ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XIX Congresso de Ciências da Comunicação na Região Nordeste</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span class="quatro"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;00605</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;PP</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;PP04</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;Comportamento do Consumidor de Food Truck no Recife</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Iyasanã Moura Lepê Correia (Iyasanã Moura); Ana Gabriela Cabral de Melo (Iyasanã Moura); Gabriella Camelo Gomes Pinto (Iyasanã Moura); Janaina de Holanda Costa Calazans (Iyasanã Moura)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;Comida, Comportamento, Hábitos, Pesquisa, Recife</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O trabalho pretende traçar o perfil dos consumidores de food truck da cidade do Recife. Um mercado recém-chegado que vêm trazendo mudanças no comportamento da população ao apresentar uma cozinha compacta, ambulante, que produz uma comida gourmet e oferece um ambiente diferenciado. Pessoas que antes percebiam a comida de rua como sinônimo de má qualidade, hoje saem de suas casas com um único intuito de consumi-la. O presente trabalho ajudará estudiosos, empresas e também consumidores a entender melhor essa mudança e conhecer esse público, quais suas motivações, hábitos, preferências, percepções e desejos.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O food truck é uma cozinha móvel equipada em um caminhão (van ou trailer) para vender comida gourmet em distintos lugares da cidade. Esses restaurantes sobre rodas têm ganhado destaque no mercado gastronômico nacional e internacional, mudando o comportamento de vários grupos de consumidores e também a concepção de comida de rua. O primeiro food truck nasceu na cidade do Texas, nos Estados Unidos. Em 1866, o pecuarista Charles Goodnight, diante da dificuldade de preparar comida durante a movimentação do gado, modificou um vagão do exército construindo prateleiras e gavetas em seu interior, colocando utensílios de cozinha, especiarias, suprimentos médicos, barril de água e um aparato para acender o fogo. No decorrer dos anos, tanto a cozinha quanto os caminhões foram evoluindo cada vez mais. O fechamento de restaurantes, demissão de chefes de cozinha e até a diminuição do setor de construção e abandono de caminhões, levaram os chefs a optarem por trabalhar com caminhões de comida, unindo qualidade e pouco investimento. Assim, tornou-se cada vez mais comum, nos Estados Unidos, cozinhas ambulantes que fornecem comida rápida com baixo custo. O modelo de negócio food truck chegou ao Brasil em 2012, na cidade de São Paulo e não tardou a chegar em Recife. Em 2015, Recife foi palco de vários eventos direcionados ao food truck, como o "Lá Fora - Food Park" e o "Na rua tem", que contou com a presença de cerca de 15.000 pessoas em 16 horas de evento (NA RUA TEM, 2014). Desde então, vários food trucks nasceram na cidade e eventos, em menor porte, foram criados, com os mais variados tipos de comida e bebida. No Brasil, o food truck é um mercado novo, chegado em meados de 2012, com raras pesquisas sobre esse tipo de negócio no país. Não existindo, até então, pesquisas sobre esse mercado no Recife. Este estudo procurará, então, entender aspectos racionais e irracionais do comportamento do consumidor de food truck no Recife.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Diante do problema: "Qual é o perfil de comportamento do consumidor do segmento food truck no Recife?", o trabalho tem como objetivo geral identificar o perfil de comportamento do consumidor de food truck em Recife e como objetivos específicos, identificar as principais motivações de consumo, apontar as características que o público mais valoriza nesse modelo de negócio, definir os principais pontos de diferença entre restaurantes e food trucks e analisar o nível de satisfação do consumidor em relação ao modelo de negócio.