ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XIX Congresso de Ciências da Comunicação na Região Nordeste</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span class="quatro"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;00003</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;RT</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;RT02</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;Programa Art-É-Fato</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Adriano Alves dos Santos (Universidade do Estado da Bahia); Teresa Leonel Costa (Universidade do Estado da Bahia)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;Televisão, Teatro, Jornalismo Cultural, Ditadura Militar, Memória</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Este trabalho descreve as etapas de produção de um programa cultural para televisão, o Arte É Fato, que traz como característica uma reportagem documental, mesclando formatos entre a telerreportagem e o documentário, na tentativa de oxigenar os modelos de produção para TV. A sua primeira edição, apresentada nesse projeto, concretiza um processo de pesquisa que faz um levantamento de memória sobre o Grupo de Teatro Paulo Autran, coletivo de artistas que produziu espetáculos cênicos em Petrolina-PE durante a Ditadura Militar, na década de 1970.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Este trabalho refere-se ao programa Arte É Fato e tem como objetivo descrever as suas etapas de pesquisa e produção, pensando em um material experimental de telejornalismo documental que necessita de um apuramento e levantamento de memória. O programa foi apresentado como Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) em junho de 2016, no curso de Comunicação Social com habilitação em Jornalismo em Multimeios da Universidade do Estado da Bahia (Uneb), em Juazeiro, sob a orientação da professora Teresa Leonel Costa. A produção concretiza uma pesquisa de levantamento de memória sobre o Teatro Petrolinense durante a Ditadura Militar brasileira (1964-1985), em um formato de programa com entrevistas e reportagens. O projeto também visa contribuir para a oxigenação do fazer jornalístico para a televisão e trazer uma discussão sobre o Jornalismo Cultural na atualidade, produzindo um material audiovisual que se propõe a mesclar linguagens e buscar novas possibilidades para esses tipos de produção. Ele reafirma o potencial do Jornalismo na manutenção de uma discussão cultural e no resguardo da sua memória. Durante a pesquisa, percebeu-se que o primeiro grupo a realizar de produção contínua com Teatro em Petrolina tinha pouco material guardado. Apenas na memória de algumas pessoas que vivenciaram o trabalho. Assim, foi necessário fazer um recorte, a fim de produzir conteúdo registrando esses pioneiros artistas da cena teatral e a opção por trazer os depoimentos estava no audiovisual e no telejornalismo. O coletivo de artistas em questão é o Grupo Teatral Paulo Autran, que reuniu jovens e adultos da cidade de Petrolina-PE no final da década de 1970 para a criação de espetáculos cênicos que eram apresentados no próprio município e até fora dele. O grupo ocupou diversos espaços da cidade e teve alguns grandes feitos, mesmo em um curto período de existência.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Apresentar a história do Grupo de Teatro Paulo Autran, pioneiro da cena cultural de Petrolina-PE, que realizou processos de produção contínuos de teatro na cidade. O resultado do trabalho é a produção da primeira edição de um programa de televisão que experimente novas possibilidades para o telejornalismo dentro da editoria de Cultura. Pouco do trabalho do grupo, ou quase nada, foi registrado, sendo que muito material se perdeu no tempo. Na memória dos integrantes e das pessoas que conviveram com os membros do teatro, ficaram algumas lembranças, mas sem muita exatidão de datas e nomes próprios. Algumas lacunas na história ainda ficaram abertas, como a morte de um dos líderes do grupo, que amanheceu morto embaixo do viaduto da Orla de Petrolina, o Antônio André Pereira Filho . Dessa forma, optou-se por um formato de produção que não fugisse a realidade dos fatos e reunisse o pouco das lembranças guardadas, através da memória de algumas pessoas que vivenciaram essa época. Com o telejornalismo traçamos o perfil dos grupos e pontuamos com alguns dos trabalhos produzidos. O programa ganhou um formato misto de entrevistas com textos e narrações. A ideia é a abrir possibilidades para se repensar os formatos de abordagem da Cultura e de sua memória.