ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>Anais :: Intercom :: Congresso Intercom</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span style="color: #A9860F"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;00880</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #A9860F"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #A9860F"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #A9860F"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #A9860F"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Armando de Jesus do Nascimento Júnior (Universidade Federal de Juiz de Fora); Iluska Maria da Silva Coutinho (Universidade Federal de Juiz de Fora)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #A9860F"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;, , , , </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #A9860F"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">MARIELLE FRANCO... O Lampião 2.0 é um trabalho desenvolvido no âmbito da disciplina Projeto Experimental II, da Faculdade de Comunicação da Universidade Federal de Juiz de Fora. A página web hospeda a reportagem "Encruzilhada" e se configura como um espaço de reflexão acerca do papel do gay [e do] negro na sociedade brasileira. O objetivo central da reportagem era pensar o lugar dessa comunidade em instituições de ensino superior por meio de questões que perpassam o acesso, a permanência e a formação de uma parcela da população que [con]vive às margens dos direitos e, historicamente, é refém da ausência do Estado. A cisão entre brancos e negros no Brasil está calcada em mais de três séculos de escravidão e, mesmo com a abolição, há [apenas] 130 anos, esse afastamento repercute nas condições sociais sob as quais as duas parcelas da população estão emergidas atualmente. Negros correspondem à principal fração de vítimas de crimes violentos no país, segundo o Atlas da Violência, de 2017, e convivem com a sombra de um passado perverso ao não poderem acessar diversos espaços, majoritariamente, ocupados por brancos. Se de um lado a negritude é colocada à margem da sociedade, de outro temos um grupo subjugado pelas questões de gênero e sexualidade. LGBTs são um dos principais alvos de crimes de ódio no Brasil e isso coloca o país como o que mais mata membros dessa comunidade no mundo. Somente em 2017, por exemplo, 445 lésbicas, gays, bissexuais, transexuais e travestis (além de outros membros que não se identificam dentro dessas denominações) foram mortos simplesmente por não se enquadrarem no padrão cis-heteronormativo presente na sociedade brasileira (levantamento feito pelo Grupo Gay da Bahia, organização não-governamental que realiza o mapeamento das mortes por LGBTfobia no Brasil). Nesse sentido, indivíduos que carregam essas duas identidades sociais (negra e LGBT) estão mais expostos às agressões. E é nesse contexto que se insere este trabalho. Trata-se de uma reflexão acerca da posição do gay [e do] negro no Brasil e suas implicações no acesso, permanência e formação no ensino superior. Com recorte para a realidade vivida por alunos, servidores e técnicos da Universidade Federal de Juiz de Fora, um dos grandes provocadores para a produção deste projeto foi a constatação da ausência de dados que quantifiquem o número de pessoas negras e LGBTs que trabalham ou estudam na UFJF. Apesar de existirem dados aproximados em relação ao número de alunos negros em nível nacional - o que não reflete a realidade uma vez que nem todos os alunos pretos ou pardos entram pelo sistema de cotas ou se autodeclaram negros - não existe nenhum dado referente à comunidade LGBT dentro da universidade. A construção deste trabalho levou em consideração também a necessidade de levar esse debate para fora dos muros da universidade, integrando não só o público-alvo, mas também outras pessoas, a fim de torná-las potenciais disseminadoras de um discurso mais inclusivo e empático para com a comunidade retratada. É parte de uma tentativa de desvelar um problema nacional que tem repercussão regional; e, ainda, um esforço de denunciar uma realidade que é completamente ignorada pela imprensa local de Juiz de Fora, considerada, por exemplo, a terceira cidade mais desigual para negros do Brasil, segundo estudo do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), de 2017. Calcado sob os preceitos da Comunicação Pública, buscamos evidenciar uma realidade ainda pouco explorada nos veículos de comunicação tradicionais e, sobretudo, desconstruir os discursos empenhados por eles, muitas vezes envoltos por uma série de estereótipos. A coleta de dados e as entrevistas obtidas possibilitaram a construção de uma narrativa hipermídia que nos viabilizou questionar os desafios diários de luta da negritude gay da UFJF, bem como elucidar sua ocupação, representação e transformação enquanto lugar de resistência. ...PRESENTE!</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #A9860F"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #A9860F"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr width="90%"><td colspan="2"> </td></tr></table></body></html>