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Os hábitos culinários existem desde o surgimento do homem. A satisfação e o prazer obtidos através dos sentidos do paladar e do olfato são primários no ser humano. Na medida em que esses grupos sociais se desenvolviam, a gastronomia seguia o curso em conjunto e, assim, os diversos povos marcavam suas experiências e descobertas. A culinária passou por inúmeras fases e aprimoramentos através da sociedade e suas mudanças. A partir de novas descobertas, as refeições se tornaram cada vez mais ricas em detalhes e sabores. Desde que a hora da alimentação se tornou um hábito prazeroso e não só fisiológico, essa atividade passou a ser contemplada não apenas nas casas das famílias, mas também se expandiu à restaurantes e bares por meio da inovação dos empreendedores. Os restaurantes e os bares, na medida em que eram mais sofisticados e elaborados, recebiam mais pessoas, eram mais bem valorizados e prestigiados. O alimento de rua, por sua vez, foi por muito tempo sinônimo de baixa qualidade. A falta de infraestrutura e outros recursos que chamassem a atenção do consumidor, bem como garantisse a frequência de consumo, tornou o mercado gastronômico de rua um tipo de negócio geralmente relacionado a um consumo rápido e precário. No entanto, a nova onda de food trucks reconfigurou o segmento espalhando-se pela cidade como referência de qualidade e diversidade de produtos. Recife tem mostrado uma significativa mudança de comportamento a partir do momento em que pessoas que não eram consumidoras do mercado gastronômico de rua local passaram a sair de suas casas com esse único intuito: comer em um food truck. Diante da mudança de cenário, é de fundamental importância para empresas do segmento aprofundarem o conhecimento sobre seu público. Aos novos empreendedores interessados em investir nesse mercado, a pesquisa também servirá de auxílio, e ainda àqueles que estudam essa nova forma de consumo. Assim, o estudo traçará o perfil de comportamento do consumidor de food truck no Recife, a fim de entender a mudança de percepção e comportamento diante da nova proposta gastronômica. Os estudos sobre gastronomia são amplos, vários livros e artigos tratam sobre a arte e seus consumidores em geral. Para essa contextualização, o livro "A História da Gastronomia" (LEAL, 1998), produzido pelo Senac, aborda o meio culinário e como ele reflete em sua sociedade, suas influências e culturas. Porém, quando se afunila para a gastronomia de rua, são poucas as fontes de referência. Entre os mais relevantes, encontra-se "Comida de rua: estilo alimentar, temporalidade e sociabilidade nas ruas da cidade" (DULTRA, 2012), abordando o lado cultural e social do consumo de rua, e "Comida de Rua: Relações Históricas e Conceituais" (PERTILE, 2013), que foi promovido pela Universidade de Caxias do Sul para a revista Rosa dos Ventos, falando sobre a forma de consumo e a dicotomia entre comida de casa e comida de rua, ainda assim, a obra não trata do novo consumo de food truck. A busca sobre estudos que abordem esse novo tipo de mercado é ainda mais difícil por se tratar de um tema atual que ainda não gerou um grande número de pesquisas. O artigo "Microtendências: Los Roadcoocks" (MORALES, 2014), traz a definição geral de food truck e também o perfil de empreendedores e consumidores desse meio, na Cidade do México. O único estudo brasileiro relevante encontrado foi "O perfil dos consumidores do segmento food truck no Brasil" (WILKENS, 2014), um trabalho de conclusão de curso que procura traçar o perfil dos novos consumidores, porém nada sobre o mercado gastronômico de Recife foi abordado. Esses estudos nos ajudam a entender um pouco mais sobre o mercado de food truck. A mais específica abordagem do tema não alcança a nossa região de interesse, o Recife. Sendo assim, a nossa pesquisa será baseada nas referências encontradas e procurará entender os consumidores de food truck do mercado gastronômico recifense, antes não abordado por outros autores.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O procedimento metodológico e técnico usado foi uma pesquisa de abordagem quantitativa e de caráter descritivo, uma vez que busca mensurar os efeitos do food truck no atual mercado gastronômico do Recife e descrever o perfil comportamental de consumo de seus clientes, respondendo questões como quem, o quê, quanto, quando e onde consomem (MATTAR, 1997). Dessa forma, um questionário estruturado não disfarçado, ou seja, com perguntas exatamente iguais para todos, foi aplicado pessoalmente e virtualmente com fontes primárias, visto ser um instrumento que tem, como característica principal, ser o próprio pesquisado quem lê e responde diretamente as perguntas. "As maiores vantagens da utilização de instrumentos estruturados não disfarçado estão na simplicidade de sua aplicação e na facilidade que proporciona