ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XIX Congresso de Ciências da Comunicação na Região Nordeste</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span class="quatro"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;01111</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;JO</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;JO03</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;Jornal Laboratório Arrocha: Textos Humanizados que Contam a História Cultural de Imperatriz</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Beatriz Farias Santos (Universidade Federal do Maranhão); Erika Nogueira Soares de Sousa (Universidade Federal do Maranhão); Gustavo Araújo Lopes (Universidade Federal do Maranhão); Lara Bandeira Borralho (Universidade Federal do Maranhão); Leonardo Castro Araújo (Universidade Federal do Maranhão); Letícia Holanda de Sousa (Universidade Federal do Maranhão); Mariana de Paula Medeiros de Sousa (Universidade Federal do Maranhão); Maron Sepetimio Ramos Neto (Universidade Federal do Maranhão); Leila Lima de Sousa (Universidade Federal do Maranhão)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;jornalismo impresso, jornal laboratório, jornalismo humanizado, cultura, </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O Jornal Laboratório Arrocha é um produto elaborado pelos alunos da disciplina de Laboratório de Jornalismo Impresso, Laboratório de Fotojornalismo e Laboratório de Programação Visual do curso de Comunicação Social/Jornalismo, da Universidade Federal do Maranhão (UFMA). O Arrocha se destaca pela construção humanizada dos textos jornalísticos que permite a aproximação dos leitores com as histórias retratadas. Nas edições 28ª e 29ª, publicadas em setembro e novembro de 2016, respectivamente, as temáticas são voltadas para a valorização da cultura local de Imperatriz e região, numa tentativa de descoberta e caracterização de aspectos culturais do município e até mesmo a ressignificação de conceitos, possibilitando o alcance de um novo olhar sobre suas belezas e colocando em xeque a falta de valorização de tais aspectos.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O Jornal Laboratório Arrocha é um produto elaborado pelos alunos das disciplinas de Laboratório de Jornalismo Impresso, Laboratório de Fotojornalismo e Laboratório de Programação Visual do curso de Comunicação Social/Jornalismo, da Universidade Federal do Maranhão (UFMA). Cada turma se empenha para a criação do objeto, a produção inicia-se na disciplina de Jornalismo Impresso com as escolhas das pautas, produção por etapas de textos e titulação, depois passa pela disciplina de Fotojornalismo com a produção de fotos para cada matéria e termina na disciplina de Programação Visual, com a diagramação do jornal. As edições 28° e 29° retratam as manifestações culturais de Imperatriz. Nestas duas edições, abordamos o que a cidade de Imperatriz oferece como cultura e arte, seja por meio da dança, música, escrita ou comidas locais. Com o tema "Patrimônios de Imperatriz" a 28º edição se encarrega de esclarecer o que a população chama de "patrimônio". E foi a partir das entrevistas, que os alunos foram guiados a refletir sobre os patrimônios locais. Já a 29° edição abordou as "Artes de Imperatriz", em que aponta e vislumbra o meio artístico local por meio de reflexões e perspectivas sobre o movimento artístico. É por meio do relato de histórias, experimentos, conflitos e sensações, que o Arrocha apresenta uma forma não convencional de fazer notícia, além de dar voz aos cidadãos comuns, ao invés de somente entrevistar as fontes oficiais. O Arrocha existe com a proposta de ser um instrumento de comunicação alternativo, trazendo para a comunidade uma oportunidade a mais de ser vista e ouvida. De acordo com Vieira Jr. (2002, p. 78), "o jornal¬ laboratório deve estar inserido no espírito da comunidade e se preocupar com os anseios e comportamento do leitor. O leitor deve sentir que o jornal está atento a tudo o que ocorre em sua volta".