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INSCRIÇÃO: | 00656 |
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CATEGORIA: | PT |
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MODALIDADE: | PT04 |
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TÍTULO: | Seja. Apenas |
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AUTORES: | Brenda Caroline Araújo Rodrigues da Silva (Universidade Federal de Pernambuco); Thais Rodrigues de Moura Lima (Universidade Federal de Pernambuco); José Afonso da Silva Jr. (Universidade Federal de Pernambuco) |
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PALAVRAS-CHAVE: | fotomontagem, identidade, representatividade, , |
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RESUMO |
Seja. Apenas. É uma projeto fotográfico no qual o processo tem mais relevância do que seu resultado final, por esse motivo o formato estático de uma fotografia não contempla o significado do todo, sendo assim necessário, apresentá-lo também em movimento, junto ao formato em vídeo. O projeto foi desenvolvido durante a disciplina de Introdução à Fotografia, ministrada pelo Professor Doutor José Afonso da Silva Jr. - no decorrer de 2016.1 e nas dependências da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) -, e propõe uma reflexão sobre a urgência do respeito e da aceitação das diferenças como ícones de integração social harmônica. |
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INTRODUÇÃO |
Como projeto final da disciplina supracitada, o professor propôs o desafio de aplicarmos os conceitos e autores vistos em sala para criar um trabalho fotográfico de nossa escolha, desde que provocasse uma reflexão e que nos representasse. 䄀 昀漀琀漀最爀愀昀椀愀 挀漀洀漀 椀渀猀琀爀甀洀攀渀琀漀 瀀愀爀愀 愀 挀爀琀椀挀愀 猀漀挀椀愀氀 漀 焀甀攀 渀漀爀琀攀椀愀 漀 琀爀愀戀愀氀栀漀 攀洀 焀甀攀猀琀漀Ⰰ 猀攀渀搀漀 攀氀愀 洀愀椀猀 焀甀攀 甀洀愀 猀椀洀瀀氀攀猀 挀愀瀀琀甀爀愀 搀攀 洀漀洀攀渀琀漀Ⰰ 愀 愀昀椀爀洀愀漀 搀攀 甀洀愀 渀攀挀攀猀猀椀搀愀搀攀 焀甀攀 氀甀琀愀 瀀愀爀愀 猀攀爀 愀氀琀攀爀愀搀愀⸀ 䄀 昀漀琀漀 爀攀猀甀氀琀愀 搀攀 甀洀 瀀爀漀樀攀琀漀 焀甀攀 瀀漀猀猀甀椀 甀洀 瀀攀爀挀甀爀猀漀 攀洀 猀甀愀 挀漀渀猀琀爀甀漀 氀最椀挀愀Ⰰ 渀猀 愀挀爀攀搀椀琀愀洀漀猀 焀甀攀 愀 洀攀猀洀愀 挀愀甀猀愀 洀愀椀漀爀 椀洀瀀愀挀琀漀 焀甀愀渀搀漀 愀渀愀氀椀猀愀搀愀 樀甀渀琀漀 愀漀 瘀搀攀漀 焀甀攀 琀爀愀稀 猀攀甀 瀀爀漀挀攀猀猀漀 搀攀 挀漀渀挀攀瀀漀⸀ 倀漀爀 椀猀猀漀Ⰰ 猀甀最攀爀椀洀漀猀 焀甀攀 愀猀猀椀猀琀愀 愀漀 瘀搀攀漀 㰀栀琀琀瀀猀㨀⼀⼀眀眀眀⸀礀漀甀琀甀戀攀⸀挀漀洀⼀眀愀琀挀栀㼀瘀㴀䜀漀砀圀甀䤀娀焀爀䈀欀㸀 瀀愀爀愀 洀攀氀栀漀爀 挀漀洀瀀爀攀攀渀搀ⴀ氀愀⸀