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O Brasil tem uma produção artística latente, o que, após o aprimoramento e apropriação das técnicas das artes o país se tornou uma referência no mercado criativo, principalmente das artes cênicas. O Sertão do São Francisco é, por si só, um espaço de muita movimentação cultural, cercado de atividades da cultura popular bem diversificadas e com raízes bem mistas, típicas do ambiente ribeirinho, onde se encontram as identidades culturais de diferentes lugares em torno do desenvolvimento. Além dessa arte de raiz, a região também passou a ser conhecida pela produção artística em geral, com seus artesãos, reconhecidos nacionalmente e internacionalmente, e seus atuadores cênicos sendo premiados em festivais nacionais e circulando todo o Brasil para apresentar seus produtos. Um problema que se encontra até hoje é o registro histórico desses trabalhos que são gerados pelos artistas cênicos, já que não há uma produção de conteúdo regular realizada sobre esse tema. Como o interesse no resguardo de memória da arte no Brasil sempre foi algo pouco discutido, toda a produção artística que foi gerada apenas teve seu registro por meio da imprensa, através de reportagens e da crítica especializada. Em Petrolina e Juazeiro não registro de colunas culturais especializadas nos veículos de comunicação, apenas restaram matérias jornalísticas eventuais para o registro histórico e meramente factual dos artistas que passaram pela região. Como a maioria das funções segmentadas do Jornalismo, a assinatura do jornalista cultural está cada vez mais escassa nas páginas dos impressos e com menos tempo nas exibições audiovisuais da mídia. Talvez as palavras de Piza (2009), esclareçam mais a situação do Jornalismo Cultural no Brasil, quando o autor diz em seu livro que "mais que uma perda de espaço, trata-se de uma perda de consistência e ousadia" (PIZA, 2009), fazendo assim surgir questionamentos sobre o futuro dessa editoria e como seria possível a oxigenação de seus formatos. O Teatro petrolinense, por mais jovem que seja, reserva grandes obras para a arte local. Isso é notório com a presença de grupos que mantém um trabalho contínuo na cidade, como o Teatro Popular de Arte (TPA), que soma mais de 20 anos, e a Trup Errante, com formação acadêmica em Teatro, tem desenvolvido há mais de 10 anos, um trabalho de profissionalização com os integrantes. Algumas das histórias dos grupos mais antigos foram ficando de lado com o tempo, como os que produziram no período do Regime Militar brasileiro , já que o apoio a Cultura era mínimo e o teatro era um agente social que desestabilizava a ordem imposta pelo sistema e que, por isso, não podia ser propagada. Por meio dessa pesquisa em questão, pode-se preencher uma lacuna na memória do Teatro petrolinense que é a história de seu primeiro grupo organizado, uma importante ação para que se tracem outros perfis, partindo do pioneiro, que plantou a semente do fazer cênico na cidade e que, de alguma forma, foi referência imediata para que novos grupos fossem surgindo, gerando novos atores, até chegar à atual produção. Também é importante frisar que há pouco material sobre os artistas petrolinenses que produziram durante a Ditadura Militar, sendo que esta foi e é uma região com uma forte presença do militarismo. Esse período também foi pouco abordado pela mídia local. Mesmo na atualidade, não se pesquisa os acontecimentos da época em que o poder era autoritário. O Arte É Fato foi formatado em um programa de TV, assim dá a possibilidade de registrar a imagem das pessoas que fizeram parte do grupo e ainda estão vivas, colhendo depoimentos e indagações sobre aquele momento em que para se montar um texto, ele tinha que ser previamente analisado pelo delegado da cidade, como conta o advogado Julio Torres em uma das entrevistas feitas para a pesquisa.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O projeto utilizou como instrumento de coleta de dados às técnicas de entrevistas, a fim de obter informações diretamente com os indivíduos do grupo em questão. A pesquisa lança um olhar sobre o trabalho de um grupo artístico, fazendo um levantamento histórico de suas ações e entende a entrevista como uma abordagem dos pesquisadores através de questionamentos diretos realizados em encontros com pessoas que fazem parte do meio social estudado, através dela obtendo as informações necessárias. De acordo com Marconi e Lakatos (2003), a entrevista "trata-se de uma conversação efetuada face a face de maneira metódica". Ela proporciona ao entrevistador as informações de forma verbal. É importante salientar que as autoras também afirmam considerar a técnica de entrevista como um instrumento de trabalho multidisciplinar. Ainda segundo Marconi e Lakatos (2003), as entrevistas se classificam em três tipos: Padronizada ou estruturada; Despadronizada ou não-estruturada e Painel. Analisando os propósitos do trabalho, o que atendeu as necessidades dessa proposta de estudo foi o modelo "Despadronizada ou não-estruturada", onde o entrevistador está mais livre para explorar as questões de uma forma menos metódica, deixando que, durante o contato entre ele e o entrevistado, a relação se estabeleça de tal forma a criar um espaço propício para que as perguntas sejam respondidas de uma maneira mais direta e relevante. Dentro desses critérios, as autoras traçam três modalidades de contato: entrevistas focalizadas, entrevistas clínicas, e entrevistas não dirigidas. Ainda levando em consideração as necessidades específicas de cada trabalho, elegemos a modalidade