</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O Arrocha tem como objetivo colocar em prática toda a teoria adquirida em sala de aula abordando temas do cotidiano. A experiência permite que alunos de diferentes disciplinas, como: laboratório de programação visual, fotojornalismo e impresso tenham a oportunidade de vivenciar todo o processo de produção de um jornal, desde a elaboração das pautas, diagramação, fotos e edição final do produto. O método de produção exige que os acadêmicos saiam a campo e tenham suas primeiras experiências no processo de apuração, contato com as fontes, critérios de noticiabilidade e veracidade. Sousa (2005) afirma a que, ao decorrer de todo o processo, o jornalista deve trabalhar com a ética, com a verdade e com a honestidade. Portanto, além de colocar o aluno à prova, o jornal laboratorial impresso tem como objetivo apresentar a rotina jornalística e estabelecer o senso de responsabilidade com o conteúdo que está sendo publicado. Os próprios órgãos laboratoriais podem ser utilizados para essa articulação teórico-prática. Nesses veículos, ao se fazer jornalismo, já estamos aplicando aquele conjunto de aptidões e atividades que a formação universitária deve desenvolver. Como atividade culminante e integrada, o órgão laboratorial não é apenas prática, mas teoria-prática em movimento. (LOPES 1989, p.36). O jornal laboratório tem como função oferecer ao aluno a experiência de um jornal diário. Todas as etapas de execução do produto são feitas dentro do ambiente acadêmico. Durante o processo, há reuniões de pautas para que o repórter opine também no layout e foto de sua matéria. Logo, cada jornalista tem a sua própria "equipe" (repórter, fotógrafo e diagramador). Portanto, o aluno passa a ter contato também com as fontes e pautas. Deve saber lidar com as orientações do professor em sala de aula e fora dela, pois passada a teoria, os repórteres saem a campo para colocá-la em prática, como se já estivessem inseridos no mercado de trabalho.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O jornal laboratório Arrocha apresenta-se como uma ferramenta fundamental para o processo de aprendizagem do fazer jornalístico. Tal afirmação sustenta-se pelo fato de que sua produção possibilita, além de uma aproximação das atividades exercidas dentro do âmbito do jornalismo impresso, uma experiência prática do processo de elaboração, que vai desde a apuração ao fechamento do jornal. Desse modo, por meio do desenvolvimento do jornal, faz-se necessária a utilização dos conhecimentos teóricos absorvidos no decorrer do curso, tais como as técnicas de entrevista e elaboração textual. Além disso, a interdisciplinaridade envolvida dentro da construção do Arrocha, que mescla as atividades realizadas nos Laboratórios de Produção Visual e Fotojornalismo, reforça as diferentes faces que o jornalista pode assumir enquanto agente responsável pela divulgação de informações, segundo Vieira Junior: Em um veículo desse tipo a dedicação é maior, desaparecendo a postura amadorística própria de jornais que circulam apenas na escola ou mesmo aqueles que veiculam generalidades, sem objetivos definidos. Os alunos sentem que sua mensagem muda comportamentos, influencia os poderes constituídos a atender as reivindicações das comunidades. Desempenha o papel de quarto poder. (VIEIRA, 2002, p.179): Nesse sentido, vale destacar ainda a influência da produção do Jornal Arrocha no desenvolvimento de uma visão jornalística que estimula uma postura que ressalta o papel social do jornalismo, visto que, as temáticas postas em pauta, buscam aproximar os leitores da realidade vivenciada pelos mesmos. Por fim, a atividade exercida durante o desenvolvimento do jornal laboratório Arrocha, independentemente da temática abordada, desenvolve o olhar e o senso crítico dos graduandos, maiormente, para questões que por muitas vezes passam despercebidas pela grande mídia, mas que precisam, de forma ética, responsável e sobretudo humana, serem tratadas, para que se alcance finalmente o objetivo de manter a sociedade informada. Apesar de ser um jornal-laboratório, o Arrocha traz uma alternativa ao jornalismo predominante na imprensa brasileira, sobretudo na cidade de Imperatriz. Ele mostra, na verdade, uma reflexão sobre a própria prática do jornalista. Com o imediatismo das notícias potencializadas com as tecnologias e a internet, os leitores vivenciam cada vez menos as notícias. O exagero de boa parte da imprensa em informar superficialmente empobrece o jornalismo, reduz seu valor social, minimiza seu papel de auxiliar na construção de saberes. Os jornalistas entrevistados apontam como uma das saídas para o jornalismo contemporâneo, voltar a investir na narração, na velha fórmula da boa história a se contar. (MONTIPÓ; FARAH, 2009, p.7) Diante disso, a disciplina de laboratório de jornalismo impresso, possibilita aos alunos um experimento do que seria a rotina de um jornalista na redação. Seja na elaboração de pautas, realização das entrevistas, apuração, produção das fotografias e edição das reportagens. O jornal Arrocha aborda temas que não são pautados na mídia convencional. Afinal, "antes de ser um negócio, o jornal deve ser visto como um