ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XIX Congresso de Ciências da Comunicação na Região Nordeste</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span class="quatro"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;01048</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;PT</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;PT03</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;Vem cá cúria: um olhar fotográfico sobre o grupo de dança popular Kizomba</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Edmara Silva da Silva (Universidade Federal Do Maranhão); Natalia Catherine Moura Ferreira (Universidade Federal Do Maranhão); Jordana Fonseca Barros (Universidade Federal Do Maranhão)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;Fotografia, Movimento, Estética, Dança Popular, Memória</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O presente trabalho tem como objetivo apresentar por meio da fotografia artística o cacuriá, dança típica do estado do Maranhão praticado pelo grupo Kizomba, da cidade de Imperatriz. Este trabalho foca na narrativa visual como meio de documentar e registrar toda a estética e singularidades que o grupo representa durante as apresentações da dança, e assim demonstrar por meio da imagem toda a sensualidade e dinâmica encontradas nesse ritmo, além de contribuir para a preservação da dança na cidade. O ensaio fotográfico a ser apresentado foi resultado de uma cobertura das apresentações do grupo de danças Kizomba no período de 2015 e 2016. Ele foi produzido por discentes do curso de Jornalismo como parte de conclusão do curso de Comunicação Social com habilitação em Jornalismo, da Universidade Federal do Maranhão (UFMA). </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O ensaio fotográfico foi produzido como parte do trabalho de conclusão do curso de Comunicação Social com habilitação em Jornalismo, da Universidade Federal do Maranhão (UFMA). O objetivo do produto é retratar por meio da imagem a dança popular de Imperatriz. Dentre os grupos selecionados para compor o trabalho, o grupo Kizomba foi um dos escolhidos por atuar na cidade e região com apresentações de danças populares. Criado em 1997, após promover um espetáculo com o foco nas tradições culturais da região maranhense em uma Feira de Ciências do Centro de Ensino Jonas Ribeiro, o grupo Kizomba atualmente é composto por trinta brincantes, incluindo bailarinos, músicos e vocais sob a liderança da professora Maria do Amparo. A cultura é uma das bases de uma sociedade, contempla tudo que diz respeito aos interesses do homem, sendo fundamental a sua preservação e manutenção. Chauí (2004, p, 376) explana que a  cultura é a maneira pela qual os humanos se humanizam por meio de práticas que criam a existência social, econômica, política, religiosa, intelectual e artística . Muitas vezes com o decorrer do tempo partes de uma cultura podem se perder ou serem esquecidas, já que a única forma de manutenção é feita por membros da comunidade. O grupo de danças Kizomba trabalha com a cultura local, dando enfoque para as danças populares. O presente trabalho se propõe a auxiliar na preservação dos segmentos da cultura de dança em Imperatriz por meio do ensaio fotográfico, pois por meio dela é possível "guardar" e apresentar posteriormente como eram feitas essas manifestações fazendo da fotografia uma fonte de informação. O ensaio fotográfico permite um registro mais detalhado, por usar as imagens como principal forma de comunicação para construir uma narrativa presente. A imagem ganha destaque transmite ao expectador uma noção rica de detalhes da situação em que foi feita. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O trabalho tem como objetivo destacar a dança popular da cidade de Imperatriz-MA, utilizando a fotografia enquanto suporte de divulgação. Por meio das imagens busca-se oferecer ao leitor uma forma de visualizar e compreender em um primeiro momento como a dança é praticada durante as apresentações, dando uma contextualização do tema a ser apresentado, realçando as cores, os movimentos e a alegria de cada dançarino. O registro fotográfico da dança do cacuriá praticada pelo grupo Kizomba irá oferecer uma perspectiva diferenciada sobre a dança, possibilitando uma melhor compreensão das singularidades encontradas nos passos. Ela possibilita a preservação da memória local, já que a imagem possibilita documentar e retratar o lugar e seus personagens, contribuindo dessa forma para valorização da cultura regional. Além de expressar de uma maneira singular e ao mesmo tempo forte a essência da dança, os sentimentos e emoções presentes durante as apresentações da dança, a imagem também proporcionar a divulgação do estilo para outras regiões. Por meio das imagens será possível informar as facetas da dança, contribuindo assim para divulgação de uma cultura que tem suas cores, sua música e batuques. