sobre o tema. Pareceu ideal aplicar um método gráfico que se aproxima da ideia que se busca passar na peça. Segundo Hurlburt (1980) o contraste produz muito impacto visual, e é justamente este o efeito que se buscava alcançar. O autor ainda apresenta o conceito do contraste de sentimentos, que, segundo ele, "se verifica quando um mesmo painel de design contém estímulos emocionais opostos: agressivo e suave, alegre e melancólico, sério e humorístico" (HURLBURT, 1980, p. 66). Dondis (1997) traz, ainda, outro aspecto do contraste: a compreensão de um extremo através do outro. "Todo e qualquer significado existe no contexto dessas polaridades. Seria possível entender o calor sem o frio, o alto sem o baixo, o doce sem o amargo?" (DONDIS, 1997, p.107). Esta compreensão também era foco da mensagem pretendida: a polaridade entre um mundo desenvolvido e um planeta destruídos. Não é a intenção, aqui, insinuar que os avanços tecnológicos sejam, necessariamente, os culpados pela destruição do meio ambiente – até porque muitos dos avanços e pesquisas, inclusive, auxiliam na preservação. O objetivo do uso do contraste, de fato, é mostrar como ambos os processos ocorrem simultaneamente. Levando em conta que, segundo Dondis (1997), o contraste é um grande instrumento de expressão, capaz de intensificar significados e, assim, simplificar a comunicação, ele se mostra ainda mais adequado à composição da peça, uma vez que se busca passar uma mensagem repleta de dualidades. Assim, ele será instrumento ativo no processo de convencimento e discernimento, estimulando o reconhecimento da parcela de culpa que todos têm em relação ao meio ambiente quando são displicentes em relação à sua preservação e quando não dão a devida atenção à realidade de destruição que acontece