serviço público. E como servidor público deverá proceder. Mais do que informações e conhecimentos, o jornal deve transmitir entendimento" (Noblat 2003, p.22). Melo (1984) diz que o veículo laboratorial funciona como um elo entre alunos e sua futura profissão. É neste meio que os estudantes têm a oportunidade de treinar e entender a gravidade de seus erros. Isso faz com que os mesmos passem a compreender a responsabilidade exigida pela profissão. Tendo em mente que o jornal se baseia em textos mais humanizados e distante da lógica tradicional de se fazer jornalismo, verifica-se nas páginas do Arrocha a harmonia entre discussão teórica e a prática. Onde é possível visualizar o cuidado na apuração, o aperfeiçoamento dos temas tratados, e uma certa proximidade de entrevistadores e entrevistados.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Narrativamente, o Jornal Arrocha se destaca por causa da construção humanizada dos textos jornalísticos que permite a aproximação dos leitores com as histórias retratadas, além de ter as temáticas voltadas para a valorização da cultura local (Imperatriz e arredores), dando assim, a devida importância para o que é regional. Isso é feito com a apuração esmiuçada dos temas abordados, a descentralização das fontes oficiais como únicos "donos da verdade" e direcionando o foco às memórias de pessoas comuns, fazendo delas as personagens principais das narrativas. Como regra, o tema do jornal é escolhido pelos estudantes da disciplina de Jornalismo Impresso com a ajuda da professora responsável pela turma, tendo a condição de ser socialmente importante e refletir sobre temas que circundam cotidianamente a cidade. Os Jornais Arrocha "Patrimônios" e "Artes de Imperatriz", edições 28 e 29 respectivamente, foram opções voltadas para a tentativa de descoberta e caracterização de aspectos culturais - particulares ou não - do município e até mesmo a ressignificação de conceitos, possibilitando o alcance de um novo olhar sobre suas belezas e colocando em xeque a falta de valorização de tais aspectos. Tudo isso, devido às muitas discussões acerca da identidade cultural da segunda maior cidade do Maranhão. Em "Patrimônios", optou-se por fazer certos paralelos entre o significado da palavra em seu sentido concreto e também simbólico, além, é claro, do sentido cultural. Ou seja, empenhou-se em encontrar e registrar os bens materiais e imateriais oficiais, e aqueles que são considerados patrimônios pela população, como nas reportagens "Afinal, o que é Patrimônio?", "Nem só de panelada vive o imperatrizense" e "Os Chicos mais famosos de Imperatriz", por exemplo. Assim, as matérias de tal edição procuram deixar reflexões não só de cunho burocrático, mas também que permitam agregar valor à lugares, pessoas importantes para a identidade da cidade e componentes do cotidiano dos cidadãos, como as feiras, a culinária e as festas populares. Já em "Artes" o foco esteve em mostrar aos leitores as diferentes formas de expressão artísticas que o povo de Imperatriz produz e/ou abriga, mas que nem sempre são reconhecidas. Passado o momento de escolha temática, acontece a reunião de pauta para defini-las e direcionar o gancho de cada uma, tal como todos os ângulos a se explorar e quais as possibilidades de concretização ou não do objetivo. Nessa etapa, são debatidos personagens, lugares, fontes, relevância do assunto, entre diversos componentes da reportagem, assim, muito do que é discutido tem seguimento ao passo que outras coisas são deixadas de lado. Após essa reunião, uma maior acontece: é a parte que as demais disciplinas passam a integrar o projeto e se trata de uma aula conjunta entre as três matérias já citadas. Nesse momento é apresentado aos estudantes o tema selecionado para que estes possam desenvolver os papeis de repórter, fotojornalista e diagramador (a). Os professores dividem grupos onde os alunos trocam ideias sobre as pautas escolhidas como: a forma mais adequada de tratar cada questão, que tipo de fotografia combina com a reportagem e como a diagramação pode ser feita para ajudar a passar a mensagem. No entanto, só após a entrega dos textos é que as fotos vão ser capturadas e, depois das imagens, a montagem das páginas do jornal torna-se possível. Ou seja, primeiro há um processo de apuração aprofundada das informações e aperfeiçoamento narrativo onde os textos são trabalhados cuidadosamente, com as correções e indicações da professora. São feitas oficialmente três entregas dessas matérias até que sejam fechadas com o resultado satisfatório. Em seguida, os escritos vão para os estudantes que estão na função de