INSCRIÇÃO: | 00623 |
CATEGORIA: | JO |
MODALIDADE: | JO13 |
TÍTULO: | (Im)perdoáveis? O frágil sistema de ressocialização carcerária |
AUTORES: | ELISA DAMANTE ANGELO E SILVA (Universidade Federal da Paraíba); Ana Daniella Fechine Leite (Universidade Federal da Paraíba); Margarete Almeida Nepomuceno (Universidade Federal da Paraíba) |
PALAVRAS-CHAVE: | penitenciária, sistema carcerário, ressocialização, grande reportagem, jornalismo literário |
RESUMO | |
O sistema carcerário da Paraíba comporta, atualmente, mais de 11,6 mil detentos, entre homens e mulheres. No Brasil, ainda não é possível verificar com exatidão o índice de reincidência dos presos que cumprem sua pena, no entanto, é possível notar falhas no sistema de ressocialização desses apenados. "(Im) perdoáveis? O frágil sistema de ressocialização carcerária" propõe uma reflexão do processo de reinserção dos detentos na sociedade, passando por suas histórias de vida e rotina dentro do presídio. Para isso, foi realizado um processo de apuração para a criação da grande reportagem na Penitenciária de Segurança Máxima Criminalista Geraldo Beltrão, na Paraíba. Com longas penas e crimes questionadores, os personagens buscam maneiras de reduzir o tempo de pena e voltar à sociedade sem cometer os crimes do passado. | |
INTRODUÇÃO | |
Localizada no bairro de Mangabeira, na capital da Paraíba, João Pessoa, a Penitenciária de Segurança Máxima Criminalista Geraldo Beltrão agrega 252 detentos, com idades variadas e crimes também diversos. Estão distribuídos entre as 18 celas do pavilhão, com aproximadamente 10m² cada. Para controlar e gerir esse contingente, cerca de nove a 11 agentes penitenciários trabalham por plantão. A única maneira de criar uma perspectiva de vida diferente é através de uma educação comprometida, no entanto, ainda muito falha e segmentada em termos de ressocialização. "(Im) perdoáveis? O frágil sistema de ressocialização carcerária" pretende cumprir o papel jornalístico da informação real e de qualidade. O cárcere no Brasil ainda é um tema escondido e camuflado, que pouco visita redações de TV, online e impresso. Além disso, a grande reportagem propõe uma reflexão social a partir de uma narrativa literária e de aprofundamento, capaz de manter o leitor atento na contextualização e informação dos casos sem perder a premissa básica da comunicação: informar. O tema é tratado a partir da história de dois apenados, Rodrigo Antônio e Paulo Josafá, que estão presos por estupro e homicídio, respectivamente, e tentam, dentro da prisão, diminuir o tempo de pena e voltar à sociedade sem a possibilidade de cometer os mesmos crimes, através da educação e do trabalho que exercem na unidade. A proposta, portanto, é responder a uma questão geral, a partir de um problema localizado: com essa realidade, que é a mesma dos demais presídios da Paraíba, é possível ressocializar? "Como em qualquer processo educativo, há que se buscar entender os interesses e as necessidades de aprendizagem da população carcerária e quais os limites que a situação impõe sobre esse processo" (IRELAND, 2011. p. 20). Com relatos de quem sobrevive do sistema, a grande reportagem pretende trazer à tona a reflexão sobre a reinserção dos apenados na sociedade, um problema que a sociedade decide silenciar e esconder. | |
