ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>Anais :: Intercom :: Congresso Intercom</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span style="color: #A9860F"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;00996</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #A9860F"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #A9860F"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #A9860F"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #A9860F"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Sara Oliveira Camelo Costa Morais (Universidade Federal de Uberlândia); Gabriel Caixeta Marra (Universidade Federal de Uberlândia); Thiago Augusto Arlindo Tomaz da Silva Crepaldi (Universidade Federal de Uberlândia); Gerson de Sousa (Universidade Federal de Uberlândia)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #A9860F"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;, , , , </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #A9860F"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A fotografia retratada neste relatório faz parte do jornal laboratório, Senso InComum, do curso de jornalismo da Universidade Federal de Uberlândia (UFU). O jornal foi desenvolvido no quarto período do curso por meio da interdisciplinaridade das disciplinas de PIC IV, Oficina de Fotografia, Jornalismo Impresso e Edição em Jornalismo. A disciplinas foram ministradas pelos professores Gerson de Sousa, Ivanise Andrade e Raquel Timponi no segundo semestre de 2018. A foto  O Eu invisível foi capa da grande reportagem do caderno especial da 43ª edição do jornal laboratório, intitulado "Confissões sob ditadura". Ela dialoga com a proposta do caderno especial que é a de contemplar uma narrativa que foi marginalizada no tempo do regime militar, com censura e repressão. Entretanto, no processo de produção não foi atribuído elementos que visassem a negação das memórias daqueles que viveram na época ditatorial, mas sim, na afirmação de suas vozes no presente ressignificando os acontecimentos passados. Essa análise parte do pressuposto de que nenhuma imagem é uma representação do real. Toda imagem capturada pelas lentes de uma câmera carrega sentidos e interpretações que devem ser analisadas de acordo com o contexto no qual ela foi criada. Como aponta Jorge Pedro Sousa, em seu livro  Fotojornalismo: Uma introdução à história, às técnicas e à linguagem da fotogra&#64257;a na imprensa (Porto, 2002).  A fotogra&#64257;a já foi encarada quase unicamente como o registo visual da verdade. Foi nesta condição que foi adoptada pela imprensa. Hoje, já se chegou à noção de que a fotogra&#64257;a pode representar e indiciar a realidade, mas não registá-la nem ser o seu espelho &#64257;el (SOUSA, 2002). O objetivo da fotografia foi o de reafirmar a luta pela democracia nos dias atuais. O que implica na ressignificação das vozes (não-ditas) da imagem. Em outras palavras, a ausência de um sujeito sentado na cadeira afirma a garantia dos direitos democráticos e a negação de atitudes ditatoriais. Uma vez que todos os elementos da foto carregam conceitos que serão especificados. Em meio a crise política na qual o Brasil se encontra, além da novas propostas de governo do então candidato à presidência da república, Jair Bolsonaro (Partido Social Liberal - PSL), acreditamos que seria condizente ressignificar os acontecimentos da época ditatorial a partir da fotografia e da sua relação com a produção da qual ela fazia parte. Os acontecimentos da época ditatorial podem ser analisados por duas linhas. A primeira seria a do passado, a época que os fatos aconteceram. Já a segunda seria a do presente, onde sabemos os desdobramentos de tudo que ocorreu. O ponto central para entender o conceito da fotografia é justamente fazer um contraponto entre essas duas linhas temporais e analisar os possíveis sentidos atribuídos a foto que cada uma delas proporciona. Sendo assim, é possível perceber a relação da memória entre os indivíduos como algo coletivo e não meramente individual. Em seu texto  Memória e Identidade (Rio de Janeiro, 1992), Michael Pollak afirma que a memória é uma construção social que sofre mudanças constante.  A memória parece ser um fenômeno individual, algo relativamente íntimo, próprio da pessoa. Mas Maurice Halbwachs, nos anos 20-30, já havia sublinhado que a memória deve ser entendida também, ou sobretudo, como um fenômeno coletivo e social, ou seja, como um fenômeno construído coletivamente e submetido a flutuações, transformações, mudanças constantes. (POLLAK, 1992, p. 200). Por conta disso, se percebe a ressignificação da memória ditatorial nos dias atuais. O nome da foto  O Eu Invisível foi elaborado a partir da afirmação das vozes dos sujeitos que se manifesta por meio da ausência. A negação da presença de um indivíduo sentado na cadeira assegura a possibilidade de manifestação para além de si. Sendo assim,  O Eu Invisível afirma um discurso coletivo de liberdade.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #A9860F"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #A9860F"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr width="90%"><td colspan="2"> </td></tr></table></body></html>