Seja. Apenas. É uma afirmação muitas vezes negada de uma realidade não questionada ou não refletida. É a abordagem artística da solução reconhecida, porém não aceita pela sociedade. É a ruptura dos moldes sociais “aceitáveis”, para a coexistência harmônica e pacífica de todas as formas de ser e pensar. O contrário disso é o caos social em que vivemos, embora não entendido como tal.一漀 䈀爀愀猀椀氀Ⰰ 挀攀爀挀愀 搀攀 ㈀㌀⸀ 樀漀瘀攀渀猀 渀攀最爀漀猀 猀漀 愀猀猀愀猀猀椀渀愀搀漀猀 瀀漀爀 愀渀漀뤀㬀 猀漀洀漀猀 漀 瀀愀猀 焀甀攀 洀愀椀猀 洀愀琀愀 琀爀愀瘀攀猀琀椀猀 攀 琀爀愀渀猀猀攀砀甀愀椀猀 搀漀 洀甀渀搀漀눀㬀 琀椀瘀攀洀漀猀 ㌀ 搀攀渀切渀挀椀愀猀 搀攀 椀渀琀漀氀攀爀渀挀椀愀 爀攀氀椀最椀漀猀愀 攀渀琀爀攀 樀愀渀攀椀爀漀 攀 猀攀琀攀洀戀爀漀 搀攀 ㈀ 㘀대㬀 㐀⸀㜀㘀㈀ 洀甀氀栀攀爀攀猀 昀漀爀愀洀 愀猀猀愀猀猀椀渀愀搀愀猀 攀洀 ㈀ ㌀㐀⸀ 倀漀爀焀甀攀 攀猀猀攀猀 渀切洀攀爀漀猀 椀渀猀椀猀琀攀洀 攀洀 愀甀洀攀渀琀愀爀㼀 倀漀爀 挀愀甀猀愀 搀攀 甀洀 挀漀渀挀攀椀琀漀 焀甀攀 椀渀昀攀氀椀稀洀攀渀琀攀 渀漀 挀漀渀猀攀最甀攀 猀愀椀爀 搀漀 瀀愀瀀攀氀⸀ 䄀 爀愀稀漀㼀 一漀 焀甀攀爀攀洀漀猀⸀
Humanidade. Existem duas atribuições para esse termo, o primeiro faz referência a natureza humana e ao total de pessoas do mundo, já o segundo está relacionado com as características de compaixão, benevolência e empatia, e é justamente essa que está em escassez. Estamos a cada dia pensando apenas em nós mesmos e raramente no coletivo e por esse motivo o respeito e a tolerância estão sendo postos de lado, esse trabalho visa justamente questionar essa realidade. |
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OBJETIVO |
Seja. Apenas. É um trabalho de caráter artístico que viu na montagem a solução para expressar a urgência e a beleza da integração social.
“Para Robinson [ROBINSON, Henry Peach, 1869, p. 54], o dever da fotomontagem enquanto arte seria “evitar a mediocridade, a pobreza e a feiura, alvejar matérias elevadas, evitar as formas incômodas e corrigir o ruído pictórico”. A fotomontagem seria uma resposta aos limites naturais da fotografia na captação da realidade, permitindo compensar os defeitos ou as dificuldades dos procedimentos fotográficos naturais da época, como por exemplo, obter numa só exposição ou captura fotográfica todos planos focados e com detalhe.” (FERNANDES, 2012)5
E é justamente por essa superação de limitações que escolhemos a técnica mencionada para dar destaque a silhueta humana sob um fundo preto, buscando, assim, colocar a harmonia das formas e simbolicamente da tolerância e respeito como centro da obra, o que faz com que todo o resto seja irrelevante. A proposta é questionar essa suposta humanidade sem respeito e tolerância e apresentar uma harmonia no qual muitos enxergam caos, por simples medo de reconhecer o direito básico do outro: ser ele mesmo.
