ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XIX Congresso de Ciências da Comunicação na Região Nordeste</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span class="quatro"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;01175</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;PT</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;PT03</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;Talita Cumi</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Pablo Luiz Paiva Mesquita (Universidade de Fortaleza); Thais Mesquita Gadelha (Universidade de Fortaleza); Jari Vieira Silva (Universidade de Fortaleza); Jari Vieira Silva (Universidade de Fortaleza)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;cultura, fotografia, movimentos sociais, religião, </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O trabalho teve como objetivo a produção do ensaio fotográfico  Talita cumi! ", que significa: "Menina, eu lhe ordeno, levante-se! " , o mesmo nasceu a partir de duas atividades disciplinares, Fotografia II e Imagens, Mitos e Discursos, onde as ideias surgiram no decorrer do semestre. A seguinte coletânea expõe através de imagens a proposta de evidenciar o discurso dos movimentos sociais, como por exemplo, o movimento feminista e os LGBT s em uma releitura dos sete pecados capitais. A produção deste trabalho abordou-se a cultura, dando ênfase a religião, tendo como inspiração os fotógrafos Guy Bourdin e David Lachapelle.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Foram abordados os movimentos dos grupos marginalizados na representação dos sete pecados capitais, utilizando a fotografia artística como mensagem na abordagem do tema discutido. A fotografia se compara ao espelho do real, esse discurso é tratado desde o século XIX, onde está ligado a representação da realidade que está sendo capturada.  (...) quer se seja contra, quer a favor, a fotografia nelas é considerada como a imitação mais perfeita da realidade. E, de acordo com os discursos da época, essa capacidade mimética procede de sua própria natureza técnica, de seu procedimento mecânico, que permite fazer aparecer uma imagem de maneira  automática ,  objetiva , quase  natural (segundo tão  somente as leis da ótica e da química), sem que a mão do artista intervenha diretamente. Nisso, essa imagem  arqueiropoieta (sine manu facta, como o véu de Verônica5) se opõe á obra de arte, produto do trabalho, do gênio e do talento manual do artista. (DUBOIS, 1983, p.27) É através dessa ligação do pecado com a sociedade que trazemos a produção desse ensaio, afim de instigar o receptor a observar o conteúdo das fotos e desmistificar o seu preconceito, trazendo à tona os movimentos sociais como mudança.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Apresentar uma releitura dos sete pecados capitais através de fotografias, utilizando a representação da mulher, do gay e da drag como peças do ser pecador e mostrar que os mesmos são julgados pela a sociedade por inúmeros motivos, seja por aparência, modo de se vestir ou o estilo de vida que leva. Expondo a relação de ideologias religiosas passadas e momentos atuais, com o foco na diferença de tratamento para as classes minoritárias, confrontar uma cultura tradicional e conservadora a uma mais liberalista onde se tem uma abertura para pensamentos mais flexíveis em determinados temas. Desta forma trazendo os movimentos sociais como apoio a essas classes, desenvolvendo no modo de manifestação, expondo o desejo, erotismo e a libertação do ser pecador através das fotos como choque de realidade, assim, fragmentando os padrões morais e sociais impostos na sociedade. Instigando o receptor a pensar mais em seus conceitos que foram adquiridos pelo meio de uma cultura e mostrar o alcance da emancipação das minorias na sociedade nos tempos atuais.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A necessidade de estudar sobre fotografia se fez necessário, pois, a produção das fotos faz a ligação entre o passado de uma sociedade conservadora a uma  liberal , trazendo características culturais e a evolução de um olhar na sociedade, mostrando a importância da imagem para o estudo.  