ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XIX Congresso de Ciências da Comunicação na Região Nordeste</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span class="quatro"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;00600</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;RT</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;RT07</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;Pretas & Negras</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;HARLENE TEIXEIRA DA CRUZ SILVA (FACULDADE ANÍSIO TEIXEIRA); Vitória Maria da Silva Santos (FACULDADE ANÍSIO TEIXEIRA); Daniela Costa Ribeiro (FACULDADE ANÍSIO TEIXEIRA)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;Empoderamento, Igualdade Racial , Jornalistas Negras , Mídia , Site </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O presente trabalho questiona a contribuição do jornalismo para a diminuição da desigualdade racial, mais especificadamente no tocante a presença reduzida de negras jornalistas nos diversos processos de produção da informação e de que maneira isso influencia na forma de divulgação/disseminação de aspectos relativos à identidade negra, representatividade e empoderamento. Sendo assim, a construção do Site Pretas&Negras tem como objetivo analisar as implicações da discriminação racial na atuação de jornalistas negras baianas. Para tanto, foi necessário entender como o preconceito foi instaurado no Brasil, suas peculiaridades e os desdobramentos nesse cenário. Dentro dessa perspectiva, discorremos sobre a importância da internet, pois essa atua como uma proporcionadora de espaço para aqueles que antes não possuíam voz nos meios de comunicação tradicionais.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A mídia é um eixo norteador quando falamos na construção da opinião, identidade e informação disseminada. E, como agente produtora de discurso, ela muitas vezes ecoa uma voz preconceituosa e carregada de estereótipos. Ostenta e valoriza apenas uma cultura como dominante. O sociólogo John B. Thompson, em Ideologia e cultura moderna: teoria social crítica na era dos meios de comunicação de massa (1995), diz que a mídia é protagonista na sustentação de pautas que permeiam o discurso público. Nesse sentido, os signos e os significados criados impregnam-se na realidade social e são, em certa medida, proativos no sentido de criar e manter relações de dominação. O jornalismo tem um papel social extremante relevante dentro desse debate. Assim, nos propusemos analisar os porquês e a contribuição do jornalismo, tanto para ascensão das jornalistas negras baianas, como para uma maior valorização da população negra. No primeiro, capítulo da pesquisa há uma contextualização do preconceito através dos conceito de raça e diferentes formas de racismo. No segundo momento, o debate dialoga com os eixos transversais do trabalho que são mídia, racismo, identidade, representatividade e empoderamento. No terceiro, abordamos a influência da internet, por dar espaços para essas vozes, sendo esse motivo balizador para a escolha do produto: o site Pretas&Negras, tendo em vista, a ascensão que a população negra tem alcançado com as mídias digitais. Por fim, chegamos ao nosso tema: a mulher negra e o jornalismo. Nele além de trazer dados de órgãos relevantes, trouxemos as falas das entrevistadas ao longo de nossa pesquisa. O Portal Pretas&Negras é a concretização das inquietações levantadas ao longo dessa pesquisa, sobretudo por trazer a vivência das jornalistas negras baianas confirmando as nossas hipóteses através de reportagens, vídeos, ebook, infográficos e entrevistas.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Esse estudo tem por objetivo a criação de um portal e busca discutir as implicações da discriminação racial e a presença da mulher negra no jornalismo baiano, Para trabalhar essa temática, escolhemos como produto um Portal Online, que terá por nome Pretas&Negras, tendo como principal público as mulheres negras, abordando e discutindo assuntos de interesse dentro desse universo. Dentro dessa perspectiva é necessário evidenciar as consequências que atingem as mulheres negras no mercado de trabalho, exclusivamente no campo do jornalismo. E Pontuar quais as questões históricas, sociais e estruturais que corroborem para que estas estejam em desvantagem.