ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>Anais :: Intercom :: Congresso Intercom</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span style="color: #A9860F"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;00513</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #A9860F"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #A9860F"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #A9860F"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #A9860F"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Ariel Rodrigues Franco (Universidade Federal de Goiás)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #A9860F"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;, , , , </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #A9860F"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">As fotos deste projeto pertencem originalmente ao livro reportagem fotoetnográfico "Paredes Rebeldes  a vida numa ocupação urbana", que retrata o cotidiano da ocupação urbana Fidel Castro, localizada no Conjunto Vera Cruz, um bairro da periferia da zona oeste de Goiânia, onde viviam, na época que o projeto foi realizado, 84 pessoas. O lote ocupado pertence à prefeitura de Goiânia e estava abandonado quando ocorreu a invasão, na madrugada da virada do ano de 2016 para 2017. A ocupação é organizada pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), um movimento social que luta pelo direito à moradia urbana e é articulado no país todo. Quando ocuparam, os acampados capinaram o terreno e começaram a erguer casas com vigas de madeira, lona e madeirite. Nas casas eles têm TV, geladeira, prateleiras, móveis e todos os demais objetos que uma casa qualquer têm. As refeições são feitas na cozinha coletiva do acampamento, assim como os banhos e necessidades fisiológicas, realizados em dois barracões, cada um com um fim, um com fossa séptica e outro onde ficam galões de água quente destinado aos banhos. Eles buscam sinalizar seu desejo de terem suas próprias habitações, respeitando suas subjetividades e dignidades, além de mostrarem à sociedade que eles vieram para ficar até conseguirem a casa própria. A maioria deles decidiu ocupar o terreno por falta de outras opções de vida, diante da realidade de encarecimento dos aluguéis e aumento do desemprego. Dessa forma, ao conhecerem o MTST e seu projeto de luta, decidiram se unir ao movimento levados pela necessidade imediata de reivindicar o direito à moradia, mas, com o passar do tempo, perceberam a dimensão que a luta e a organização possuem, transformando sua maneira de encarar a vida e se sociabilizarem uns com os outros. A ideia de fazer um trabalho fotoetnográfico com a comunidade de acampados no "Fidel Castro" veio quando visitei o local para uma roda de conversa sobre Democratização da Comunicação, organizada por partidos, sindicatos e movimentos sociais, em novembro de 2017. Eu já tinha visitado e trabalhado com rádios comunitárias em comunidades de sem terras, alunos de escolas rurais e mulheres detentas, realizados em disciplinas e projetos de extensão durante minha graduação; e o desejo de realizar um trabalho de imersão antropológica, utilizando a câmera fotográfica como instrumento e a imagem como meio de contar a história de pessoas que vivem organizadas em comunidades era algo que sempre me estimulou. Foi aí que surgiu a ideia de fazer um livro reportagem fotoetnográfico com a comunidade de sem tetos de "Fidel Castro", enfocando sobretudo nos modos de ser e viver dos habitantes. As ocupações urbanas, além disso, expressam formas de organização e resistência popular para enfrentar um problema social, que é a especulação imobiliária e a concentração fundiária - o pano de fundo desse trabalho. Goiás, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), aponta o estado como o possuidor do maior déficit habitacional bruto da região Centro Oeste, com 210.125 imóveis em condições adversas de habitação, sendo que 128 mil deles se encontravam nessa situação por abrigarem famílias com dificuldade de pagar o aluguel (renda familiar total comprometida acima de 30% com pagamento de aluguel). O governo de Goiás, por meio do Instituto Mauro Borges (IMB), também produziu em 2017 uma pesquisa do déficit habitacional de cada cidade do estado, tendo como fonte os dados das famílias inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico). A pesquisa chegou ao número de 159.538 famílias em situação de déficit no estado, totalizando 450.925 pessoas, sendo que 113.795 famílias (71,33%) estão no grupo por terem dificuldades de pagar o aluguel. A maior parte dessas famílias (28%), ou 126.332, vivem em Goiânia e região metropolitana (onde o projeto fotoetnográfico foi desenvolvido).</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #A9860F"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #A9860F"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr width="90%"><td colspan="2"> </td></tr></table></body></html>