OBJETIVO | |
O presente trabalho foi produzido durante a disciplina Estudos Culturais em Comunicação, no curso de Jornalismo da Universidade Federal da Paraíba, com o objetivo de apresentar, analisar e, por conseguinte, fazer refletir a realização da política de ressocialização dos apenados da Paraíba, que refletem, também a totalidade do sistema carcerário brasileiro. Dessa forma, a grande reportagem buscou não apenas tratar dos crimes cometidos pelos detentos, ou das condições de insalubridade de um presídio, como também e principalmente, apresentar os mecanismos desenvolvidos pela penitenciária na tentativa da remissão dos presos ali encarcerados, além de apresentar a história de dois personagens que encontraram na escrita, um escape, pelo menos, para a mente. Condições subumanas dos presídios até ganham espaço nos noticiários da mídia tradicional, bem como as rebeliões que acontecem entre as facções. No entanto, a maneira como esses presos usufruem de seus direitos do lado de dentro de suas celas, ou como eles podem (ou não) se transformarem dentro de um cubículo com mais 15 ou 20 homens não é um assunto do jornalismo brasileiro, a não ser em grandes produções cinematográficas. Portanto, a proposta desta produção foi visibilizar o ambiente de um presídio, a partir de uma realidade pessoal dos detentos, tendo em vista a necessidade de mudança e transformação para que a prisão realmente faça jus ao seu objetivo: o de pagar pelos crimes e não mais cometê-los. | |
JUSTIFICATIVA | |
As histórias dos detentos demonstradas nesta grande reportagem representam um número gigantesco de presos em todo o país. Em abril de 2016, de acordo com o Departamento Penitenciário Nacional, a população carcerária no Brasil se aproximava dos 622 mil presos. A Penitenciária de Segurança Máxima Criminalista Geraldo Beltrão, por sua vez, é apenas a ponta do iceberg: o problema é nacional. Na Paraíba, apenas 25% dos apenados estão inseridos em algum segmento de educação dentro de suas unidades prisionais. Visto de forma isolada, os números são ainda menores, levando em consideração que um apenado pode fazer parte de mais de uma atividade. De acordo com João Rosas, diretor da Penitenciária Geraldo Beltrão, apenas 10 presos participam do projeto Remissão pela Leitura. Em 2016, o Enem Para as Pessoas Privadas de Liberdade (PPL) recebeu 852 inscrições na Paraíba, no entanto, apenas 44 apenados se inscreveram no Sisu. Segundo a Gerência Executiva de Ressocialização do Estado, 24 reeducandos conseguiram atingir nota para certificação do ensino médio. Na tabela abaixo é possível analisar que o número de apenados participantes das atividades educacionais vai caindo na medida em que os estudos vão avançando em nível de qualificação. A partir desses dados é possível perceber duas questões importantes para a discussão do assunto: o processo de ressocialização através da educação, de fato, existe. No entanto, é