ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XIX Congresso de Ciências da Comunicação na Região Nordeste</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span class="quatro"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;00824</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;JO</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;JO16</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;Na sombra dos parreirais  condições de trabalho das mulheres na produção de uvas finas de mesa do Submédio São Francisco</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Sheila Feitosa Santos (Universidade do Estado da Bahia); Dalila Carla dos Santos (Universidade do Estado da Bahia)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;Comunicação, Mulheres, Saúde, Parreiras , Trabalho</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">RESUMO Na Sombra dos Parreirais busca ser um instrumento de divulgação e informação sobre as condições atuais de saúde e segurança das mulheres da viticultura nos municípios de Juazeiro BA, Petrolina e Lagoa Grande-PE. A pesquisa englobou apenas as trabalhadoras que atuam no campo no packing house, por serem consideradas as etapas mais importantes no processo de produção e embalagem das uvas. A abordagem qualitativa, a pesquisa de campo foi a base da investigação, utilizando-se da observação participante e de entrevistas semiestruturadas. Apesar do Vale São Francisco ser um grande polo de produção e exportação de frutas, as condições de trabalho das mulheres nos parreirais ainda são desfavoráveis e na maioria delas não são oferecidas as condições necessárias para o exercício das atividades com a uva, deixando as mulheres bastante vulneráveis.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O Submédio São Francisco tem se destacado, tanto no Brasil, quanto no exterior, com a produção de frutas, que são comercializadas no mercado interno e externo para o consumo in natura. O grande "carro chefe" da economia da região tem sido a produção uvas finas de mesa. Os estados de Pernambuco e Bahia, em especial as cidades pertencentes à região do Vale do São Francisco, são responsáveis por aproximadamente 98% das exportações de uva do país. A viticultura do Vale do São Francisco tem gerado grande número de empregos para os trabalhadores e trabalhadoras da região, com um total de 240 mil empregos diretos e 960 mil indiretos (VALEXPORT, 2014). Por outro lado, o trabalho realizado nos parreirais de uvas das cidades de Juazeiro (BA), Petrolina e Lagoa Grande (PE), escondem as condições em que os trabalhos são realizados por homens e mulheres na produção. As mulheres são as mais prejudicadas dentro desse ciclo de trabalho, por desempenharem atividades consideradas "fáceis" e "leves", na viticultura. As desigualdades existentes entre homens e mulheres, no meio rural ainda é considerado algo aceitável e não um fruto de um processo de repressão, onde as mulheres eram colocadas em situações submissas e este é um assunto que requer muita atenção nas atividades desenvolvidas por mulheres na fruticultura da região. Ainda de acordo com Oliveira (1998), apesar da relevância dos trabalhos desempenhados pelas mulheres nesses locais, ainda é comum situações de discriminação de gênero dentro de algumas empresas. Devido a situações como essas, as mulheres passaram a lutar pelo fim da opressão causada pela relação homem/mulher, buscaram sair da esfera privada (doméstica) que as aprisionavam dentro dos muros dos lares e da família e saíram para a esfera pública (mercado de trabalho) em busca de novas conquistas na esfera social, uma vez que as atividades domésticas não traziam remunerações para a família e eram pouco valorizadas (OLIVEIRA, 1998).</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O documentário "Na Sombra dos Parreirais" foi produzido no período de fevereiro a maio de 2016, como Trabalho de Conclusão do Curso em Comunicação Social - Jornalismo em Multimeios da Universidade do Estado da Bahia, sob a orientação das professoras Dalila Carla Santos e Edonilce da Rocha Barros. A pesquisa teve como objetivo geral apresentar as condições atuais de trabalho das mulheres que atuam na viticultura dos pólos Juazeiro-BA, Lagoa Grande-PE e Petrolina-PE, visando dar visibilidade às atividades desempenhadas pelas trabalhadoras nos parreirais de uvas finas de mesa e no packing house , tendo como resultado a produção de um documentário jornalístico. Nos objetivos específicos analisamos a importância da mão de obra feminina para produção e comercialização de uvas no Brasil e no exterior. Também foram verificadas as condições de trabalho das mulheres que atuam nos parreirais e no packing house, apresentando as personagens como protagonistas da produção de uva. Observamos também a forma como os estereótipos relacionados à fragilidade feminina influenciam nos tipos de trabalhos que são desempenhados por homens e mulheres na viticultura. O audiovisual também buscou ser um meio de comunicar às mulheres, aos sindicatos dos Trabalhadores Rurais, ao Ministério Público e a sociedade em geral como ocorrem as relações de trabalho na produção de uva, apresentando as trabalhadoras como verdadeiras protagonistas da produção. Para a execução da presente investigação foram utilizados como métodos de estudos a pesquisa bibliográfica, pesquisa de campo e a observação participante do trabalho e da vida das trabalhadoras da uva que aceitaram participar do documentário. Foram feitas pré-entrevistas para a construção do roteiro de perguntas e a técnica de entrevistas semi-estruturadas para montagem das sonoras do documentário "Na sombra dos parreirais".