ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XIX Congresso de Ciências da Comunicação na Região Nordeste</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span class="quatro"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;00707</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;PP</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;PP04</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;MULHERES DE PODER: PESQUISA DE MERCADO SOBRE DESIGUALDADE DE GÊNERO E AS LIDERANÇAS FEMININAS NO MERCADO PUBLICITÁRIO PERNAMBUCANO</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Maria Eduarda Monteiro (CENTRO UNIVERSITÁRIO MAURÍCIO DE NASSAU); Gabriela Lima (CENTRO UNIVERSITÁRIO MAURÍCIO DE NASSAU)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;Gênero, Desigualdades, Liderança, Publicidade, Empoderamento Feminino</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Esta pesquisa traçou um diagnóstico do ambiente das agências de publicidade pernambucanas no ano de 2016, buscando compreender a relação entre mercado publicitário pernambucano e suas questões de gênero, observando o ambiente publicitário a partir da perspectiva das mulheres que fazem parte dele, com enfoque nas opiniões e influência das lideranças femininas. A partir das histórias de 138 mulheres pernambucanas, publicitárias que fizeram e fazem a diferença no setor, a investigação foi de natureza qualitativa aplicada, visto que o estudo de cunho subjetivo almejou contribuir para obtenção de resultados práticos. Objetivou estudar e avaliar opiniões, sentimentos e motivações, levando em consideração os aspectos presentes no ambiente publicitário.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Ser mulher é desafiar diariamente um sistema machista e opressor. Elas sempre trabalharam  seja no lar ou fora dele - e demonstram estarem se capacitando cada vez mais para o mercado de trabalho, apresentando resiliência em suas rotinas, no entanto, é comum perceber que continuam encarando situações sexistas na sociedade e nos setores de comunicação. Segundo dados oficiais da Secretaria da Mulher, entre janeiro e agosto de 2015, foram registradas cerca de 31.806 ocorrências de violência contra a mulher em Pernambuco . A partir deste panorama, esta pesquisa se propõe a diagnosticar a realidade das publicitárias pernambucanas em agências de publicidade. Sabe-se que a comunicação tem um papel fundamental na construção da opinião coletiva, a partir dos seus formadores de opinião ela possibilita a variação de perspectivas, transformando a forma como a sociedade encara determinado fato. Já é sabido que a propaganda constrói, reflete e reforça modelos sociais como a moda, estereótipos e tendências a serem seguidas (LIMA, 2012). Historicamente, tanto nas agências de propaganda quanto no conteúdo por elas produzido, a imagem da mulher costuma ser concebida e percebida de forma estereotipada. Contraditoriamente, segundo a Associação Brasileira de Comunicação Empresarial (ABERJE, 2016), na atualidade 72% dos profissionais de comunicação organizacional no Brasil são mulheres. Logo, mesmo as mulheres estando em maioria na geração e no consumo de conteúdo e sendo apresentando maior capacitação que os homens, elas não se sentem representadas. Felizmente, o cenário parece estar apresentando melhoras, com a ampliação do debate sobre o tema. Esta pesquisa, portanto, pretende contribuir com esse cenário de mudança, especialmente no mercado publicitário pernambucano, trazendo dados que possibilitem a reflexão propositiva.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Objetivo Geral A pesquisa teve como propósito a coleta de dados sobre o mercado publicitário e, subsequente, a investigação sobre qual é a influência das lideranças publicitárias femininas nesse meio e se essas profissionais acreditam que mais mulheres em cargos de trariam para o ambiente de trabalho maior diversidade e isonomia de gênero. Objetivos Específicos - Pesquisar o ambiente profissional das agências através das lideranças femininas; - Investigar como a desigualdade de gênero afeta as relações de trabalho nas agências de propaganda recifenses; - Verificar se as lideranças femininas influenciam no ambiente e no conteúdo produzido pelas agências; - Identificar quais obstáculos impedem que as mulheres cheguem a cargos estratégicos nas agências de propaganda. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Roberto Dualibi (1991, p. 43) afirma que  a propaganda é um reflexo de uma determinada sociedade, ou de seus segmentos melhores ou piores . O que é vivenciado hoje é o resultado de uma construção que vem de muito tempo atrás; a propaganda é um reflexo e, ao mesmo tempo, uma fonte de geração de padrões a serem seguidos. Existe, portanto, um sistema retroalimentado, que remete ao ambiente das agências e costuma reforçar a objetificação e a inferiorização do ser feminino. Este é um tema intrínseco ao ambiente das agências, mas ainda pouco debatido e estudado. Aproximar, entender e discutir o problema facilita na mudança, sendo o primeiro passo para a conscientização. O atual momento é muito importante para o mercado publicitário, já que ele está em processo de transição e diante de uma crise econômica, tanto nas questões de representatividade como no formato sistematizado da própria agência, que foi construído anos atrás. Além disso, o comportamento das mulheres como consumidoras e geradoras de conteúdo está mudando: maior interação, reclamações, críticas e denúncias. É imprescindível que as agências entendam essa nova realidade e reflitam sobre o reforço da imagem estereotipada da mulher, construindo um lugar com mais isonomia, gerando conteúdo que possa ser mais relevante e representativo para elas. Pesquisar sobre esse tema na atual situação do mercado é de suma importância para toda a sociedade, principalmente para o mercado publicitário. Assim, este trabalho objetivou compreender como se dá a desigualdade de gênero no mercado publicitário pernambucano, usando como base o baixo número de mulheres em cargos de liderança para explicar a influência das lideranças femininas no ambiente de trabalho e no conteúdo produzido pelas agências. O momento parece ser de luta a favor do empoderamento feminino. Também neste trabalho, através de uma pesquisa de caráter quantitativo e qualitativo com publicitárias pernambucanas, foi construído um diagnóstico sobre a realidade das mulheres em agências de Pernambuco. A coleta de dados se deu através da aplicação de questionários e entrevistas semiestruturadas, nos quais se buscou compreender como se dá a desigualdade de gênero e qual é a importância das lideranças femininas nas agências de propaganda pernambucanas filiadas ao Sindicato das Agências de Propaganda de Pernambuco (Sinapro-PE) . Para elaborar a lista de questões a serem investigadas e para desenvolver a análise, foi tomado como inspiração o movimento pró-feministas Think Olga¹ , que luta pelo empoderamento feminino por meio de informação, e também a consultoria 65/10, especializada em comunicação com e para mulheres, que tem como objetivo mudar o papel da mulher na publicidade. Esta pesquisa parte da premissa de que a diversidade em todos os cargos e setores, somada à conscientização, pode contribuir com mudanças no panorama de desigualdade de gênero nas agências publicitárias, auxiliando em uma equidade de gênero que se refletirá na sociedade e poderá modificar um cenário construído há anos. A revolução feminista parece ser necessária, o que exige representação e comunicação mais inclusiva. O momento é de florescimento do poder da mulher, tendo em vista que  Mulheres não são nicho de mercado, elas são o mercado (COLETIVO 65/10, GRUPO ABC, 2015). 1. A OLGA é um projeto feminista criado em abril de 2013 pela jornalista Juliana de Faria. Nosso objetivo é criar conteúdo que reflita a complexidade das mulheres e as trate com a seriedade que pessoas capazes de definir os rumos do mundo merecem. . Fonte: http://thinkolga.com/a-olga/ .Acesso em 31 de maior de2016 . </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Esta pesquisa traçou um diagnóstico da atual situação do ambiente das agências, para assim poder compreender a relação do mercado publicitário pernambucano e suas questões de gênero, buscando entender o ambiente a partir da perspectiva das mulheres que fazem parte deste mercado, com o enfoque nas opiniões e na influência das