preciso analisar de que forma essa educação está sendo incorporada aos reeducandos. "É importante perceber que não basta criar uma escola associada ao ensino profissional, mas sim uma que ajude a desenvolver potencialidades (competências) que favoreçam sua mobilidade social, não se deixando paralisar pelos obstáculos que serão encontrados na relação social. Em suma, uma escola que privilegie a busca pela formação de um cidadão consciente da sua realidade" (JULIÃO, 2011, p. 148). Além disso, a falta de pesquisas sobre a reincidência de presos no sistema prisional contribui para a dificuldade em analisar se o processo educacional do sistema se apresenta de forma positiva ou negativa. Sobre o tema, há muitas especulações, mas o Instituto Econômico de Pesquisa Aplicada (Ipea) resolveu fazer o seu próprio levantamento que, por sua vez, também se apresenta fragilizado. A pesquisa utilizou uma baixa amostra de 817 processos de Alagoas, Minas Gerais, Pernambuco, Paraná e Rio de Janeiro. Com essa amostragem, o Ipea verificou que um em cada quatro condenados reincidem à prisão, o que corresponde a uma taxa de 24,4%. Esses dados foram divulgados em 2015 e o Instituto levou em consideração o conceito de reincidência legal, que atinge casos de condenação do indivíduo "em diferentes ações penais", desde que o cumprimento da nova pena aconteça cinco anos após a extinção da pena anterior. Importante lembrar ainda que as atividades do Poder Judiciário para julgar os processos dos apenados são lentas e morosas, o que faz com que muitos presos permaneçam nos presídios mesmo após o tempo de cumprimento da pena. De acordo com dados do último relatório da Ouvidoria do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), 2.306 atendimentos, de um total de 5.070, estavam relacionados "à demora no julgamento de ações judiciais". A partir dessas questões, a produção da grande reportagem se fez necessária para debater essas questões, garantindo a permanência do tema do rol de discussões, tendo em vista que o assunto ainda é pouco apresentado para a sociedade civil. Portanto, utilizou-se das técnicas literárias incorporadas ao jornalismo que são capazes de proporcionar ao leitor uma experiência de imersão e profundidade com os fatos narrados. Para Lima (1993, p. 24), a grande reportagem que utiliza as técnicas da literatura "é a ampliação do relato simples, raso, para uma dimensão contextual. Em especial, esse patamar de maior amplitude é alcançado quando se pratica a grande-reportagem". | |
MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS | |
Para tratar de um tema delicado como o sistema penitenciário e seu processo de ressocialização que não atinge a população carcerária como um todo, é necessário utilizar uma narrativa que permite maior amplitude do tema, com a possibilidade de uma leitura de imersão, que permite o leitor sentir-se parte do processo de apuração e ter uma visão mais ampla do que está sendo tratado. Para isso, foram utilizados os métodos literário aplicados ao jornalismo, proposto por Wolfe (2005) e replicados por Pena (2011). Algumas características específicas