ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XIX Congresso de Ciências da Comunicação na Região Nordeste</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span class="quatro"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;01032</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;JO</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;JO15</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;Arca FM: trajetória de luta pelo direito à voz</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Leonan Alves de Sousa Moraes (Universidade Federal do Maranhão); Roseane Arcanjo Pinheiro (Universidade Federal do Maranhão)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;Açailândia-MA, Documentário radiofônico, Rádio Arca FM, Rádio comunitária, Radiojornalismo</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O objetivo deste projeto é registrar, através de um documentário jornalístico radiofônico, a trajetória de luta da rádio comunitária Arca FM (Associação Rádio Comunitária Açailândia) durante a solicitação de sua outorga junto ao Ministério das Comunicações, um processo que se estendeu por nove anos, desde 1998 a 2007. O documentário radiofônico, dentre todos os outros formatos do gênero de jornalismo no rádio, é a alternativa ideal para cumprir essa função por atender à necessidade de um aprofundamento de temáticas, por ser abundante em depoimentos, espontâneo quanto às vozes e por proporcionar uma naturalidade às falas, pela fuga à pressão de tempo e à edição massiva de cortes para garantir uma duração mínima possível e poupar tempo nas rotinas produtivas e na exibição do material. O produto é dividido em quatro blocos e tem duração de 19 minutos e 22 segundos.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">No dia-a-dia das emissoras de rádio, parciais ou totalmente jornalísticas, as redações se deparam com assuntos que exigem ou sugerem mais trato que as matérias diárias ou mesmo as reportagens radiofônicas  ambas produzidas sob pressões de tempo, comuns aos veículos de comunicação. Algumas vezes é necessário que se façam pesquisas e levantamento de informações de maneira mais aprofundada, resultando em maior duração do tempo de produção de uma peça para o rádio com essas características. Para atender tal necessidade  de um aprofundamento de temáticas  o documentário radiofônico, dentre outros formatos do gênero de jornalismo no rádio, é a alternativa ideal para cumprir essa função. Tal qual afirma Ferrareto (2014, p. 225), "o documentário depara-se com a necessidade de possuir alto nível de elaboração, conteúdo e forma combinados de maneira a garantir uma atenção quase constante". É num documentário jornalístico radiofônico que se documenta a luta de uma rádio comunitária regional pela defesa dos direitos humanos e dos direitos "à voz" da comunidade. É nesta peça radiofônica que se encontrou o lugar ideal, rico e contextualizado, para dar voz a quem lutou, a quem viu, a quem estudou e a quem participou da fundação da Rádio Comunitária Arca FM. Localizada na cidade de Açailândia, Maranhão, a emissora tem sua programação feita pela comunidade e para ela e desde sua fundação combate o aliciamento de pessoas para o trabalho escravo na região e em outros estados, o que despertou a insatisfação de alguns grupos, já que a cidade, e mais exatamente a Vila Ildemar, bairro em que atualmente está instalada, é um dos principais focos de aliciadores que buscam mão-de-obra para a atividade de exploração humana que se aproveita da vulnerabilidade da população, da pobreza, do desemprego e da falta de informação para convencer pessoas a deslocarem-se até carvoarias e roças, na esperança de obter alguma renda e poder custear as despesas de suas famílias.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Busca-se, através do documentário jornalístico de rádio, registrar os nove anos de lutas enfrentadas pela emissora de rádio comunitária Arca FM, na busca pela concessão de sua outorga. O documentário "Arca FM: trajetória de luta pelo direito à voz" apresenta o extenso processo de resistência e aguardo pela legalização do veículo, através das memórias e depoimentos de militantes, diretores, apresentadores e pesquisadores que contribuem para o entendimento dos vários instantes da história da emissora e da sua função social enquanto veículo de efetiva comunicação comunitária. Além de contribuir para o contexto acadêmico em nível de pesquisa, primou-se ainda a possibilidade de abrir um espaço para a discussão na universidade, e ainda na comunidade, sobre o importante papel que têm esses os veículos, diante do contexto comunicacional do país, de aglomeração dos canais de comunicação nas mãos de grupos que não representam a pluralidade de vozes da nação.