ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XIX Congresso de Ciências da Comunicação na Região Nordeste</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span class="quatro"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;01057</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;JO</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;JO15</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;Radiodocumentário:  Temo que preservar o rio. Temo que limpar o rio Capibaribe </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;RAFAEL CARLOS DOS SANTOS (CENTRO UNIVERSITÁRIO MAURÍCIO DE NASSAU); André Felipe Cavalcanti Ferreira (CENTRO UNIVERSITÁRIO MAURÍCIO DE NASSAU); Jetro José de Rocha (CENTRO UNIVERSITÁRIO MAURÍCIO DE NASSAU); Gustavo Carvalho da Costa (CENTRO UNIVERSITÁRIO MAURÍCIO DE NASSAU); Roberta Gabriela Bento da Silva (CENTRO UNIVERSITÁRIO MAURÍCIO DE NASSAU); José Eduardo Silva Santos (CENTRO UNIVERSITÁRIO MAURÍCIO DE NASSAU)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;Capibaribe, poluição; , rádio; , radiodocumentário; , rio</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O radiodocumentário:  Temo que preservar o rio. Temo que limpar o rio Capibaribe traz a dura realidade enfrentada por um dos rios mais importantes de Pernambuco, o Capibaribe. O trabalho realizado por graduandos do 7º período dentro da disciplina Radiojornalismo II mostra o potencial do rio e as pessoas que lutam e dependem dele para sustentar suas famílias. O projeto desperta a conscientização ambiental na comunidade e proporciona aos alunos uma atividade prática complementando seus aprendizados teóricos absorvidos na academia. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Cortando 42 municípios pernambucanos, o Rio Capibaribe é o mais importante do estado. De acordo com a Agência Pernambucana de Águas e Clima (APAC), sua bacia apresenta uma área de 7.454,88 km², ou seja, 7,58% da área do estado. Com nascente na divisa entre os municípios de Jataúba e Poção no Agreste pernambucano, o rio passa por cidades importantes como Santa Cruz do Capibaribe, Toritama, Surubim e no Recife, sua foz. O trabalho focado na Capital do Estado visa mostrar justamente um dos pontos onde o Rio Capibaribe mais sofre. O radiodocumentário:  Temo que preservar o rio. Temo que limpar o rio Capibaribe , mostra que, mesmo com tantas dificuldades e remando contra a maré, existem pessoas lutando por condições melhores e que dependem do rio para sobreviver tirando o sustento diário da família. O grupo composto por cinco alunos, todos do sétimo período do curso de Jornalismo no Centro Universitário Maurício de Nassau, foi dividido entre produtores, editores de texto e áudio e repórteres. O processo de criação passou desde reuniões prévias para escolha do tema e forma de abordagem, até encontros periódicos para acompanhamento do desenvolvimento do trabalho prático. Durante todas as etapas de criação do conteúdo foram repassadas situações que os profissionais se deparam no mercado de trabalho, como busca por fontes, agendamentos de entrevistas e gravações das mesmas, reproduzindo um cenário idêntico ao encontrado nos veículos de comunicação. Com todo o material finalizado, fica notório o avanço e domínio de técnicas importantes, não só para o rádio, mas para o jornalismo como o todo. Além disso, cada membro do grupo se torna um agente multiplicador das causas ambientais, conhecendo a fundo uma temática de relevância indiscutível para a sociedade.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Realizar um radiodocumentário abordando a temática ambiental e social, mostrando as pessoas que dependem do rio e lutam por ele. Durante o radiodocumentário serão apresentados membros de uma organização não governamental, a ONG Recapibaribe, que há mais de 20 anos trabalha com ações de requalificação e conscientização ambiental para com o rio, além do olhar de uma pescadora, e de um dos órgãos oficiais responsáveis pelo monitoramento das águas e realização de ações no rio Capibaribe, a Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH). Trazer à tona uma discussão de todos, afinal, diariamente os problemas hídricos, ambientais e sociais se mostram cada vez mais interligados e, infelizmente, em pleno agravamento de uma situação negligenciada pelas autoridades. Durante o processo de construção do radiodocumentário foram adotados todos os métodos exigidos dentro de uma emissora, respeitando-se todas as etapas. Além do conteúdo teórico referenciado em sala de aula, os alunos conseguiram assimilar, em campo, todas as dificuldades que este ambiente proporciona. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O rio Capibaribe é o mais importante de Pernambuco. São 240 quilômetros que percorrem o Estado desde o agreste, até a capital. Ao todo, são 13 reservatórios com capacidade acima de 1 milhão de metros cúbicos. O crescimento populacional e a ocupação desordenada às margens do Capibaribe ficam ainda mais evidentes quando ele corta áreas urbanas. Segundo o Projeto de Sustentabilidade Hídrica (PSHPE), Pernambuco é o estado do País onde há mais escassez de recursos hídricos. O formato alongado partindo de leste para o oeste colabora com o cenário desfavorável, apresentando dois climas opostos: no litoral o clima é classificado como quente e úmido, e no interior  89% do território total  como semi-árido. Utilizar a força da mídia e o grande alcance do rádio nessas regiões é de suma importância para conscientização da população ribeirinha, assim como das pessoas que não estão diretamente ligadas ao rio, mas precisam desenvolver a responsabilidade socioambiental. Luiz Artur Ferraretto, no livro Rádio Teoria e Prática (2014) o alcance do rádio hoje vai muito além do aparelhinho já conhecido e convencionado pela grande maioria. Desde os anos 1990, o meio também se amalga à TV por assinatura, seja por cabo ou DTH (direct home); ao satélite, em uma modalidade paga exclusivamente dedicada ao áudio ou em outra, gratuita, pela captação via antena parabólica de sinais sem codificação de cadeias de emissoras em AM ou FM; e à internet, onde aparece com a rede mundial de computadores, ora substituindo as funções das antigas emissões em OC, ora oferecendo oportunidade para o surgimento de estações on-line, ora servindo de suporte a alternativas sonoras como o podcasting. (LUIZ ARTUR FERRARETTO, 2014, p. 15). Além de mostrar a realidade do principal rio pernambucano, o radiodocumentário permite que, com a força e credibilidade do radiojornalismo, a grande massa venha a ser atingida por um uma temática de grande relevância. Além disso, todo o trabalho de pesquisa realizado pelos membros da equipe, desde as visitas de campo à ONG Recapibaribe, à Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH), e na conversa com as comunidades ribeirinhas, fizeram do processo construtivo um grande aprendizado para ambos os lados. Publicizar as ações da ONG Recapibaribe para atrair novos voluntários e colaboradores visando a manutenção do projeto que atualmente é mantido apenas por verbas dos próprios fundadores e pequenas doações pontuais de frequentadores do Capibar, bar que fica na sede da organização. Incluir temas como esse na agenda de discussão incentiva as pessoas a conhecerem mais a fundo o assunto tornando-as agentes multiplicadores. Como diz Maxwell McCombs, um ser sem orientação pode não demonstrar interesse por determinado tema. A ideia da necessidade por orientação consiste em dois componentes: o primeiro é a relevância e o segundo a certeza. Se a pessoa não considera um tópico relevante, obviamente ela não precisará de orientação. Então, em relação a muitos tópicos nas notícias, as pessoas não as consideram particularmente interessantes, porque não têm necessidade por orientação, prestando assim muito pouca atenção a essa notícia. (MAXWELL MCCOMBS EM ENTREVISTA À REVISTA BRASILEIRA DE CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO 2008, 31. p. 207)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Inicialmente foram escolhidos os alunos que iriam formar o grupo de acordo com a afinidade pelo tema e abordagem. Em seguida todos os membros iniciaram o trabalho de pesquisa de campo e possíveis fontes, onde foram alinhados também suas respectivas funções de produtor, editor de texto, editor de áudio e repórter. Na etapa seguinte foi definida a modalidade de radiodocumentário por conseguir passar com maior precisão a ideia central do trabalho, desenvolvendo assim um cronograma de ações e delimitando o tempo para cada etapa do desenvolvimento do projeto, assim como confirmação das fontes Para  dar voz ao rio Capibaribe foram escolhidos os fundadores da Organização Não Governamental Recapibaribe, André Cantanhede e Socorro Cantanhede, que há mais de 20 desenvolvem trabalhos de conscientização socioambiental voltadas para a população geral, com palestras em escolas, empresas, instituições religiosas e na própria sede do projeto, localizada no bairro de Casa Forte, às margens do rio Capibaribe, onde também são realizadas ações com os ribeirinhos e pescadores. O olhar da pescadora Edileuza Silva Nascimento, 61 anos, moradora da comunidade de Brasília Teimosa, Zona do Sul do Recife, também será apresentado. Desde os quatro anos de idade, a mulher conhecida como  Leu, mulher guerreira , saía para pescar com a mãe. A Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH) traz seu posicionamento na fala da diretora-presidente do órgão, a engenheira civil, Simone Souza. O repórter tinha a sua disposição um gravador de voz digital Sony, um microfone, cartão de memória para armazenamento dos arquivos de áudio e um notebook para descarrego dos arquivos. Após todo o processo de apuração e descarrego dos arquivos, as sonoras captadas foram decupadas para escolha dos trechos que seriam utilizados na montagem do off e amarração das diversas histórias e pontos de vistas apresentados no radiodocumentário. A etapa seguinte consistiu na aprovação do off escrito pelo repórter por parte do editor de texto e, seguindo o cronograma, início das edições do áudio de acordo com as técnicas apresentadas em sala de aula, mencionadas na disciplinas de Rádiojornalismo II, processo realizado pelos próprios alunos utilizando notebook e programa de edição de áudio Audacity e revisão por parte do orientador do projeto. Passada toda etapa de decupagem e revisão dos textos e sonoras que iriam compor o radiodocumentário foi dado início a etapa final de edição, seguindo o roteiro pré-estabelecido, com a inclusão de efeitos sonoros e trilha. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span class="quatro"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Este trabalho é resultado da execução do projeto Radiodocumentário:  Temo que preservar o rio. Temo que limpar o rio Capibaribe , que está disponível no perfil do SoundCloud de Rafael Santos, membro do grupo. Com a finalidade de mostrar a importância do Capibaribe para a população que depende diretamente e indiretamente do rio das capivaras e também chamar atenção para os impactos econômicos, culturais e ambientais que a degradação das águas vem causando nas cidades por onde passa o majestoso, o radiodocumentário foi desenvolvido principalmente para alertar e, quem sabe, sanar alguns problemas que insistem em acontecer contra o rio e suas afluentes, provocando interesse do público em geral por um tema que consideramos pertinente, assim como Maxwell McCombs sugere na teoria do agendamento. Iniciando pela definição básica do Agenda-setting, os elementos das notícias, freqüentemente, tornam-se proeminentes na mente do público. As notícias advindas da mídia tornam-se de grande interesse para o público. (MAXWELL MCCOMBS EM ENTREVISTA À REVISTA BRASILEIRA DE CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO 2008, 31. p. 205) No Recife, em especial, o Capibaribe oferece alguns tipos de exploração, que provam que é possível extrair benefícios sem poluir ou prejudicar o grandioso, como o negócio particular Catamarã Tours, que promove passeios de Catamarã pela Veneza brasileira e o programa Rios da Gente, que foi anunciado em 2012 e visava um projeto de navegabilidade que incluía, além da drenagem, a implantação de sete estações fluviais - infelizmente, o programa, que estava previsto para ser entregue na Copa de 2014, foi incorporado à lista de obras paradas do Tribunal de Contas do Estado (TCE). O radiodocumentário ainda apresenta a história de vida de uma personagem que pesca desde os quatro anos e depende do Capibaribe, Dona Leu. Também trouxemos a história de um casal, Dona Socorro e André Cantanhede, que tem como principal causa a luta pelo rio. Para embasar, conversamos com a presidente da Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH). </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify">A proposta central do radiodocumentário 'Temo que preservar o rio. Temo que limpar o rio Capibaribe' vai além da divulgação da atual situação do histórico rio Capibaribe que, em suas áreas urbanas, viu as cidades crescendo engolindo aquela que por muito tempo foi a principal fonte de renda de grande parte da população ribeirinha. Personagens como os apresentados na construção deste trabalho, mostra o quanto o rio é importante para as cidades que corta, criando uma relação íntima, mas, ao mesmo tempo, sendo negligenciado pelos órgãos competentes. A construção do radiodocumentário propicia ainda aos seus idealizadores uma vivência real e pratica das etapas necessárias para veiculação de um material radiofônico com cunho socioambiental. Desde os processos preliminares, com reuniões de pauta, escolha e definição do tema, levantamento das fontes e até as divergências dentro do próprio grupo que terminam contribuindo positivamente para o resultado final. Se aproximar das pessoas, da comunidade ribeirinha, acompanhar a rotina de uma pescadora e presenciar que, além das dificuldades diárias da dura  porém prazerosa  profissão, aqueles que dependem de alguma forma do rio Capibaribe para sobreviver estão vendo seu sustento cada dia mais escasso. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2">DA SILVA JUNIOR, José Afonso, PROCÓPIO, Pedro Paulo e DOS SANTOS MELO, Mônica. Um Panorama da Teoria do Agendamento, 35 anos depois de sua formulação. Intercom - Revista Brasileira de Ciências da Comunicação, São Paulo, Brasil. vol. 31, núm. 2, jul-dez, 2008. Disponível em: http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=69830990011 Acesso em: 26 abr. 2017.<br><br>FERRARETTO, Luiz Artur. Rádio: Teoria e Prática. São Paulo: Summus, 2014. 15 p. <br><br>RIBEIRO DE MENDONÇA, Emmanuele. A CIDADE NO RIO: conflitos socioambientais na área estuarina do rio Capibaribe, Pernambuco, Brasil. Recife, 2012. Disponível em: http://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/10580 Acesso em: 8 abr. 2017. <br><br> </td></tr></table></body></html>