Imagens são superfícies que pretendem representar algo. Na maioria dos casos, algo que se encontra lá fora no espaço e no tempo (FLUSSER, 2002. p. 7). A fotografia é vista através de suas representações, a criação desse mundo é feita por cada pessoa. A relevância de concretizar esse mundo é ponderoso para o ser.  Essa encenação da realidade tornou-se mais importante do que a própria realidade, pois permitia a fuga, a auto-satisfação, a criação de um mundo perfeito e idealizado por e para cada um.  (FABRIS, 1998, p.56). A criação de uma identidade no indivíduo pode ser baseada em fragmentos de suas variadas identidades, assim formando o ser unificado. A modificação desse ser pode acabar ocasionando o desmanche de suas referências antepassadas. Podendo criar uma crise de identidade, onde a pessoa fica sem um ponto de referência de sua cultura. Hall (1997) fala que,  ...descentração dos indivíduos tanto de seu lugar no mundo social e cultural quanto de si mesmo - constituiu uma  crise de identidade para o indivíduo (HALL, 1997, p. 7). Essa dinâmica de identidade, faz com que o sujeito tenha acesso a várias culturas, culturas essas onde se tem dois lados, um lado pode defender uma opção mais conservadora com padrões tradicionais e outro com uma opinião oposta na qual apoia valores mais flexíveis.  O próprio processo de identificação, através do qual nós projetamos em nossas identidades culturais, tornou-se mais provisório, variável e problemático . (HALL, 1997, p. 9) Giddens (1990, p. 37-8), fala que  nas sociedades tradicionais, o passado é venerado e os símbolos são valorizados porque contêm e perpetuam a experiência de gerações. . Mas isso vem sofrendo alterações com o decorrer dos tempos, com a chegada da globalização e da enxurrada de informações fizeram com que acontecessem mudanças na sociedade de forma rápida. A religião possui um grande apelo na sociedade, ir contra os segmentos de Deus é se tornar algo profano. Compreende-se o sentido dessa religiosidade em que o correto é seguir pensamentos religiosos. A vinda da Igreja Católica Apostólica Romana, determinou que os sete pecados capitais é algo grave para a sociedade. Na Bíblia Sagrada (2009) no livro escrito por Romanos (6.23)  Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna por intermédio de Cristo Jesus, nosso Senhor  (p.1484). Outras religiões também foram adotando essa doutrina, para Casagrande (2002, p 1.), eles foram acolhidos com pretensão de controlar a sociedade, evitando conflitos e sancionando os comportamentos sociais agressivos. Os movimentos sociais foram aumentando e ganhando mais visibilidade no decorrer do tempo, surgiram várias ramificações de causas sociais, o discurso não era apenas as lutas de classes sociais trabalhistas com o foco apenas em produtividade, a nova raiz traz em discussão o que está relacionado com as condições de vida, agora o foco é na qualidade de vida.  As questões antagonistas não se limitam a atingir o processo produtivo em sentido estrito, mas consideram o tempo, o espaço, as relações, o si mesmo dos indivíduos. Surgem questões relacionadas com o nascimento, com a morte, com a saúde, com a doença, que colocam, em primeiro plano, a relação com a natureza, a identidade sexual e afetiva, do agir individual. (MELUCCI, 2001. p. 81) Os movimentos sociais conquistaram algumas melhorias para determinadas classes, seja feminista e ou LGBT, mas ainda faltam muitas conquistas, como por exemplo a igualdade econômica, espaço na sociedade, o direito de se vestir e não ser apontado na rua. A luta pela liberdade é árdua e tudo acontece de forma gradativa.