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Por toda sua trajetória de luta para garantir "a voz" à comunidade, pelo cumprimento de sua função social enquanto veículo de fortalecimento da identidade local e promoção das identidades culturais, o que tem sido incomum em nossa região, pelo combate ao aliciamento de pessoas ao tráfico humano e exploração em trabalho escravo e por sua resistência às burocracias e às tentativas de calar-lhe a voz, a Arca FM precisa ser alvo de estudos, pesquisas e iniciativas de registro desses marcos da radiodifusão comunitária no sul do Maranhão. Há 19 anos a emissora desenvolve atividades de formação em comunicação comunitária para jovens, contribuindo para a formação de mais de 600 jovens da comunidade açailandense que, atualmente, atuam em rádios comerciais da cidade e de outras regiões, ocupam cargos em emissoras de TV e em equipes de assessorias e que estão ligados aos movimentos sociais do município e do estado na defesa dos direitos humanos e da vida. Muito mais que uma difusora de ondas, a rádio tem servido de referência para outras rádios regionais e projetos de associações que buscam suas concessões de outorgas e tem apoiado a instalação e o desenvolvimento de atividades de muitas outras emissoras comunitárias por todo o sul do Maranhão.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O projeto teve como primeira fase metodológica a pesquisa bibliográfica para identificar, localizar e obter bibliografia relevante sobre os contextos da radiodifusão comunitária e desenvolvimento local, métodos, técnicas e linguagem do documentário jornalístico radiofônico. Buscou-se ainda identificar materiais que contribuíssem cientificamente com a descrição da atuação da emissora no combate ao tráfico humano, marcado pelo engajamento com a defesa dos direitos humanos na cidade e principalmente na luta contra o aliciamento de pessoas para o trabalho escravo em fazendas e carvoarias que abastecem as siderúrgicas da região. A pesquisa documental foi a fase seguinte e permitiu, a priori, visualizar o que já há, em registro, sobre a atuação da emissora e que auxiliam na reconstituição da memória da atuação dela. A partir disso, pode-se determinar que informações são importantes obter com mais profundidade, na próxima etapa, a da entrevista em profundidade. Atas de reuniões dos membros da Associação Rádio Comunitária Açailândia (Arca FM), publicações, informativos, fotos e alguns dos materiais disponíveis no prédio atual da rádio, na Vila Ildemar, foram os documentos dos quais se pode partir para a fase das entrevistas. Encontrou-se ainda, na plataforma online do Ministério das Comunicações, publicações referentes à concessão de outorga à emissora. Outro recurso metodológico imprescindível para a elaboração e levantamento de informações para a confecção deste projeto foi a entrevista em profundidade: a atividade de investigar assuntos através da busca de informações nas visões de mundo e experiências de informantes. O objetivo da técnica está relacionado à possibilidade de fornecer uma gama plural de noções para a percepção de condições, cenários, contextos e estruturas de problemas. "Nesse percurso de descobertas, as perguntas permitem explorar um assunto ou aprofundá-lo, descrever processos e fluxos, compreender o passado, analisar, discutir e fazer prospectivas [...] identificar problemas, microinterações, padrões e detalhes, obter juízos de valor e interpretações, caracterizar a riqueza de um tema e explicar fenômenos abrangência limitada" (DUARTE, 2006, p. 63). Ela envidencia quão variadas são as formas de se perceber e entender acontecimentos. Adotá-la como recurso metodológico tem como benefícios a flexibilidade dos depoimentos nas respostas de quem se entrevista e o dinamismo na atividade do entrevistador. Na entrevista, pesquisador e realidade em estudo, tornam-se próximos. "O que sinto, e apenas sinto, é que, quando o jornalista realiza bem essa aproximação, a entrevista se torna uma experiência. Uma experiência de olhar o mundo e ouvir o outro" (CAPUTO, 2010, p. 28). Há dois tipos básicos de entrevista em profundidade: a aberta e a semi-aberta. A entrevista em profundidade do tipo aberta é assim classificada por ter perfil exploratório e flexível. Neste tipo não há uma ordem pré-estabelecida das questões lançadas ao entrevistado. Ela parte de temática, uma questão chave, segue de forma livre e é aprofundada rumo ao que o entrevistador entende como significante (DUARTE, 2006, p. 64). Já a semi-aberta, tipo escolhido para esse trabalho, segue a partir de um roteiro guia de perguntas. Apesar disso as questões podem ser alteradas à medida que a entrevista segue. Este segundo modelo une flexibilidade de perguntas não totalmente estruturadas, com um roteiro que objetiva a todo tempo a resposta aos problemas da pesquisa. Nesse segundo modelo, a entrevista é, em grande parte, dirigida pelo informante, valorizando suas vivências, visões e memórias, mas está, em certa medida, ajustada ao roteiro do entrevistador, o sujeito que pesquisa.