foram aplicadas ao texto desde o processo de produção da pauta, apuração das informações e conclusão textual, são elas: reconstrução da história cena a cena, completo registro dos diálogos dos personagens, apresentação das cenas a partir do ponto de vista dos personagens e o registro de gestos, expressões, hábitos, maneiras, emoções, costumes, detalhes essenciais para fornecer ao leitor a dimensão completa da leitura. (WOLFE, 2005). As técnicas literárias foram utilizadas para dar o grau de profundidade necessário aos personagens, aos crimes por eles cometidos, às condições vividas dentro de uma cadeia e, principalmente, aos métodos utilizados no processo de remissão. Para Pena (2011, p. 13), o texto literário consegue: Potencializar os recursos do jornalismo, ultrapassar os limites dos acontecimentos cotidianos, proporcionar visões amplas da realidade, exercer plenamente a cidadania, romper as correntes burocráticas do lead, evitar os definidores primários e, principalmente, garantir perenidade e profundidade aos relatos. O texto escrito, muitas vezes, em primeira pessoa, também se apresenta aqui como um recurso fundamental para atingir os objetivos pretendidos para proporcionar ao leitor uma experiência diferente sobre o sistema carcerário. Não colocar a experiência dos repórteres nesta reportagem seria, portanto, um reducionismo textual da capacidade de ir além do fato. Vivenciar o sistema carcerário de perto, de fora para dentro das celas, permitiu que o diálogo autor-leitor fosse ainda mais próximo e íntimo, intercalando o processo experimental com a pesquisa bibliográfica e documental da realidade prisional. O método de observação proposto por Wolfe (2005) foi explorado ao máximo. Falar sobre o sistema de ressocialização e não situar o leitor de que meio ele está sendo inserido, não traria com afinco a experiência de imersão proposta pela grande reportagem. Entende-se, portanto, aqui, um método de apuração de informações na qual repórteres se inserem no ambiente dos acontecimentos [...] para compreendê-los e, posteriormente, transformá-los em narrativas que ultrapassam relatos frios e objetivos tal como pressuposto pelo formato notícia. (TEMER; ASSIS; SANTOS, 2014, p. 80). O processo de imersão é, portanto, mais um dos métodos utilizados para compor a produção da grande reportagem "(Im) perdoáveis? O frágil sistema de ressocialização carcerária", com uma apuração intensa, que ultrapassa as falas de uma entrevista. | |
DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO | |
O produto aqui analisado não começa no momento em que o texto é escrito. O processo de apuração foi fundamental para que a grande reportagem obtivesse o resultado que apresentou como produto final: um texto amplo, em profundidade, com respeito às histórias ouvidas e às versões apresentadas. Para isso, foram utilizados duas vertentes de apuração: a versão dos detentos, a partir de entrevistas e conversas que duraram mais de uma hora, e a versão processual dos prontuários de cada um deles apresentados pela direção da penitenciária. Além das entrevistas realizadas com os detentos