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Na criação de um ensaio fotográfico o planejamento é uma das etapas necessárias, no entanto antes do planejar é preciso pesquisar e ter um embasamento teórico com uma boa referência. O trabalho pesquisado foi planejado a partir de alguns estudos bibliográficos, que ajudaram nos desenvolvimentos dos processos de criação, assim auxiliando no surgimento de novas ideias e fugindo de processos estereotipados. Foram abordados temas sobre religião, culturas, fotografias, movimentos sociais dentre outros assuntos semelhantes ao tema que foi discutido. O estudo sobre fotografia foi necessário para o desenvolvimento do trabalho, referências teóricas de escritores e fotógrafos como, Dubois, Flusser, Fabris, e David Lachapelle, um americano, que em suas fotos faz o uso de cenas de formas naturais em situações polêmicas e outro fotógrafo utilizado como referência foi Guy Bourdin, um francês, suas fotos são repletas de sexualidade e violência inseridas em momentos naturais de cenas cotidianas. Ambos fazem sobreposição de elementos do surrealismo, com fortes cores e sucedendo em trabalhos controversos. Temas sobre culturas e identidades precisavam ser abordados, pensamentos de dois sociólogos, Hall e Giddens foram aplicados para o desenvolvimento do trabalho, o estudo sobre religião também se fez necessário para o desenvolvimento do mesmo, pois como foram abordados os sete pecados capitais era necessário ter o máximo de informações sobre o assunto de estudo, teve-se como referência a Bíblia Sagrada e Casagrande um outro sociólogo, entre outros escritores, também houve embasamento de documentários que falavam do tema em questão e nos movimentos sociais usando como referência o escritor e professor Melucci. Após o assunto estar convenientemente desenvolvido, foi tomada a partida para o estudo sobre conteúdo fotográfico, o primeiro componente do planejamento foi fazer uma seleção de modelos, depois de escolher as modelos foi necessário conhecê-las e detectar qual o pecado se identificava melhor com a sua identidade, isso foi feito através de muitas conversas, o terceiro passo foi escolher as vestimentas, cores, maquiagens, ao todo foram necessárias sete modelos, uma para cada pecado, na produção da fotografia foi necessário um fotógrafo ( Pablo Mesquita ), um assistente fotográfico ( Thais Gadelha) e um designer gráfico ( Alan Uchoa ). Foi preciso de uma grande organização do grupo para a produção das fotos, foram três manhãs de fotografias onde foi efetuado um número de fotos por modelo, trabalhou-se duas modelos por dia e três no último dia e dois dias para a edição das fotos. A equipe tinha como lema Ser Livre, onde as modelos tinham total liberdade para interagir com a produção, assim tornando o ensaio mais leve e mais produtivo para todos e obtendo bons resultados. Utilizamos o estúdio da universidade (UNIVERSIDADE DE FORTALEZA - UNIFOR), na produção tivemos como fundo a cor preta para valorizar o primeiro plano e dando um destaque melhor nos modelos, suas roupas e pinturas. Quatro tipos de luzes foram utilizadas, uma girafa, dois freesneis e uma tocha com softbox, pois a aplicação das luzes em estúdio fica com um domínio melhor para os resultados das fotos, papel celofane da cor vermelha para criar um clima quente e tivemos ainda a utilização de uma máquina de fumaça. As fotos foram registradas em uma câmera CANON 5D com uma lente 24-105 mm, a câmera foi configurada com um diafragma entre F/8 e F/10, o ISO100, pois como tínhamos muitas luzes não havia a necessidade de usar um ISO superior e a velocidade 1/200 para ter um sincronismo com o flash utilizado, foi decidido a não utilização de um tripé, para que tanto o modelo quando o fotógrafo pudesse movimentar de acordo com a fotografia. Até chegar em um estilo de fotografia e com um conceito formado, foram realizados vários testes, entre eles: luz, expressões das modelos, acessórios, posicionamento, maquiagem e pinturas, o movimento da roupa, a não utilização da fumaça, dentre outros. Depois de feito os testes e antes de começar o ensaio, passou-se um pequeno enredo do que era o pecado e qual o pecado que a modelo iria representar, esse método se tornou algo necessário e de importante ajuda para que as modelos literalmente se entregassem ao pecado, assim gerando uma melhor desenvoltura nas produções das fotos. Depois de tudo planejado, chegou o momento de colocar o trabalho em desenvolvimento, tendo em mente objetivo principal fazer com que os receptores do ensaio descontruissem esse