Além disso, todo o processo e obra final visa provocar uma inquietação no espectador para que ele passe de passivo para ativo e comece a enxergar no outro parte de si e do meio que o rodeia. E é justamente isso que possibilita a união social, o reconhecimento de que cada particularidade é importante para a formação do todo e que apenas assim conseguiremos exercer a nossa humanidade em todos os sentidos.㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀☀渀戀猀瀀㬀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀㰀猀瀀愀渀 挀氀愀猀猀㴀∀焀甀愀琀爀漀∀㸀㰀戀㸀䨀唀匀吀䤀䘀䤀䌀䄀吀䤀嘀䄀㰀⼀戀㸀㰀⼀猀瀀愀渀㸀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀 眀椀搀琀栀㴀∀㤀 ─∀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀ 愀氀椀最渀㴀∀樀甀猀琀椀昀礀∀㸀一漀猀猀漀 琀爀愀戀愀氀栀漀 昀漀椀 挀漀渀挀攀戀椀搀漀 猀漀戀 漀 挀漀渀挀攀椀琀漀 搀攀 焀甀攀 愀瀀攀渀愀猀 甀洀愀 挀漀椀猀愀 渀漀猀 甀渀攀⸀ 一漀猀猀愀猀 猀椀渀最甀氀愀爀椀搀愀搀攀猀 攀 搀椀昀攀爀攀渀愀猀⸀ 䄀椀渀搀愀 焀甀攀 愀 猀漀挀椀攀搀愀搀攀 琀攀渀琀攀 椀洀瀀漀爀 甀洀 瀀愀搀爀漀 洀甀椀琀愀猀 瘀攀稀攀猀 瀀爀ⴀ搀攀琀攀爀洀椀渀愀搀漀 攀洀 洀漀氀搀攀猀 漀爀椀甀渀搀漀猀 搀攀 猀挀甀氀漀猀 愀琀爀猀Ⰰ 猀攀爀 攀猀琀爀愀渀栀漀Ⰰ 瀀愀爀攀挀攀爀 搀椀昀攀爀攀渀琀攀 攀 昀漀爀愀 搀漀 攀渀挀愀椀砀攀 渀漀 琀攀 昀愀稀 洀攀渀漀猀 椀洀瀀漀爀琀愀渀琀攀 搀漀 焀甀攀 漀甀琀爀漀 椀渀搀椀瘀搀甀漀⸀ 匀攀樀愀⸀ 䄀瀀攀渀愀猀Ⰰ 瀀爀漀挀甀爀愀 愀瀀爀漀砀椀洀愀爀 攀 愀猀猀漀挀椀愀爀 挀愀搀愀 搀椀昀攀爀攀渀愀 攀 猀攀洀攀氀栀愀渀愀 瀀愀爀愀 洀漀猀琀爀愀爀 愀 琀漀搀漀猀 焀甀攀 椀渀搀攀瀀攀渀搀攀渀琀攀 搀愀猀 搀椀昀攀爀攀渀愀猀Ⰰ 猀漀洀漀猀 琀漀搀漀猀 栀甀洀愀渀漀猀 攀 洀攀爀攀挀攀洀漀猀 猀攀爀 愀挀攀椀琀漀猀 攀 爀攀猀瀀攀椀琀愀搀漀猀⸀ 䌀愀渀挀氀椀渀椀 ⠀㈀ 㐀⤀ 挀漀渀挀攀椀琀甀愀 椀搀攀渀琀椀搀愀搀攀 挀漀洀漀 愀氀最漀 焀甀攀
“[...] tem sido muito discutido ao longo do tempo e, portanto, abriga diversas versões de cunho psicológico, filosófico, antropológico ou sociológico. A década de 1970 permitiu o desenrolar de profundas transformações no modo de pensar as questões sociais. Os discursos e os novos movimentos sociais indicavam uma apologia da sociedade multicultural: a justaposição e convivência de etnias ou grupos em determinados espaços urbanos.” (CANCLINI, 2004)6
Estes conceitos rodearam o trabalho proposto em busca de provar que mesmo sendo tão diferentes, é possível integrar cada particularidade sem que para isso seja preciso modificar qualquer uma delas ou encaixá-las nos moldes sociais. Atualmente apenas alguns padrões são bem aceitos, e qualquer um que fuja a essas normas é escanteado. Essa é a razão dos conflitos contemporâneos que envolvem fatores como etnia, religião e gênero.