para a tabulação, análise e interpretação" (MATTAR, 1997, p. 161). A técnica de coleta foi por levantamento, buscando dados representativos da população de interesse. A amostragem utilizada foi a não probabilística intencional, uma vez que o questionário foi aplicado em locais que possuem ponto de food truck no Recife, ou seja, no universo composto pelos frequentadores de food trucks e não com pessoas avulsas. Não se limitando a eventos ou feiras, uma vez que a cidade já conta com uma grande quantidade de food trucks. A mesma lógica se aplica para a coleta virtual, uma vez que foi respondida apenas por consumidores reais do mercado. A amostragem contou com 300 questionários, nos quais 150 foram aplicados pela internet do dia 01/05/2016 ao dia 12/05/2016, e 150 presencial do dia 12/08/2016 ao dia 19/08/2016. Durante a aplicação, os consumidores responderam 16 questões sobre seus hábitos, como o food truck entrou na sua rotina ou lazer, qual o nível de conhecimento sobre esses novos empreendimentos gastronômicos, como eles percebem a comida de rua e qual a diferença inferida ao food truck, quais são as motivações da mudança de comportamento e como o consumo é feito. Todos os assuntos abordados tiveram como objetivo traçar o perfil do consumidor de food truck no Recife, Identificando suas principais motivações de consumo e apontando as principais características do novo mercado que as diferenciam de restaurantes comuns e o nível de satisfação do consumidor.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span class="quatro"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Ao analisar os questionários aplicados, entende-se que entre os entrevistados, 68% é do sexo feminino, e 32% é do sexo masculino. Um total de 64% compõe a categoria de idade entre 21 e 30 anos e um total de 27% acima da 31 anos. Assim, é possível perceber que o principal consumidor de food truck equivale a um público adulto, com idade de 21 a 31 anos. Este grupo está intimamente ligado às mudanças de hábitos e comportamentos, justamente por ser a fase de transição para a vida adulta, socialização e inserção social, o que possivelmente justifica ser o target de food truck, uma vez que este reflete mudanças no cenário gastronômico e, consequentemente, atrai esse público. Dentre os entrevistados, a maioria é graduado (36%) ou está em graduação (31%), e em sua maioria, formado por estudantes, representado por 41%. Quanto à renda familiar, é possível afirmar, de acordo com o IBGE, que a maioria (60%) pertence às classes C e B, uma vez que 35% desse percentual possuem média familiar de 7 a 11 salários mínimos, e 25% possuem de 4 a 6 salários mínimos. Esta classe representa um público que possui um considerável poder de compra, o que termina justificando ser o target de food truck. Ou seja, são pessoas com poder aquisitivo constante que mantêm os gastos extras, como, por exemplo, comer fora de casa. A grande maioria é solteira, representada por 72%, em seguida os casados, com 21%. O elevado percentual de solteiros pode traduzir a busca por ambientes de fácil socialização e propício para conhecer novas pessoas, encontrado com facilidade no ambiente dos food trucks. Além disso, os casais também são contemplados com o ambiente descontraído dos food trucks para sair a dois ou com um grupo de casais. A maior parte dos entrevistados sai para comer nas horas livres (54%), o que retrata uma desmistificação do comer, ou seja, as pessoas não mais se alimentam só para atender a uma necessidade fisiológica, mas sim, para fazer de tal momento algo divertido e hedonista. Além disso, com os tempos modernos, as pessoas passaram a ter menos tempo livre, o que fez com que os consumidores buscassem uma certa rapidez e praticidade na execução de suas tarefas, dispensando possíveis complexidades da ida à um restaurante, bem como do preparo de uma comida em casa, por exemplo. Também é possível notar que a intenção de frequentar o food truck tem como foco o produto, ou seja, a comida. Esse público sai intencionalmente para consumir o produto oferecido pelos food trucks, um hábito antes inexistente em relação ao mercado de comida de rua. Sendo possível perceber que há uma mudança de hábito e uma forte intencionalidade na ação de ir ao food truck. Na pesquisa, 37% dizem frequentar food trucks porque se agradam do serviço em geral, seguidos por 35% que se atraem pelo sabor das comidas, enquanto que os demais 28% dos entrevistados alegam a