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">As danças em Imperatriz ainda é uma temática pouco explorada nos estudos locais. O curso de Comunicação Social - Jornalismo da Universidade Federal do Maranhão, Campus Imperatriz tem suas pesquisas voltadas, principalmente, em monografias, dessa forma, é pertinente o desenvolvimento de produtos que ofereçam um novo olhar sobre este tipo de manifestação cultural, para assim compreendermos as singularidades de cada ritmo. Além disso, Imperatriz carece de trabalhos que ajudem a construir uma  cultura da memória na cidade, visto que os museus, acervos encontrados na cidade não possuem muitos registros sobre esse tema. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Para realizar o presente trabalho foram feitas pesquisas bibliográfica e documental com o objetivo de contextualizar o que é fotografia e sobre o tema e a dança praticada pelo grupo Kizomba, o cacuriá. Por meio da pesquisa bibliográfica foi dado um enfoque para a temática de memória, cultura popular e documentação. Após o levantamento do material disponível foi realizada a pesquisa documental no intuito de encontrar mais informações sobre a temática para uma melhor elaboração do produto, para isso foram utilizados: jornais e revistas. A partir disso foi feita a escolha o grupo Kizomba para o ensaio fotográfico. O grupo atua há quase duas décadas na cidade e tem como destaque a dança do cacuriá, uma dança maranhense. Para melhor conhecer o grupo, e consequentemente a dança, utilizamos da técnica de entrevista, ela auxiliou no desenvolvimento das fotografias. A entrevista representa uma técnica de coleta de dados diretamente com a pessoa, no sentido de se inteirar de suas opiniões em determinado assunto, o tipo entrevista aplicada foi a aberta. Duarte expõem as vantagens desse tipo: Desta maneira, a resposta a uma questão origina a pergunta seguinte e uma entrevista ajuda a direcionar a subsequente. A capacidade de aprofundar as questões a partir das respostas torna este tipo de entrevista muito rico em descobertas (DUARTE, 2006, p. 65). Esse tipo de entrevista promoveu uma maior aproximação com os membros de cada grupo, que compartilharam o conhecimento detalhado de como funcionava o grupo, sua organização e suas singularidades. Após essa primeira etapa da pesquisa, obtenção de dados e análises do material, acompanhamos o grupo durante o período de ensaio em maio de 2015. Os ensaios serviram para compreender como os dançarinos se organizavam, a sincronia entre os músicos e os dançarinos, toda a dinâmica na hora das apresentações, a simbologia dos passos, e assim entender a rotina deles. O registro das apresentações trouxe novas possibilidades de criação e crescimento na área fotográfica. Cada apresentação ocorreu em condições diferente, vários locais com pouca iluminação ou espaço muito pequeno, o que demandou a adaptação das fotógrafas. Para não atrapalhar a apresentação dos dançarinos optou-se por evitar os usos de rebatedores e flash. O período de captação do material fotográfico ocorreu principalmente nos meses de maio e junho de 2015 e 2016 por conta das festividades do período junino, época de pico de apresentações do grupo. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span class="quatro"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O ensaio fotográfico artístico é composto por dez fotos, feitas durantes as apresentações do grupo Kizomba na cidade de Imperatriz. O cacuriá é uma dança sensual em um ritmo lento, existe a interação de corte entre os dançarinos com troca de olhares que dão o ritmo tão marcante durante as apresentações. Os homens ficam de joelho ou acocorados e a as mulheres rodam na frente deles cada um encanta o seu parceiro. A composição da foto se torna bela devido à forma das saias esvoaçante as cores e o local em ambiente aberto durante as apresentações, faz a imagem