e o trabalho de observação produzido dentro das celas e da penitenciária de um modo geral, para contextualizar essas histórias com o trabalho de ressocialização, outras cinco pessoas importantes neste processo de reinserção foram ouvidas para expressar em palavras a realidade de um sistema esforçado, mas ainda frágil. Nossa primeira fonte de informação foi o diretor da unidade, João Rosas, que já está há oito anos no sistema prisional da Paraíba. Sua figura foi indispensável para confrontarmos as versões que ouvimos e apresentar um posicionamento oficial sobre os temas tratados. Foi a partir de João Rosas que pudemos conhecer a realidade da Penitenciária de Segurança Máxima Criminalista Geraldo Beltrão. Durante as visitas nas celas, também participou o agente penitenciário Henrique, que não quis apresentar maior identificação sobre ele, tendo em vista que administra, fora da prisão, um outro emprego e zela pela sua integridade. Henrique não quer ter filhos, acredita que a responsabilidade pela vida estaria triplicada. Além de Henrique, vários agentes, aos poucos, foram liberando algumas informações em conversas informais. Também foram ouvidas a psicóloga da Penitenciária Geraldo Beltrão, Marileide Maciel, que nos forneceu um parecer médico sobre a reinserção dos detentos na sociedade, a gerente executiva de ressocialização da Paraíba, Ziza Maia, que situou a reportagem no âmbito estrito da ressocialização e da transformação por meio da educação e, por fim, o professor e pesquisador Timothy Ireland que nutre empenhado estudo sobre a educação dentro dos presídios, pensando propostas e analisando as situações atuais. Com relação ao produto físico, algumas escolhas foram fundamentais para o resultado final. No título do trabalho, a palavra "imperdoáveis", seguida de uma interrogação e com a sílaba "im" entre parêntese, foi escolhida para retratar os crimes cometidos pelos detentos, que, um tanto questionáveis, muitas vezes não são perdoados pela sociedade. O papel pautado utilizado como plano de fundo de toda a reportagem remete a um caderno, tendo em vista que a educação foi colocada por todos os entrevistados como única solução possível para atingir a reinserção dos detentos na sociedade. A fonte utilizada nos títulos remete às letras reproduzidas nos cadernos de caligrafia, durante os primeiros passos dentro da escrita, visto que alguns presos não chegaram a concluir nem o ensino fundamental. A grande reportagem "(Im) perdoáveis? O frágil sistema de ressocialização carcerária" foi construída a partir de conversas formais e informais, que possibilitaram uma maior sensibilidade no momento de escrever o texto. Além de todas as entrevistas, registradas em áudio, anotações e fotografias, foi realizado um estudo bibliográfico sobre o tema, leitura de livros e acesso a processos judiciais, que possibilitou uma maior dimensão dos casos que estávamos prestes a narrar. | |
CONSIDERAÇÕES | |