praticidade, localização e preço como principal fator de visita. Diante disso, é possível notar que a intenção de frequentar o food truck é com foco no serviço diferenciado em conjunto com o produto, ou seja, a comida. Questionados sobre a frequência do consumo nos food trucks, a maioria dos entrevistados (64%) afirmaram que frequentam de vez em quando, o que reflete a saída para este local como algo diferente, além do fato de que esse mercado é consideravelmente novo e, consequentemente, difere da prática gastronômica até então vivenciada. Se tratando de qual refeição é feita nesse mercado, 57% dos entrevistados têm o hábito de jantar, enquanto 42% costumam lanchar. Um fator importante para esse percentual diz respeito ao horário de funcionamento das feirinhas de food trucks, que, geralmente, funcionam no final da tarde e/ou noite. Além disso, pelo fato de que a maioria consome vez em quando, não contempla refeições rotineiras feitas culturalmente no Brasil de forma familiar como café da manhã e almoço (1%), por exemplo. Sobre o que é diferencial nos food trucks, a maioria dos entrevistados alegam que o agrado ao sabor da comida (30%) e a praticidade (27%) são os principais diferenciais dos food trucks. O percentual traduz o grau de exigência do consumidor que se encontra com um nível de criticidade maior no cenário atual. Ou seja, mais importante do que ter uma apresentação boa da comida (12%), bom atendimento (16%), preço baixo (12%) e propaganda (3%) é se, de fato, o do produto vale a pena. Também é preciso frisar que a percepção de "preço baixo" pode variar de acordo com o valor que esse consumidor possui disponível para gastos supérfluos e o quanto se dispõe a pagar. Com os resultados foi possível perceber que a principal fonte de informação do público sobre food truck é por meio da internet (45%) e através de amigos (45%), o vulgo boca-boca. O avanço da internet e o surgimento das redes sociais como veículo comunicacional refletiu um grande investimento por parte dos empreendedores na propaganda digital, principalmente pelo fato destes meios terem uma característica interativa, espontânea e de amplo alcance. Além disso, o elevado percentual de divulgação através de amigos retrata o poder do boca a boca, uma vez que este possui um grande e confiável grau de influência por meio da troca de experiências. Sendo as mídias impressas (2%) não efetivas para grandes resultados em termos de divulgação dos food trucks. Dos entrevistados, a maioria (46%) costuma comer hambúrguer em food trucks, o que pode ser justificado pela onda de gourmetização que o segmento apresenta principalmente para esse tipo de comida, ou seja, é um produto diferenciado que não é encontrado em hamburguerias tradicionais, como os fast foods McDonald's e Burger King, por exemplo. Além do hambúrguer, outro produto que é muito popular em food trucks são as comidas orientais (26%). Entre as outras comidas citadas, 38% consomem pizza e 13% frequentam os food trucks para consumir bebidas. A maior parte dos entrevistados (48%) afirma que os preços das comidas dos food trucks seriam um empecilho para o consumo. Nesse caso, o preço é taxado como elevado demais para o segmento em questão, pois, apesar de ser uma categoria inovadora e fornecer uma comida mais gourmetizada, não deixa de ser comida de rua, uma vez que não apresenta uma estrutura como restaurantes ou lanchonetes. Dentro desses 48% que afirmam ter como empecilho de compra o preço, 23% responderam anteriormente que o preço baixo é o diferencial dos food trucks, ou seja, há uma contradição em relação às respostas dos entrevistados, o que leva a crer que, possivelmente, o preço da comida é considerado elevado, mas os consumidores estão dispostos a pagar se estiverem interessados no produto/serviço que é oferecido pelos food trucks. Fato curioso, pois 53% dos entrevistados respondeu estar disposto a pagar 16 a 25 reais. Contudo, em uma ótica mais profunda do público, ao cruzar os dados com o grau de escolaridade, percebe-se que, dos que responderam ser graduados, 47% estão dispostos a pagar de 16 a 25 reais nas refeições. Desses graduados, 69% possuem renda familiar de 4 a 11 salários mínimos, o que confirma que o público com nível superior de escolaridade e com renda maior é quem, de fato, está disposto a pagar mais. O que contribui com a percepção de "preço baixo" desse público. Esses consumidores têm grau de escolaridade elevado, valor elevado disponível para gastos supérfluos e estão dispostos a pagar mais. Por último, o público foi questionado sobre qual seria o food truck perfeito. A maioria afirmou que qualidade é uma característica indispensável. Em seguida palavras como preço, justo, barato, baixo, remetem a questão do preço que pode influenciar no consumo. Mas a presença de "comida boa" e "qualidade" em destaque, reforçam a mudança de imagem percebida do consumidor em relação as comidas vendidas na rua. Imagem que motiva os consumidores a saírem de suas casas e suas rotinas, para consumirem em food trucks.