Em tempos de luta por representatividade e igualdade o “Seja. Apenas.” reafirma que a beleza cultural que nos rodeia só é possível graças às diferentes formas de pensar, se expressar, se comportar, aos diferentes corpos e tipos físicos, ideologias, maneiras de lidar com a religiosidade, entre outros. Ao propor uma integração dessa realidade, estamos reconhecendo a importância de cada uma delas e a necessidade de luta para que nenhuma seja segregada ou deixada para trás. “Seja. Apenas.” é um grito de urgência por uma causa que já deveria ter sido naturalizada: a aceitação e o respeito ao próximo quer você o conheça ou não, como ele é e não classificando suas diferenças sob um filtro padronizado que moldado pela sociedade há tempos.
Optamos pelo formato montagem e vídeo por enxergar nesses processos uma forma de expressar a totalidade de nossa abrangência artística, baseando-se nos trabalhos de dois fotógrafos, Caras Ionut7 e Nobuyuki Kobayashi8. Ionut é um fotógrafo romeno que encontrou na montagem sua forma de expressão artística, realizando trabalhos realistas através dela, cujo foco por muitas vezes aponta para pessoas escanteadas socialmente.
Já o fotógrafo japonês Nobuyuki Kobayashi9, assim como nossa proposição, dá uma maior relevância ao resultado final de suas composições, prezando pela beleza proporcionada por sua técnica de impressão, cujo método usado é a Platinum Palladium ou impressão com platina - processo altamente demorado porém duradouro -, associando-o em referência ao processo de montagem de nosso projeto onde o encaixe das pequenas diferenças se deu, em determinados pontos, de maneira tão sutil sendo quase imperceptíveis, porém com um impacto também duradouro.㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀☀渀戀猀瀀㬀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀㰀猀瀀愀渀 挀氀愀猀猀㴀∀焀甀愀琀爀漀∀㸀㰀戀㸀䴀준吀伀䐀伀匀 䔀 吀준䌀一䤀䌀䄀匀 唀吀䤀䰀䤀娀䄀䐀伀匀㰀⼀戀㸀㰀⼀猀瀀愀渀㸀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀 眀椀搀琀栀㴀∀㤀 ─∀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀ 愀氀椀最渀㴀∀樀甀猀琀椀昀礀∀㸀䄀 昀漀琀漀最爀愀昀椀愀 愀爀琀猀琀椀挀愀 愀瀀爀攀猀攀渀琀愀搀愀 渀攀猀琀攀 琀爀愀戀愀氀栀漀 昀漀椀 瀀爀漀搀甀稀椀搀愀 挀漀洀 甀洀愀 挀洀攀爀愀 䌀愀渀漀渀 䔀伀匀 刀䔀䈀䔀䰀 吀㌀椀Ⰰ 甀猀愀渀搀漀 愀 愀戀攀爀琀甀爀愀 洀渀椀洀愀 搀攀 㔀 洀洀 攀 䤀匀伀 㠀 ⸀ 䄀 攀氀愀戀漀爀愀漀 搀愀 椀洀愀最攀洀 昀椀渀愀氀 猀攀 搀攀甀 攀洀 焀甀愀琀爀漀 攀琀愀瀀愀猀㨀
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2) A captura das imagens, onde buscamos registrar a singularidade de cada um. Essa etapa ocorreu em ambientes externos e internos do centro – utilizamos diferentes tempos de exposição que variaram entre 1/25s em ambientes com maior luminosidade natural e 1/13s em ambientes com menor luminosidade natural, mantendo sempre o foco em f5/6. ㌀⤀ 匀攀氀攀漀Ⰰ 攀搀椀漀 攀 爀攀挀漀爀琀攀猀 搀愀猀 椀洀愀最攀渀猀 愀 猀攀爀攀洀 甀猀愀搀愀猀㬀
4) Montagem e finalização de nossa persona.
Essa última etapa se deu a partir da união de cada imagem capturada para dar forma a uma nova identidade, a identidade da aceitação, do respeito, e das singularidades. Acreditamos que esse é o elemento que torna possível a convivência harmônica em sociedade.
