ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XIX Congresso de Ciências da Comunicação na Região Nordeste</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span class="quatro"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;00123</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;RT</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;RT02</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;Laço Rosa</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;MARCELO ANCELMO PEREIRA (CENTRO UNIVERSITÁRIO MAURÍCIO DE NASSAU); Luís Boaventura (CENTRO UNIVERSITÁRIO MAURÍCIO DE NASSAU); Alex José Silvestre (CENTRO UNIVERSITÁRIO MAURÍCIO DE NASSAU); Andreza Priscila Marinho (CENTRO UNIVERSITÁRIO MAURÍCIO DE NASSAU); Camila Cristina Soares (CENTRO UNIVERSITÁRIO MAURÍCIO DE NASSAU); Diógenes Freire Feitosa (CENTRO UNIVERSITÁRIO MAURÍCIO DE NASSAU); Flávia Larissa Correia dos Santos (CENTRO UNIVERSITÁRIO MAURÍCIO DE NASSAU); Gildaiane Pereira de Lima (CENTRO UNIVERSITÁRIO MAURÍCIO DE NASSAU); Ingrid de Lima Cordeiro (CENTRO UNIVERSITÁRIO MAURÍCIO DE NASSAU); Irianes Martins Viana (CENTRO UNIVERSITÁRIO MAURÍCIO DE NASSAU); Isabelle Leticia do Nascimento Carneiro (CENTRO UNIVERSITÁRIO MAURÍCIO DE NASSAU); João Gabriel dos Santos Costa (CENTRO UNIVERSITÁRIO MAURÍCIO DE NASSAU); José Marinho Alvares Neto (CENTRO UNIVERSITÁRIO MAURÍCIO DE NASSAU); Michelly Georgia Lopes de Miranda (CENTRO UNIVERSITÁRIO MAURÍCIO DE NASSAU); Nathalia Eloi Rodrigues de Oliveira (CENTRO UNIVERSITÁRIO MAURÍCIO DE NASSAU); Rebeka Gonçalves Ferreira (CENTRO UNIVERSITÁRIO MAURÍCIO DE NASSAU); Saskya Marijara Germino de Souza (CENTRO UNIVERSITÁRIO MAURÍCIO DE NASSAU); Catarina Joana Veloso da Silveira (CENTRO UNIVERSITÁRIO MAURÍCIO DE NASSAU)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;Telejornalismo, Câncer de Mama, Programa de TV, Outubro Rosa, </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A necessidade de formação complementar para o jornalista é urgente. A técnica apreendida nas disciplinas prática requer que o assunto em pauta some ao conhecimento experimentado para formação de jornalistas mais humanos. O presente trabalho é fruto de uma prática deste sentido. O resultado é um programa televisivo, informativo e temático que poderá ser um importante instrumento para auxiliar no choque que é receber o diagnóstico de um câncer de mama.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O número é alarmante. De acordo com o INCA, Instituto Nacional do Câncer José Alencar Gomes da Silva, pouco mais de 57 mil novos casos de câncer de mama foram diagnosticados no Brasil somente em 2016. E quando um desses casos acontece perto de você muda a sua vida. Receber esse diagnóstico é, de cara, como receber um atestado de óbito. Um choque que vem seguido de um turbilhão de informações, sensações, dúvidas e medos. Esse projeto surgiu exatamente a partir de numa situação como essa. O programa Laço Rosa, é uma realização dos alunos do 7° semestre letivo do curso de Jornalismo do Centro Universitário Maurício de Nassau. Após dois semestres de Telejornalismo, foi possível por em prática e, consolidar o conhecimento adquirido previamente, a fim de produzir um programa de televisão com a finalidade de auxiliar, principalmente, as mulheres a lidar com esse diagnóstico ameaçador. Assim foi possível dividir a turma em grupos de três alunos, divididos nas funções de produtor, repórter e editor de texto, realizar uma reunião e começar as marcações, gravações e edições. Equipamentos técnicos e humanos foram disponibilizados (mediante agendamento prévio) no laboratório de TV da emissora. Ao final é possível ver não só o domínio de técnicas importantes do telejornalismo, be como o crescimento individual de cada aluno e seu envolvimento com o tema, que contribui inicialmente para a construção de um jornalista mais humano e envolvido com as histórias de ser personagens, como também ser uma fonte a mais de informação sobre um tema que pode a qualquer momento  e o pior, sem convite  bater a nossa porta. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Produzir nove reportagens, além de duas entrevistas de estúdio, sobre o outubro rosa e o trabalho de combate ao câncer de mama a fim de fechar um programa de tevê com informações jornalísticas para auxiliar mulheres (e suas famílias) que acabam de receber o diagnóstico do câncer. A atividade fez parte do trabalho de uma disciplina que visava integrar os alunos com a realidade e rotinas do departamento de jornalismo de uma emissora de televisão, com suas glórias e fracassos: seleção da pautas, dificuldades reais para produção, como identificação de fontes e personagens, convencimento de entrevistados; problemas durante as gravações sejam eles técnicos ou mesmo de ambientação ou falta de entrevistado agendado e construção do texto; ainda o reflexo dessas dificuldades quando o material chega para a edição e como o editor de texto pode atuar para contornar a situação. Outro ponto importante é o envolvimento da turma de alunos com assuntos de relevância social e levar a prevenção, o diagnóstico, tratamento do câncer de mama para a discussão em sala de aula. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O câncer de mama é o tumor mais comum entres as mulheres do Brasil e do mundo. Dados do INCA apontam que das notificações anuais de câncer, os tumores mamários correspondem a 25%. Ainda é significativa incidência dessa neoplasia, embora, tenha sofrido grande redução por meio de campanhas preventivas e do diagnóstico precoce. Maluf, Buzaid e Varella no livro Vencer o Câncer (2014), descrevem o fator que mais aumenta o risco de desenvolver o câncer de mama. Trata-se de um defeito genético raro (conhecido como mutação) em dois genes que recebem os nomes de BRCA1 e BRCA2: "No decorrer da vida, essas mulheres correm risco maior do que 50% de desenvolver a doença. A presença dessas mutações, no entanto, é responsável por apenas 5% do total dos casos de câncer mamário". (Maluf, Buzaid e Varella, 2014: p. 184). Por ocorrer com tanta expressividade, toda informação sobre o tema é de grande relevância que ao participarem da discussão passam a enxergar aspectos que lhes são afeitos. E pra dar visibilidade ao diagnóstico precoce, a prevenção e ao combate ao câncer de mama existe a campanha internacional conhecida como Outubro Rosa. A criação da campanha é atribuída a Fundação Susan G. Komen for the Cure, na década de 90, que teria distribuído os primeiros laços na cor rosa, como um broche que servia para colocar na lapela das camisas, a fim de conscientizar homens e mulheres da importância de fazer exames regularmente a fim de detectar o câncer de mama na fase mais inicial possível. A ação se espalhou ao redor do mundo e por isso não existem registros concretos/oficiais do início dela no Brasil, mas muitas fontes atribuem à iluminação do obelisco do Parque Ibirapuera, no município de São Paulo (SP) em outubro de 2002. A ação ganhou tanta proporção que o Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, também é iluminado de rosa e essa campanha já é trabalhada como ação publicitária pelo Ministério da Saúde. O exposto mostra que o programa de tevê experimental feito pelos alunos é de suma importância para a formação profissional, mas principalmente humanística de cada um dos estudantes. Uma oportunidade de dar a eles conhecimento sobre um tema que não faz parte das ementas das disciplinas, mais ao impactá-los pode torna-se um espaço para produção de saúde. Compreende-se por humanização a valorização dos diferentes sujeitos, implicados no processo de produção de saúde, seja o profissional, o usuário, o gestor, o estudante ou professor. O que aqui se entende por valorizar o sujeito é justamente incentivar e acreditar na ampliação da capacidade desse sujeito em transformar a sua realidade através da responsabilidade compartilhada, da criação de vínculos solidários e da participação social nos processos de gestão e de produção de saúde (LINS, OLIVEIRA-NETO, MAGALHÃES, 2012, p. 55). Toda essa argumentação pode ser vista no Programa Laço Rosa, que tem como principal função ser exibido para as mulheres que acabam de receber a notícia de possuírem um câncer de mama. Para ajudar na hora do choque de ser informada dessa doença, para poder contar com a ajuda e informação de outras pessoas que passaram pela mesma situação e humanizam as histórias contadas nas reportagens, bem como ver as explicações de profissionais que têm experiência com o trabalho oncológico.