fotografar. Cada um captura diversas fotos, mas, com o aval dos professores e consentimento dos alunos-repórteres, as melhores são encaminhadas para os alunos-diagramadores, ao passo que estes desenvolvem sua função orientados pelo manual de design gráfico do Arrocha e com supervisão, claro, do professor da disciplina. Com as fotos e textos inseridos nas páginas, todo o material volta para a turma de Impresso para que os alunos possam criar alguns itens das reportagens como título, fio e legenda de imagem. Finalmente, o produto é revisado uma última vez pelos estudantes que fizeram o jornal. Tendo em mente que o jornal se baseia em textos mais humanizados e distante da lógica tradicional de se fazer jornalismo, verifica-se nas páginas do Arrocha a harmonia entre discussão teórica e a prática. Onde é possível visualizar o cuidado na apuração, o aperfeiçoamento dos temas tratados, e uma certa proximidade de entrevistadores e entrevistados. O que dialoga com a característica de um jornalismo mais humanizado, onde os textos buscam a essência das ações humanas.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span class="quatro"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Produzidas no primeiro semestre de 2016, tendo como temas "Patrimônio e Artes", as edições 28 e 29 do jornal laboratorial Arrocha, buscam abordar através de técnicas do jornalismo literário, pautas que narram as características e peculiaridades da cultura popular imperatrizense. O jornal Arrocha surgiu em 2010 com o objetivo de ser um jornal impresso para o recém-chegado curso de Comunicação Social / Jornalismo na Universidade Federal do Maranhão campus Imperatriz. A primeira edição do jornal teve como tema "Imperatriz e as Águas". Em 2012, chegou a ter sete edições publicadas, uma média de três edições por semestre. Após algumas mudanças, o Arrocha passou a ser um periódico semestral, atualmente, o jornal conta com duas edições por semestre, totalizando quatro exemplares por ano. Escolhido de forma democrática pelos professores e estudantes do curso, a expressão "Arrocha" dá nome ao jornal laboratório, palavra muito falada em toda região sul-maranhense que significa "apertar com muita força". Produto elaborado de acordo com as Diretrizes Curriculares do curso Comunicação Social / Jornalismo, a produção do Arrocha é feita pelos estudantes de três diferentes disciplinas; Laboratório Jornalismo Impresso, Laboratório de Programação Visual e Laboratório de Fotojornalismo, ministradas pelos seus respectivos professores. Patrimônio foi o tema abordado na edição número 28 do jornal, composta por 18 páginas, 16 matérias. Entre as pautas trabalhadas estiveram presentes: O que é patrimônio?; As feiras populares que estão espalhadas por todos os cantos da cidade; O modo de falar do imperatrizense, matéria cheia de expressões populares típicas da região; Rio Tocantins como patrimônio natural, a sua importância econômica, os impactos da intervenção humana, e o lazer que segundo maior rio totalmente brasileiro proporciona à cidade de Imperatriz; A herança cultural presente na fabricação das canoas; A relação da população com as praças que estimula a cultura e a economia local; A culinária, desde os pratos típicos, como a "panelada", até a variedade gastronômica vinda de outros estados do país; Personalidades que fazem parte da cultura imperatrizense, entre outros. Além das matérias, o Arrocha também é composto por charge elaborada por alunos do curso, situada na página 2, também na mesma página, a enquete, em que populares dão opiniões sobre um questionamento voltado ao tema. A entrevista ocupa a página 17 e é realizada com algum pesquisador, professor ou profissional de referência na temática abordada. Nas páginas 10 e 11, o espaço aberto é para um ensaio fotográfico com as melhores fotos que não compuseram as matérias, mas que mesmo assim merecem destaque. Nesta edição, a página 5 trouxe um "caça palavras", o "Procura binhí", presente dentro da reportagem "Por aqui se fala assim", onde os leitores podem interagir, procurando expressões presentes no linguajar popular de Imperatriz. Já a edição 29 do Arrocha, traz como temática as artes que compõem a cultura local. A versão composta por 16 páginas e 16 matérias contém pautas como: esculturas, literatura, fotografia, dança, teatro, tatuagem, entre outras. Assim como a edição 28, o Arrocha de número 29, conta com charge e enquete página 2, ensaio das melhores fotos, páginas 6 e 7 e entrevista na página 11. Tendo em mente que o jornal se baseia em textos mais humanizados e distante da lógica tradicional de se fazer jornalismo, verifica-se