ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XIX Congresso de Ciências da Comunicação na Região Nordeste</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span class="quatro"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;01106</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;PT</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;PT01</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;Entre Ritmos: Concepção e produção do fotodocumentário sobre os grupos de dança popular em Imperatriz</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Natalia Catherine Moura (Universidade Federal Do Maranhão); Edmara Silva da Silva (Universidade Federal Do Maranhão); Jordana Fonseca Barros (Universidade Federal Do Maranhão)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;Cultura, Dança popular, Edição gráfica, Fotodocumentário , Fotografia</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Este trabalho apresenta a concepção e produção gráfica do livro "Entre Ritmos: Um fotodocumentário sobre os grupos de dança popular em Imperatriz", produzido em 2016 como Trabalho de Conclusão de Curso, na Universidade Federal do Maranhão. O fotodocumentário permite um registro mais detalhado, por usar as imagens como principal forma de comunicação. O trabalho auxilia com o processo de preservação, além de contribuir de forma significativa para a cultura da cidade de Imperatriz - MA. O layout explora a construção narrativa a partir das fotografias de quatro grupos de dança: Kizomba, Sotaque de Imperatriz, Boi Vitória e Batalhão Real. No total, foram 135 fotos coloridas divididas em quatro capítulos em 76 páginas. Os elementos gráficos - imagens, textos e fontes tiveram a intenção de criar uma estética que envolvesse o leitor com as apresentações.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O fotodocumentário "Entre Ritmos" foi o trabalho de conclusão do curso de Comunicação Social com habilitação em Jornalismo, da Universidade Federal do Maranhão (UFMA). O objetivo do livro foi retratar por meio da imagem os grupos de dança popular: Kizomba, Companhia de Sotaque de Imperatriz, Boi Vitória e Grupo Batalhão Real, que realizam apresentações na cidade de Imperatriz e região. A identidade cultural de uma região é uma junção de características que influenciaram ao longo de sua formação, costumes herdados ao longo do tempo que são utilizadas para expressar e manifestar alegria, socialização, que são passados de geração a geração como uma herança cultural. Segundo informações da publicação de 2007, "Patrimônio cultural imaterial: para saber mais", do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), existem duas formas de se classificar a cultura: material, que são monumentos, obras de arte, literárias, e a imaterial, como festas, músicas e danças, os folguedos, linguagem de um grupo social, como as dos indígenas. Esta também auxilia na união, através dos costumes compartilhando dando assim sentido de pertencimento por ser coletivo. Muitas vezes, com o decorrer do tempo, partes de uma cultura, principalmente a imaterial, pode se perder ou ser esquecida. Cuidar e manter esse segmento é fundamental, já que assim estaremos garantindo que eventos da nossa cultura tenham continuidade. O Iphan destaca que a preservação desse tipo de bem leva em consideração cuidar dos processos, a valorização dos saberes e os conhecimentos das pessoas. Por esta razão, o fotodocumentário "Entre Ritmos" se propôs a documentar os grupos regionais e, assim, contribuir para a missão dessa tradição cultural artística da cidade de Imperatriz. Além de oferecer uma perspectiva diferenciada sobre este tipo de manifestação cultural, possibilitando uma melhor compreensão das singularidades de cada ritmo.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O intuito do projeto gráfico do livro é proporcionar ao leitor um mergulho ao ambiente das apresentações dos grupos de dança e, ao mesmo tempo, conhecer cada singularidade de cada ritmo dançado pelos bailarinos. É por meio de imagens que o leitor pode visualizar e compreender em um primeiro momento como a dança é praticada durante as apresentações, e se encantar com os movimentos e a alegria de cada integrante dos grupos. O fotodocumentário foi escolhido como gênero a ser trabalhado no projeto. Essa sensibilidade permite ao fotógrafo a capacidade de contribuir para essa preservação da cultura imaterial, já que por meio dele é possível retratar de forma singular expressões de uma apresentação de dança, toda a beleza presente nos passos, na sintonia dos dançarinos, no encantamento de cada pessoa que assiste na plateia. O objetivo é o de narrar e situar o leitor através da situação a ser descrita e, assim, ajudar na documentação, além de contribuir de forma significativa para a cultura de uma sociedade. Dependendo do assunto, o fotodocumentário pode denunciar, abordar temas de âmbito sociocultural e preservar, se retratar elementos da cultura de um povo, como a dança.