lideranças femininas, utilizando referências bibliográficas para analisar essas posições. Para isso, buscou-se perceber como o mercado enxerga a mulher e como elas enxergam o mercado. A investigação foi de natureza qualitativa aplicada, visto que foi um estudo de cunho subjetivo com o intuito de contribuir para obtenção de resultados práticos. Objetivou-se estudar e avaliar as opiniões, sentimentos e motivações, levando em consideração os aspectos presentes no ambiente publicitário, e, como resultado, conscientizar a sociedade como um todo, principalmente o mercado publicitário. Os procedimentos utilizados foram bibliográficos, experimentais e exploratórios, já que a pesquisa começou com um levantamento de dados bibliográficos que abordaram os temas de gênero, liderança e empoderamento feminino. A partir desse arcabouço teórico, foram construídas as perguntas para o questionário e os tópicos norteadores para as entrevistas semiestruturadas. Com a coleta dos dados primários e secundários foi dado início à pesquisa de campo, que consistiu na aplicação de questionários para publicitárias pernambucanas de todo os cargos e em entrevistas semiestruturadas com publicitárias recifenses em cargos de liderança. O intuito foi traçar um cenário do mercado atual a partir da coleta de dados quantitativos e qualitativo, buscando compreender e mensurar as mulheres que estão nesse mercado e se elas percebem o ambiente como discriminativo ou não. Todos esses instrumentos de pesquisa possibilitaram um maior entendimento sobre o atual panorama da desigualdade de gênero nas agências de propaganda pernambucanas. Após a coleta, todos os dados foram analisados e possibilitaram a construção desta pesquisa, podendo contribuir com futuras elaborações de estratégias que visem à redução dessa desigualdade. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span class="quatro"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A primeira etapa do trabalho foi traçar, a partir de dados bibliográficos, os problemas de gênero encarados frequentemente pelas mulheres, além de diagnosticar o seu atual comportamento, como a evolução da participação feminina na sociedade, e mais precisamente no mercado de trabalho, destacando o aumento da formação acadêmica e ascensão econômica. Posteriormente, após a coleta dos dados bibliográficos, os questionários para a aplicação da pesquisa online e os tópicos norteadores para as entrevistas semiestruturadas foram montados, tendo como arcabouço teórico os dados coletados na primeira etapa. Na fase qualitativa, seis publicitárias em cargos de liderança foram entrevistadas isoladamente através de questionário semiestruturado. A aplicação foi feita presencialmente. Foram seis publicitárias, que atuam no mercado pernambucano há anos e possuem bagagem e propriedade para falar sobre o assunto. Para a aplicação do questionário quantitativo, a ferramenta utilizada foi o Google Docs. O questionário foi compartilhado no dia 24 de setembro e passou em média dois meses aberto para receber respostas. Obteve 132 participações, com muita interação e relatos sobre temas aqui abordados. Então, a partir do panorama geral da pesquisa pode-se observar, com relação às influências das lideranças femininas para mercado e agências, que a representatividade foi a palavra mais utilizada. "Eu me sinto representada", "eu sinto que posso estar ali também". Se evidenciou que boas lideranças femininas geram esse sentimento. Então, não é só ser mulher e estar no mercado. É ser mulher, ter consciência e querer ser disruptiva, porque assim poderá impactar as demais. O discurso de "eu fui além", independente das restrições e medos "eu me arrisquei", o sair da própria zona de conforto para crescer profissionalmente, se cobrando bastante para dar conta de tudo, foram falas recorrentes nas entrevistas semiestruturadas e nos questionários aplicados. Na coleta de dados quantitativos pode-se observar que essa amostra do mercado é bastante jovem. Apenas 8,3% das respondentes estão acima dos quarenta anos, já entre os 18 a 25 anos o percentual subiu para 40,9%. A situação apresentada na definição dos grupos étnicos raciais mostra um desequilíbrio étnico na área. Foram 132 