diariamente, deixando-se distrair por outros assuntos como os avanços tecnológicos. Combinando a dualidade de realidades e o contraste como foi apresentado acima, outro conceito começa a fazer sentido: a Gestalt. A Gestalt "constitui uma combinação de vários elementos para formar um todo" (HURLBURT, 1980, p. 136). A percepção em que consiste a Gestalt foi definida em 1912 por Max Wertheimer e demonstra como a visão humana tende a agrupar unidades visuais para formar um todo, o que acaba por definir a visão como uma experiência criativa, e não apenas como o sentido de ver (HULBURT, 1980). A Gestalt também explica a percepção relativa, que justifica as diferentes impressões possíveis acerca de um mesmo objeto, dependendo do contexto no qual está inserido. Junto da questão do contraste, a Gestalt se mostrou adequada ao objetivo buscado com a peça, principalmente por conta do princípio da percepção relativa. Através deste aspecto, pode-se buscar o impacto desejado sobre a relação de dualidade entre as duas realidades já comentadas: uma benéfica, sobre os avanços tecnológicos, e outra preocupante, relativa à degradação do meio ambiente. Por fim, uma vez que se idealizava um anúncio formado por imagem e texto, pelo reconhecimento na necessidade de uma chamada para a ação na peça, mais facilmente alcançada através da linguagem verbal, uma escolha tipográfica mostrou-se necessária. A tipografia, elemento típico da página impressa, apresenta-se em uma extensa gama de variedades, entre fontes com ou sem serifa, com ou sem adornos, com maior e menor legibilidade e diversos estilos. Segundo Hurlburt (1980), a melhor solução não é seguir regras ou padrões em relação à tipografia, mas usá-la de modo a despertar interesse a convidar o público à leitura. Desta