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O primeiro passo foi dividir os alunos em nove grupos de três pessoas. Cada um desenvolveria a função de produtor, repórter e editor de texto. Para a cinegrafia e edição de imagens, os alunos eram incentivados a usar os recursos disponíveis no laboratório de TV do Centro Universitário, o quê não aconteceu sempre. Depois dessa divisão foi realizada uma simulação de reunião de pauta para que cada grupo pudesse defender sua perspectiva do tema do programa (câncer de mama), que seria transformado em pauta. Desta forma teríamos os produtores com as propostas, mas todos os outros participando com opiniões e sugestões que ajudariam a melhorar a sugestão, identificar personagens e especialistas, bem como prever dificuldades, ao longo do percurso. Com o tema sobre o diagnóstico precoce e a prevenção do câncer de mama, o nome do programa foi definido: "Laço Rosa" aproveitando o símbolo maior da Campanha Outubro Rosa. Então foram definidas as pautas, suas propostas e delimitações de cada grupo: - O que é/câncer de mama: A proposta do VT é explicar como um câncer de mama surge na pessoa e usar definições técnicas dos médicos para ajudar na identificação; - Outubro/Rosa: Esse VT mostra as diversas ações desenvolvidas por hospitais, clínicas e instituições de apoio durante o mês de outubro de 2016; - Prevenção/diagnóstico: Reportagem que mostra o quanto é importante o diagnóstico precoce do câncer de mama e como se faz para obter o diagnóstico; - Alimentação/Câncer: Mostrar que a alimentação é, comprovadamente, fator primordial para se evitar um câncer de mama e pode ser também um fatos decisivo para o sucesso do tratamento; - Tratamentos: A proposta deste TV é mostrar que o tratamento do Câncer de mama se dá por meio de cirurgia, radioterapia, quimioterapia e hormonioterapia. Os benefícios de cada tipo e as contra indicações e reações adversas que podem causar. - Reconstrução/mama: Mostrar que é garantido em lei a reconstrução da mama que foi perdida num câncer de mama. - Importância/apoio: Mostrar nessa reportagem o apoio de amigos, familiares e centros de apoio, com a participação de uma psicóloga. Essa ajuda pode ser um forte aliado para levantar o alto-astral e querer viver. - Câncer mama/homens: Mostrar um personagem homem que teve câncer de mama e explicar que mesmo os homens podem ter a doença e as formas de diagnósticos e tratamento para eles também. - Superação/câncer: Vamos apresentar histórias de superação. De gente que viveu com o Câncer por um tempo, mas ele se dissolveu e segue escondido no corpo. Com as pautas definidas foi verificada a necessidade de agendamento de duas entrevistas de estúdio complementares ao assunto em pauta para ter uma abordagem ainda maior do tema proposta. As entrevistas foram marcadas com uma ex-paciente de câncer de mama e uma psicóloga especializa em oncologia que participava de um clube da peruca, para coleta de cabelo e doação das perucas para pacientes de baixa renda. Os grupos tiver um tempo delimitado para a gravação. O repórter tinha a disposição equipamentos para gravação que incluíam Câmera Sony PD, cartão de memória de gravação, microfones lapela e direcional de mão, Tripé de câmera, 'sugun' e Kit de iluminação. Além disso, também estava disponível técnico de cinegrafia da Instituição para fazer a gravação no dia e hora agendados pelos produtores. Após a gravação foi preciso decupar as sonoras gravadas para que os textos dos off´s fossem escritos e após isso os repórteres submeteram à revisão do editor, que tratou de agendar a edição também no laboratório de TV da Instituição, usando as ilhas de edição (computador MAC, da Apple, com o software de edição Final Cut) e técnicos de rádio e TV para a edição de imagens. Com o material bruto editado, foram eleitos dois apresentadores entre os alunos. Um apenas apresentou e o outro cuidou da elaboração dos scripts de acordo com o espelho elaborado em conjunto com o professor orientador. A gravação das cabeças e entrevistas aconteceu no estúdio do Centro Universitário, também com técnicos e equipamentos da Instituição, num cenário montado exclusivamente para o Programa. Após todo esse processo foi feito, a última etapa do trabalho que consistia da montagem, na ilha de edição, das cabeças gravadas com as reportagens e entrevistas. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span class="quatro"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O programa "Laço Rosa" é o resultado de todo esse trabalho, e está disponível em DVD. A intenção é que possa servir de instrumento de informação (quiçá de conforto!) para a pessoa que acaba de receber o diagnóstico de câncer de mama e seus amigos e parentes. E é notório que a pauta de saúde está no ar, justamente pela necessidade que a população, de modo geral, busca por informações que possa oferecer maior qualidade de vida. Há uma face importante da relação Comunicação e Saúde  no sentido de que pode se constituir como uma estratégia de promovê-la, por intermédio da publicização da informação que gera o conhecimento. Dessa forma, parece-nos razoável esperar que esse tipo de conteúdo noticioso venha revestido por uma informação de qualidade, tendo como premissas os valores éticos do jornalismo, a busca por reportagens bem apuradas, com pesquisas em fontes seguras e, em alguns casos, um tratamento que dê conta de retratar a dor do outro de maneira sensível, menos espetacular ou sensacional (GOUVEIA, 2014, p. 01). O vídeo tem conteúdo jornalístico e apresentação em estúdio muito similar a um telejornal. Mas por ser extremamente segmentado, o caracteriza também no gênero televiso 'programa temático', uma vez que todas as reportagens tratam sempre do mesmo tema, o combate ao câncer de mama. Jussara Maia (2004, p.14) explica essa problematização quando propõe a caracterização como um gênero televisivo híbrido, por apresentar referências dos subgêneros telejornal e programa jornalístico temático, sendo "capaz de produzir um telejornal temático que traz para a esfera do telejornalismo segmentado o foco sobre os relatos noticiosos de uma área específica". Ao todo são 33 minutos e 50 segundos, contendo XX reportagens e duas entrevistas de estúdio. Começa com uma matéria que fala sobre o que é o câncer de mama e o que causa a doença. Em seguida um médico explica o que são mitos e o que são verdades sobre o que pode causar ou não a doença. Na sequência uma reportagem mostra algumas ações desenvolvidas no mês de outubro, na campanha Outubro Rosa. O programa segue com uma entrevista com cinco minutos e 23 segundos de duração com uma mulher que teve o câncer e hoje é voluntária num projeto social que acolhe mulheres com o diagnóstico. Após a entrevista, vem uma reportagem fala sobre a importância do diagnóstico precoce e outra sobre a importância de nutrir bons hábitos alimentares para prevenir o câncer e como a alimentação pode auxiliar durante o tratamento. O programa segue com os tipos de tratamento que são possíveis de serem feitos para tratar do câncer de mama e na sequencia, outra que fala sobre a retirada da mama e as formas de reconstrução. Os direitos garantidos na justiça para o paciente e o apoio psicológico e familiar são o tema da reportagem que vem na sequencia. O programa destaca também um dos piores momentos do tratamento que é a perda do cabelo, mostra inclusive uma cena da novela Laços de Família, da TV Globo, onde a personagem Camila raspa a cabeça no início do combate ao câncer. No Laço Rosa, foi entrevistada uma psicóloga (com três minutos e 34 segundos de duração) que faz parte do Clube da Peruca, que recebe doação de cabelos, fazem perucas e distribui para as mulheres pacientes do SUS e que não tem condições de comprar o acessório. Após a entrevista, a reportagem seguinte mostrou que os homens, apesar de não desenvolverem mama como as mulheres, eles também podem ter o câncer o mama. E para finalizar o programa, um caso de superação para mostrar que o câncer tem cura, que é possível vencer e como se deve ser o comportamento ao ter alta do tratamento formal, com mudanças psicológicas, nutricionais, de hábitos e, principalmente, de estilo de vida. O título do programa foi uma construção coletiva, em sala de aula, para que pudesse representar bem o símbolo de combate à