ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XIX Congresso de Ciências da Comunicação na Região Nordeste</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span class="quatro"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;01035</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;RT</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;RT05</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;O QUE ELAS DIZEM: Programa audiovisual para web especializado em jornalismo feminino</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Camila Silva Marinho (Universidade Federal do Maranhão, campus Imperatriz); Islene Sousa Lima (Universidade Federal do Maranhão, campus Imperatriz); Lívia Cirne de Azevêdo Pereira (Universidade Federal do Maranhão, campus Imperatriz)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;Programa para web, Jornalismo feminino, Audiovisual, YouTube, </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O presente trabalho apresenta um programa-piloto especializado em jornalismo feminino para a cidade de Imperatriz (MA). Intitulado como O que elas dizem, tem o objetivo de informar, orientar e discutir os temas do universo da mulher pouco explorados pela mídia tradicional. O projeto se destaca por ser pioneiro na cidade e região e utiliza a plataforma de vídeos YouTube, uma ferramenta funcional e gratuita que se tornou um ambiente de destaque midiático e capaz de garantir grande alcance orgânico na internet. O presente relatório, portanto, apresenta o levantamento teórico que sustenta a ideia aqui defendida e também detalha o processo de criação e produção do programa. Para nortear o protótipo, os procedimentos metodológicos foram: a pesquisa bibliográfica, análise documental e as entrevistas.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Em Imperatriz ainda não existe um programa audiovisual para web direcionado especificamente para o público feminino. A cidade é a segunda maior do Estado do Maranhão e, de acordo com a estimativa mais recente da população (IBGE, 2016), o número de habitantes é de 253.873. Desse total da população, a maioria é composta por mulheres, o que representa 51,83% do total de moradores. Daí surge a ideia de implantação de novos projetos que venham preencher lacunas ainda existentes no jornalismo local. Faltam, em Imperatriz, formatos audiovisuais mais impetuosos na web, e até mesmo na TV aberta, capazes de discutir temáticas femininas para além de assuntos rotulados, tais como os relacionados às questões domésticas e de moda. Sendo assim, o programa "O que elas dizem" (www.youtube.com/oqueelasdizem), apresentado neste paper como um produto experimental vinculado ao projeto de conclusão de curso, é pioneiro na região e foi pensado como um canal jornalístico audiovisual para a web, voltado para o público feminino. Para o armazenamento e a distribuição dos conteúdos, optou-se pela utilização da plataforma YouTube, por oferecer serviço gratuito de criação e manutenção do canal, além de ter maior abrangência de público. Uma vez que, segundo as próprias estatísticas do site, existem mais de um bilhão de usuários em diversos países . De acordo com Jean Burgess e Joshuan Green (2009), o YouTube representa uma ruptura dos modelos de mídias já existentes, pois ao mesmo tempo em que é um novo ambiente de poder midiático, também é uma mídia com potencialidade de transmissão em larga escala. Diante dessas possibilidades "O que elas dizem" tenta promover, no ambiente da web, um espaço audiovisual onde as mulheres de Imperatriz, sobretudo, sintam-se representadas, abordando questões significativas sobre uma ótica feminina. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O intuito do programa é consolidar uma imprensa feminina que informe, oriente e discuta os desafios enfrentados pela mulher, tais como os apresentados no projeto-piloto: o alcoolismo; o preconceito por exercerem profissões antes consideradas masculinas; o assédio dos homens etc. O programa "O que elas dizem" é feito por mulheres e para mulheres, nasceu para dar voz às cidadãs comuns, aquelas que circulam anônimas pelas ruas da cidade e raramente aparecem na mídia tradicional  daí a escolha do nome. A ideia é construir um espaço de diálogo, onde a audiência se sinta representada e possa contribuir com a programação. O "O que elas dizem" é um programa jornalístico audiovisual para web direcionado especialmente para o público feminino. A cada edição, mulheres reais compartilham histórias de superação, respeito, autoestima e amor. Em estúdio, as entrevistas com especialistas foram projetadas para aprofundar os conteúdos propostos pelo programa. Nesse contexto, a intenção deste projeto é criar um veículo de comunicação para ser porta voz dessas mulheres. Tentando sempre apresentar de forma consensual os mais variados temas. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A passos lentos, a internet foi criando características próprias e se consolidando a partir de novas descobertas, porém foi só no começo da década de 1990 que as redes de computadores sofreram expansão. Antes, "o cenário do final dos anos 80 era este: muitos computadores conectados, mas principalmente computadores acadêmicos instalados em laboratórios e centros de pesquisas", ressalta Ferrari (2006, p. 16). Na década de 1990, a internet chegava ao Brasil para ser utilizada pelos órgãos e instituições de pesquisas. Ferrari (2006) comenta que a internet só se popularizou mesmo no Brasil em 2004 e as relações comunicacionais se estreitaram muito por meio dela, impulsionadas pelo surgimento das redes sociais, facilitando a interação entre pessoas em lados opostos do mundo. Ferrari (2006) relata que o aprimoramento da internet só foi possível quando os pesquisadores e cientistas começaram a desenvolver a tecnologia, de tal forma que os usuários aprendessem a utilizar os recursos de forma contínua, que os prendessem em suas páginas. Numa produção audiovisual para internet, parte do objetivo deste trabalho, por exemplo, há menos custos e o espaço e tempo disponíveis são ilimitados, tudo bem diferente das emissoras comercias. Além disso, existem maiores oportunidades para elaborar programas especializados, oportunizando que temas pouco ou quase não explorados na mídia tradicional possam ser discutidos e outros públicos, também não convencionais, sejam atingidos e, principalmente, representados. Pioneiro no município de Imperatriz (MA) e região, o projeto busca consolidar uma imprensa feminina que informe, oriente e discuta temas do universo da mulher, enaltecendo-a, sobretudo. A programação vai ao ar semanalmente, todas as quintas-feiras, na plataforma de vídeos do YouTube, armazenada no endereço www.youtube.com/oqueelasdizem. A escolha da plataforma para hospedar o programa se deve à possibilidade de garantia de maior abrangência orgânica de público , onde os vídeos podem ser vistos não só nos computadores, mas também a partir de dispositivos móveis e compartilhados nas principais redes sociais, a exemplo do Facebook. Todas as etapas de construção do programa foram pensadas minuciosamente, desde a pré-produção até a concepção, pesquisando histórias de mulheres que pudessem render pautas instigantes para as matérias e na consulta a entrevistadas que garantissem discussões construtivas sobre os assuntos retratados. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O projeto toma como etapa inicial o uso da técnica de pesquisa bibliográfica, na produção jornalística audiovisual on-line no Brasil e suas características. Busca ainda produção científica sobre a plataforma de vídeos YouTube que é a plataforma usada para exibição do programa. Gil (2009, p. 50) relata que a pesquisa bibliográfica "é desenvolvida a partir de material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos". Através dessa técnica, foi possível obter conhecimentos sobre a produção de um programa direcionado à mulher, apropriando-se dos conceitos e das características do jornalismo praticado na internet, bem como a edição, a produção de imagem e a elaboração do texto para a web. Entendemos que: A pesquisa bibliográfica é de grande valia e eficácia ao pesquisador, pois permite obter conhecimentos já catalogados em bibliotecas, editoras, Internet, videotecas etc. A pesquisa bibliográfica se realiza comumente em três fases: identificação, localização e reunião sistemática dos materiais ou dos fatos (BARROS, LEHFELD, 2012, p.34). Durante esta etapa, autores como Jean Burgess e Joshua Green (2009) foram fundamentais para explicar a atuação do YouTube na internet e as múltiplas funções que o repositório audiovisual proporciona ao usuário. Por meio de uma abordagem histórica, os autores apontam a relação da plataforma com a cultura participativa e como ela se tornou o ambiente midiático mais importante da web. Além disso, entendemos que a cronologia do jornalismo, desde a Revolução Francesa até os dias atuais, no relato de Marcondes Filho (2000), nos abriu horizontes para pensar as transformações, visto que o autor descreve como a prática jornalística foi sendo modificada no decorrer dos anos. Para compreensão do cenário do jornalismo no ambiente digital, apoiamo-nos, dentre outros, nos estudos de Pollyana Ferrari (2006) voltados para o aprimoramento