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A escolha do formato de livro se deu pela necessidade de produtos que abordassem a cultura de danças populares em Imperatriz, bem como os grupos que já atuam na cidade há mais de vinte anos com apresentações desses estilos de dança. Durante a pesquisa e elaboração do projeto notamos que os registros desse tema era poucos e em sua maioria composta por artigos e monografias. Escolhemos a fotografia como principal recurso narrativo justamente para oferecer uma nova perspectiva sobre os grupos. Por meio da imagem foi possível destacar as principais características de cada grupo, toda a dinâmica durante as apresentações e toda a beleza tão marcantes durante as danças. A imagem proporciona ao leitor uma experiência diferente, já que ela atrai e valoriza os dançarinos durante as apresentações, ela envolve o leitor nessa construção narrativa visual.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Durante a produção das imagens para o livro as estudantes colocaram em prática todas as técnicas aprendidas durante as aulas de fotojornalismo, para realizar os cliques. Para realizar as fotografias foram pesquisadas, por meio de mapeamento, a quantidade de grupos de danças. Os grupos encontrados com apresentações durante o processo de elaboração do projeto foram Kizomba, Boi Vitória, Sotaque de Imperatriz e Batalhão Real. Foram realizadas entrevistas com os coordenadores dos grupos para conhecer melhor como é o trabalho de cada um deles e compreender a relevância dos mesmos na preservação da cultura. O registro das apresentações trouxe novas possibilidades de criação e crescimento na área fotográfica. Cada apresentação ocorreu em condições diferente, vários locais com pouca iluminação ou espaço muito pequeno, o que demandou a adaptação das fotógrafas. Para não atrapalhar apresentação dos dançarinos optou-se por não utilizar rebatedores e flash. Para produção do ensaio foram utilizadas as máquinas profissionais digitais NIKON D3200 com lentes 18mm - 55mm e 50mm; Canon EOS T3 com lente 18mm - 55mm. A percepção e as técnicas contribuíram na produção das fotografias, e assim passar para o espectador sensação de agitação e toda movimentação dos passos realizados pelos grupos. Todas as fotos foram enquadradas para que os elementos da cena sejam apresentados da melhor forma. Os planos mais utilizados foram: o plano geral, que é aberto e conseguimos visualizar a cena completa; o plano médio, bastante descritivo, tendo como foco a ação do sujeito; o grande plano, que é fechado e por isso enfatiza determinado detalhe da cena e o plano conjunto, que procura situar o sujeito no local onde ocorre determinada fato.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span class="quatro"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O livro de fotodocumentário narra por meio das imagens a história das danças populares de Imperatriz apresentadas há mais de vinte anos pelos grupos de dança: Kizomba, Sotaque de Imperatriz, Boi Vitória e Batalhão Real. Todos desenvolvem um trabalho de manutenção de parte da cultura de dança imperatrizense com oficinas e apresentações anuais em festejos, arraiais. O livro é dividido em quatro capítulos, cada um apresentando um dos grupos por meio de imagens e de um texto no início do capítulo contando a história dos mesmos e assim oferece ao leitor uma nova perspectiva sobre os grupos. Possui tamanho de uma folha A4 (21cm x 29,7 cm), na horizontal, como forma de valorização de fotos sequencias que mostram passos das danças. São 76 páginas com 135 fotos divididas em quatro capítulos divididos por grupos. Como melhor forma de visualizar as fotos no centro do livro a capa escolhida é maleável, dando a possibilidade de abrir o livro em 180º graus. O livro possui duas capas. A primeira capa feita de forma artesanal é uma maneira de deixar o livro mais regional, feita em papel amadeirado com a gramatura de 250g. A capa tem recortes com desenhos que simbolizam tanto as danças como os grupos fotografados. Foi feita com a técnica de serigrafia. A primeira imagem é a pomba do Divino Espírito Santo, ela vem em primeiro para representar esse agradecimento e louvor na hora da apresentação; o segundo desenho é o de um boi, presentes tanto no grupo Sotaque de Imperatriz como no Boi Vitória, e o último desenho é de um casal dançando, ele faz referência aos grupos Kizomba e Sotaque com a dança do cacuriá como do Batalhão Real com o lindô e a mangaba. Os recortes são uma maneira de brincar e interagir com o colorido da capa principal. A segunda e principal capa é feita em papel couchê com gramatura 250g revestida em papel laminado fosca para proteção da capa do livro. Com método de conciliar os quatros grupos em uma única imagem, foi elaborada uma fotografia com uma dançarina utilizando elementos que representassem cada grupo. A ideia era representar o movimento e ritmo empregado nas apresentações. 5.2 Edição Todo o processo de edição foi feito pelas autoras do projeto, foi todo elaborado pensando em dar destaque às fotografias dos grupos e assim conduzir o espectador para dentro de cada espetáculo promovido pelos grupos durante as apresentações. No decorrer da produção e diagramação notou-se que a divisão por grupos era a melhor opção para transmitir a proposta do livro. A divisão por grupos iria proporcionar ao leitor uma narrativa cronológica tanto de passos como de dança. Em cada capítulo temos o texto com informações dos grupos, as danças e um histórico da carreira deles ao lado um mosaico em forma de janelas como pra apresentar ao leitor o que cada grupo representa. Tentamos ao máximo destacar os grupos retratados durante a edição, Lopes (2013, p. 28) afirma que "o designer pode interferir de forma relevante na possível interpretação do material por parte do leitor, pois certos recursos gráficos podem evidenciar ou disfarçar diversos elementos da composição". Os capítulos são divididos em quatro, respectivamente intitulados "Kizomba", "Sotaque de Imperatriz", "Boi Vitória" e "Batalhão Real". O final de cada capítulo vem acompanhado de uma música autoral do grupo, que são utilizadas nas apresentações exaltando a cultura imperatrizense. Esse recurso é para que o leitor se sentisse realmente em uma apresentação de dança, acompanhada das fotos e das músicas. O livro conta ainda com uma homenagem aos líderes de cada grupo que incentivam e são responsáveis pela organização e a manutenção dos grupos. 