doença que tematiza o programa e, não restar dúvidas sobre o que se trata. Lembrando que a intenção era de um produto audiovisual que pudesse auxiliar durante o impacto do primeiro momento após o diagnóstico do câncer de mama, podendo o paciente, seus parente e amigos terem informações suficientes para encarar o problema com autoestima e sem medo. Para que esse objetivo fosse cumprido, preocupou-se em pautar cada reportagem de modo que cada uma pudesse ser humanizada, com personagens reais, pessoas que passaram pela doença e hoje podem contar essa história. Além disso, houve também o cuidado em buscar especialistas de cada área, tendo ao longo da reportagem as vozes de diversos médicos oncologistas clínico, outros médicos mastologistas, também psicólogos, nutricionistas, fisioterapeutas, uma advogada que com experiência profissional, somam-se as vozes de quem passou pela doença e resultam num projeto informativo e humano, o mais próximo possível da realidade que a audiência vai encarar a partir do diagnóstico.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify">Como um trabalho de extensão acadêmica, o programa Laço Rosa cumpre dois papeis importantíssimos na formação dessa turma de futuros jornalistas. Primeiro na simulação da execução de redação de televisão. Quando cada um assume o seu papel na linha de produção de reportagens. Alguns puderam experimentar o que Luciana Bistane e Luciane Barcellar (2005, p. 47), descrevem como "marcar entrevistas, pedir autorização para a gravação de imagens, levantar dados por telefone, organizar essas informações e fazer um roteiro de trabalho para a equipe de reportagem"; outros foram às ruas enfrentar os dissabores do tempo e da pressa que é inimiga da perfeição: ouvir os especialistas, pensar numa passagem, garantir a melhor imagem e fechar um texto. Aos que assumiram o papel de editores coube a difícil tarefa, ainda com a falta de experiência de vida (que conta muito para esta função!) que é preciso reduzir o material coletado a fim de deixar tudo da forma mais simples e clara para quem vai assistir. "A função de editor na TV é trabalhosa, dá pouca visibilidade ao jornalista, mas é de fundamental importância [...] É nessa etapa da elaboração da matéria que fica mais clara a ação do jornalista em excluir e suprimir parte do material colhido, sob ação da subjetividade" (BARBEIRO, LIMA, 2006. p. 102). Mas para além de aprender o trabalho do jornalista de televisão, os alunos que participaram deste projeto, puderam ver de perto a importância do profissional da informação para a construção de uma realidade melhor para as pessoas, sejam elas que forem. Vivenciar histórias de sofrimento das pessoas, dificuldades em conseguir remédio, ou consulta, ou exames, presenciar exemplos da busca por um tratamento menos sofrido, certamente irá contribuir para despertar neles a sede de justiça que os jornalistas precisam para o dia a dia da profissão. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2">BARBEIRO, H. LIMA, P. R. Manual de Telejornalismo: os segredos das notícias na TV  2. Ed.  Rio de Janeiro: Elsevier, 2006. 240 p.<br><br>BISTANE, L; BACELLAR, L. Jornalismo de TV  São Paulo: Contexto, 2005. 142 p.<br><br>GOUVÊA, Allan. Telejornalismo, politica e saúde: os enquadramentos e as representações do câncer no Jornal Nacional. In: XXXVII Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação, 2014, Foz do Iguaçu. Anais... Paraná: Intercom, 2014. Disponível em: http://www.intercom.org.br/papers/nacionais/2014/resumos/R9-1600-1.pdf. Acesso em: 10 out. 2016.<br><br>LINS, J. A B; OLIVEIRA-NETO, A; MAGALHÃES, G. S. de G. O que é humanização em saúde. In: O caminho grupo de humanização / organizadores: Sérmares Geunino Vieria ... {et. Al.].  Recife: Ed. Universitária da UFPE, [2012]. 179 p.<br><br>MAIA, J. P. Globo Rural edições diárias: programa temático ou telejornal. In: XXIX Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação, 2006, Brasília. Anais do XXIX Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação. Brasília: Sonopress, 2006. <br><br>MALUF, F. C.; BUZAID, A. C. VARELLA, Drauzio. Vencer o Câncer. 1° Edição. São Paulo: dendrix, 2014. 512 p.<br><br> </td></tr></table></body></html>