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span class="quatro"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O documentário jornalístico radiofônico  Arca FM: trajetória de luta pelo direito à voz objetiva trazer as memórias dos nove anos de atividades e ações desenvolvidas pela emissora de rádio comunitária de Açailândia-MA em busca de sua outorga para reconhecimento de seu direito de estar no ar, algo que já fazia mesmo antes do fim desse difícil processo de liberação. Alguns critérios foram estabelecidos para construção dessa peça radiofônica: planejamento, título do trabalho, tempo de duração, conteúdo, fontes de entrevistas e referências, pesquisa, estrutura, coleta de material, música. O documentário jornalístico, produto deste TCC, tem duração de 19 minutos 22 segundos e está dividido em quatro blocos. O primeiro bloco tem duração de 6 minutos e 15 segundos e nele optou-se por inserir os ouvintes no contexto sócio-político de Açailândia-MA nos anos 1990. Mostrou-se como nasce a entidade de proteção aos direitos humanos, o Centro de Defesa da Vida e dos Direitos Humanos Carmen Bascáran (CDVDH/CB), e como este dá início aos primeiros pedidos para a concessão de outorga para funcionamento da Rádio Comunitária Arca FM. Nele há um trecho de um início de programa da rádio comunitária e 4 depoimentos de duas entrevistas com a membro fundadora do Centro de Defesa, Carmen Bascarán, e com um dos mais citados ex-diretores da rádio, Antônio Filho. O segundo bloco, com duração de 4 minutos e 48 segundos, traz algumas lembranças de entrevistados que falam sobre os desafios que a emissora enfrentou ao decidir por a rádio no ar antes da liberação da frequência. O depoimento de Antônio Filho relata acerca das intervenções e autuações realizadas pela Anatel e Polícia Federal e de como reagiram a cada uma delas. A militante do Centro de Defesa, Fabrícia Carvalho, também dá sua contribuição e relata como o apoio da comunidade foi de extrema relevância para a resistência do Centro e das entidades apoiadoras rumo à outorga. O empresário, membro do Centro e também ex-diretor da Arca FM, Vanderlei Trombela, também entra em cena nesse bloco para ressaltar o pioneirismo da rádio no combate ao trabalho escravo na região de Açailândia e de como isso tem relação com a difícil e longa espera pela legalização junto ao Ministério das Comunicações. Para fechar esse bloco, o depoimento de um dos jovens contemplados com os cursos realizados pela emissora revela a força desse veículo para a comunidade, Isisnaldo Lopes, ex-radialista da Arca FM, fala sobre como foi importante para sua carreira profissional pode ter participado da rádio. O terceiro bloco nos traz então um pouco do desfecho dos nove anos de lutas intensas da rádio comunitária. Trata da liberação da outorga e do novo projeto técnico que teve de realizar para conseguir outro local para funcionamento. Vanderlei Trombela novamente é inserido à trama para recordar acerca do novo projeto para buscar liberação de ir ao ar no Bairro Vila Ildemar. O entrevistado também contrasta a demora de liberação da outorga da rádio com a velocidade com a qual a outra emissora que ganhou liberação para funcionar no primeiro local sugerido pelos projetos da Arca FM. Outro entrevistado, Vágner Carvalho, advogado do Centro de Defesa e também engajado na luta, retorna aos anos 1990 e descreve a situação do bairro que recebe a emissora e de como a trama parece coroar a rádio dando-lhe um novo local onde seria, de fato, muito mais ocupada com as lutas por direitos humanos e combate ao aliciamento de pessoas para o trabalho escravo, prática comum na Vila Ildemar. Antônio Filho novamente traz memórias, desta vez sobre o dia do recebimento da outorga. Brígida Rocha, membro do Centro e ex-apresentadora de programa infantil da rádio, relata a dificuldade para erguer no novo bairro um prédio para receber as instalações da recém-outorgada Arca FM. Este bloco tem duração de 4 minutos e 54 segundos. No quarto e último bloco, com 3 minutos e 25 segundos, o início dá-se com um trecho de entrevista de Carmen Baskarán ao falar do que seria uma rádio comunitária e qual sua função. O