INSCRIÇÃO: 02452
 
CATEGORIA: 
 
MODALIDADE: 
 
TÍTULO: 
 
AUTORES: Mahara Miranda de Aguiar (Universidade Federal de Santa Catarina); Maria Terezinha da Silva (Universidade Federal de Santa Catarina)
 
PALAVRAS-CHAVE: , , , ,
 
RESUMO
A representação midiática e publicitária de e para mulheres sempre corroborou a ideia de que a vaidade e a preocupação excessiva com a aparência são características 'intrínsecas' a elas, e colocando a busca pela beleza como natural. Como "vivemos um tempo em que meios de comunicação de massa [...] produzem e veiculam toda uma discursividade sobre e para o corpo" (DAMICO, MEYER, 2006, p 105), esta ideia, socialmente construída, se perpetua e é validada pelos veículos midiáticos e empresas do setor. Entretanto, a suposta naturalidade da relação entre mulher e beleza é questionada por teorias feministas há tempos. Este questionamento encontra uma de suas maiores potências no ensaio O Mito da Beleza - Como as imagens de beleza são usadas contra as mulheres, publicado em 1991 pela ensaísta estadunidense Naomi Wolf, no qual esta produção jornalística foi embasada teoricamente. No ensaio, Wolf demonstra que impor padrões de beleza cada vez mais rígidos foi a última 'cartada' da sociedade patriarcal para a dominação da mulher. Para ela, a necessidade da beleza seria uma prisão "coletiva e psicológica", impondo às mulheres uma terceira jornada de trabalho - o trabalho profissional, doméstico e ainda o cuidado com a aparência - que as impediria de se emanciparem completamente (WOLF, 1991). Embora Wolf analise as mudanças após a segunda onda feminista, nos anos 1960, as questões que pontua ainda se fazem presentes na sociedade atual, apesar da emergência da quarta onda feminista (ROCHA, 2017). Esta nova onda é definida pelo ressurgimento do feminismo através do engajamento online, onde "as tecnologias, principalmente a internet, alongaram um viés de discussão, disseminação e até mesmo 'rebeldia' contra os padrões taxativos de normatização da mulher" (ROCHA, 2017, p 60). É preciso pontuar, porém, que "a apropriação das tecnologias da informação entre as mulheres estabeleceu-se de maneira desigual, devido às diferenças sociais, étnico-raciais, territoriais e outras" (Idem, p 63). Entre as mulheres capazes de acessá-lo, o feminismo nas redes demarcou novas questões, típicas da pós-modernidade, centradas no 'eu' e no indivíduo (CERQUEIRA, 2008). Surgem questões como amor-próprio, empoderamento e auto-aceitação - e é aí que a teoria de Naomi Wolf se defronta com a