ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XIX Congresso de Ciências da Comunicação na Região Nordeste</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span class="quatro"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;00801</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;RT</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;RT03</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;Resgate do Rádio.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Boanerges Januário Soares de Araújo Neto (Universidade Potiguar); Annuska Dalyana Segundo de Macêdo Teixeira (Universidade Potiguar); Augusto César Fialho Wanderley Filho (Universidade Potiguar); José Rafael da Silva Pereira (Universidade Potiguar); Renato Vasconcelos de Carvalho (Universidade Potiguar); Rodrigo Eduardo Ferreira da Silva (Universidade Potiguar); Cristina D'Oliveira Vidal Bezerra (Universidade Potiguar); José Iranilson da Silva (Universidade Potiguar)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;Rádio, Radionovela, Fição, Comunicação, </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O projeto  Inspiração Radiofônica foi desenvolvido a partir de um exercício proposto na disciplina Ateliê de Redação em Linguagem de Rádio, da quinta série do curso de Jornalismo, no primeiro semestre de 2016, na Universidade Potiguar. Com o intuito de concatenar os conhecimentos obtidos no âmbito da arte e da comunicação com as diferentes modalidades da produção jornalística, incluindo a Radionovela, formato que permite ao autor expressar através de dramatizações sonoras, elementos fictícios ou reais. Deste modo, buscou-se realizar uma produção que representasse a importância do rádio como meio de comunicação utilizando-se de características da linguagem radiofônica.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O Brasil teve sua primeira transmissão radiofônica em 7 de setembro de 1922, em celebração ao centenário da Independência do país, com pronunciamento do, então, presidente Epitácio Pessoa. O acontecimento inédito empolgou o médico Roquette Pinto, que tomou a iniciativa de ir à Academia Brasileira de Ciências para pleitear um patrocínio para a criação da Rádio Sociedade do Rio de Janeiro. Com a chegada do rádio, logo se percebeu o poder que o meio de comunicação teria sobre as pessoas caso fosse utilizado com inteligência. De acordo com Neueberger (2012, p. 57), no Brasil,  o rádio chegou [...] impulsionado pela busca de novos mercados além das fronteiras norte-americanas, após a Primeira Guerra Mundial . Não demorou para que estreassem os radiojornais, tendo o  Repórter Esso como seu mais famoso exemplo; informativos, como  A Voz do Brasil , idealizado pelo presidente Getúlio Vargas; programas de entretenimento e um dos segmentos que se revelou um estouro de audiência: a radionovela. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Apesar de ter chegado ao Brasil há quase um século, o rádio se mostra tão relevante quanto no dia em que o presidente Epitácio Pessoa fez seu comunicado à nação. Companheiro inseparável do público que preza pela mobilidade, instantaneidade e baixo custo. Afinal, poder escutar as notícias e os programas em qualquer lugar e a hora que se desejar e com preço acessível foram alguns dos principais atrativos da invenção em eventual processo evolutivo. Com o advento da Internet, contudo, o rádio se mantém em plano menor em relação à novidade cibernética. Consequentemente, se revela importante introduzir a geração atual a uma das primeiras formas de mídia a chegar ao país para que seus respectivos horizontes no âmbito da comunicação se ampliem. Apresentar a arte da radionovela é um intento geral. Como trata-se de uma modalidade não mais usada nos dias de hoje, ela vale como curiosidade e uma tentativa que buscou inspirar seus ouvintes através de um texto narrado com um viés educativo. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A radionovela como gênero de transmissão radiofônica nasceu na década de 1940, época mais tarde conhecida como  Era de Ouro do rádio e funcionavam como narrativas dramáticas de roteiros fictícios. Se tornaram populares por usarem talentosos atores como Paulo Gracindo, Nathália Timberg, Luiz Gustavo e Iara Sales. "Em junho de 1941, nas ondas da Rádio Nacional do Rio de Janeiro, o locutor Aurélio de Andrade deu início à primeira transmissão de uma radionovela no Brasil. Era  Em busca da felicidade , a emocionante novela do cubano Leandro Blanco traduzida e adaptada por Gilberto Martins" (CESÁRIO, 2006, p. 26). O principal público-alvo dessa parte da programação das emissoras era o público feminino; não por acaso, durante as intermissões, eram apresentados comerciais que versavam sobre produtos de limpeza e higiene. Os folhetins ficaram famosos por, em sua maioria, possuir numerosos capítulos cujo final poderia demorar anos para ser difundido, a exemplo de  O Direito de Nascer (1951), transmitida pela Rádio Nacional por quase três anos até chegar à conclusão no seu 314º capítulo. A fama e adoração pelas radionovelas seguiram intocadas até a década de 1950, quando um rival de peso chegou ao Brasil. Com a televisão, que transformou o entendimento de  contação de histórias com a chegada das telenovelas  que não apenas levaria o drama através de sons, mas também de imagens  a popularidade das radionovelas iniciou seu declínio, minguando na década de 1960 e desaparecendo na década de 1970; a competição era, afinal, desproporcional, e o que isso acarretou foi a diminuição de verbas publicitárias e, consequentemente, a falta de recursos financeiros, que, em grande parte, foi o responsável pelo desinteresse em continuar o segmento da radionovela (CALABRE, 2007). Há quem ainda defenda a pertinência das radionovelas mesmo hoje em dia, quando a globalização e tecnologia dominam as vidas dos seres humanos, e não aparentam haver elementos que justificassem a sobrevivência do gênero. O gênero, todavia, herda semelhanças, como a capacidade de contar histórias utilizando-se da ficção ou de fatos reais e a produção sonora, provando que, mesmo fora do imaginário moderno, o  teatro em casa vive, de certa forma, até hoje. Por ser um viés do rádio que não se encontra no cotidiano de grande parte da geração moderna, seria, por causa de um falso  ineditismo , uma alternativa pertinente para apresentar a importância deste meio de comunicação, utilizando-se, para produzi-la, de referências prévias na roteirização do texto, equipamentos profissionais para a narração e humor, elemento que costumeiramente atrai e prende a atenção de jovens e adultos. Tecnicamente, a estratégia é mais específica. "Na produção das radionovelas, ocupam basicamente duas funções: descritiva e expressiva. A primeira para situar o ouvinte na questão de tempo e espaço, a segunda para despertar um clima emocional e para caracterizar um personagem, dando assim um fundo sonoro" (FERRARETTO; KLÖCKNER, 2010, p. 21). Além de apresentar o rádio como meio de comunicação, é interessante trazer à cultura atual o saudosismo das radionovelas. Deste modo, entra a radionovela com o intuito de educar seus ouvintes e inspirá-los sobre a relevância deste meio de comunicação através de uma modalidade de  contação de histórias que outrora fora comum no meio radiofônico. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A confecção da radionovela  Inspiração Radiofônica se deu como exercício da disciplina  Ateliê de Redação em Linguagem de Rádio , no 5º período do curso de Jornalismo da Universidade Potiguar, no primeiro semestre de 2016. Para produzir a radionovela, se planejou, primeiramente, uma ideia que, não apenas contasse uma história, mas concebesse uma moral que remetesse à importância do rádio como meio de comunicação. Em seguida, buscou-se criar o roteiro e personagens para que todos os envolvidos pudessem ter participação no projeto. Com o pré-projeto pronto, utilizou-se a infraestrutura da universidade, nos estúdios de gravação da Universidade Potiguar, para dublar a radionovela. Diferentemente das reais radionovelas das décadas de 1940 a 1970, a gravação não se deu em conjunto, e sim isoladamente, para que a edição e mixagem pudessem se dar de maneira mais viável e sem interferências, no intuito de se obter o melhor resultado. Por fim, os envolvidos se reuniram na ilha de edição para cortar elementos que ultrapassaram o limite de tempo especificado pelo orientador e adicionar efeitos sonoros para contribuir com a qualidade final da radionovela. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span class="quatro"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O produto consiste em uma radionovela gravada nos estúdios da Universidade Potiguar, em Natal, intitulada  Inspiração Radiofônica . A novela radiofônica versa sobre um jovem fanático pelo rádio de pilha que ganhou, o que o faz desejar se tornar parte deste mundo, trabalhando como radialista, principalmente por causa de seu ídolo, um experiente profissional do ramo que apresenta um programa divertido e inspirador. A narrativa se prolonga ao longo dos anos de vida do rapaz, enquanto ele cursa Teatro em uma faculdade federal e batalha para seguir em frente, a despeito de sua origem humilde. Mais tarde na vida, enquanto busca por trabalho, o protagonista se encontra com um de seus desafetos de infância, hoje mudado, que lhe oferece uma oportunidade no ramo artístico. A princípio ele exercita seu dom como dublador de filmes e desenhos animados; progride para pontinhas em novelas, até se tornar um ator renomado no exterior. Como forma de agradecimento ao seu ídolo de infância e à tradição do rádio e do radiojornalismo, o personagem principal volta à comunidade onde cresceu para implantar escolas e garantir que as crianças de seu bairro tivessem melhores oportunidades do que ele. Anos depois, ele descobre uma criança, hoje adulta, que frequentou uma de suas escolas, se formou em medicina e que, eventualmente, ela salvou a vida de seu ídolo do rádio, já velho e doente do coração. A história é finalizada com uma meditação do protagonista sobre seu  mentor ter lhe salvo a vida ao inspirá-lo para que mais tarde ele  o rapaz  fizesse o mesmo  enviando o médico que lhe salvaria a vida. Trata-se de uma história que buscou destacar a importância do rádio como meio de comunicação e como meio inspirador para aqueles que despertarem para o ofício ao longo da vida, utilizando em sua roteirização drama, humor e cotidiano. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify">Posteriormente, observa-se que a confecção desta atividade liga em cunho educativo o fator curioso ao campo da comunicação social, enfatizando a importância do rádio como objeto e canal para transmitir mensagens pertinentes. Com a clara representação no formato radionovela do ofício do radialismo, mesmo utilizando-se da ficção para contar sua história, acredita-se que o objeto deste trabalho tenha realizado sua pretensão de apresentá-la àqueles que a desconhecem, deste modo, cumprindo o objetivo primário do projeto. A radionovela,  Inspiração Radiofônica , finaliza com a demonstração da possibilidade de interligação entre conhecimentos da comunicação social com a ficção e o entretenimento, elementos não encontrados apenas no rádio, mas também em outros meios de comunicação. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2">CABRELE, Lia. No tempo das radionovelas. São Paulo. Pós-Com Metodista, 2007. Disponível em: <https://www.metodista.br/revistas/revistas-ims/index.php/CSO/article/viewFile/761/771> Acesso em: 26 abr. 2017.<br><br>CESÁRIO, Danilo Vieira. Radionovela: a magia do passado encantando o presente. Fortaleza. Editora: LCR, 2006. <br><br>FERRARETTO, Luiz Artur; KLÖCKNER, Luciano. E o rádio? Novos horizontes midiáticos. Rio Grande do Sul: EDIPUCRS, 2010. Disponível em: <http://www.pucrs.br/edipucrs/eoradio.pdf> Acesso em: 26 abr. 2017. <br><br>FERRARETTO, Luiz Artur. Rádio: teoria e prática. São Paulo: Summus Editorial, 2014.<br><br>LOPEZ, Debora Cristina. Radiojornalismo hipermidiático. Covilhã: UBI LabCom, 2010. Disponível em: <http://www.labcom-ifp.ubi.pt/ficheiros/20110415-debora_lopez_radiojornalismo.pdf>. Acesso em: 26 de abr. 2017. <br><br> </td></tr></table></body></html>