depoimento tem de fundo uma trilha sonora ao som de dedilhados de piano que deixam abrem o bloco com uma levada mais afetiva e emocionante. Em seguida, o trecho de Baskaran é apoiado academicamente pela fala da pesquisadora de rádio, Nayane Brito, que compartilha dos resultados que obteve em sua pesquisa e demonstra um pouco do perfil das rádios comunitárias e como deveriam de fato agir. A última entrevista do bloco é de Antônio Filho que relata sobre o perfil comunitário da Arca a quem responsabiliza pelas conquistas que obteve para Açailândia e região. O bloco finaliza com o anseio por novas emissoras comunitárias que estejam de fato comprometidas com a função que têm esses veículos. Optou-se para o documentário o uso de locução feita por dois narradores, uma voz masculina, do autor do projeto, Leonan Moraes, e uma feminina, da acadêmica do curso de Jornalismo,Leiliane de Araújo. A escolha foi motivada pela duração do produto e o dinamismo que duplicidade de vozes pode trazer. A captação das vozes dos locutores e a edição do documentário foram realizadas nos estúdios da Rádio 102 FM, em Imperatriz-MA, pelo técnico em áudio, Abade Azarias. O roteiro do produto é de autoria de Leonan Moraes. As trilhas sonoras e alguns poucos efeitos foram utilizados em plano de fundo durante toda a narração dos locutores para dar mais ritmo e dinamismo ao decorrer dos quatro blocos do documentário. Os efeitos sonoros são parte do banco de áudios dos estúdios da emissora onde ocorreu a gravação e edição. Para a captação padrão das entrevistas foi utilizado um mesmo gravador de mão profissional de quatro trilhas Zoom H4n, com a habilidade de gravar em formato WAV a até 24 bits/96kHz e em MP3 a até 320kbps. O padrão dos microfones forneceu gravação estéreo e com clareza dos timbres. Por toda a sensibilidade e possibilidade de captação do aparelho de gravação, a presença de alguns ruídos é inevitável, o que não contribui em qualquer momento com a dificuldade de entender os depoimentos. Na edição foi utilizado o software de edição para audiovisuais Sony Vegas Pró (Sony) em conjunto com outras ferramentas do estúdio de gravação e edição da Rádio 102 FM. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify">Propor-se a produzir um documentário jornalístico radiofônico traz uma necessária responsabilidade de traçar o perfil de um produto que não tem o espaço merecido nas emissoras nacionais e que por isso torna-se um tanto quanto desafiador. Atualmente é formato que está sendo aos poucos descoberto pelos estudantes do curso de Comunicação Social com habilitação em Jornalismo da UFMA de Imperatriz. Para partir em busca de todo o conteúdo que comporia o produto final foi necessário ouvir outros vários documentários, de diversos perfis e linguagens. Da experiência de ouvi-los partiu-se para perfilar a estrutura desse formato em costura com o que os diversos autores visitados afirmaram e descreveram. Definido de forma básica, mas objetiva, o que se queria, era hora de partir ao campo. Foram realizadas diversas visitas ao município de Açailândia-MA, onde foi preciso realizar pré-entrevistas para identificar como cada entrevistado contribuiria e para entender porque e como cada um deles inseria-se como personagem na trajetória de luta da emissora. Foi preciso criar vínculos de amizade com os entrevistados para que estivessem dispostos a visitar suas memórias da última década. Era necessário que de alguma forma o meu objetivo com as entrevistas fosse também o deles. Registraram-se ações da rádio comunitária e contribuiu-se para os debates da radiodifusão comunitária e da democratização da comunicação. Evidenciar a força do rádio em produções como os especiais, e mais especificamente nos documentários, é uma experiência de riqueza imensurável. O rádio não está falido. Nem o radiojornalismo. A academia parece reacender nos estudantes uma paixão pelo meio. Não é muito convincente ouvir falar que, um veículo que disfarça sua enorme força por seu caráter simples, morra tão facilmente. O rádio segue redescobrindo novos perfis e novas plataformas. Não é possível afirmar o que será rádio amanhã, mas é possível declarar que será um personagem dessa época vindoura.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2">CAPUTO, Stela Guedes. Sobre entrevistas: teoria, prática e experiências. Petrópolis: Vozes, 2010.<br><br>DUARTE, Jorge. Entrevista em profundidade. In: DUARTE, Jorge; BARROS, Antônio (Orgs.). Métodos e técnicas de pesquisa em comunicação. São Paulo: Atlas, 2006. p. 62-83.<br><br>FERRARETTO, L. A.. Rádio: Teoria e prática. 1. ed. São Paulo: Summus, 2014.<br><br> </td></tr></table></body></html>