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INSCRIÇÃO: | 00286 |
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CATEGORIA: | JO |
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MODALIDADE: | JO08 |
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TÍTULO: | Memórias de Marias: pequenas delicadezas em baús de histórias vivas |
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AUTORES: | Jadeanny Arruda Silva dos Santos (UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE); Laryssa Rayanne Silva de Aguiar (UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE); Maria do Socorro Furtado Veloso (UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE) |
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PALAVRAS-CHAVE: | Asilos, Reportagem, Idosas, Jornalismo, Mulheres |
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RESUMO |
Apresenta-se, aqui, o produto Memórias de Marias: pequenas delicadezas em baús de histórias vivas, uma Grande Reportagem que se embasou em contar memórias de modo a explanar o cenário da vida de mulheres moradoras de quatro Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPIs), na capital do Rio Grande do Norte. O trabalho traz desafios vividos à época de adolescência das senhoras em destaque e suas experiências no atual lar, não sendo a reportagem sobre velhice e nem sobre memória, mas sim a interseção das duas. Apresentada como Trabalho de Conclusão de Curso, contém nela as experiências tidas nas casas e, de forma sucinta, a história e metodologia dada por elas, além de um mergulho em dois pontos curiosos: mulher e memória. Sobretudo, este trabalho é um relato a respeito do resgate das memórias daquelas mulheres. |
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INTRODUÇÃO |
Tem-se como ponto norteador falar do processo de escrita da Grande Reportagem "Memórias de Marias: pequenas delicadezas em baús de histórias vivas", esta que explana a realidade vivida por moradoras de Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPIs) em Natal-RN. Para isso, vê-se, o cenário da vida de moradoras do Lar da Vovozinha, Lar do Ancião Evangélico, Instituto Juvino Barreto e Espaço Solidário. A matéria foi construída através dos relatos das mulheres, as quais foram senhoras de seu destino e escolheram viver no abrigo. Na finalidade de unir dois pontos curiosos: mulher e memória, nos debruçamos na busca de registrar as histórias, dando vida às memórias, o que desencadeou na quebra de um tabu instalado quando o assunto é asilo: nem todos eles estão lá por doenças ou rejeição familiar. A narrativa expande o olhar para as casas de repouso. Sobretudo, o trabalho é o resgate das memórias das idosas. Trouxemos as falas de uma classe duas vezes oprimida: pela dependência social e pela velhice, assim demos ainda mais atenção e buscamos compreender como as senhoras se comportam nos ancionatos. O enfoque em histórias apenas das mulheres se dá devido à época vigente do reconhecimento do espaço que a mulher tem na sociedade. Tão embora a vontade de produzir o conteúdo através dos ensinamentos na universidade, a prática escolhida vai para além do conhecido. É intencional dar vez e voz ao invisível, a quem está à parte do cotidiano da notícia. Neste contexto, conhecemos os quatro abrigos supracitados, as histórias das moradoras e reportamos histórias, muitas vezes, não vistas nem ouvidas por uma sociedade que cultua o novo como belo, mostrando em uma produção com bases no jornalismo literário da Grande Reportagem o olhar individual à cada história relatada pelas próprias idosas, contando fragmentos de uma vida despercebida e calada frente a invisibilidade individual do ser. Por fim, a reportagem compreende contos de vivências reais das moradoras dos asilos. |
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OBJETIVO |
A concretização deste estudo realizou-se com base nos objetivo previamente estabelecidos. O objetivo geral é como o jornalismo pode contribuir para a valorização individual das senhoras que vivem em ancionatos. Para isso, tem como recorte principal o entendimento de como viveu aquelas mulheres em suas respectivas adolescências até a estadia no novo lar, relatando quais os dramas, as conquistas etc., buscando a criação do perfilamento dessas mulheres e o resgate de suas memórias. Para que o objetivo geral seja atingido, têm-se os seguintes objetivos específicos: i) Identificar como viveram as personagens nas décadas passadas; ii) Perceber como as mulheres que viveram naquela época contribuíram para a sociedade e se houve autonomia feminina por parte delas; iii) Regatar qual o sentimento delas em torno de velhice, feminilidade, morte, possível abandono e/ou escolha; e iv) Permitir que elas possam contar através de suas memórias, com falhas ou não, fatos de suas vidas que possam caracterizá-las. |
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JUSTIFICATIVA |
A esta linha de abordagem pelos atores acima citados, guiamos a produção do material. A Grande Reportagem Memórias de Marias: pequenas delicadezas em baús de histórias vivas, busca a explicação detalhada ao leitor das principais etapas da vida que cada idosa descreve. São depoimentos individuais e únicos, sendo narrados de maneira linear, à medida que nos contaram suas experiências de vidas. Destacando ainda que o trabalho possibilita um acervo de histórias das moradoras de ILPIs de Natal de uma maneira melhor contextualizada, com pautas extensas, o que permite projetar angulações que possam localizar os conflitos na vivência de cada uma e os caminhos que as fizeram ser moradoras de asilos. Optar por este gênero é fugir do costume vigente do jornalismo: a competição em promover o imediatismo da notícia, ademais com o avanço tecnológico, o que decorre no enxugamento da matéria, tempo e pessoas. Como dito por Lima (2009, p.1) sobre a grande reportagem: "Desempenha um papel específico, de prestar informação ampliada sobre fatos, situações e ideias de relevância social". A nossa reportagem especial se dá pela pretensão de conhecer a fundo e a presentar à sociedade as histórias das mulheres entrevistadas, entendendo e reportando, de forma detalhista, passagens em anos anteriores, de como foi para cada uma, à época, lidar com pensamentos que não iam de encontro ao seu e os caminhos que as levaram a morar nos asilos. |
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MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS |
Houve, a partir da sua produção, a mobilização primeiramente com os funcionários das casas de abrigo, em seguida elaboração de ofícios para a autorização do feito. Posterior conhecimento das histórias das mulheres, o foco de abordagem foi moldado. Compreendeu-se que as senhoras escolheram morar nos abrigos, o que desencadeou o enfoque ao novo ângulo. O primeiro foco seria contar a história de mulheres que vivem em asilos, após algumas entrevistas, nos debruçamos em contar histórias das mulheres que escolheram viver no asilo.
Os detalhes muitas vezes despercebidos na notícia são trazidos como importantes elementos da grande reportagem, a exemplo de quando mencionamos onde as senhoras estão, o que fazem no momento em que relatam as histórias.
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