</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Os estados de Pernambuco e Bahia, em especial as cidades pertencentes à região do Vale do São Francisco são responsáveis por aproximadamente 98% das exportações de uva do país. Em 2014 a produção chegou a 28 mil toneladas, o que representou em dólares o valor de US$ 93 milhões. (PESCIOTTA, 2014). Apesar da grande movimentação de dinheiro, o acesso à produção e aos tipos de atividades que são desempenhadas pelos trabalhadores e trabalhadoras rurais, em especial as mulheres nos perímetros irrigados da uva, é pequeno. Também existe pouca informação a respeito das condições de vida e trabalho dessas trabalhadoras e a importância da mão de obra feminina no campo e em cargos de confiança nas fazendas produtoras de uva, uma vez que os veículos de comunicação regionais não pautam com frequência a situação do trabalhador da fruticultura. A mídia local apresentada somente o lado positivo da fruticultura, ou seja, a geração de renda, desenvolvimento econômico, aumento do número de empregos, entre outros. É importante destacar que as reais condições de trabalho dos assalariados rurais são pautadas na região apenas pelas assessorias de comunicação dos Sindicatos dos Trabalhadores Rurais das cidades e poucas matérias espontâneas são geradas na imprensa. A pesquisa também se justifica por configurar-se, segundo os critérios de noticiabilidade jornalística, como uma pauta de relevância e interesse público que denuncia as reais condições de trabalho das mulheres na viticultura do Vale do São Francisco. A produção também consistiu em uma forma de dar visibilidade à vida social dessas mulheres, destacando a conciliação entre as tarefas domésticas desempenhadas no seio familiar (dona de casa, mãe e esposa) e as atividades realizadas nas empresas agroindustriais, como uma forma de desmistificar os estereótipos relacionados à ideia de fragilidade feminina, também dá destaque a jornada dupla - e até mesmo tripla - das mulheres. Espera-se que este documentário sirva de alerta para as mulheres que atuam na produção de uvas finas de mesa para exportação, para que elas possam conhecer e entender os seus direitos e a importância do seu trabalho. Para a população em geral, é importante que se tenha conhecimento sobre o trabalho desempenhado por essas mulheres, uma vez que as atividades por elas desenvolvidas ajudam a movimentar a economia do Vale do São Francisco, proporcionando o desenvolvimento econômico da região e a sobrevivência de muitas famílias que dependem da viticultura.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Para a concretização da presente pesquisa, que resultou na produção do documentário "Na sombra dos parreirais" foi realizada uma revisão bibliográfica no período de dezembro de 2015 a março de 2016, com o objetivo de entender o panorama acerca do trabalho das mulheres na produção de uvas finas de mesa do Vale do São Francisco e da produção de documentários no Brasil. Esse processo ajudou na construção do audiovisual e a entender o cenário atual do trabalho feminino com a uva, além de auxiliar na montagem dos roteiros de perguntas. Durante a investigação, foi feita a pesquisa de cunho qualitativo, que, de acordo com Mirian Goldenberg (2004), consiste em um tipo de abordagem em que o pesquisador não defende apenas um único método de investigação dentro das ciências sociais e "não pode fazer julgamentos nem permitir que seus preconceitos e crenças contaminem a pesquisa" (p. 17). A pesquisa realizada com base em dados qualitativos, como reforça a autora, é feita por meio de descrições das vivências dos indivíduos envolvidos na investigação, com o objetivo de compreender o universo que o cerca. Dessa forma, o pesquisador terá acesso a essas vivências, ou seja, o universo do entrevistado, por meio dos olhares e percepções dos pesquisados. Após realização da pesquisa bibliográfica, buscou-se conhecer de perto a dinâmica de trabalho das mulheres da uva e para isso foi realizada a pesquisa de campo, com visita a fazendas produtoras de uvas. De acordo com Marconi (1990) a pesquisa de campo: Consiste na observação de fatos e fenômenos tal como ocorrem espontaneamente, na coleta de dados a eles referentes e