dos jornalistas que apostam a internet como um revolucionário veículo de comunicação. Diferentemente do que acontece em outros segmentos, a web se reinventa a cada dia e oferece vastas possibilidades para o campo do jornalismo. Com isso, urge a necessidade de preparar profissionais capacitados para atuar nos novos meios. Os autores destacados, além de outros, foram de extrema importância para o desenvolvimento do referencial teórico, expandindo horizontes para a pesquisa. Somado a isto, utilizamos a técnica da pesquisa documental, que se difere da bibliográfica pela natureza das fontes. Nessa etapa, foram analisados alguns programas na web no formato de entrevistas, além de outros programas voltados para o público feminino existentes no País. Dentre eles, estão: " Erosdita: programa de web, apresentado por Julieta Jacob, que trata de temas relacionados ao sexo, mundo feminino e assuntos que a sociedade ainda tem dificuldades de debater. O programa é somente de entrevistas e houve algumas edições realizadas em parceria com alunos de telejornalismo da Universidade Federal de Pernambuco; " Mulheres: vai ao ar diariamente na TV Gazeta. Como o próprio nome indica, o principal objetivo é discutir todos os tipos de assuntos que fazem parte do cotidiano das mulheres. Por se tratar de um programa de entrevista, sempre há um especialista para esclarecer os temas abordados; " Superbonita: programa da GNT que a cada temporada é apresentado por uma celebridade diferente. Um programa de entrevista descontraído e que busca enaltecer a beleza das mulheres brasileiras. A programação pode ser assistida tanto na TV como na internet, onde são disponibilizados os episódios de cada temporada. " No Balaio: outro programa do segmento de entrevista que ajudou na produção do "O que elas dizem" e que visa discutir e explorar, com profundidade, a diversidade cultural do nordeste. No Balaio é uma produção da TV Pernambuco e também está armazenado na internet. Ao acompanhar esses formatos, buscamos referências para a elaboração de um programa original, com temas que possivelmente interessem ao público feminino de Imperatriz. Além da apresentação do conteúdo, foi possível analisar qual o layout ideal para os internautas, as vinhetas, animações, backgrounds, cenários, chamadas etc. Posteriormente, foram definidas as fontes e realizadas as entrevistas com as personagens das matérias, os especialistas dos assuntos abordados no programa e outras pessoas que ajudaram no processo de apuração das informações. Segundo Gil (2009, p. 109), a entrevista é "uma forma de interação social. Mais especificamente, é uma forma de diálogo assimétrico, em que uma das partes busca coletar dados e a outra se apresenta como fonte de informação". Outros métodos utilizados para compor esse produto foram o uso das imagens de apoio  elementos fundamentais para ilustrar as reportagens  , os roteiros da programação, o processo de edição do projeto audiovisual, bem como os procedimentos necessários para a personalização e publicação dos conteúdos na plataforma. Para a produção, foram utilizados gravadores de áudio, câmera semiprofissional, tripé e microfone de lapela para o registro do material. Foram desenvolvidas ainda as identidades visuais do programa, do canal e das redes sociais. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span class="quatro"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">De início, após uma reunião de possíveis pautas, foram elencados diversos conteúdos que seriam abordados em cada edição do programa. Entre eles estão: mulheres que exercem profissões antes consideradas masculinas, a luta diária das mulheres dependentes do álcool pela sobriedade, a experiência de mulheres que receberam o diagnóstico de câncer, e as mulheres que optaram pela adoção. Após escolher as pautas, foi preciso definir as fontes jornalísticas, neste projeto, as fontes individuais, pessoas que representam a si mesmas, conhecidas por humanizar a narrativa jornalística, passaram por um processo de seleção. Já as fontes oficiais, alguém em função ou cargo público, que se pronuncia por órgãos mantidos pelo Estado, e as fontes especializadas, pessoas de notório saber específico, foram eleitas após pesquisa com base em fatores básicos como interesse em contribuir com o material e a disponibilidade de horários. Os instrumentos mínimos necessários na produção do projeto experimental aqui proposto, eram uma câmera semiprofissional, para gravar as imagens de apoio e entrevistas; um gravador de voz ligado ao microfone lapela, para captar o áudio e garantir um som nítido e claro; um tripé, para estabilizar a câmera; e um software de edição não-linear, para o processo de corte e montagem dos áudios e imagens obtidos durante as gravações. 