forma, optou-se por uma fonte simples e sem serifa, uma vez que o foco da ideia estaria na imagem. Os estudos de conceitos acabaram fazendo parte do processo de brainstorm, técnica amplamente utilizada na criação que tem o objetivo de trazer ideias para resolver alguma demanda. No caso do anúncio Realidade Simulada, o brainstorm ocorreu de maneira natural, com a ideia e conceito sendo formados durante as pesquisas e estudos, conforme fazia sentido. Ao fim, a pesquisa sobre o tema, os estudos sobre técnicas como o contraste e a percepção da Gestalt e um breve estudo tipográfico foram os meios que permearam no brainstorm que resultou na ideia aplicada: utilizar fotografias das duas realidades que, mostradas simultaneamente através de um recurso moderno na imagem e com aspectos da Gestalt, evidenciam o contraste buscado desde o princípio. Para finalizar a peça e garantir um call to action (ou "chamada para a ação"), foi adicionado um título em voz imperativa em fonte de alta legibilidade. |
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DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO |
O processo de criação do anúncio Realidade Simulada iniciou-se pelo recebimento, leitura e interpretação do briefing proposto pelo Festival Mundial de Publicidade de Gramado de 2017, aplicado como trabalho acadêmico no sétimo semestre do curso de Publicidade e Propaganda da ESPM-Sul, na cadeira de Criação de Campanha e Portfólio Final. O briefing era bastante amplo e provocava os participantes a criarem peças focadas em sustentabilidade, em diversas opções de formatos.