no registro de variáveis que presume relevantes, para analisa-los. A pesquisa de campo propriamente dita 'não deve ser confundida com uma simples coleta de dados (este último corresponde à segunda fase de qualquer pesquisa); é algo mais que isso, pois exige contar com controles adequados e com objetivos preestabelecidos que discriminam suficientemente o que deve ser coletado' (TRUJILO, 1982 apud MARCONI e LAKATOS, 1990, p.75). A pesquisa de campo foi realizada no período de fevereiro a abril de 2016. Foram realizadas pré-entrevistas com representantes dos Sindicatos dos Trabalhadores Rurais de Petrolina (PE) e Juazeiro (BA), que apresentaram o atual cenário de trabalho das mulheres da viticultura e as personagens que fariam denúncias sobre as condições de trabalho. Logo após as conversas com os Sindicatos e as personagens realizou-se a produção do roteiro e as gravações com personagens que iriam apresentar as principais atividades que realizavam nos parreirais. A produção de um documentário se baseia em um roteiro, um script que vai nortear a produção (SOARES, 2007). Durante o processo foi construído um roteiro oficial de perguntas individuais para as trabalhadoras rurais, os representantes sindicais, uma socióloga e uma doutora em saúde pública. No caso das trabalhadoras do campo, o roteiro de perguntas foi o mesmo, com algumas alterações para a personagem que atuam no Packing. Quanto às personagens anônimas, as perguntas foram conduzidas de acordo com os relatos colhidos durante a pré-entrevista. Utilizou-se a técnica de entrevista semi-estruturada ou individual, que é vista como uma técnica de coleta de dados qualitativos que se apoia em questionamentos ancorados em hipóteses que podem beneficiar o pesquisador e o tema que será analisado (TRIVINOS apud DUARTE, 2006). Nesse tipo de entrevista, o pesquisador elabora questionamentos com o objetivo de alcançar resultados do tema investigado. As gravações foram realizadas no final do mês de março até início do mês de maio de 2016. As imagens nos parreirais foram feitas em uma empresa de grande porte da cidade de Lagoa Grande. As demais imagens foram realizadas nas cidades de Juazeiro e Petrolina e no povoado de Vermelhos em Lagoa Grande. Após encerrar as gravações foi construído o roteiro oficial de edição do documentário e logo após iniciou o processo de edição, que durou uma semana. A edição e gravação do Documentário "Na Sombra dos Parreirais" foram realizadas pelo jornalista David Werson.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span class="quatro"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Uma das questões que mais intrigam o senso comum, e até mesmo quem trabalha com a produção de documentários, é o consenso sobre a sua definição. A ideia que se tinha sobre a produção de documentários é que seria um filme que faz um retrato da realidade e se diferenciaria das produções cinematográficas pelo fato de não utilizar em seu enredo a ficção. Muitos autores e estudiosos do cinema não consideram inexatas o consenso empírico do que seja a produção, o mesmo vive em um "terreno de ambiguidades". Eles consideram que existe uma dificuldade de se definir exatamente o que seja o gênero, devido as suas características, métodos, técnicas e estilos usados para a produção fílmica (DA-RIN 2004). Se o documentário procura fazer um recorte da realidade, no jornalismo não é diferente. Ambos possuem o compromisso com a verdade. Dessa forma, Traquina (2005) vai afirmar que "o jornalismo é visto como um serviço público em que as notícias são o alimento de que os cidadãos precisam para exercerem seus direitos democráticos" (p. 126). Outra característica que torna ainda mais próximo o filme documentário com a produção de notícias é o fato de ambas produzirem narrativas com personagens da vida real. Traquina (2005) reforça que, apesar de ser uma narrativa, não significa dizer que as notícias sejam inventadas, como é o caso dos filmes de ficção. Apesar de fazer o recorte da realidade, também não quer dizer que esse consiga retratar a realidade conforme aconteceu o fato. Um acontecimento pode ser construído, no meio jornalístico, sob diversas formas, depende do olhar do repórter que for produzir a matéria (TRAQUINA, 2005). Dentro da produção jornalística, o gênero que mais se aproxima das características presentes nos documentários são as reportagens. Essas possuem características especificas como afirma Sodré (1986), com "predominância da forma narrativa, humanização do relato, texto de natureza impressionista, objetividade dos fatos narrados" (p. 15). A humanização das fontes é uma das questões marcantes na produção de documentários. Por outro lado, difere da produção de noticias, por abrir um espaço maior para os personagens que muitas vezes não é oferecido nos jornais devido à rotina de produção jornalística. No jornalismo, o gênero reportagem documental, segundo Sodré (1986), é muito usado em documentários