de entrevista focalizada, porque no estudo é preciso levantar algumas informações históricas que, ainda que não se restrinjam ao objeto da pesquisa, tem que estar a favor da proposta final. Durante a pesquisa, algumas poucas informações também foram adquiridas através de clipagem documental, como matérias de veículos jornalísticos locais que pautaram as atividades dos grupos. Segundo Oliveira (2011), a clipagem é uma prática da área da Comunicação que consiste na busca de reportagens e/ou notícias publicadas em jornais de acordo com assuntos de interesse. Nesse projeto, ela foi proposta para funcionar como um meio de levantar material midiático publicado, procurando nos acervos públicos e privados, informações que abordem o trabalho da companhia, como as temporadas de seus espetáculos e as datas comemorativas do grupo. Todo o material coletado, também serviu para contextualizar como a cena cultural da região estava durante a criação do grupo estudado, assim como toda a sua trajetória, levando em consideração a História Oral e a Memória. Esse material foi um recurso para entender como o grupo se apresentava ao público e quais os sentidos receptivos que a ele impregnava.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span class="quatro"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O passo inicial necessário para produzir o material era definir qual modelo de programa iria se adotar. Algumas limitações podavam certas possibilidades que dependiam de muito material visual para a cobertura de imagens e também material que não se permitisse repetir fontes, sendo que há poucas pessoas vivas e acessíveis que conheceram o grupo e acompanharam sua trajetória, e como já apontado não houve um resguardo do material de imprensa e fotográfico do grupo. A ideia estava encaminhada. Um programa com baixo custo, ciente que não podia haver um alto orçamento, não só por conta do investimento para essa pesquisa, mas por ser interessante que se façam formatos que o mercado possa aderir. Assim, trabalhamos com formatos que podiam estar presentes, entre reportagens, entrevistas e até videoclipe. A equipe foi formada por um videoartista, que filma e edita, um repórter para dar conta da parte do jornalismo e uma edição de texto, que aqui foi realizada pela orientadora. Além desses, se fez necessário a parceria de amigos que deram um suporte técnico, já que nessa primeira produção o planejamento ainda era impreciso. Durante a produção, houve vários momentos de entrevistas. O primeiro contato foi apenas entre o repórter e o entrevistado, gravando o material em áudio pelo celular para estabelecer uma intimidade que possibilitasse a melhor obtenção de informações. Antes das entrevistas, foi feito um grande levantamento de informações prévias que ajudaram na construção do roteiro e no direcionamento das perguntas. Foram analisados os arquivos do Museu do Sertão , do Arquivo Maria Franca Pires e do Espaço Memória da Emissora Rural . Construímos roteiros de perguntas diversificados, conforme o tipo de personagem a ser abordado, sejam eles integrante ou não do grupo. As entrevistas gravadas foram ricas de conteúdo com descrição dos detalhes e um clima de boas lembranças. Porém, houve algumas dificuldades também, como a indisponibilidade de tempo dos entrevistados, que são ocupados, e também as falhas na memória que apareciam em algumas conversar. Esse foi o processo mais demorado: conseguir adequar a agenda para colher o maior número de sonoras possíveis. No entanto, não tinha como ter o videoartista disponível a qualquer hora para seguir para uma gravação. Por conta dessa dificuldade de horário, as entrevistas tiveram como cenário ambiente dos próprios entrevistados, algumas em escritórios e outras em residências, o que não comprometeu o material, pois se escolheu enquadramentos que dialogassem com a proposta e contamos com a estrutura de duas câmeras para mudanças de ângulos. A  entrevista âncora do programa, que é o fio condutor de todo o material, foi pensada para um cenário mais característico e contou com a parceria do Sesc Petrolina, que disponibilizou o Teatro Dona Amélia como locação. Para não fazer no palco com um fundo preto e nem usar uma cenografia que determinasse muito um único estilo teatral, a proposta foi usar as poltronas da própria plateia como cenário, como se a conversa fosse no lugar de quem assiste a história dessa peça que foi o grupo. Para esse momento, também foram usadas duas câmeras, uma fazendo o plano aberto, que ficava em um tripé, e a outra com o cinegrafista fazendo os detalhes. O escolhido para essa entrevista foi o ex-integrante Justino Filho. Único dos criadores do grupo tal, tal que está vivo, e participou da equipe do começo ao fim da coligação. Houve gravações externas de rua em dois momentos do programa, pois era necessário contar a história de dois personagens importantes que não se tinha muito material visual e assim optamos pela reportagem com passagens do repórter. As câmeras utilizadas nas gravações foram duas fotográficas, de modelos diferentes, filmando em