ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>Anais :: Intercom :: Congresso Intercom</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span style="color: #A9860F"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;01284</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #A9860F"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #A9860F"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #A9860F"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #A9860F"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Maria Fernanda Mileski de Paula (Universidade Federal do Paraná); José Carlos Fernandes (Universidade Federal do Paraná)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #A9860F"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;, , , , </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #A9860F"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A série de reportagens A criança do porta-retrato foi apresentada como Trabalho de Conclusão de Curso da graduação em Jornalismo, da Universidade Federal do Paraná (UFPR). A publicação aborda a busca da identidade e o reconhecimento de crianças e adolescentes transgêneros. No país que lidera o ranking de assassinatos de transexuais no mundo, segundo dados da ONG Transgender Europe, de 2018, a crescente abertura social sobre o tema torna compreensível a ascensão da discussão sobre a transgeneridade. Um exemplo é a personagem  Ivana , da novela A força do querer (2017), de Gloria Perez. Na emissora global, a atriz Carol Duarte interpretou cenas tocantes sobre o processo de reconhecimento e transição para o gênero masculino. Foi a primeira vez que uma novela brasileira fez abordagem contundente sobre a transgeneridade. No campo do Jornalismo, um mapeamento realizado para este Trabalho de Conclusão de Curso apurou que, entre janeiro de 2017 a novembro de 2018, foram publicadas cerca de 45 reportagens sobre a temática de identidade de gênero na edição impressa do jornal Folha de S. Paulo. Ainda assim, a falta de conhecimento é um dos fatores que geram a discriminação. Uma associação que desencadeia inúmeros preconceitos é a confusão sobre os termos sexo, identidade de gênero e orientação sexual. É preciso esclarecer as diferenças: gênero se refere a como a pessoa se identifica; sexo se refere ao órgão genital com o qual um indivíduo nasce; e orientação sexual se refere à preferência afetiva. Quando a pessoa se identifica com seu sexo biológico, ela é denominada cisgênero. Quando não há identificação, é transgênero.O termo transgênero significa o sentimento intenso de não pertencimento ao sexo anatômico, o que pode acontecer já na infância, segundo Márcia Arán em A transexualidade e a gramática normativa do sistema sexo-gênero (Ágora, 2006). Já Letícia Lanz, em seu livro O corpo da roupa (Transgente, 2015), vai mais a fundo na definição. Para a psicanalista, a pessoa transgênera diverge entre sua expressão de gênero e as normas socialmente aceitas pela categoria de gênero que recebeu ao nascer. As normas a que Lanz se refere revelam estereótipos e padrões de comportamento que são apresentados às pessoas como naturais. Por exemplo, que meninos devem vestir azul e meninas rosa, ou que homens não devem se maquiar e mulheres não devem deixar seus pelos crescerem. Desde muito cedo, a questão de gênero assume um caráter altamente opressivo na vida das pessoas transgêneras. A Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra) divulgou, em 2018, o Mapa de Assassinatos de Travestis e Transexuais, que apresentou a estimativa de uma morte a cada 48 horas dessa população no Brasil. A produção de verdades e de um discurso que ignora a comunidade trans provoca a exclusão. Não há no Brasil maneiras de quantificar a população transgênera. Mesmo em uma busca no Google, não se encontra tal informação. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) também não inclui a opção transgênero em seus levantamentos. Esse vazio de números apresenta para a pessoa transgênera uma opção: a vulnerabilidade e a falta de serviços sociais destinados a essa população. A infância e a adolescência de pessoas transgêneras também são fases difíceis e abusivas pela represália sofrida a partir de algumas famílias, por colegas da escola e pela sociedade em geral. O Mapa de Assassinatos de Travestis e Transexuais no Brasil revelou, ainda, mais um importante dado: 13 anos é a idade média em que transexuais e travestis são expulsos de casa pelos pais. Parte da ausência de dados, quando o foco são crianças transgêneras as informações se mostram ainda mais escassas e difusas. A transição começa com a aceitação, tanto pela pessoa, quanto pelas famílias (isso porque, a família é um agente importante no caso das crianças e adolescentes). Dessa forma, a série de reportagens se insere nesse cenário, e tem o objetivo de contribuir socialmente como base de informação.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #A9860F"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #A9860F"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr width="90%"><td colspan="2"> </td></tr></table></body></html>