respondentes, delas apenas 3,8% se autodeclara preta, enquanto o quantitativo de mulheres brancas passa dos 50%. O perfil que começa a ser traçado mostra a predominância das mulheres jovens, solteiras que já atuam no mercado desde os dezoito ou dezenove anos. Com relação a maternidade, 78% não possuem filhos, enquanto 17,4% possui um filho e 3,8% tem dois filhos. Isso parece ser um reflexo da independência financeira, profissional e sociocultural da mulher. Do total das respondentes, 27 delas (20,45%) relataram ter passado por momentos hostis ocasionados por homens e até outras mulheres em agências de publicidade. Estereótipos reforçados, maternidade, sexualidade, capacidade intelectual e padrões de beleza são depoimentos recorrentes. Com relação à capacitação profissional, em pesquisa realizada pela ABERJE (2013), 12,5% das mulheres do país eram graduadas. Possivelmente o resultado reflete essa maior capacitação das mulheres, 65,9% das respondentes são formadas, buscam capacitação e atuam na área. As que não são formadas em publicidade, mas atuam, são formadas em outras áreas. Percebeu-se, também, que 54,5% das respondentes disseram que buscam capacitação constantemente e que acham importante, mas que isso não reflete no salário. Contra 19,7% que também percebe a importância de capacitar-se, mas observa que a qualificação reflete, sim, no salário. Segundo os resultados da pesquisa quantitativa, apenas 14,8% das respondentes recebem salários superiores aos cinco mil reais, assim como apenas 9,4% recebem menos de 800 reais (possivelmente são estagiárias). A maioria (22,7%) recebe entre 800 a 1.500 reais e 20,3% recebem entre 1.600 a 2.500 reais. Quando se trata de representação no material que a agência produz, o resultado apontou que 42,42% das respondentes disseram que sim, sentem-se representadas pelo material que a agência produz ou produziu. Já outras 55,30% das publicitárias respondentes disseram que não, não se sentem representadas. No tocante à violência, 59,09% das 132 respondentes relataram casos de assédio, piadas de mau gosto, violência simbólica, desigualdade salarial e tantos outros problemas que são encarados como  brincadeira , mas que na verdade  maquiam sintomas de uma patologia sociocultural. A pesquisa também constatou que as mulheres respondentes possuem uma alta participação no cargo de atendimento, com 20,5%, em seguida no cargo de redatora com 17,4%, outros 12,9% no cargo de diretora de arte. Já é sabido, que o setor de Atendimento é uma área com predominância feminina, sendo comum afirmar também que a área de criação é predominantemente masculina. Essas percepções estereotipadas podem não ser consistentes, cabendo para isso realizar outra pesquisa comparativa. Já no tocante ao porte da agência, percebe-se que o mercado pernambucano possui um equilíbrio em relação aos tamanhos das agências em que as mulheres atuam. Em maior quantidade estão as de porte médio (37,9%), 34,1% são de grande porte e as pequenas representam 28% do mercado. A partir da análise do cruzamento dos dados, pode-se perceber que nas agências de grande porte ocorrem menos casos de situações hostis, 22. Logo depois vêm as de médio porte, com 18 respondente afirmando que nunca sofreram nenhum tipo de violência e por último as de pequeno porte, com 15 respondentes que disseram nunca ter passado por nenhum momento hostil. A partir das respostas, as agências de médio porte são as que mais possuem relatos de assédio, preconceito, discriminação e violência simbólica, com 32 respondentes que relataram ter passado por momentos hostis ocasionados pela diretoria, gerencia ou até colegas de setor, independente de gênero. Em seguida, vêm as de pequeno porte, com 30 respondentes, e por último, as de grande porte com 15 respondente. Essa percepção sobre o tamanho da agência influenciar no ambiente pode não ser consistente, cabendo para isso realizar outra pesquisa comparativa. Das respondentes, 47,72% informaram que nunca atuaram em cargos de liderança, já 52,25% disseram atuar como líder ou terem a própria agência. Assim, pode-se perceber que o quantitativo de mulheres nos cargos de liderança está crescendo, mas nas respostas houveram alguns relatos de mulheres que