nas páginas do Arrocha a harmonia entre discussão teórica e a prática. Onde é possível visualizar o cuidado na apuração, o aperfeiçoamento dos temas tratados, e uma certa proximidade de entrevistadores e entrevistados. O que dialoga com a característica de um jornalismo mais humanizado, onde os textos buscam a essência das ações humanas. Com linguagem mais simples, o Arrocha é voltado para os diversos aspectos da cidade de Imperatriz. Toda cidade possui uma história, uma identidade peculiar, por isso, o produto compreende que deve valorizar a comunidade local, e oferecer às fontes um novo espaço para contar a sua história. Lopes (1989) relembra que o jornal laboratorial oferece uma visão completa do processo jornalístico não apenas da parte teórica como também do dia a dia das redações. A 28ª edição "Patrimônios de Imperatriz", sob o olhar dos alunos de impresso, tem a intenção de resgatar o que há de melhor na cidade, podendo ser algo material ou imaterial. É posto em pauta personagens, praças, comidas, prédios, feiras, praias, o que se pode tomar como um legado cultural. Desta forma, consegue agregar valor à história de Imperatriz e suas diversas identidades. Posteriormente, a 29ª edição "Artes de Imperatriz". Pensar sobre este assunto não é apenas falar sobre algo que pertence à cidade, mas de como estes trabalhos ganharam novos significados, através do olhar de cada artista. Teatro, música, artesanato, pinturas, cinema e literatura, ganham leituras diferentes dependendo do cenário que se encontram. A intenção do arrocha nesta edição, é apresentar como os artistas imperatrizenses remodelaram seu ofício, no intuito de instigar as formas de artes da cidade.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify">Participar de um jornal laboratório durante a formação jornalística contribui substancialmente no aprendizado do aluno, uma vez que, para a maioria, trata-se do primeiro contato com um possível cenário de redação de jornal, onde o estudante, posteriormente, irá conviver no mercado profissional. Serve também para estimular o pensamento crítico dos alunos em relação ao próprio fazer jornalístico, como orienta Lopes: A importância do órgão laboratorial está principalmente em não apenas fazer, mas refletir sobre o fazer. Essa reflexão e crítica sobre a prática profissionalizante contribui para a articulação teoria-prática desenvolvida nos órgãos laboratoriais (LOPES, 1989, p. 37). Assim, mesclando teoria e prática, o aluno é convidado a produzir textos direcionados para realidade "invisível" que os meios de comunicação tradicionais em alguns momentos deixam de abordar, talvez, por seguirem uma lógica mercadológica que lhes é imposta. Por isso mesmo, o Arrocha não possui nenhum vínculo político ou comercial que interfira na produção dos conteúdos que compõem o jornal. Portanto, tem a pretensão de ser um produto jornalístico alternativo para os cidadãos de imperatriz e cidades vizinhas, além é claro, de preparar o profissional de forma consistente e ética. Verifica-se, também, por meio dos textos, que o Arrocha estimula o aluno a ultrapassar os muros da universidade, o que está de acordo com Vieira (2002, p. 96) quando afirma que o "jornal-laboratório não se limita ao espaço (sala de redação) que a universidade oferece ao aluno e aos professores que coordenam o projeto". Ou seja, o jornal Arrocha ao longo de todo o processo de produção, convida o repórter-aluno a se inserir na realidade do entrevistado e possibilita uma convivência mais humanizada e, ao mesmo tempo, estimula o senso de responsabilidade pelo material que o estudante irá publicar.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2">MELO, José Marques. Laboratórios de jornalismo: conceitos e preconceitos, Cadernos de Jornalismo e Editoração, n. 14, São Paulo, ECA-USP, 1984.<br><br>MONTIPÓ, Criselli&#894; FARAH, Ângela. Relato humanizado no jornalismo: a importância da humanização na narrativa pra um jornalismo transformador. In: Mídia Cidadã 2009  V Conferência Brasileira de Mídia Cidadã, 2009. Anais. Guarapuava, 2009. <br><br>SOUSA, Jorge Pedro. Elementos do Jornalismo Impresso. Florianópolis: Letras Contemporâneas, 2005.<br><br>NOBLAT, Ricardo. A arte de fazer um jornal diário. São Paulo: Contexto, 2003.<br><br>LOPES, Dirceu Fernandes. Jornal-laboratório: do exercício escolar ao compromisso com o público leitor. São Paulo: Summus, 1989.<br><br>VIEIRA JÚNIOR, Antônio. Uma pedagogia para o jornal-laboratório. Tese de Doutorado. Escola de Comunicações e Artes, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2002.<br><br> </td></tr></table></body></html>