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Falar da mulher negra no jornalismo baiano, se confunde muito com a história do negro na sociedade, sobretudo porque os processos são concomitantes. Por isso, dentro dessa ótica, é necessário trazer aspectos históricos, sociais, culturais e sobretudo, intelectuais, que remontam essa temática e se intercruzam quando ambos- mulheres e negros- são colocados à margem da sociedade e tem como justificativa a biologia que os colocam em desvantagem. Embora tratemos da Bahia, como pano de fundo dos estudos, as referências de conceitos e estatísticas, são nacionais. Ademais, no caso do jornalismo, não existem estudos, análises e nenhum dado específico da realidade das mulheres jornalistas baianas. Já quando tratamos das questões gerais, como conceito de raça, racismo e como a mídia atua nesse contexto, não tratamos de uma realidade específica, sobretudo porque não se configura como uma particularidade do estado, mas é engloba todos. Sob essa perspectiva o conceito de diferença racial foi construído para excluir todas as raças que não se encaixavam no modelo eugenista, teoria que "lidava com a ideia de que a capacidade humana estava exclusivamente ligada à hereditariedade e pouco devia à educação" (SCHWARCZ, 1996). Essa tinha como fachada a ideia de modernidade. A antropóloga Lilia Moritz Schwarcz contribui com o nosso pensamento quando diz que os pensadores da época ignoravam o princípio da igualdade e pretendiam "enaltecer a existência de "tipos puros" e compreender a miscigenação como sinônimo de degeneração, não só racial como social". (SCHWARCZ, 1996) Através dos autores consultados durante a construção da nossa pesquisa e pensamento, mostraremos que ambos os preconceitos são frutos de uma construção social, para que apenas uma classe seja favorecida através da manipulação de informações. Mas é só através do conhecimento, entendendo como, por quem e com quais objetivos que esses estigmas foram construídos é que podemos contribuir para a desconstrução deles e traçar mecanismos afim de dirimir os danos causados pela discriminação. Como ressalta Schwarcz "talvez seja a hora não só de delatar o racismo, mas de refletir sobre essa situação tão particular" (SCHWARCZ, 1996). Outro ponto também discutido nesse trabalho e diretamente relacionado ao nosso objeto de pesquisa trata-se do empoderamento da mulher negra, seu fortalecimento quanto à identidade e sua representatividade no mercado de trabalho jornalístico. O surgimento de movimentos a favor da mulher negra traz consigo uma ideologia de valorização desse público e discussões quanto aos padrões impostos pela sociedade. De acordo com o censo do Instituto Brasileiro e Geografia e Estatística (IBGE), a região brasileira com maior número proporcional de negros é a Nordeste, e a Bahia apresenta maior proporção de negros na população. Desta forma, entendemos que diante dessa realidade, a presença dos negros nos canais de comunicação da Bahia deveria ser ainda mais expressiva, entretanto isso não acontece. Algumas premissas como discriminação racial mídia, conceito de raça, preconceito, igualdade racial, representatividade e empoderamento são os eixos transversais ao nosso trabalho, sobretudo porque são a falta deles, ou a presença na vivência do dia a dia dos integrantes do grupo, que direciona para a escolha do tema: A discriminação racial e suas implicações na atuação das jornalistas negras baianas. Contudo, é perceptível que esse enfrentamento não se dá de maneira efetiva nos meios de comunicação, e no âmbito da atuação da mulher negra no jornalismo essa análise também se ausenta nas pesquisas acadêmicas, mais um motivo para que esse assunto tornasse pauta de nossa pesquisa. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Para isso, foram utilizados dois métodos de pesquisa: o exploratório com levantamento bibliográfico e histórico. Por proporcionar maior familiaridade com o problema "Quais as implicações da discriminação racial na atuação de jornalistas negras baianas? ", "com vistas de torná-lo mais explícito ou a construir hipóteses", o método exploratório com levantamento bibliográfico foi utilizado exatamente para possibilitar um conhecimento mais aprofundado sobre o assunto que consideramos pouco explorado: a ausência da mulher negra no jornalismo baiano. Com base nesse método, também foram realizadas entrevistas com pessoas que possuíram ou possuem experiências com o problema, reforçando assim o seu caráter familiar. As análises realizadas tiveram por objetivo entusiasmar o entendimento sobre as questões abordadas, tais como racismo, democracia racial, representatividade negra, empoderamento negro, fortalecimento da identidade e atuação da mulher negra no jornalismo. Já o método histórico, que consiste na investigação de fatos e acontecimentos ocorridos no passado, também foi aplicado por estarmos tratando de um problema de relevância histórica, como já é sabido de todos. Pois, o racismo está arraigado à formação social brasileira e assim tem seus efeitos demonstrados na contemporaneidade. Por se tratar de uma metodologia valiosa para pesquisar o comportamento em geral, tencionou-se averiguar: a organização da sociedade; a dinâmica histórica e sua evolução; o encadeamento de processos sociais que permitam a investigação dos fenômenos dentro de uma perspectiva que possibilite o conhecimento das causas e feitos, inclusive no tocante do problema abordado; bem como os eventos do ponto de vista da temporalidade, levando em consideração a resistência do racismo às transições e transformações ocorridas ao longo do tempo. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span class="quatro"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Umberto Eco em seu livro  Seis passeios pelo Bosque da Ficção , discorre sobre a peculiaridade do processo de leitura. Nos apropriamos dessa metáfora para dizer que nosso passeio pelo bosque das questões raciais atreladas ao jornalismo, além de muito peculiar, foi profunda, introspectiva e prazerosa. Desde sempre sabíamos e sentíamos a necessidade de trazer algum tema que tratasse de questões sociais. E naquela confusão, com o medo de perder-nos em meio aquele bosque de emoções e incertezas, tivemos a ideia de juntar um projeto empreendedor com o nosso próprio projeto experimental de conclusão de curso. Surgia naquele emaranhado de cores e sons desta floresta a nossa ideia, a nossa trilha. O Pretas&Negras começava a tomar corpo, e a partir de então, iria acompanhar-nos durante a nossa caminhada, ajudando-nos a fazer as inferências corretas, expandir nossos horizontes e auxiliar-nos em nosso processo de autoconhecimento. Nesse caminhar, achávamos que seria apenas um estudo sobre um objeto científico. Estávamos enganadas. Lidávamos com questões tão complexas que de vez em quando, nos assombrariam e a única maneira de vencê-las era sabendo consertar o que estava dentro de nós primeiro. Algumas flores nasciam naquele bosque e além de nos guiar, nos deram a certeza de que estávamos no caminho certo. Entrevistar as Jornalistas Negras Baianas, saber das suas histórias, entender os seus desejos, os obstáculos que enfrentaram, nos emocionavam! Nos davam fôlego e combustível para enfrentar os obstáculos daquele passeio. Como todo bom bosque, surgiram aquelas borboletas de todas as cores que coloriam todo aquele pano esverdeado que nos cercava. Elas foram nossas fontes, que com suas vivências, enriqueceram nosso trabalho e fizeram da nossa experiência encantadora e inesquecível. No nosso trilhar, quem ora presente, ora nem tão longe, foi o sol. Sua iluminação permitia nossa permanência na trilha certa, orientava-nos a mudar o caminho, a reposicionar a nossa bússola: Nossa orientadora. Às vezes, aqueles líquidos preciosos e cristalinos brotavam dos nossos olhos, por lembrar que estávamos vivendo aquilo, por saber que as Negras Baianas e futuras jornalistas, além de estarem superando seus próprios medos, estavam falando de temas que ajudariam muitos a encontrarem seu bosque e trilharem a sua própria trilha. Enfim, findou-se uma trilha, sabe porquê? O nosso bosque é imenso, ele é a nossa história e nele procuramos a fórmula para dar sentido a nossa existência. Incomodados com a influência que discriminação racial possui na atuação de jornalistas Negras Baianas e a forma como as pautas e debates sobre a questão racial na mídia são prejudicados por esse fato, por isso resolvemos lançar o portal online Pretas&Negras que reúne notícias e entretenimento voltado para o público negro. Que buscou discutir as implicações da discriminação racial e a presença da mulher negra no jornalismo baiano. Nesse sentido, os temas abordados no portal foram sobre como os conceitos de raça influenciam na percepção do mundo e nas relações sociais, salientando a atuação da mulher baiana no jornalismo, as dificuldades que ela encontra, como também evidenciar as conquistas e como a discriminação racial atua nesse campo de trabalho. Para isso, o material que pode ser encontrado no Portal é composto pelas matérias provenientes da execução das pautas que podem ser encontradas no Portal Pretas&Negras. Com o título:  Preto demais para ser branco, branco demais para ser preto está uma matéria sobre Colorismo, pois consideramos que trazer a luz sobre esse tema, se encaixa exatamente na proposta do Pretas&Negras, visto que essa é mais uma das peculiaridades da discriminação racial brasileira. Nela contamos com a fala da mestre em psicologia Veridiana Machado e de pessoas que já puderam notar a presença do colorismo no seu dia a dia. Já na matéria  Racismo na Língua Portuguesa , pode-se constatar mais detalhes sobre outra pauta mais abrangente, mas também alinhada com o objetivo do produto. Ela discute expressões racistas que são utilizadas de maneiras inconsciente por boa parte dos brasileiros. A fonte principal desta matéria é a doutora em educação, Eliana Ribeiro. Ainda temos a pauta sobre empoderamento, que além de ser um dos temas relevantes do nosso trabalho consideramos esse movimento fortalecedor do processo de reconhecimento e instauração de bases mais sólidas da identidade negra. Para isso, com enfoque no jornalismo, trazemos como fontes as jornalistas negras Lise Oliveira e Fernanda Carvalho, além da estudante de pedagogia Laryssa Moraes, o título da mesma é Empoderamento: Um ato Político. Outra perspectiva abordada é sobre a interferência da literatura na construção do processo identitário de toda nação. A matéria em vídeo pode ser assistida, tendo como fonte a Doutora em Educação, Eliana Ribeiro. Para trazer um olhar mais pessoal sobre as expectativas do futuro do jornalismo para mulheres negras, executamos uma pauta com as estudantes de jornalismo de Feira de Santana, como