HD, mas sem ser uma filmadora profissional. Uma Canon 70D com lente 50mm 1.8, usada como plano básico, já que sua lente fixa não permite o uso do zoom. E uma Câmera Canon T3i de lente 18mm-135mm 3.5, essa já há a possibilidade de um zoom, mas sua qualidade é um pouco inferior. Para a captação dos áudios da entrevista no Teatro e para as sonoras com os personagens, usamos um gravador de voz Tascam DR40. Depois das gravações, começamos o processo de decupagem do material filmado. Foi um momento longo e que já começou atrasado por conta de se ter optado pela dinâmica de conseguir todas as gravações para só então destrinchar o material, pensando em casar as informações. O problema foi que, como as conversas levavam a uma memória distante e de um período cheio de informações, havia muito material para rever. Nesse momento, o que ajudou foram as anotações feitas durante as entrevistas, anotando os tópicos citados durante as falas e assim agilizando a procurar cada assunto no arquivo. A escolha por misturar diversas sonoras curtas ocasionaram vários cortes e para isso foi necessário pensar em uma dinâmica de ângulos diferenciados. Desde as gravações já se pensava nisso, sempre levando duas câmeras. A estrutura de duas câmeras também colaborou com as entrevistas longas, que puderam ganhar uma melhor dinâmica. Essas sonoras foram distribuídas de uma forma quase dramatúrgica, pensando em gerar colagens que parecessem que as falas se casavam, como em uma conversa. A entrevista com Justino precisaria ser regravada, pois a câmera que deu problema foi justamente a frontal, que pegava todo o cenário e era base do programa. Isso aconteceu durante todo o segundo bloco. Por conta da indisponibilidade do entrevistado, a entrevista não pode ser regravada, mas para não perder um material que consideramos importante, optamos por regravar as perguntas em um enquadramento fechado, como se o entrevistado estivesse presente. Isso se tornou viável, pois havia outra câmera sempre fazendo os detalhes do entrevistado e a gravação do áudio tinha sido feita com um gravador externo. Para encerrar o programa, além da reportagem que é chamada na gravação para homenagear o personagem assassinado, o ator Antônio André, inseriu-se uma fala especifica aos artistas de teatro. Foram escolhidos alguns trechos do texto  Manifesto do Ator de Cleise Mendes, professora da UFBA , escrito em 1979, fazendo um link com o ser político-artista da época. Para gravar o poema, o escolhido foi o próprio Justino, para dar voz de indignação sobre um caso não resolvido. Em alguns momentos entram elementos gráficos na edição do vídeo, como um efeito de tela de filmagem na sonora de Julio Torres, que se apresenta em off. Também se usou em uma sonora, um vídeo enviado pela internet, pois a personagem mora em Salvador-BA. Nesse caso, optou-se por usar o vídeo como em uma tela de celular, deixando claro como ele foi feito a partir desse recurso e dessa formar mostrar o contraste da qualidade da imagem. O vermelho, a cor dominante da produção visual, retorna no final do programa como recurso para frisar o que os entrevistados comentaram sobre a história da morte de um dos integrantes. Um recurso para fortalecer as palavras ditas com emoção.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify">As pretensões de contribuir para o estudo da comunicação e para a oxigenação do telejornalismo estão impregnadas nesse trabalho, que pode não ter reinventado o fazer jornalístico, mas abre novas discussões. Também se notou como produzir um conteúdo de Jornalismo Cultural é viável e não há um custo tão elevado, podendo ser produzido em formatos alternativos e sem uma qualidade reduzida, sem perda de conteúdo. O formato para a televisão também trouxe para a pesquisa novas possibilidades, como pensar o quanto é importante registrar as imagens das pessoas que estão depondo e descrevendo as situações. É reconhecido o importante espaço de aprendizado que foi os momentos de planejamento e produção do material, abrindo lacunas para minha atuação como jornalista, repensando a função na sociedade e experimentando uma nova possibilidade dentro da área. Durante as entrevistas, uma afirmação sempre recorrente entre os que contribuíram com suas lembranças para que o trabalho fosse levantado, foi a emoção das pessoas em saber que alguém estava buscando essas histórias que eles achavam que já tinham se perdido no tempo. Dessa forma, tivemos o reconhecimento dos próprios personagens de que esse é um trabalho importante para a memória da Arte, sobretudo na cidade de Petrolina-PE e em toda região.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2">LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Fundamentos de metodologia científica. São Paulo: Atlas, 5ª ed. 2003.<br><br>OLIVEIRA, Eduardo Santos de. Violência sexual infanto-juvenil no Maranhão. Pág. 278. Disponível em: http://www.cambiassu.ufma.br/cambi_2011_2/moura.pdf. Acessado em 03 de Abril de 2016.<br><br>PIZA, Daniel. Jornalismo Cultural. 3. Ed., São Paulo: Contexto, 2009.<br><br> </td></tr></table></body></html>