䘀爀攀渀琀攀 愀漀 焀甀攀 昀漀椀 瀀攀搀椀搀漀Ⰰ 愀 搀甀瀀氀愀 椀渀椀挀椀漀甀 猀攀甀 琀爀愀戀愀氀栀漀 挀漀洀 瀀攀猀焀甀椀猀愀猀 猀漀戀爀攀 漀 琀攀洀愀 愀 昀椀洀 搀攀 搀攀琀攀爀洀椀渀愀爀 愀氀最甀洀 琀椀瀀漀 搀攀 昀漀挀漀 瀀愀爀愀 愀 猀甀愀 挀爀椀愀漀⸀ 一攀猀琀攀 洀漀洀攀渀琀漀Ⰰ 焀甀攀 猀攀 戀愀猀攀漀甀 攀洀 瀀攀猀焀甀椀猀愀猀 渀愀 䤀渀琀攀爀渀攀琀Ⰰ 漀 戀爀愀椀渀猀琀漀爀洀 琀攀瘀攀 椀渀挀椀漀Ⰰ 挀漀洀 漀 猀甀爀最椀洀攀渀琀漀 攀 搀攀猀挀愀爀琀攀 搀攀 椀搀攀椀愀猀 搀攀 昀漀爀洀愀 氀椀瘀爀攀⸀ 䘀漀椀 琀愀洀戀洀 渀攀猀琀攀 洀漀洀攀渀琀漀 焀甀攀 愀 瀀攀爀挀攀瀀漀 搀攀 焀甀攀 愀 猀甀猀琀攀渀琀愀戀椀氀椀搀愀搀攀 攀猀琀愀瘀愀 攀洀 猀攀最甀渀搀漀 瀀氀愀渀漀 挀漀洀攀漀甀 愀 猀攀 洀愀渀椀昀攀猀琀愀爀⸀ 倀攀爀挀攀戀攀甀ⴀ猀攀Ⰰ 琀愀洀戀洀Ⰰ 渀攀猀琀攀 瀀漀渀琀漀Ⰰ 焀甀攀 栀愀瘀椀愀 愀 搀甀愀氀椀搀愀搀攀 挀漀洀攀渀琀愀搀愀 愀渀琀攀爀椀漀爀洀攀渀琀攀㨀 愀漀 洀攀猀洀漀 琀攀洀瀀漀Ⰰ 愀 琀攀挀渀漀氀漀最椀愀 愀瘀愀渀愀 愀 瀀愀猀猀漀猀 愀渀椀洀愀搀漀爀攀猀 攀 愀 搀攀猀琀爀甀椀漀 搀漀 瀀氀愀渀攀琀愀 搀攀 愀氀愀猀琀爀愀 搀攀 洀愀渀攀椀爀愀 愀猀猀甀猀琀愀搀漀爀愀⸀
Enquanto a ideia começava a ser concebida, foi decidido o formato da peça: anúncio de revista em página dupla. O tamanho escolhido buscava causar maior impacto, enquanto o veículo fora assim determinado para que figurasse no meio em que as notícias que evidenciam a dualidade observada estão. Após esta decisão, teve início a pesquisa acerca dos recursos gráficos que poderiam ser utilizados para representar a ideia que estava sendo criada.倀攀渀猀愀渀搀漀 渀愀 洀攀渀猀愀最攀洀 攀 攀洀 挀漀洀漀 漀 椀渀猀椀最栀琀 搀愀 搀甀愀氀椀搀愀搀攀 昀漀椀 愀瀀爀攀猀攀渀琀愀搀漀 搀甀瀀氀愀 挀爀椀愀琀椀瘀愀Ⰰ 漀 挀漀渀琀爀愀猀琀攀 猀甀爀最椀甀 挀漀洀漀 攀氀攀洀攀渀琀漀 挀栀愀瘀攀⸀ 䄀猀猀椀洀Ⰰ 愀琀爀愀瘀猀 搀愀 瀀攀猀焀甀椀猀愀 戀椀戀氀椀漀最爀昀椀挀愀 挀漀洀 漀猀 愀甀琀漀爀攀猀 䠀甀爀氀戀甀爀琀 ⠀㤀㠀 ⤀ 攀 䐀漀渀搀椀猀 ⠀㤀㤀㜀⤀Ⰰ 漀 挀漀渀琀爀愀猀琀攀 昀漀椀 挀漀渀挀攀椀琀甀愀搀漀 攀Ⰰ 挀漀渀挀漀洀椀琀愀渀琀攀洀攀渀琀攀Ⰰ 昀漀爀愀洀 搀攀猀挀漀戀攀爀琀愀猀 洀愀渀攀椀爀愀猀 搀攀 甀猀ⴀ氀漀 焀甀攀 昀愀稀椀愀洀 猀攀渀琀椀搀漀 挀漀洀 愀 椀搀攀椀愀 焀甀攀 猀攀 搀攀猀攀樀愀瘀愀 愀瀀爀攀猀攀渀琀愀爀⸀
Ainda através da pesquisa bibliográfica, o conceito da Gestalt surgiu como técnica aparentemente adequada para a criação do anúncio, uma vez que constitui uma construção gráfica dotada de significado e capaz de causar impressões que fariam sentido com a mensagem que se decidiu passar. Assim, o brainstorm tomou o rumo de buscar uma forma de expressar a mensagem de que a atenção precisava ser voltada para o planeta e sua preservação através de um cuidado de composição de imagem dentro das possibilidades da Gestalt, fazendo uso do recurso de percepção da parte e do todo, natural deste princípio.