argumento preconceituoso que as classes marginalizadas são algo pecaminosos e ao mesmo tempo algo frágil para a sociedade, e sim mostrar toda a independência do poder delas nos momentos atuais. Através de utilizações das pinturas no corpo, as expressões faciais e corporais em uma forma manifestação, exibindo todo o desejo de liberdade e direitos igualitários, assim trazendo consigo os movimentos sociais e o empoderamento dessas classes na comunidade, desta forma acarretando de todo apoio necessário a ela. Outro objetivo é quebrar essa ideia que os movimentos sociais são índoles de pessoas revoltadas, que só querem brigar com a sociedade que se manifestam por uma ideia contrária, podem até existir pessoas que fazem parte do movimento que tenham esse perfil. O movimento surge quando qualquer pessoa tem atitudes no seu dia a dia para acabar com a dominação de um sobre o outro, seja na parte do trabalho onde muitas vezes mulheres e gays são discriminadas no mercado, oportunidades limitadas ao gênero ou até mesmo em seus salários são menores tendo o mesmo cargo de um homem, as travestis não tem espaço no trabalho, até mesmo em sua casa, onde se tem um olhar que a mulher foi feita apenas para criar seus filhos ou tomar conta das responsabilidades da casa, na rua, muitas vezes são assediadas, constrangidas ou humilhadas, o poder ir e vir, o que mais ocorre é de serem julgadas por suas vestimentas e seu comportamento na sociedade, reprimindo todo sua autonomia. O resultado das fotografias tiveram uma harmonia positiva, favorecendo na utilização das luzes do estúdio, os movimentos das cores na fumaça e os demais equipamentos utilizados junto com ela, assim deixando esteticamente uma boa desenvoltura nas fotos. Diante de todo esse planejamento a maior prioridade era sempre como a imaginação do receptor iria contemplar as fotografias, mesmo sendo de um lado positivo ou negativo.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span class="quatro"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O ensaio fotográfico artístico foi produzido em forma de trabalho acadêmico para as disciplinas de Imagens, Mitos e Discurso lecionada pelo professor Carlos Velazquez e Fotografia II orientado por Jari Vieira, no período do semestre 2016.1. O ensaio foi elaborado a partir dos conhecimentos teóricos e práticos, obtido no decorrer do Curso de Comunicação Social com habilitação em Publicidade e Propaganda da Universidade de Fortaleza (UNIFOR). O planejamento foi o ponto inicial para a criação do trabalho, foi uma das etapas mais essenciais, pois desde o início já estava com a ideia que seria produzido um ensaio fotográfico. A partir de pesquisas, foi observado que fazer um aprofundamento nos estudos sobre os pecados era necessário, mas como englobar os movimentos sociais, o questionamento era: Como intercalar isso a religião? Durante os estudos e pesquisas foi decidido que o determinado assunto, seria sim possível juntar o movimento religioso ao movimento de uma classe e ainda utilizando a fotografia como mensageiro. Talita cumi!, que significa:  Menina, eu lhe ordeno, levante-se é um ensaio fotográfico artístico composto por oito imagens, com a participação de uma drag queen, um gay e cinco mulheres. A escolha do nome para o ensaio surgiu de uma passagem bíblica, assim foi feito uma referência ao apoio às classes sociais, reforçando para que não se deixe se calar por fraqueza e que mostre toda sua força para enfrentar os obstáculos que a sociedade impõe com o decorrer do tempo. Com a utilização de roupas, expressões corporais e faciais marcantes, agregado ao cenário que transmitia choques de sensações através das luzes e fumaças, passavam uma sensação quente. Nos momentos em que as modelos ficavam posicionadas diante da câmera, já com todo a produção estética formada, de imediato formou um ambiente elaborado. O pecado é o excesso de algo que você faz, se você come demais é pecado, se você só pensa em dinheiro é pecado, vários questionamentos surgiram com o decorrer do trabalho, como por exemplo: Será que o pecado não está nos olhos de quem vê? São questionamentos