Todo o processo foi gravado por meio de um aplicativo de captura da imagem em tela no formato de vídeo, o aTube Catcher. Também foram utilizados dois programas Adobe nas edições, o Photoshop CS6 nas imagens (fotos e montagem) e o Premiere CS6 a elaboração do vídeo que mostra todo o processo criativo de concepção. |
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DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO |
Com a câmera em punho e ainda pensando em como unir as referências à persona que se originaria em nossa fotomontagem, optamos por realizar um ensaio ao ar livre no Centro de Artes e Comunicação da UFPE. O critério adotado foi sair em busca de peculiaridades, marcas e características diversas dos indivíduos que ali estavam.
Após um período de aproximadamente 20 minutos em observação, iniciamos as abordagens, fazendo um convite e explicando resumidamente do que se tratava nosso projeto. Após as pessoas selecionadas concordarem em participar, sugerimos quais partes seriam fotografadas e também pedimos suas respectivas opiniões acerca da parte de seus rostos que acreditavam ser a mais marcante. Ao todo foram 34 (trinta e quatro) pessoas abordadas e aproximadamente 100 (cem) fotos registradas.
Com o material em mãos, deu-se início a seleção das melhores imagens e edição com leves correções de luminosidade e definição dos recortes. Cada parte foi sendo construída a partir da imagem de um busto (rosto e ombros) para termos noções de proporção e pensarmos nos encaixes. As trinta e quatro partes foram sendo sobrepostas como num jogo de quebra-cabeças e, aos poucos, nossa persona foi criando cores, texturas e formas.