pode ser visto em:  Baixa representação não impede mulheres negras de optarem pelo jornalismo". Nela, além das entrevistas, foram aplicados também dois questionários para a condensação de dados estatísticos que possibilitou uma visão precisa. No portal há uma série de entrevistas com jornalistas negras de referência estadual e nacional. Procuramos trazer as vivências das jornalistas durante a carreira nesse campo da comunicação. O principal objetivo do portal Pretas&Negras é falar do assunto com emoção, através de elementos textuais, sonoros e visuais. O uso das novas tecnologias tem um papel fundamental para a realização de um trabalho educativo e a popularização das mídias sociais trouxe esperança para aqueles que necessitavam serem ouvidos, vistos, representados. Optamos por esse formato por se tratar de uma plataforma que comporta os mais diversos recursos midiáticos, podendo traduzir as experiências dos personagens da forma que mais for viável e interessante, para assim conseguir passar a complexidade do tema e sua mensagem principal, não se perdendo na superficialidade. Por se tratar de um meio que vem sendo estudado, como utilizado recentemente, foram encontradas dificuldades para chegarmos à um conceito mais embasado sobre Portal Online, mas a maioria dos sites o caracteriza como  um site na internet projetado para aglomerar e distribuir conteúdo de várias fontes diferentes de maneira uniforme, sendo um ponto de acesso para uma série de outros sites ou subsites internamente ou externamente ao domínio ou subdomínio da empresa gestora do portal . Podendo ser dividido em  transacionais, portais informativos, portais privados, portais públicos, portais horizontais e portais verticais. Todos podem se misturar entre si e acabar sendo, por exemplo, verticais/informativos . Neste caso, o Pretas&Negras, trata-se de um Portal Oline vertical/informativo, que oferece conteúdo específico para determinados usuários, ou seja, mulheres negras. O material pôde ser produzido com uma maior comodidade, sendo as fontes de vários lugares, não tendo que obrigatoriamente estarmos presos à fontes locais. É dividido em 4 editorias, página principal, notícias, galeria e sobre. A página principal destaca a matéria de capa  Mulheres negras: Da invisibilidade à resistência em seguida tem uma série de entrevistas com algumas jornalistas negras e por fim o rodapé que traz informações sobre o site e depoimentos das nossas leitoras. Na editoria de notícias estão as onze matérias e cada uma está de acordo aos objetivos específicos do trabalho. A galeria expõe fotos das leitoras e entrevistadas. Já na parte de sobre, conta com um resumo sobre o site, e a descrição de cada uma das colaboradoras</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify">E difícil tomar um posicionamento diferente do que vem sendo mostrado e posto como verdade, porque a todo o momento se vê uma mídia que  corrobora com o destino preestabelecido , fator esse que faz até com que os próprios negros interiorizem ideias negativas sobre si (SODRÉ, 1999), reforçando os estereótipos e acabam por funcionar como um ícone dos tempos da escravidão e têm consequências negativas imensuráveis e altamente prejudiciais na construção da desejável, porém inexistente, democracia racial no Brasil. A mais imediata delas está diretamente ligada à visibilidade: é o reforço dos estereótipos. (FERRO, 2012. p. 75). Portanto, pode-se perceber que, ao invés de termos um jornalismo que luta pelas causas sociais, temos um jornalismo, acima de tudo, capitalista e que corrobora com a predileção de culturas. Um exemplo disso, é a pouca presença de jornalistas negras na mídia, acreditamos que o portal tenha sido eficaz em ser o produto, não só porque ele dialoga com o nosso público. Mas, sobretudo porque ele possibilita o fazer jornalismo sem amarras. Essa ausência da mulher negra, nos canais de comunicação também na Bahia, compromete a qualidade da produção da informação. No universo de uma população majoritariamente negra, os seus representantes no jornalismo são em sua grande maioria, homens, e ainda por cima brancos e restam poucas vagas para e ocupadas por mulheres negras. Durante a execução deste trabalho, ficou evidente também que por ser um problema estrutural da sociedade, a mídia além de não saber tratar o tema ela colabora quando torna ele uma voz muda, ou atribui uma invisibilidade à essas questões. Embora a maioria das jornalistas negras entrevistadas afirmasse a existência do racismo e terem sofrido implicações dele ao longo de sua carreira, foram poucas as que disseram executar alguma ação que impedisse a sua propagação</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2">25 negras mais influentes da web 2015 #25webnegras. Blogueiras Negras, 30 Dez. 2015. Disponível em: < http://goo.gl/hKxnKs > Acesso em 20 de agosto de 2016.<br><br>ACEVEDO, Claudia Rosa; TRINDADE, Luiz Valério de Paula. Análise de ausência de diversidade étnica nos telejornais brasileiros. 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