5.3 Diagramação e distribuição de fotos A diagramação foi feita em sua totalidade pelas autoras, foram dispostas as fotos de forma harmônica, de modo que narrassem as apresentações de danças, foi usado o programa Adobe Indesign CS6. Para explorar a ideia do livro, cheio de vida e movimento, as cores em destaques serão os contrastes de cores fortes (vermelho, marrom, vinho e verde), com cores neutras (azul, branco e cinza), sendo essas fotografias capturadas durante o dia e a noite. As páginas de dentro são em papel couchê gramatura de 200 em preto, uma cor neutra utilizada para dar destaque às fotografias, já que as mesmas são em cores vibrantes e quentes, como vermelho, laranja e amarelo, o preto possibilita que as fotos sejam o principal foco. Foram escolhidas duas fontes, a da capa e de títulos de cada capítulo foi a Sophia, e a Roboto, variando apenas no estilo para caracterizar legendas, crédito e texto. Para dar um contraste e facilitar a leitura das letras optou-se pelas cores branca e cinza. Essa mistura do preto com as cores claras dá um efeito visual mais centrado na imagem. Machado destaca: "No design de uma embalagem, a combinação de cores e a escolha da tipografia são os aspectos que formam a base da composição visual do projeto. Eles auxiliam na identificação, na comunicação dos atributos e no uso do produto, estando entre as escolhas mais importantes no desenvolvimento gráfico de uma embalagem" (MACHADO, 2013, p.36). Todas as fotografias são coloridas, pois a cor é uma presença forte nas roupas dos grupos, eles têm uma vibração única. A sequência fotográfica foi escolhida para dar vida aos passos, a disposição delas na horizontal é para que o leitor acompanhe como os dançarinos se movimentam. Esse estilo proporciona que o leitor acompanhe a progressão dos passos com legendas e trechos das músicas em algumas fotos, uma forma de possibilitar ao leitor um pouco da experiência dos espetáculos.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify">A produção do livro "Entre Ritmos" visa contribuir para que mais pessoas tenham acesso às danças populares praticadas na cidade de Imperatriz - Maranhão, já que ele pode ser levado a outros lugares como suporte de consulta, contribuindo para uma maior divulgação destas danças, que são uma parte importante da nossa cultura do estado do Maranhão. Esse enfoque feito a partir da imagem permite um olhar mais atento, apresenta ao público uma visão cultural rica presente na nossa cidade, que pela ignorância e falta de divulgação é taxada de sem cultura por algumas pessoas. As cores, as músicas e os textos permitem uma construção narrativa que atraem, instigam e divulgam. O fotodocumentário causa um impacto visual em primeiro momento, as imagens dão esse suporte de comunicação forte e rica de detalhes. A partir do fotodocumentário pudemos construir por meio da fotografia uma narrativa que não destacava apenas uma imagem, mas o conjunto delas, assim a imagem torna-se uma fonte rica de informações. Lombardi (2008, p. 35) explica ainda, que uma das características do fotodocumentarismo é a de "documentar algo que está desaparecendo", e assim converter em um "produto de comunicação" que visa retratar ações de uma forma a dar destaque ao que está sendo registrado. Percebemos ao longo deste trabalho que, apesar das diversidades de ritmos, a divulgação nas mídias tradicionais, somente lembradas em períodos juninos não é o suficiente. Falta investimento dos setores público e particular para manutenção dessas manifestações e realização de ventos que valorizem os trabalhos realizados pelos grupos. O que vemos hoje é um esforço dos líderes, dos bailarinos e músicos para não deixarem estas tradições se perderem ao longo do tempo. "Entre Ritmos" tem como objetivo ir além dos muros da universidade, para que mais pessoas tenham acesso, tanto em Imperatriz como fora visando contribuir para a tradição cultural artística de nossa cidade.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2">BRAYNER, Natália Guerra. Patrimônio cultural imaterial: para saber mais / Natália Guerra Brayner. __ Brasília, DF: IPHAN, 2007.<br><br>LOMBARDI, Kátia. Documentário imaginário: novas potencialidades da fotografia documental contemporânea. Belo Horizonte: Programa de pós-graduação em comunicação sócia da Universidade Federal de Minas Gerais, 2007. Disponível em: <http://www.bocc.ubi.pt/pag/lombardi-katia-documentario-imaginario.pdf> Acessado dia 02 de janeiro de 2017.<br><br>LOPES, Affonso Wallace Soares. Design e Editorial In: NICOLAU, Raquel Rebouças A. (Org.). Zoom: design, teoria e prática. João Pessoa: Ideia, 2013. p. 19-29.<br><br>MACHADO, Ana Carolina dos Santos. Design e Embalagem In: NICOLAU, Raquel Rebouças A. (Org.). Zoom: design, teoria e prática. João Pessoa: Ideia, 2013. p. 30-42.<br><br> </td></tr></table></body></html>