A montagem da fotografia se deu por encaixe das partes semelhantes e/ou em comum, por exemplo cada olho foi formado por quatro fotografias e consequentemente quatro pessoas e identidades. As bordas foram suavizadas para proporcionar a ligação das partes sem a separação do limite onde “eu” começo e “você” termina, uma vez que a interação é um dos pontos principais da obra. A construção da imagem foi realizada através de manipulação no Photoshop, desde o tratamento inicial das imagens até a finalização e acabamento.
Uma vez que o processo foi transportado para o formato em vídeo, ele pode ser dividido em três fases. Na primeira, decidimos por uma trilha sonora que se identificasse com o contexto de nossa personagem. Após algumas pesquisas, a música escolhida foi Máscara, da cantora Pitty, devido a sua letra sintetizar tudo o que permeava nosso projeto e servir de inspiração para intitulá-lo. Em especial o trecho que fala “[....] o importante é ser você / Mesmo que seja estranho, seja você / Mesmo que seja bizarro.” (PITTY, 2003)10
A segunda, já da elaboração do vídeo propriamente dita, buscou mostrar a edição. Nós optamos por apresentar em um formato semelhante a um quebra-cabeças, onde os pequenos vídeos se encaixam, dando destaque a um dos frames, que mostra a edição em tempo real enquanto as demais miniaturas ficaram em fast motion, sendo substituídas uma a uma, até que que todas sejam tratadas. Já na terceira e última etapa, mostramos a montagem de nossa persona também em fast motion, onde o telespectador pode sentir a integração entre cada identidade até chegarmos na finalização da obra.㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀☀渀戀猀瀀㬀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀㰀猀瀀愀渀 挀氀愀猀猀㴀∀焀甀愀琀爀漀∀㸀㰀戀㸀䌀伀一匀䤀䐀䔀刀䄀윀픀䔀匀㰀⼀戀㸀㰀⼀猀瀀愀渀㸀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀 眀椀搀琀栀㴀∀㤀 ─∀㸀ऀ㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀ 愀氀椀最渀㴀∀樀甀猀琀椀昀礀∀㸀伀 爀攀猀甀氀琀愀搀漀 昀椀渀愀氀 搀漀 琀爀愀戀愀氀栀漀 愀琀椀渀最椀甀 猀攀甀 瀀爀漀瀀猀椀琀漀㨀 爀攀猀甀氀琀漀甀 渀甀洀愀 椀洀愀最攀洀 搀椀昀攀爀攀渀琀攀 焀甀攀 挀愀甀猀漀甀Ⰰ 愀 瀀爀椀漀爀椀Ⰰ 漀 椀洀瀀愀挀琀漀 搀愀 攀猀琀爀愀渀栀攀稀愀Ⰰ 猀攀最甀椀搀漀 搀攀 甀洀愀 爀攀昀氀攀砀漀⸀ 䌀漀洀漀 䘀爀攀甀搀 ⠀㤀㜀 Ⰰ 瀀⸀㌀ ⤀ 搀椀猀猀攀 愀漀 愀搀漀琀愀爀 漀 琀攀爀洀漀 甀渀栀攀椀洀氀椀挀栀 ⴀ 挀愀瀀愀稀 搀攀 挀愀甀猀愀爀 洀攀搀漀 攀 琀攀爀爀漀爀 ⴀ ᰀ攠猀猀攀 攀猀琀爀愀渀栀漀 渀漀 渀愀搀愀 渀漀瘀漀 漀甀 愀氀栀攀椀漀Ⰰ 瀀漀爀洀 愀氀最漀 焀甀攀 昀愀洀椀氀椀愀爀 攀 栀 洀甀椀琀漀 攀猀琀愀戀攀氀攀挀椀搀漀 渀愀 洀攀渀琀攀Ⰰ 攀 焀甀攀 猀漀洀攀渀琀攀 猀攀 愀氀椀攀渀漀甀 搀攀猀琀愀 愀琀爀愀瘀猀 搀漀 瀀爀漀挀攀猀猀漀 搀攀 爀攀瀀爀攀猀猀漀ᴀ⸠ 䄀 爀攀昀氀攀砀漀 愀挀攀爀挀愀 搀漀 搀椀猀挀甀爀猀漀 琀爀愀稀椀搀漀 瀀攀氀愀 椀洀愀最攀洀 猀 瀀漀猀猀瘀攀氀 最爀愀愀猀 愀漀 爀攀挀漀渀栀攀挀椀洀攀渀琀漀 搀漀 攀猀琀爀愀渀栀漀Ⰰ 搀漀猀 猀攀甀猀 瀀爀瀀爀椀漀猀 瀀爀攀挀漀渀挀攀椀琀漀猀 攀 椀搀攀渀琀椀搀愀搀攀 爀攀瀀爀椀洀椀搀愀 攀 焀甀攀 愀 瀀愀爀琀椀爀 搀攀 愀最漀爀愀Ⰰ 瀀漀搀攀洀 搀攀 昀漀爀洀愀 挀漀渀猀挀椀攀渀琀攀 猀攀爀 琀爀愀琀愀搀愀Ⰰ 渀漀 瀀爀椀洀攀椀爀漀 挀愀猀漀Ⰰ 漀甀 愀猀猀甀洀椀搀愀Ⰰ 渀漀 猀攀最甀渀搀漀⸀
Vale a pena relembrar que o processo de entendimento do impacto da obra só se faz por completo quando visto junto ao vídeo que mostra o processo de concepção da mesma. 㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀☀渀戀猀瀀㬀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀㰀猀瀀愀渀 挀氀愀猀猀㴀∀焀甀愀琀爀漀∀㸀㰀戀㸀刀䔀䘀䔀刀쨀一䌀䤀䄀匀 䈀䤀䈀䰀䤀伀䜀刀섀䤀䌀䄀匀㰀⼀戀㸀㰀⼀猀瀀愀渀㸀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀 眀椀搀琀栀㴀∀㤀 ─∀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀뤀 䴀愀瀀愀 搀攀 嘀椀漀氀渀挀椀愀 搀攀 ㈀ 㐀Ⰰ 搀椀猀瀀漀渀瘀攀氀 攀洀㨀 㰀栀琀琀瀀㨀⼀⼀眀眀眀⸀洀愀瀀愀搀愀瘀椀漀氀攀渀挀椀愀⸀漀爀最⸀戀爀⼀瀀搀昀㈀ 㐀⼀䴀愀瀀愀㈀ 㐀开䨀漀瘀攀渀猀䈀爀愀猀椀氀开倀爀攀氀椀洀椀渀愀爀⸀瀀搀昀㸀Ⰰ 䄀挀攀猀猀漀 攀洀 ㈀㠀 搀攀 愀戀爀椀氀 搀攀 ㈀ 㜀⸀ 㰀戀爀㸀㰀戀爀㸀눀 䐀愀搀漀猀 搀愀 伀一䜀 吀爀愀渀猀最攀渀搀攀爀 