䄀 椀搀攀椀愀Ⰰ 瀀漀爀琀愀渀琀漀Ⰰ 挀漀渀瘀攀爀最椀甀 瀀愀爀愀 愀 挀爀椀愀漀 搀攀 甀洀愀 瀀攀愀 最爀昀椀挀愀 焀甀攀 琀爀漀甀砀攀猀猀攀 愀猀 搀甀愀猀 爀攀愀氀椀搀愀搀攀猀 焀甀攀 昀漀爀洀愀洀 愀 搀甀愀氀椀搀愀搀攀 漀戀猀攀爀瘀愀搀愀㨀 漀 氀愀搀漀 戀漀洀 攀 愀最爀愀搀瘀攀氀Ⰰ 爀攀瀀爀攀猀攀渀琀愀搀漀 瀀漀爀 甀洀 昀甀琀甀爀漀 琀攀挀渀漀氀最椀挀漀 攀 瀀爀琀椀挀漀Ⰰ 瀀攀氀漀 焀甀愀氀 愀猀 瀀攀猀猀漀愀猀 愀渀猀攀椀愀洀 攀 挀甀樀愀 愀瀀爀漀砀椀洀愀漀 攀洀瀀漀氀最愀Ⰰ 攀 漀 愀猀瀀攀挀琀漀 爀甀椀洀 攀 瀀爀攀漀挀甀瀀愀渀琀攀Ⰰ 猀椀洀戀漀氀椀稀愀搀漀 瀀攀氀愀 渀漀 瀀爀攀猀攀爀瘀愀漀 搀漀 愀洀戀椀攀渀琀攀 焀甀攀 攀猀琀Ⰰ 挀愀搀愀 瘀攀稀 洀愀椀猀Ⰰ 氀攀瘀愀渀搀漀 漀 瀀氀愀渀攀琀愀 愀 猀椀琀甀愀攀猀 搀攀 搀攀最爀愀搀愀漀 椀爀爀攀瘀攀爀猀瘀攀椀猀⸀ 伀 搀攀猀愀昀椀漀Ⰰ 瀀漀爀琀愀渀琀漀Ⰰ 攀爀愀 洀漀猀琀爀愀爀 愀猀 搀甀愀猀 爀攀愀氀椀搀愀搀攀猀 樀甀渀琀愀猀Ⰰ 渀愀 洀攀猀洀愀 瀀攀愀Ⰰ 挀漀洀 甀洀 猀攀渀琀椀搀漀 搀攀 甀渀椀搀愀搀攀⸀
Para reunir ambos os cenários, resgatou-se um instrumento que apareceu nas pesquisas, quando a dupla percebeu que os avanços tecnológicos estavam ocorrendo ao mesmo tempo que os avanços da destruição ambiental: os óculos de realidade virtual. O recurso de se simular uma realidade que não existe ou, pelo menos, não está onde a pessoa se encontra no momento é muito simbólico e conversa bem com o conceito buscado na peça. Por conta disso, o Oculus Rift foi escolhido como elemento principal para a peça, responsável por representar o lado dos avanços tecnológicos na peça䄀 昀椀洀 搀攀 挀漀渀昀攀爀椀爀 瘀攀爀搀愀搀攀 瀀攀愀 攀 最愀爀愀渀琀椀爀 猀攀甀 攀渀琀攀渀搀椀洀攀渀琀漀Ⰰ 愀 搀甀瀀氀愀 漀瀀琀漀甀 瀀漀爀 甀琀椀氀椀稀愀爀 昀漀琀漀最爀愀昀椀愀猀 渀漀 愀渀切渀挀椀漀⸀ 䄀猀猀椀洀Ⰰ 昀漀椀 昀攀椀琀愀 甀洀愀 瀀攀猀焀甀椀猀愀 搀攀 昀漀琀漀最爀愀昀椀愀猀 渀漀 戀愀渀挀漀 搀攀 椀洀愀最攀渀猀 椀匀琀漀挀欀Ⰰ 挀甀樀愀 愀猀猀椀渀愀琀甀爀愀 搀椀猀瀀漀渀椀戀椀氀椀稀愀搀愀 愀漀猀 愀氀甀渀漀猀 瀀攀氀愀 䔀匀倀䴀ⴀ匀甀氀⸀ 倀爀椀洀攀椀爀愀洀攀渀琀攀Ⰰ 昀漀爀愀洀 戀甀猀挀愀搀愀猀 椀洀愀最攀渀猀 搀漀猀 挀甀氀漀猀 搀攀 爀攀愀氀椀搀愀搀攀 愀甀洀攀渀琀愀搀愀⸀ 一攀猀琀攀 洀漀洀攀渀琀漀Ⰰ 愀 瀀攀猀焀甀椀猀愀 愀樀甀搀漀甀 愀 搀甀瀀氀愀 愀 搀攀挀椀搀椀爀 焀甀攀 愀 瀀攀愀 猀攀爀椀愀 洀漀渀琀愀搀愀 瀀愀爀愀 搀愀爀 愀 椀洀瀀爀攀猀猀漀 搀攀 瘀椀猀漀 攀洀 瀀爀椀洀攀椀爀愀 瀀攀猀猀漀愀Ⰰ 漀甀 猀攀樀愀Ⰰ 搀愀 瀀攀爀猀瀀攀挀琀椀瘀愀 搀漀 瀀切戀氀椀挀漀⸀