5.1 Identidades visual e sonora Quando organizados e dispostos sistematicamente, os elementos visuais traduzem e refletem a personalidade de um nome, ideia, produto ou serviço. Segundo Strunck (2001, p. 68) "em termos de comunicação, as identidades visuais têm dotes e virtudes incomparáveis. Servindo para diferenciar as marcas, os elementos institucionais são a síntese visual de suas personalidades para seus consumidores". Da mesma forma que o visual, os sons também são importantes elementos de identidade. Nascimento (2013, p. 53) explica que, ao serem aplicados no design de uma marca, "os sons podem dizer de forma clara e rápida qual é a função daquele objeto". Tendo em vista a relevância destes aspectos na criação de um produto audiovisual, o logotipo, as cores, os símbolos, as trilhas sonoras, a vinheta e o vídeo de abertura foram pensados com o intuito de transmitir a ideia central do produto. Este processo está detalhado nos itens a seguir. 5.1.2 Logotipo O logotipo é a assinatura de uma empresa, marca ou produto, que se identifica através de símbolos e letras com design característicos. Deste modo, foram utilizados no projeto aqui proposto, símbolo, fontes e cores associados à temática do programa, conforme a Figura 1. Figura 1  Logotipo criado para o programa "O que elas dizem" Os balões de diálogo em destaque no logotipo fazem referência às falas das personagens e traduzem o objetivo do produto, dar voz às mulheres. Quanto à tipografia, foram escolhidas fontes com serifa, aquelas que possuem traços rematando as hastes das letras. Na palavra "elas", foi empregada a fonte Chapaza Italic. A variação de tamanho evidencia o público para qual o produto é destinado. Nos demais termos, "o que" e "dizem", foi adotada a fonte Postface, privilegiando o uso das letras em caixa alta, para tornar o conjunto mais coeso e harmonioso. Farina (2006, p. 129) afirma que "a cor é o elemento de código visual, com maior poder de comunicação, de forma autônoma. Ou seja, independentemente do espaço onde é aplicada, das formas que a contenham, a cor, por si só, comunica e informa". Assim, para compor o logotipo do programa, foram utilizadas matizes do violeta, com um toque de verde. Heller (2007) adverte que justamente essas cores se tornaram símbolo do movimento feminista no início do século XX, na Inglaterra, quando as mulheres lutavam pelo direito ao voto. No ano de 1908, a inglesa Emmeline Pethick-Lawrence popularizou três cores como símbolo do movimento feminino: violeta, branco e verde. Sua explicação: "O violeta, como cor dos soberanos, simboliza o sangue real que corre pelas veias de cada mulher que luta pelo direito ao voto, simboliza sua consciência da liberdade e da dignidade. O branco simboliza a honestidade na vida privada e na política. O verde simboliza a esperança de um recomeço" (HELLER, 2007, p.379). Além do logotipo, as cores também foram utilizadas nos demais elementos gráficos presente nos vídeos. Dessa vez, apenas alterando as letras para a cor preta e fundos em branco, uma combinação que equilibra a visualização e torna os textos mais legíveis. 5.1.3 Trilha sonora De acordo com a Lei nº 9.610, de 19 de fevereiro de 1998, que regula os direitos autorais, é proibida a reprodução parcial ou integral de qualquer obra sem a autorização prévia e expressa do autor. Essa regra também se aplica ao conteúdo disponibilizado no YouTube. Por isso, todos os vídeos enviados passam por uma espécie de análise comparativa. Caso seja identificada equivalência entre arquivos protegidos, o material é removido automaticamente, conforme as exigências da lei. Por esse motivo, a plataforma criou uma biblioteca de áudio gratuita. Nela é possível fazer download de músicas e efeitos sonoros com alta qualidade e isentos de direitos. Ao todo, são mais de 150 mil faixas de áudio, segmentadas em gênero, humor e instrumento. 5.1.4 Vinheta Ao longo dos anos, com a profissionalização da TV e o desenvolvimento da computação gráfica, a vinheta ainda é um instrumento de divulgação do nome do programa, só que com elementos bem mais incrementados. Mais que um suporte de divulgação, a vinheta tem "um importante papel no estabelecimento das marcas que divulga, como uma espécie de embalagem que, por seus atributos e estratégias, é capaz de seduzir e conquistar o consumidor  o telespectador no nosso caso" (SCHIAVONI, 2011, p.19). Atualmente, as linguagens visuais e sonoras das vinhetas são usadas como estratégia de autorreferencialidade. Nas imagens, por exemplo, os logotipos fazem referência ao programa; já os jingles e músicas são utilizados estrategicamente como elementos de identidade que, por persistirem no ar, são facilmente lembrados pelos telespectadores. 