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify">Diante do resultado desta pesquisa, pode-se representar o consumidor de food truck no Recife por uma mulher, solteira, de 21 a 30 anos, estudante e com renda familiar de 7 a 11 salários mínimos. Ela é uma consumidora moderna, que tem uma rotina agitada e seu estilo de vida exige praticidade. Nas horas vagas ela prefere sair para comer, geralmente gosta de jantar hamburgers, temakis, pizzas e escolhe os estabelecimentos de acordo com a qualidade do produto e serviço que mais lhe agrada. Por sua renda ser um pouco elevada, acha justo usar seu dinheiro para gastos supérfluos de vez em quando, principalmente quando se trata de comida. Em sua escolha, é levado em conta a qualidade do produto, o custo-benefício e a facilidade de encontrar informações sobre o local de compra. Sua principal fonte influenciadora são os amigos e a internet. Percebe-se que há uma mudança de comportamento em relação a comida de rua. Os consumidores, que antes viam a comida de rua em geral como sinônimo de má qualidade, baixo custo e praticidade, agora criaram uma outra percepção diante desse novo mercado. Os food trucks são relacionados à uma comida de boa qualidade, um bom serviço e preços elevados, apesar de custo-benefício em relação a lanchonetes e restaurantes. Essa mudança de percepção faz com que hoje, muitas pessoas saiam de suas casas com um único intuito: ir a um food truck, hábito antes inexistente em relação à comida de rua. Os consumidores que têm um estilo de vida mais agitado e procuram por qualidade, ambiente agradável, praticidade e custo-benefício acabam se adaptando melhor ao formato do food truck. Por outro lado, os consumidores que são mais conservadores e preferem um ambiente mais sofisticado e confortável, preferem os restaurantes. Ou seja, de fato há consumidores para todos os tipos de empreendimentos, a escolha é influenciada pelo seu estilo de vida.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2">AGUIAR, Anna Carolina. Food Truck: Saiba Como Surgiu Essa Moda. Revista Super Interessante, São Paulo, 2015.<br><br>ARAÚJO JUNIOR, Olímpio. Marcas e o comportamento do consumidor. Portal do marketing, Recife, abr. 2009.<br><br>BOLDRINI, Thayse. Food trucks se reúnem em novo evento no Pina. Recife: Pernambuco.com, 2015.<br><br>BRANT, Danielle. Brasileiros já cortam gastos com lazer. Folha de São Paulo, São Paulo, 2015.<br><br>CARVALHO, Diogo; MACIEL, Vitória. O Roteiro de Food Trucks no Recife: de Hot Dogs a Comida Italiana e Japonesa. Diário de Pernambuco, Recife, 2015.<br><br>CDL, Elói Mendes, Brasil. Despesas com lazer é o que mais traz gastos para o bolso do consumidor, revela pesquisa do SPC Brasil.<br><br>DULTRA, Rogéria Campos de Almeida. Comida de rua: estilo alimentar, temporalidade e sociabilidade nas ruas da cidade.<br><br>EATER. Disney World is Gearing Up to Add a Food Truck Park. 2014.<br><br>FOOD TRUCK TOTAL. Brasil, 2014.<br><br>FRANCO, Ariovaldo. De caçado a gourmet: uma história da gastronomia. São Paulo: Senac, 2001.<br><br>GIGLIO, Ernesto. O comportamento do consumidor. São Paulo: Pioneira, 2002. 269 p.<br><br>IBGE, Censo demográfico, Brasil. 2010.<br><br>KARSAKLIAN, Eliane. Comportamento do consumidor. São Paulo: Atlas, 2004. 239 p.<br><br>LEAL, Maria Leonor de Macedo Soares. A história da gastronomia. Rio de Janeiro: Senac Nacional, 1998. 144 p.<br><br>MATTAR, Fauze Najib. Pesquisa de marketing: metodologia e planejamento. V. 1.4. ed. São Paulo: Atlas 1997.<br><br>MORALES, Zorayda. Microtendencias: Los Roadcooks. Cidade do México, 2014.<br><br>PERTILE, Krisciê. Comida de Rua: relações histórias e conceituais. Revista Rosa dos Ventos. Caxias do Sul, 2013.<br><br>SPINACÉ, Natália. A invasão dos food trucks. Revista Época, Rio de Janeiro, 2014. <br><br>WILKENS, Fábio. O perfil dos consumidores do segmento food truck no Brasil. 2014.<br><br> </td></tr></table></body></html>