Depois de encontrar a fotografia do Oculus Rift, o diretor de arte finalizou a ideia de representação gráfica da ideia: trazer, dentro das lentes, uma imagem agradável de natureza preservada enquanto, do lado de fora, vemos o descuido que tanto preocupa as organizações dedicadas à conservação da natureza. Desta forma, o processo seguiu para a pesquisa de mais duas imagens: uma que retratasse o planeta como está se tornando – destruído e descuidado – e outra com a dita Realidade Simulada, trazendo o cenário ideal, que só pode ser alcançado através da preservação.쀀 戀甀猀挀愀 搀攀 椀洀愀最攀渀猀Ⰰ 猀攀最甀椀甀ⴀ猀攀 愀 洀愀渀椀瀀甀氀愀漀 搀攀猀琀愀猀 瀀愀爀愀 挀漀洀瀀漀爀 漀 挀攀渀爀椀漀 椀洀愀最椀渀愀搀漀㨀 漀 挀甀氀漀猀 瀀漀猀椀挀椀漀渀愀搀漀 渀愀 瀀攀爀猀瀀攀挀琀椀瘀愀 搀攀 焀甀攀洀 瘀 漀 愀渀切渀挀椀漀Ⰰ 挀漀洀 搀甀愀猀 洀漀猀 漀 猀攀最甀爀愀渀搀漀Ⰰ 甀洀 挀攀渀爀椀漀 爀攀瀀氀攀琀漀 搀攀 瀀漀氀甀椀漀 瀀漀爀 昀漀爀愀 攀 愀 爀攀愀氀椀搀愀搀攀 猀椀洀甀氀愀搀愀 瀀漀爀 搀攀渀琀爀漀Ⰰ 搀攀洀漀渀猀琀爀愀渀搀漀 愀 搀甀愀氀椀搀愀搀攀 漀戀猀攀爀瘀愀搀愀 搀攀猀搀攀 漀 瀀爀椀渀挀瀀椀漀⸀ 倀愀爀愀 焀甀攀 昀椀稀攀猀猀攀 猀攀渀琀椀搀漀 攀 琀爀漀甀砀攀猀猀攀 愀 椀搀攀椀愀 搀攀 甀渀椀搀愀搀攀 瀀爀瀀爀椀愀 搀愀 䜀攀猀琀愀氀琀Ⰰ 攀爀愀 椀洀瀀漀爀琀愀渀琀攀 焀甀攀 愀猀 椀洀愀最攀渀猀Ⰰ 愀瀀攀猀愀爀 搀漀 挀漀渀琀爀愀猀琀攀Ⰰ 猀攀 挀漀洀瀀氀攀琀愀猀猀攀洀Ⰰ 搀攀洀漀渀猀琀爀愀渀搀漀 焀甀攀 愀 搀椀昀攀爀攀渀愀 攀渀琀爀攀 攀氀愀猀 攀爀愀 爀攀氀愀琀椀瘀愀⸀ 倀愀爀愀 愀氀挀愀渀愀爀 攀猀琀攀 攀昀攀椀琀漀Ⰰ 漀 猀漀昀琀眀愀爀攀 倀栀漀琀漀猀栀漀瀀 䌀䌀Ⰰ 搀愀 䄀搀漀戀攀Ⰰ 昀漀椀 甀琀椀氀椀稀愀搀漀⸀
Após finalização da imagem, foi pensado um título que traduzisse, de forma sucinta, o que a peça representava. Era preciso, com este texto, explicar a Realidade Simulada e situar o público como um dos culpados pela realidade que não era simulada, convidando-o para a ação para mudar aquela realidade, fazendo uso da voz imperativa. Assim, foram desenvolvidas diversas opções de título. Ao final, a dupla escolheu aquele que mais acertadamente traduzia a mensagem, de forma forte mas não desagradável, alarmante mas não assustadora, buscando o equilíbrio do impacto. Como enfatizado anteriormente, foi optado por aplicar uma fonte sem serifa, mais simples, uma vez que o foco da peça é a imagem.倀漀爀 昀椀洀Ⰰ 瀀愀爀愀 焀甀攀 愀 瀀攀愀 琀椀瘀攀猀猀攀 甀洀 愀挀愀戀愀洀攀渀琀漀 爀攀愀氀椀猀琀愀Ⰰ 攀 甀洀愀 瘀攀稀 焀甀攀 漀 戀爀椀攀昀椀渀最 瀀攀爀洀椀琀椀愀Ⰰ 愀 搀甀瀀氀愀 攀猀挀漀氀栀攀甀 甀洀愀 漀爀最愀渀椀稀愀漀 渀漀ⴀ最漀瘀攀爀渀愀洀攀渀琀愀氀 搀攀 挀漀渀猀攀爀瘀愀漀 瀀愀爀愀 愀猀猀椀渀愀爀 愀 瀀攀愀⸀ 伀瀀琀漀甀ⴀ猀攀 瀀攀氀愀 圀圀䘀 䈀爀愀猀椀氀 瀀漀爀 愀挀爀攀搀椀琀愀爀ⴀ猀攀 焀甀攀 攀氀愀 甀洀愀 搀愀猀 伀一䜀猀 洀愀椀猀 挀漀渀栀攀挀椀搀愀猀 琀愀渀琀漀 瀀漀爀 猀攀甀 琀爀愀戀愀氀栀漀 渀愀 瀀爀攀猀攀爀瘀愀漀 搀漀 洀攀椀漀 愀洀戀椀攀渀琀攀 焀甀愀渀琀漀 瀀漀爀 猀攀甀猀 愀渀切渀挀椀漀猀 攀 挀愀洀瀀愀渀栀愀猀 瀀漀搀攀爀漀猀漀猀 爀攀氀愀挀椀漀渀愀搀漀猀 愀漀 琀攀洀愀⸀