5.1.5 Teaser O teaser, do inglês "aquele que provoca", é uma técnica usada em campanhas de marketing para chamar atenção do público e causar expectativas ao anunciar o lançamento de um novo produto. No jornalismo, o termo se refere à pequena chamada gravada pelo repórter e exibida na escalada do telejornal ou durante a programação da emissora para preparar a audiência para o telejornal. Conforme Paternostro (2006, p. 222), o teaser também "pode ser somente de imagem, quando esta justifica por ser exclusiva ou "quente" ou porque chama a atenção do espectador para a matéria que irá ao ar durante o telejornal". 5.1.6 Suporte Optou-se pela hospedagem dos vídeos na plataforma YouTube, pois, além de oferecer serviço gratuito para criação e manutenção do canal, o site permite o carregamento e compartilhamento de vídeos em formatos digitais. A tecnologia de reprodução dos vídeos do YouTube é baseada no Adobe Flash Player, que permite a visualização de vídeos com qualidade comparável a outras ferramentas bem estabelecidas no mercado, como o Windows Media Player, QuickTime e RealPlayer. Outra vantagem é que todo material encontrado no YouTube pode ser disponibilizado em blogs e sites pessoais, através de mecanismos de incorporação desenvolvidos pela página. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify">Ao longos dos anos, a mulher ocupou um papel secundário, inferior e subalterno, imposto por uma sociedade historicamente conservadora. Em sua pesquisa iconográfica intitulada Mulher de Papel (2009), Buitoni relata que durante muito tempo as mulheres se viram pouco representadas pela imprensa feminina brasileira. [& ] quase não vi a mulher com quem se cruza na rua [& ]. Não vi a funcionária dos correios do século passado, não vi a bancária de hoje. Nem eu me vi. Às vezes, vislumbrei uns rostos de carne e osso, que se perdiam ao virar das páginas. Queria ter encontrado mais mulheres de verdade na imprensa feminina brasileira (BUITONI, 2009, p.5). Mas, felizmente, após tantas lutas, tentativas de mudanças e algumas conquistas significativas, as mulheres estão ocupando cada vez mais o seu espaço, e a mídia deveria ser uma ferramenta fundamental para fomentar debates e discussões sobre o seu empoderamento e representatividade. Nesse contexto, o programa "O que elas dizem" nasce para dar voz às mulheres comuns, aquelas que circulam anônimas pelas ruas da cidade. Para a idealização desse projeto-piloto, no qual mulheres contribuíram de diversas maneiras com a programação, utilizou-se uma plataforma nova e funcional, que permitirá avaliar o feedback dos usuários por meio dos comentários e botões de satisfação. Desta forma, será possível analisar os dados positivos ou negativos do programa e ainda conhecer os elogios, as críticas e as sugestões do público. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2">BARROS, Aidil de Jesus Paes de; LEHFELD, Neide Aparecida de Souza. Projeto de Pesquisa: propostas metodológicas. Petrópolis: Vozes, 2012.<br><br>BURGESS, Jean e GREEN Joshua. Youtube e a Revolução Digital: Como o maior fenômeno da cultura participativa transformou a mídia e a sociedade. São Paulo: Aleph, 2009.<br><br>BUITONI, Dulcília Schroeder. Mulher de papel: a representação da mulher pela imprensa feminina brasileira. São Paulo: Summus, 2009.<br><br>FARINA, Modesto. Psicodinâmica das cores em comunicação. São Paulo: Editora Edgard BlucherLtda, 5ª edição ver. e ampl. 2006. <br><br>FERRARI, Pollyana. Jornalismo Digital. São Paulo: Contexto, 2006.<br><br>HELLER, Eva. A Psicologia das Cores: como as cores afetam a emoção e a razão. São Paulo: Gustavo Gili, 2013.<br><br>GIL, Antônio Carlos. Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. São Paulo: Atlas, 2009. <br><br>MARCONDES FILHO, Ciro. A saga dos cães perdidos. São Paulo: Hacher, 2000. <br><br>NASCIMENTO, Guto. Music Branding: Qual o som da sua marca? - Rio de Janeiro: Elsevier, 2013.<br><br>PATERNOSTRO, Vera Íris. O texto na TV: manual de telejornalismo. Rio de Janeiro: Elsevier, 2ª edição rev. e atualizada, 2006.<br><br>SCHIAVONI, Jaqueline Esther. Vinheta: uma questão de identidade na televisão. 2008. 130 f. Dissertação (Mestrado em Comunicação Midiática) - Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho  Campus Bauru, São Paulo, 2008.<br><br>STRUNCK, Gilberto. Como criar identidades visuais para marcas de sucesso. Rio de Janeiro: Rio Books, 4ª edição, 2012.<br><br> </td></tr></table></body></html>