Falar sobre presídios, situações de insalubridade e a difícil necessidade de fazer com que esses presos retornem à sociedade sem cometer os mesmos crimes foi um desafio e, ao mesmo tempo, um grande aprendizado. Nos colocamos de igual para igual diante dessas pessoas, o que nos proporcionou uma maior aproximação com o fato e com as histórias que estávamos ouvindo. 一漀 攀渀琀愀渀琀漀Ⰰ 搀攀 琀漀 椀最甀愀椀猀Ⰰ 渀漀猀 瘀椀洀漀猀 琀愀洀戀洀 瀀爀攀挀漀渀挀攀椀琀甀漀猀愀猀Ⰰ 猀攀洀 洀攀搀漀 搀攀 搀攀挀氀愀爀愀爀⸀ 倀爀攀挀漀渀挀攀椀琀甀漀猀愀猀 挀漀洀 渀漀猀猀愀猀 瀀爀瀀爀椀愀猀 氀椀洀椀琀愀攀猀 攀洀 愀挀爀攀搀椀琀愀爀⸀ 䄀挀爀攀搀椀琀愀爀 渀愀 瀀漀猀猀椀戀椀氀椀搀愀搀攀 搀愀 爀攀猀猀漀挀椀愀氀椀稀愀漀 瀀愀爀愀 琀漀搀漀猀 漀猀 瀀爀攀猀漀猀Ⰰ 猀攀洀 猀攀最洀攀渀琀愀爀 攀猀猀愀 愀漀⸀ ऀ Entramos na Penitenciária de Segurança Máxima Criminalista Geraldo Beltrão acreditando que aquela seria a nossa última investida em trabalhos sobre a vida dentro do presídio, mas saímos como se fosse a primeira vez. Já visitamos outras penitenciárias de João Pessoa, mas nenhum causou o impacto de ter em nossa frente um homem que responde pelo crime de estupro e, ao mesmo tempo, busca acreditar que sim, através da educação, talvez seja possível reverter as suas atitudes. 䄀 瀀爀漀搀甀漀 搀愀 最爀愀渀搀攀 爀攀瀀漀爀琀愀最攀洀 攀洀 瀀爀漀昀甀渀搀椀搀愀搀攀Ⰰ 瀀漀爀琀愀渀琀漀Ⰰ 渀漀猀 爀攀猀攀爀瘀漀甀 猀甀爀瀀爀攀猀愀猀Ⰰ 搀攀猀愀昀椀漀猀 攀 愀氀攀最爀椀愀 攀洀 猀愀戀攀爀 焀甀攀 攀砀椀猀琀攀洀 瀀攀猀猀漀愀猀 氀甀琀愀渀搀漀 瀀攀氀漀 昀甀琀甀爀漀 搀漀猀 愀瀀攀渀愀搀漀猀⸀ 䴀攀爀最甀氀栀愀爀 渀攀猀猀攀 洀甀渀搀漀 渀漀猀 琀漀爀渀漀甀 洀愀椀猀 栀甀洀愀渀愀猀 攀Ⰰ 猀攀洀 搀切瘀椀搀愀Ⰰ 洀愀椀猀 挀爀琀椀挀愀猀⸀ 䄀 瀀漀猀猀椀戀椀氀椀搀愀搀攀 搀攀 攀猀挀爀攀瘀攀爀 挀漀洀 愀 猀攀渀猀椀戀椀氀椀搀愀搀攀 焀甀攀 渀漀猀 昀漀椀 瀀攀爀洀椀琀椀搀愀 猀攀渀琀椀爀 攀渀焀甀愀渀琀漀 攀渀琀爀瘀愀洀漀猀 渀愀猀 挀攀氀愀猀 漀 焀甀攀 爀攀瀀爀攀猀攀渀琀愀 漀 樀漀爀渀愀氀椀猀洀漀 氀椀琀攀爀爀椀漀 瀀愀爀愀 攀猀琀愀 瀀爀漀搀甀漀⸀ | |
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS | |
BRUM, Eliane. A vida que ninguém vê. Porto Alegre: Arquipélogo Editorial, 2006. IRELAND, Timothy D. Educação em prisões no Brasil: direito, contradições e desafios. Em Aberto, Brasília, v. 24, n. 86, p. 19-39, nov. 2011. Disponível em: http://emaberto.inep.gov.br/index.php/emaberto/article/viewFile/2576/1765. Acesso em: 16 abril 2017. IPEA. Reincidência Criminal no Brasil: relatório de pesquisa. Rio de Janeiro, 2015. Disponível em: http://cnj.jus.br/files/conteudo/destaques/arquivo/2015/07/577d8ea3d35e53c27c2ccc265cd62b4e.pdf. Acesso: em 14 abril 2017.㰀戀爀㸀㰀戀爀㸀䨀唀䰀䤀쌀伀Ⰰ 䔀氀椀漀渀愀氀搀漀 䘀攀爀渀愀渀搀攀猀⸀ 䄀 爀攀猀猀漀挀椀愀氀椀稀愀漀 瀀漀爀 洀攀椀漀 搀漀 攀猀琀甀搀漀 攀 搀漀 琀爀愀戀愀氀栀漀 渀漀 猀椀猀琀攀洀愀 瀀攀渀椀琀攀渀挀椀爀椀漀 戀爀愀猀椀氀攀椀爀漀⸀ 䔀洀 䄀戀攀爀琀漀Ⰰ 䈀爀愀猀氀椀愀Ⰰ 瘀⸀ ㈀㐀Ⰰ 渀⸀ 㠀㘀Ⰰ 瀀⸀ 㐀ⴀ㔀㔀Ⰰ 渀漀瘀⸀ ㈀ ⸀ 䐀椀猀瀀漀渀瘀攀氀 攀洀㨀 栀琀琀瀀㨀⼀⼀攀洀愀戀攀爀琀漀⸀椀渀攀瀀⸀最漀瘀⸀戀爀⼀椀渀搀攀砀⸀瀀栀瀀⼀攀洀愀戀攀爀琀漀⼀愀爀琀椀挀氀攀⼀瘀椀攀眀䘀椀氀攀⼀㈀㔀㜀㘀⼀㜀㘀㔀⸀ 䄀挀攀猀猀漀 攀洀㨀 㘀 愀戀爀椀氀 ㈀ 㜀⸀㰀戀爀㸀㰀戀爀㸀䰀䤀䴀䄀Ⰰ 䔀搀瘀愀氀搀漀 倀攀爀攀椀爀愀⸀ 倀最椀渀愀猀 愀洀瀀氀椀愀搀愀猀㨀 漀 氀椀瘀爀漀ⴀ爀攀瀀漀爀琀愀最攀洀 挀漀洀漀 攀砀琀攀渀猀漀 搀漀 樀漀爀渀愀氀椀猀洀漀 攀 搀愀 氀椀琀攀爀愀琀甀爀愀⸀ 匀漀 倀愀甀氀漀㨀 䔀搀椀琀漀爀愀 搀愀 唀渀椀挀愀洀瀀Ⰰ 㤀㤀㌀⸀㰀戀爀㸀㰀戀爀㸀䴀伀一吀䔀一䔀䜀刀伀Ⰰ 䴀愀渀漀攀氀 䌀愀爀氀漀猀⸀ 䴀漀爀漀猀椀搀愀搀攀 搀愀 䨀甀猀琀椀愀 愀 瀀爀椀渀挀椀瀀愀氀 爀攀挀氀愀洀愀漀 爀攀挀攀戀椀搀愀 瀀攀氀愀 伀甀瘀椀搀漀爀椀愀 搀漀 䌀一䨀⸀ 䐀椀猀琀爀椀琀漀 䘀攀搀攀爀愀氀Ⰰ ㈀ 㐀⸀ 䐀椀猀瀀漀渀瘀攀氀 攀洀㨀 栀琀琀瀀㨀⼀⼀眀眀眀⸀挀渀樀⸀樀甀猀⸀戀爀⼀渀漀琀椀挀椀愀猀⼀挀渀樀⼀㘀㈀㈀㘀ⴀ洀漀爀漀猀椀搀愀搀攀ⴀ搀愀ⴀ樀甀猀琀椀挀愀ⴀ攀ⴀ愀ⴀ瀀爀椀渀挀椀瀀愀氀ⴀ爀攀挀氀愀洀愀挀愀漀ⴀ爀攀挀攀戀椀搀愀ⴀ瀀攀氀愀ⴀ漀甀瘀椀搀漀爀椀愀ⴀ搀漀ⴀ挀渀樀⸀ 䄀挀攀猀猀漀 攀洀㨀 㜀 愀戀爀椀氀 ㈀ 㜀⸀ 㰀戀爀㸀㰀戀爀㸀倀䔀一䄀Ⰰ 䘀攀氀椀瀀攀⸀ 䨀漀爀渀愀氀椀猀洀漀 䰀椀琀攀爀爀椀漀⸀ 匀漀 倀愀甀氀漀㨀 䌀漀渀琀攀砀琀漀Ⰰ ㈀ 㘀⸀㰀戀爀㸀㰀戀爀㸀吀䔀䴀䔀刀Ⰰ 䄀⸀ 䌀⸀ 刀⸀ 倀⸀㬀 䄀匀匀䤀匀Ⰰ 䘀⸀㬀 匀䄀一吀伀匀Ⰰ 䴀⸀ 䴀甀氀栀攀爀攀猀 樀漀爀渀愀氀椀猀琀愀猀 攀 愀 瀀爀琀椀挀愀 搀漀 樀漀爀渀愀氀椀猀洀漀 搀攀 椀洀攀爀猀漀㨀 瀀漀爀 甀洀 漀氀栀愀爀 猀攀洀 瀀爀攀挀漀渀挀攀椀琀漀⸀ 䴀攀搀椀愀 ☀ 䨀漀爀渀愀氀椀猀洀漀㨀 刀攀瘀椀猀琀愀 搀漀 䌀攀渀琀爀漀 搀攀 䤀渀瘀攀猀琀椀最愀漀 䴀攀搀椀愀 攀 䨀漀爀渀愀氀椀猀洀漀Ⰰ 䌀漀椀洀戀爀愀Ⰰ 瘀⸀ 㐀Ⰰ 渀⸀ ㈀㔀Ⰰ 瀀⸀ 㜀㔀ⴀ㤀 Ⰰ ㈀ 㐀⸀ 㰀戀爀㸀㰀戀爀㸀圀伀䰀䘀䔀Ⰰ 吀漀洀⸀ 刀愀搀椀挀愀氀 䌀栀椀焀甀攀 攀 漀 一漀瘀漀 䨀漀爀渀愀氀椀猀洀漀⸀ 䌀漀洀瀀愀渀栀椀愀 搀愀猀 䰀攀琀爀愀猀Ⰰ ㈀ 㔀⸀㰀戀爀㸀㰀戀爀㸀ऀ㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀⼀琀愀戀氀攀㸀㰀⼀戀漀搀礀㸀㰀⼀栀琀洀氀㸀 |