e no cinema por se caracterizar como um tipo de exposição que se aproxima da pesquisa, por apresentar dados que confirmam a sua hipótese, ora pode aparecer com caráter denunciante ou mesmo adquirir cunho pedagógico. "Na Sombra dos Parreirais" se caracteriza como uma produção documentária que fez uso de algumas técnicas do jornalismo televisivo. Além de consistir em uma investigação sobre as condições de trabalho das mulheres na produção de uva no Vale do São Francisco, utilizou recursos e procedimentos presentes no jornalismo, a exemplo, da produção de uma pauta, que foi discutida com as orientadoras da pesquisa, análise e investigação do que foi relatado pelas fontes, proteção do sigilo das personagens. Para isso, foi usado o recurso de distorção da imagem e da voz das trabalhadoras para garantir a sua integridade e segurança. No processo de edição foi produzido um roteiro de montagem, inspirados nos scripts de telejornais, onde no lado esquerdo ficaram as informações referentes às fontes e entradas de trilhas e o direito, as deixas com as falas e os tempos que cada personagem deveria falar. A produção foi inspirada na obra "O Rap do Pequeno Príncipe Contra as Almas Sebosas" (2000) de Paulo Caldas e Marcelo Luna. O documentário "Na sombra dos parreirais" possui 38 minutos, e é importante frisar que o presente audiovisual buscou destacar apenas algumas questões relacionados às condições atuais das trabalhadoras no campo e no packing house, voltadas para a saúde e segurança das mulheres, pois o tempo em que a pesquisa foi realizada não permitia a inserção de outros temas.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify">O documentário "Na Sombra dos Parreirais" buscou tornar visível as condições de trabalho das mulheres que atuam na produção de uvas finas de mesa, nas cidades de Juazeiro (BA), Petrolina (PE) e Lagoa Grande (PE). A produção atendeu aos objetivos da pesquisa, apresentando um recorte das condições e relações de trabalho das mulheres e reforçando a importância das mulheres na produção de uvas. Avalia-se que existem empresas que não respeitam as condições trabalhistas presentes na Consolidação das Leis do Trabalho e na Convenção Coletiva do Trabalho. EPI's não são entregues a todas as trabalhadoras, não existe atendimento médico, e em caso de intoxicação por agrotóxico ainda é difícil conseguir comprovação imediata, pois as empresas ainda se recusam em indenizar as vítimas. Observou-se também que as mulheres ainda enfrentam no local de trabalho o assédio moral, muitas vezes praticado pelos supervisores dos parreirais. Os maiores insultos geralmente são feitos com delegadas sindicais, que por conhecerem os seus direitos não tem medo de representar as trabalhadoras. O assédio sexual também é uma questão preocupante e comumente encontrada nos parreirais de uva, e muitas vezes as trabalhadoras se recusam a denunciar com medo de retaliação e perseguição. É importante reforçar também que a situação dos trabalhadores da uva não consiste em uma pauta de discussão nos jornais locais. Neste caso, o grande destaque sempre é dado à uva e toda riqueza econômica que está por trás da produção. Concluímos que apesar do Vale do São Francisco ser um grande polo de produção de frutas, as condições de trabalho das mulheres ainda não são favoráveis, em boa parte das fazendas em que a presente pesquisa foi realizada, em especial as que exportam frutas para o exterior. É importante frisar que em alguns locais são respeitadas a legislação trabalhista, mas na maioria dos casos, as empresas não oferecem as condições necessárias para o exercício das atividades na colheita da uva.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2">BAUER, Martin W. GASKELL, George. Pesquisa qualitativa com texto, som e imagem. Rio de Janeiro. Vozes, 2002.<br><br>CAVALCANTI, Josefa Salete Barbosa. ANDRADE, BerlanoBênis França de. RODRIGUES, Victor. Mulheres e trabalho na agricultura de exportação: questões atuais. Disponível em: http://www.revista.ufpe.br/revistaanthropologicas/index.php/revista/article/view/245. Acesso em: 29 de mar de 2015. <br><br>DA-RIN, Silvio. Espelho partido: tradição e transformação do documentário cinematográfico. Rio de Janeiro Azougue 2004<br><br>DUARTE, Jorge (org). BARROS, Antônio (org). Métodos e Técnicas de Pesquisa em Comunicação. São Paulo. Editora Atlas, 2006.<br><br>GOLDENBERG, Mirian. Arte de Pesquisar. Rio de Janeiro. Editora Record. 2004. <br><br>GROSSI, Miriam Pillar. Identidade de gênero e sexualidade. Antropologia em 1ª mão.Florianópolis, UFSC/ PPGAS,1998. <br><br>MARCONI, Marina de Andrade. LAKATOS, Eva Maria. Técnicas de pesquisa: planejamento e execução de pesquisas, amostragem e técnicas de pesquisa e elaboração, análise e interpretação de dados. Atlas. São Paulo, 1990. <br><br>OLIVEIRA, Lúcia Marisy Souza Ribeiro de. Dois anos em um: a realidade do cotidiano feminino. Salvador. 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