䔀甀爀漀瀀攀Ⰰ 搀椀猀瀀漀渀瘀攀氀 攀洀㨀 㰀栀琀琀瀀㨀⼀⼀琀爀愀渀猀爀攀猀瀀攀挀琀⸀漀爀最⼀眀瀀ⴀ挀漀渀琀攀渀琀⼀甀瀀氀漀愀搀猀⼀㈀ 㘀⼀ ㌀⼀吀瘀吀开吀䴀䴀开吀䐀漀嘀㈀ 㘀开倀刀开倀吀⸀瀀搀昀㸀Ⰰ 䄀挀攀猀猀漀 攀洀 ㈀㠀 搀攀 愀戀爀椀氀 搀攀 ㈀ 㜀⸀ 㰀戀爀㸀㰀戀爀㸀대 䐀愀搀漀猀 搀愀 匀攀挀爀攀琀愀爀椀愀 搀漀猀 䐀椀爀攀椀琀漀猀 䠀甀洀愀渀漀猀Ⰰ 搀椀猀瀀漀渀瘀攀氀 攀洀㨀 㰀栀琀琀瀀㨀⼀⼀眀眀眀⸀猀搀栀⸀最漀瘀⸀戀爀⼀渀漀琀椀挀椀愀猀⼀猀漀戀爀攀⼀瀀愀爀琀椀挀椀瀀愀挀愀漀ⴀ猀漀挀椀愀氀⼀挀渀爀搀爀⼀瀀搀昀猀⼀爀攀氀愀琀漀爀椀漀ⴀ搀攀ⴀ椀渀琀漀氀攀爀愀渀挀椀愀ⴀ攀ⴀ瘀椀漀氀攀渀挀椀愀ⴀ爀攀氀椀最椀漀猀愀ⴀ爀椀瘀椀爀ⴀ㈀ 㔀㸀Ⰰ 䄀挀攀猀猀漀 攀洀 ㈀㠀 搀攀 愀戀爀椀氀 搀攀 ㈀ 㜀⸀ 㰀戀爀㸀㰀戀爀㸀㐀 䐀愀搀漀猀 搀漀 䴀愀瀀愀 搀攀 嘀椀漀氀渀挀椀愀 搀攀 ㈀ 㔀Ⰰ 搀椀猀瀀漀渀瘀攀氀 攀洀㨀 㰀栀琀琀瀀㨀⼀⼀眀眀眀⸀洀愀瀀愀搀愀瘀椀漀氀攀渀挀椀愀⸀漀爀最⸀戀爀⼀瀀搀昀㈀ 㔀⼀䴀愀瀀愀嘀椀漀氀攀渀挀椀愀开㈀ 㔀开洀甀氀栀攀爀攀猀⸀瀀搀昀㸀Ⰰ 䄀挀攀猀猀漀 攀洀 ㈀㠀 搀攀 愀戀爀椀氀 搀攀 ㈀ 㜀⸀ 㰀戀爀㸀㰀戀爀㸀㔀 䘀䔀刀一䄀一䐀䔀匀Ⰰ 䴀愀渀甀攀氀 䰀甀猀 䈀漀最愀氀栀攀椀爀漀 刀漀挀栀愀⸀ 䄀 䘀漀琀漀洀漀渀琀愀最攀洀 渀漀 匀挀甀氀漀 堀䤀堀㨀 搀愀 洀攀挀渀椀挀愀 渀愀爀爀愀琀漀氀漀最椀愀⸀ 刀攀瘀椀猀琀愀 刀栀琀漀爀椀欀Ⰰ ㈀ ㈀⸀ 一漀 㐀⸀㌀㜀ⴀ㜀㘀⸀ 䐀椀猀瀀漀渀瘀攀洀 攀洀㨀 㰀栀琀琀瀀㨀⼀⼀眀眀眀⸀爀栀攀琀漀爀椀欀攀⸀甀戀椀⸀瀀琀⼀ 㐀⼀瀀搀昀⼀刀栀攀琀漀爀椀欀攀ⴀ 㐀ⴀ ㌀ⴀ昀攀爀渀愀渀搀攀猀⸀瀀搀昀㸀Ⰰ 䄀挀攀猀猀漀 攀洀 ㈀ 搀攀 洀愀椀漀 搀攀 ㈀ 㜀⸀ 㰀戀爀㸀㰀戀爀㸀㘀 䌀䄀一䌀䰀䤀一䤀Ⰰ 一攀猀琀漀爀 䜀⸀ 䐀椀昀攀爀攀渀琀攀猀Ⰰ 搀攀猀椀最甀愀氀攀猀 礀 搀攀猀挀漀渀攀挀琀愀搀漀猀㨀䴀愀瀀愀猀 搀攀 氀愀
interculturalidad. Barcelona: Gedisa Editorial, 2004. 㰀戀爀㸀㰀戀爀㸀㜀 䌀愀爀愀猀 䤀漀渀甀琀Ⰰ 䐀椀猀瀀漀渀瘀攀氀 攀洀㨀 㰀挀愀爀愀猀搀攀猀椀最渀⸀挀漀洀⼀㸀Ⰰ 䄀挀攀猀猀漀 攀洀 ㈀㤀 搀攀 愀戀爀椀氀 搀攀 ㈀ 㜀⸀㰀戀爀㸀㰀戀爀㸀㠀 一漀戀甀礀甀欀椀 䬀漀戀愀礀愀猀栀椀Ⰰ 䐀椀猀瀀漀渀瘀攀氀 攀洀㨀 㰀栀琀琀瀀㨀⼀⼀稀攀渀渀攀ⴀ椀渀挀⸀挀漀洀⼀⼀㸀Ⰰ 䄀挀攀猀猀漀 攀洀 ㈀㤀 搀攀 愀戀爀椀氀 搀攀 ㈀ 㜀⸀ 㰀戀爀㸀㰀戀爀㸀㤀 一伀䈀唀夀唀䬀䤀 䬀伀䈀䄀夀䄀匀䠀䤀㨀 倀漀爀琀爀愀椀琀 漀昀 一愀琀甀爀攀 ⴀ 䴀礀爀椀愀搀猀 漀昀 䜀漀搀猀Ⰰ 䐀椀猀瀀漀渀瘀攀氀 攀洀㨀 㰀栀琀琀瀀猀㨀⼀⼀眀眀眀⸀礀漀甀琀甀戀攀⸀挀漀洀⼀眀愀琀挀栀㼀瘀㴀㌀䈀䤀一儀礀焀䴀㔀儀☀琀㴀㈀㔀猀㸀 䄀挀攀猀猀漀 攀洀 ㈀㤀 搀攀 愀戀爀椀氀 搀攀 ㈀ 㜀⸀㰀戀爀㸀㰀戀爀㸀 倀䤀吀吀夀⸀ 䄀搀洀椀爀瘀攀氀 䌀栀椀瀀 一漀瘀漀⸀ 䐀攀挀欀搀椀猀挀Ⰰ 䌀䐀 ⠀㌀㤀㨀㌀ 洀椀渀⤀㰀戀爀㸀㰀戀爀㸀 䘀刀䔀唀䐀Ⰰ 匀椀最洀甀渀搀⸀ 伀 䔀猀琀爀愀渀栀漀 攀洀 唀洀愀 一攀甀爀漀猀攀 椀渀昀愀渀琀椀氀 攀 漀甀琀爀漀猀 琀爀愀戀愀氀栀漀猀⸀ 䔀搀椀漀 匀琀愀渀搀愀爀搀 䈀爀愀猀椀氀攀椀爀愀 搀愀猀 伀戀爀愀猀 倀猀椀挀漀氀最椀挀愀猀 搀攀 匀椀最洀甀渀搀 䘀爀攀甀搀⸀ 嘀漀氀甀洀攀 堀嘀䤀䤀⸀ 刀椀漀 搀攀 䨀愀渀攀椀爀漀㨀 䤀洀愀最漀Ⰰ 㤀㜀 ⸀㰀戀爀㸀㰀戀爀㸀ऀ㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀⼀琀愀戀氀攀㸀㰀⼀戀漀搀礀㸀㰀⼀栀琀洀氀㸀
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