ser ao mesmo tempo bela e intensa, onde observamos o gesto das mãos dos dançarinos. O equipamento utilizado foi uma câmera Nikon D3200 e uma Canon T3, as imagens foram feitas durante as apresentações, foram trabalhados enquadramentos, ângulos e a luz natural de cada ambiente. Tivemos que nos adaptar a cada cenário de apresentações, muitas vezes com pouca luz e espaço reduzido. Jorge Pedro de Sousa destaca que a: Sensibilidade, capacidade de avaliar as situações e de pensar na melhor forma de fotografar, instinto, rapidez de reflexos e curiosidade são traços pessoais que qualquer fotojornalista deve possuir, independentemente do tipo de fotografia pelo qual enverede (SOUSA, 2002, p.9). As fotos foram feitas durante as festividades juninas, que ocorrem entre os meses de junho e julho, dos anos de 2015 e 2016. Foram tirada cerca de mil fotografias, incluindo fotos feitas durantes os ensaios do grupo, e dentre estas, dez fotos foram selecionadas para o produto final. A organização das fotos foi feita de forma a narrar a dança do cacuriá. Com duração média de trinta a quarenta minutos, a dança feita em casais é cheia de referências e imitações de animais, ou uma roda animada. O principal objetivo do trabalho era construir uma narrativa visual da dança por meio das fotografias, a organização das fotos começa com o agradecimento e oferecimento da dança ao Divino Espírito Santo, toda a dinâmica dos dançarinos, além de destacar o balançar das saias tão marcante nas apresentações. A proposta é que ao observarmos o ensaio, o público possa ser levado a toda a alegria da dança, o conjunto delas auxilie nessa leitura visual, para isso foram utilizados diferentes planos na hora do enquadramento como podemos observar na primeira fotografia do ensaio feita em plano geral, justamente para ambientar o público durante a leitura das imagens. Também foram utilizados o plano médio, como forma de destacar os dançarino e as expressões durante a dança. Algumas fotografias mostra a interação entre os parceiros com o com o balançar das saias, a imagem se torna bem significativa pela expressão e emoção transmitida pelos dançarinos. Durante a produção do ensaio tivemos o cuidado de preservar e registrar a espontaneidade dos dançarinos, procuramos usar métodos e técnicas que mostrassem a interação feita entres os dançarinos e com o local de cada apresentação. Um dos focos era justamente mostrar com a imagem a riqueza de detalhes presente na dança, o rebolado dos dançarinos, os risos e a sensualidade tão marcantes nesse ritmo maranhense. As imagens são todas coloridas para mostrar toda a energia dos figurinos, todos em tons quentes inspirando a paixão pela dança, pelo ritmo e pela cidade de Imperatriz.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify">A produção do ensaio sobre o grupo de danças populares Kizomba se deu pelo desejo de retratar e mostrar a beleza desse ritmo aqui praticado, o cacuriá, uma importante dança do estado do Maranhão, que narra em seus passos partes da nossa cultura. Queríamos trazer a tona uma reflexão sobre esse patrimônio da cultura da cidade, por meio do registro fotográfico dos ângulos, planos, mostrar a beleza artística e informativa presente na dança e todo o seu valor e toda a sua riqueza para cultura. A fim de destacar a estética encontrada nos movimentos dos dançarinos foi feito uma junção das características da fotografia jornalística e da artística para transmitir ao público toda a expressividade encontrada nas apresentações. Trazendo, assim, a reflexão a partir do ensaio fotográfico sobre as possibilidades de comunicação na linguagem fotojornalística por meio de ângulos e enfoques tendo como base as técnicas fotográficas artísticas e auxiliando na memória de preservação das danças. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2">CHAUI, Marilena. Convite a Filosofia. Ática, São Paulo. 2000. Disponível em: <http://home.ufam.edu.br/andersonlfc/Economia_Etica/Convite%20%20Filosofia%20-%20Marilena%20Chaui.pdf> Acesso em: 20 dez. 2016.<br><br>DUARTE, Jorge. Entrevista em profundidade. In: DUARTE, Jorge; BARROS, Antônio (Orgs.). Métodos e técnicas de pesquisa em comunicação. São Paulo: Atlas, 2006. p. 62-83.<br><br>SOUSA, Jorge Pedro. Fotojornalismo: Introdução à História, às Técnicas e à Linguagem da Fotografia na Imprensa. Florianópolis, Letras Contemporâneas, 2002.<br><br> </td></tr></table></body></html>