atualidade; pois apesar destas pautas serem discutidas, a necessidade de beleza ainda é parte integrante da vida da maioria das mulheres. Tem-se ainda a sensação de que "a auto-estima parece depender muito mais do tamanho do nariz, da cintura ou das pernas do que da maneira que desenvolvem capacidades de relacionamento com o mundo" (ADELMAN, 2003, p. 451, Apud: DAMICO, MEYER, 2006). Em meio a estas questões individuais e sociais, a questão mercadológica paira soberana e quase inatingível. Empoderamento e representatividade femininos são mostrados frequentemente em campanhas publicitárias, através da técnica do femvertising (TORRES, 2015), mas estas mudanças operam quase unicamente no campo das ideias, e não da realidade. Mesmo assim, este movimento mercadológico é geralmente tomado exclusivamente como positivo e benéfico. E apesar do discurso de aceitação da beleza natural que é adotado nas empresas, os lucros bilionários das indústrias de cosméticos não se abalou nos últimos anos (ABIHPEC, 2018). ਀준 搀愀 瀀攀爀挀攀瀀漀 搀攀 琀漀搀愀猀 攀猀琀愀猀 焀甀攀猀琀攀猀 焀甀攀 渀愀猀挀攀 攀猀琀愀 爀攀瀀漀爀琀愀最攀洀⸀ 倀攀渀猀愀洀漀猀 渀漀 樀漀爀渀愀氀椀猀洀漀 瀀愀爀愀 愀氀洀 搀攀 渀愀爀爀愀琀椀瘀愀猀 愀氀椀渀栀愀搀愀猀 愀漀 猀琀愀琀甀猀 焀甀漀㨀 甀洀 樀漀爀渀愀氀椀猀洀漀 焀甀攀 猀攀 瘀愀氀攀 搀愀 瀀爀漀戀氀攀洀愀琀椀稀愀漀 攀 挀漀渀猀琀爀椀 渀愀爀爀愀琀椀瘀愀猀 焀甀攀 搀攀瘀攀洀 昀甀最椀爀 搀漀 猀攀渀猀漀 挀漀洀甀洀⸀ 倀漀爀 椀猀猀漀Ⰰ 戀甀猀挀愀洀漀猀 爀攀琀爀愀琀愀爀 挀漀洀漀 猀攀 搀 愀 爀攀氀愀漀 愀琀甀愀氀 搀愀猀 洀甀氀栀攀爀攀猀 攀 椀渀搀切猀琀爀椀愀 挀漀洀 愀瀀愀爀渀挀椀愀Ⰰ 挀漀渀猀甀洀漀 攀 愀甀琀漀攀猀琀椀洀愀㬀 猀攀 愀猀 洀漀搀椀昀椀挀愀攀猀 瀀甀戀氀椀挀椀琀爀椀愀猀 攀 猀漀挀椀愀椀猀 攀猀琀漀 瀀爀漀瘀漀挀愀渀搀漀Ⰰ 搀攀 昀愀琀漀Ⰰ 愀氀最甀洀愀 洀甀搀愀渀愀 渀攀猀猀愀 爀攀氀愀漀⸀ 䄀 最爀愀渀搀攀 爀攀瀀漀爀琀愀最攀洀 漀戀樀攀琀椀瘀愀 琀愀洀戀洀 椀搀攀渀琀椀昀椀挀愀爀 愀猀 洀甀搀愀渀愀猀 攀 瀀攀爀洀愀渀渀挀椀愀猀 渀愀 ✀攀砀椀最渀挀椀愀✀ 搀攀 戀攀氀攀稀愀 昀攀洀椀渀椀渀愀 搀甀爀愀渀琀攀 愀 栀椀猀琀爀椀愀 洀漀搀攀爀渀愀 搀漀 瀀愀猀Ⰰ 愀琀爀愀瘀猀 搀愀 渀愀爀爀愀琀椀瘀愀 搀愀 瘀椀瘀渀挀椀愀 搀攀 搀椀昀攀爀攀渀琀攀猀 洀甀氀栀攀爀攀猀 渀漀 瀀愀猀猀愀搀漀 攀 渀漀 瀀爀攀猀攀渀琀攀⸀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀☀渀戀猀瀀㬀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀㰀猀瀀愀渀 猀琀礀氀攀㴀∀挀漀氀漀爀㨀 ⌀䄀㤀㠀㘀 䘀∀㸀㰀戀㸀䤀一吀刀伀䐀唀윀쌀伀㰀⼀戀㸀㰀⼀猀瀀愀渀㸀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀 眀椀搀琀栀㴀∀㤀 ─∀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀ 愀氀椀最渀㴀∀樀甀猀琀椀昀礀∀㸀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀☀渀戀猀瀀㬀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀㰀猀瀀愀渀 猀琀礀氀攀㴀∀挀漀氀漀爀㨀 ⌀䄀㤀㠀㘀 䘀∀㸀㰀戀㸀伀䈀䨀䔀吀䤀嘀伀㰀⼀戀㸀㰀⼀猀瀀愀渀㸀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀 眀椀搀琀栀㴀∀㤀 ─∀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀ 愀氀椀最渀㴀∀樀甀猀琀椀昀礀∀㸀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀☀渀戀猀瀀㬀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀 眀椀搀琀栀㴀∀㤀 ─∀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀ऀ㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀⼀琀愀戀氀攀㸀㰀⼀戀漀搀礀㸀㰀⼀栀琀洀氀㸀