não se sentiam ouvidas. Quando perguntadas sobre se possuem ou já possuíram chefes mulheres, 78,78% afirmaram que sim, enquanto 21,21% disseram nunca terem tido uma chefe mulher. E, nas respostas, existem tanto comentários positivos sobre como elas possuem uma visão mais estratégica e holística e serem competentes e acessíveis, quanto negativos. São acusadas de serem competitividade ou por má gestão de equipe. A agência Ampla é citada o maior número de vezes, das 132 respostas 23 elegeram a Ampla como a melhor agência em que trabalhou em Pernambuco. A maior parte das respondentes afirmou que trabalha em média oito horas diárias. Mas variáveis como hora extra, home office full time, parte do horário do almoço para cumprir os prazos, ultrapassar 24 horas em situações extrema, 12h por dia por causa de jobs urgentes fazem parte das  regras das agências , sem remuneração extra. Então, a partir dos dados coletados nas pesquisas quantitativas e qualitativas, constatou-se que ter mais mulheres líderes é significativo, claro, porém essas podem apenas representar, mas não gerar representatividade. Porque para uma agência hoje ser ambiente hostil para as mulheres depende de inúmeras variáveis: empresa, cliente, diretoria, outros colaboradores e a própria mulher, sendo líder ou não. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify">Os dados coletados nesta pesquisa indicaram que a presença de mulheres em cargos de liderança gera representação. Apesar disso, não gera representatividade e nem torna o ambiente mais diversificado e isonômico. Motta (1996,p.2010,2011) define liderança como sendo  A arte de usar o poder que existe nas pessoas . Motivar e liderar bem, independe de gênero. Nem todas as mulheres e nem todos os homens conseguem liderar. É crença, capacidade e expertise. Os obstáculos para as mulheres chegarem a cargos estratégicos nas agências de propaganda são variáveis, que vão além da própria mulher e suas limitações internas, sendo impostos pela agência e/ou diretoria, o ambiente, a rotina, a rotatividade do mercado e o ranço do preconceito ainda presente. A desconstrução precisa ser social, cultural e comunicacional. Assim, pode-se perceber que, quando limites são colocados, principalmente de gênero, a quebra deles gera consequências extremamente positivas, abre espaço para outras mulheres se permitirem ir além e tirarem as próprias amarras. Todo esse panorama reflete nas diversas causas e revoluções que as mulheres têm enfrentado. Cada uma trava uma luta diária por espaço, representatividade e quebras de tabus de orientação sexual, grupo étnico racial e tantas outras pautas. Os resultados aqui apresentados mostram um avanço significativo no mercado, o que torna a conscientização do mercado e sociedade muito mais possível e real. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2">ADNWES, Os desafios de uma líder em uma agência de publicidade, 2016. Disponível em: <http://adnews.com.br/publicidade/os-desafios-de-uma-lider-em-uma-agencia-de-publicidade.html> Acesso 15 de dezembro. 2016.<br><br>COLETIVO 65/10 com apoio do GRUPO ABC, A revolução delas, 2015. Disponível em: < http://revolucaodelas.meiacincodez.com.br/10/>. Acesso 10 de março. 2016.<br><br>DUALIBI, 1991 apud SAMPAIO, Inês. Televisão publicidade e infância. 2ed. São Paulo: Annablume, 2000, p.142.<br><br>G1, VIOLENCIA CONTRA MULHER, 2015. Disponível em <http://g1.globo.com/pernambuco/noticia/2015/10/violencia-contra-mulher-ja-deixou-31806-vitimas-em-pe-neste-ano.html>Acesso em dezembro de 2016.<br><br>LIMA, G. A Publicidade do Terceiro Setor nas Redes Sociais Digitais: o contrato de comunicação bidirecional. Dissertação de mestrado em Comunicação Social. Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2012.<br><br>MOTTA, Paulo Roberto . A Ciência e a arte de ser Dirigente , 7 ed., Rio de Janeiro: Record, 1996.<br><br>Sinapro-PE. Disponível em< http://www.sinapro-pe.com.br/agencias/agencias.php> Acesso em 22 de setembro de 2016.<br><br>THINK EVA, Super conectadas e engajadas, 2015. Disponível em: <http://www.meioemensagem.com.br/home/comunicacao/2015/08/20/sua-marca-sabe-dialogar-com-a-mulher.html> Acesso 08 de março. 2016.<br><br> </td></tr></table></body></html>