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Fonte: os autores (2017).
A peça final, como pode ser observado na Imagem 1, traz, ao fundo, uma cena de uma praia bastante poluída e, em primeiro plano duas mãos em primeira pessoa segurando um óculos simulador de realidade virtual. Nos visores do óculos, vê-se o que parece ser a mesma praia, mas em perfeito estado de conservação. Em preto, próximo à linha do horizonte, lê-se o título “Abra os olhos antes que a única realidade seja simulada”.㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀☀渀戀猀瀀㬀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀㰀猀瀀愀渀 挀氀愀猀猀㴀∀焀甀愀琀爀漀∀㸀㰀戀㸀䌀伀一匀䤀䐀䔀刀䄀윀픀䔀匀㰀⼀戀㸀㰀⼀猀瀀愀渀㸀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀 眀椀搀琀栀㴀∀㤀 ─∀㸀ऀ㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀ 愀氀椀最渀㴀∀樀甀猀琀椀昀礀∀㸀䄀 爀攀昀氀攀砀漀 瀀爀漀瀀漀爀挀椀漀渀愀搀愀 瀀攀氀愀 漀瀀漀爀琀甀渀椀搀愀搀攀 搀攀 搀攀猀攀渀瘀漀氀瘀攀爀 攀猀琀攀 琀爀愀戀愀氀栀漀 昀漀椀Ⰰ 猀攀洀 搀切瘀椀搀愀猀Ⰰ 猀甀愀 瀀愀爀琀攀 洀愀椀猀 爀椀挀愀⸀ 伀 爀攀挀漀渀栀攀挀椀洀攀渀琀漀 搀攀 焀甀攀 愀 猀甀猀琀攀渀琀愀戀椀氀椀搀愀搀攀 愀椀渀搀愀 攀猀琀 攀洀 猀攀最甀渀搀漀 瀀氀愀渀漀 渀愀 猀漀挀椀攀搀愀搀攀 愀氀愀爀洀愀渀琀攀Ⰰ 洀愀猀 攀砀琀爀攀洀愀洀攀渀琀攀 渀攀挀攀猀猀爀椀漀 樀甀猀琀愀洀攀渀琀攀 瀀愀爀愀 焀甀攀 攀猀琀愀 爀攀愀氀椀搀愀搀攀 猀攀樀愀 爀攀瘀攀爀琀椀搀愀⸀ 䄀 爀攀愀氀椀搀愀搀攀 猀椀洀甀氀愀搀愀 愀猀猀甀猀琀漀甀 漀 最爀甀瀀漀 瀀漀爀 挀漀渀琀愀 搀攀 猀甀愀 攀焀甀椀瘀愀氀渀挀椀愀 挀漀洀 愀 爀攀愀氀椀搀愀搀攀 焀甀攀 瘀攀洀漀猀 栀漀樀攀Ⰰ 攀 攀猀琀攀 漀 攀昀攀椀琀漀 焀甀攀 猀攀 戀甀猀挀漀甀 挀愀甀猀愀爀 渀漀 瀀切戀氀椀挀漀 愀琀爀愀瘀猀 搀漀 搀攀猀攀渀瘀漀氀瘀椀洀攀渀琀漀 搀愀 瀀攀愀㨀 瀀愀爀愀 漀渀搀攀 渀漀猀猀漀猀 漀氀栀漀猀 攀猀琀漀 瘀漀氀琀愀搀漀猀㼀 䔀猀琀攀 爀攀愀氀洀攀渀琀攀 漀 昀漀挀漀 焀甀攀 搀攀瘀攀爀愀洀漀猀 攀猀琀愀爀 琀漀洀愀渀搀漀㼀
A dupla acredita ter alcançado seus objetivos ao criar um anúncio dinâmico, relacionando com naturalidade a tecnologia moderna, o mundo ideal e o mundo real, capaz de incitar a reflexão e estimular a compreensão sobre a culpa de cada um na realidade, aquela que não se pode simular. A força da mensagem é evidente: precisamos parar de contar com as simulações, afinal, o virtual pode ser benéfico em diversos aspectos, mas ainda não substitui o real.㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀☀渀戀猀瀀㬀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀㰀猀瀀愀渀 挀氀愀猀猀㴀∀焀甀愀琀爀漀∀㸀㰀戀㸀刀䔀䘀䔀刀쨀一䌀䤀䄀匀 䈀䤀䈀䰀䤀伀䜀刀섀䤀䌀䄀匀㰀⼀戀㸀㰀⼀猀瀀愀渀㸀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀 眀椀搀琀栀㴀∀㤀 ─∀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀䄀唀䐀䄀䌀䤀吀夀⸀ 刀攀愀氀椀搀愀搀攀 嘀椀爀琀甀愀氀㨀 愀昀椀渀愀氀Ⰰ 挀漀洀漀 攀氀愀 瘀攀洀 猀攀渀搀漀 甀猀愀搀愀㼀Ⰰ ㈀ 㜀⸀ 䐀椀猀瀀漀渀瘀攀氀 攀洀㨀 㰀栀琀琀瀀猀㨀⼀⼀戀爀⸀甀搀愀挀椀琀礀⸀挀漀洀⼀戀氀漀最⼀瀀漀猀琀⼀甀猀漀猀ⴀ爀攀愀氀椀搀愀搀攀ⴀ瘀椀爀琀甀愀氀㸀⸀ 䄀挀攀猀猀漀 攀洀㨀 ㈀㠀 洀愀爀⸀ ㈀ 㠀⸀㰀戀爀㸀㰀戀爀㸀䐀伀一䐀䤀匀Ⰰ 䐀漀渀椀猀 䄀⸀ 匀椀渀琀愀砀攀 搀愀 氀椀渀最甀愀最攀洀 瘀椀猀甀愀氀⸀ 匀漀 倀愀甀氀漀㨀 䴀愀爀琀椀渀猀 䘀漀渀琀攀猀Ⰰ 㤀㤀㜀⸀㰀戀爀㸀㰀戀爀㸀䠀唀刀䰀䈀唀刀吀Ⰰ 䄀氀氀攀渀⸀ 䰀愀礀漀甀琀㨀 漀 搀攀猀椀最渀 搀愀 瀀最椀渀愀 椀洀瀀爀攀猀猀愀⸀ 匀漀 倀愀甀氀漀㨀 一漀戀攀氀Ⰰ 㤀㠀 ⸀㰀戀爀㸀㰀戀爀㸀䰀䤀䴀䄀Ⰰ 䰀甀挀椀愀渀愀⸀ 䈀攀洀ⴀ瘀椀渀搀漀 爀攀愀氀椀搀愀搀攀 瘀椀爀琀甀愀氀⸀ 䔀堀䄀䴀䔀Ⰰ ㈀ 㘀⸀ 䐀椀猀瀀漀渀瘀攀氀 攀洀㨀 栀琀琀瀀猀㨀⼀⼀攀砀愀洀攀⸀愀戀爀椀氀⸀挀漀洀⸀戀爀⼀渀攀最漀挀椀漀猀⼀戀攀洀ⴀ瘀椀渀搀漀ⴀ愀ⴀ爀攀愀氀椀搀愀搀攀ⴀ瘀椀爀琀甀愀氀⼀⸀ 䄀挀攀猀猀漀 攀洀㨀 ㈀㠀 洀愀爀 ㈀ 㠀⸀㰀戀爀㸀㰀戀爀㸀倀刀䔀匀匀䔀Ⰰ 䘀爀愀渀挀攀⸀ 伀猀 洀愀椀漀爀攀猀 愀渀椀洀愀椀猀 琀攀爀爀攀猀琀爀攀猀 攀猀琀漀 攀洀 瀀攀爀椀最漀⸀ 䐀攀猀琀愀欀Ⰰ ㈀ 㠀⸀ 䐀椀猀瀀漀渀瘀攀氀 攀洀㨀 栀琀琀瀀㨀⼀⼀眀眀眀⸀搀攀猀琀愀欀樀漀爀渀愀氀⸀挀漀洀⸀戀爀⼀瀀攀琀⼀搀攀琀愀氀栀攀⼀漀猀ⴀ洀愀椀漀爀攀猀ⴀ愀渀椀洀愀椀猀ⴀ琀攀爀爀攀猀琀爀攀猀ⴀ攀猀琀愀漀ⴀ攀洀ⴀ瀀攀爀椀最漀⸀ 䄀挀攀猀猀漀 攀洀㨀 ㈀㠀 洀愀爀⸀ ㈀ 㠀⸀㰀戀爀㸀㰀戀爀㸀匀䤀䰀嘀䔀䤀刀䄀Ⰰ 䐀攀戀漀爀愀 倀爀椀挀椀氀愀⸀ 儀甀愀氀 愀 搀椀昀攀爀攀渀愀 攀渀琀爀攀 刀攀愀氀椀搀愀搀攀 嘀椀爀琀甀愀氀 攀 刀攀愀氀椀搀愀搀攀 䄀甀洀攀渀琀愀搀愀㼀 伀昀椀挀椀渀愀 搀愀 一攀琀Ⰰ ㈀ 㘀⸀ 䐀椀猀瀀漀渀瘀攀氀 攀洀㨀 栀琀琀瀀猀㨀⼀⼀眀眀眀⸀漀昀椀挀椀渀愀搀愀渀攀琀⸀挀漀洀⸀戀爀⼀瀀漀猀琀⼀㜀 㠀㌀ⴀ焀甀愀氀ⴀ愀ⴀ搀椀昀攀爀攀渀挀愀ⴀ攀渀琀爀攀ⴀ爀攀愀氀椀搀愀搀攀ⴀ瘀椀爀琀甀愀氀ⴀ攀ⴀ爀攀愀氀椀搀愀搀攀ⴀ愀甀洀攀渀琀愀搀愀⸀ 䄀挀攀猀猀漀 攀洀㨀 ㈀㠀 洀愀爀⸀ ㈀ 㠀⸀㰀戀爀㸀㰀戀爀㸀圀圀䘀 䈀爀愀猀椀氀⸀ 唀渀椀搀愀搀攀猀 搀攀 挀漀渀猀攀爀瘀愀漀 猀漀戀 爀椀猀挀漀Ⰰ ㈀ 㜀⸀ 䐀椀猀瀀漀渀瘀攀氀 攀洀㨀 栀琀琀瀀㨀⼀⼀搀㌀渀攀栀挀㘀礀氀㤀焀稀漀㐀⸀挀氀漀甀搀昀爀漀渀琀⸀渀攀琀⼀搀漀眀渀氀漀愀搀猀⼀搀漀猀猀椀攀戀爀愀猀椀氀开瘀㤀开㈀⸀瀀搀昀⸀ 䄀挀攀猀猀漀 攀洀㨀 ㈀㠀 洀愀爀⸀ ㈀ 㠀⸀㰀戀爀㸀㰀戀爀㸀ऀ㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀⼀琀愀戀氀攀㸀㰀⼀戀漀搀礀㸀㰀⼀栀琀洀氀㸀
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