como esse que foram aparecendo e assim qualificando na produção desse ensaio mostrando que para tudo que se tem algo ruim podemos ter algo positivo de um outro lado. Existem sete pecados capitais: AVAREZA, GULA; INVEJA; IRA; LUXÚRIA; PREGUIÇA; SOBERBA; para cada pecado foi utilizado uma modelo, e cada modelo mostra uma conquista ou um questionamento ao conservadorismo que pode atingir alguma classe de forma negativamente. O pecado da Avareza na Bíblia Sagrada (2009) no livro escrito por Lucas (12.15):  E disse-lhes: Acautelai-vos e guardai-vos da avareza; porque a vida de qualquer não consiste na abundância do que possui. (p.1359). É o pecado que se tem desejo excessivo por riqueza, deixando o próximo abandonado. A representação da foto está querendo passar que as mulheres estão conseguindo ter um espaço no mercado de trabalho, mas que ainda precisa ser visto com um outro olhar, diante as diferenças de salários e cargos. O pecado da Gula na Bíblia Sagrada (2009) no livro escrito por Mateus (4.2):  Por quarenta dias e quarenta noites esteve jejuando. Depois teve fome.  (p.1248). É o pecado do desejo de comer e beber excessivamente, na foto utilizado como modelo um gay com seus braços aberto, com fitas de promessas e um terço assim trazendo a representações religiosas, fazendo uma analogia que algumas pessoas sofrem por causa do fanatismo aos dogmas da igreja, causando brigas com o próximo. O pecado da Inveja na Bíblia Sagrada (2009) no livro escrito por 1º Pedro (2.1):  Deixando, pois, toda malícia, e todo engano, e fingimentos, e invejas, e todas as murmurações. (p.1599). Na foto de uma mulher grávida faz uma comparação ao pensamento de Freud (1976, p. 97)  Contudo a principal diferença entre os sexos emerge na época da puberdade, quando as meninas são acometidas de uma repugnância sexual não neurótica e os meninos têm incrementado a libido.  , porém Karen Horney apud Janet Sayers (1992) pensadoras neo-freudiana,diz que o homem tem a inveja do ventre por não poder ter filhos. A simbolização de uma mulher grávida, traz consigo o pensamento da inveja que o homem sente. O pecado da Ira na Bíblia Sagrada (2009) no livro escrito Salmos (37.8):  Deixe a ira e abandona o furor; não te indignes para fazer o mal. (p.784). A representação de uma mulher amarrada, assim evitando toda sua raiva, que por muitas vezes a expressão de raiva da mulher é vista na sociedade como algum desequilíbrio e assim mais uma vez a mulher é calada pela a sociedade. O pecado da Luxúria na Bíblia Sagrada (2009) no livro escrito por 1º Coríntios (6.10):  Não erreis: nem os devassos, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os sodomitas, nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbados, nem os maldizentes, nem os roubadores herdarão o reino de Deus. (p.1503 ), a modelo escolhida foi a drag, mostrando todo o corpo e sua feminilidade que carrega consigo, mostrando que pode usar a roupa que quiser e não será julgada ou apontada na rua. O pecado da Preguiça na Bíblia Sagrada (2009) no livro escrito por Romanos (12.11): Não sejais vagarosos no cuidado; sede fervorosos no espírito, servindo ao Senhor. (p.1492), a modelo com a mão na boca, faz uma analogia as pessoas que se calam diante aos movimentos ou se escondem por medo da violência que isso pode gerar. O pecado da Soberba na Bíblia Sagrada (2009) no livro escrito Salmos (73.6): Pelo que a soberba os cerca como um colar; vestem-se de violência como de um adorno. (p.809), a modelo de costa faz uma similaridade de que se tem o livre arbítrio diante os pensamentos religiosos, sempre na frente fazendo questionamentos e tendo o direito de escolha de ir e vir. A última fase do projeto foi a apresentação nas disciplinas, onde foi mostrado toda a relevância de aprofundar o estudo sobre os conteúdos ali apresentados durante as disciplinas, para a produção do trabalho foi preciso dedicação e estudo, por ser um tema que acaba gerando muitos debates, era primordial um estudo de como falar com nossos receptores.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify">A experiência da estruturação desse produto foi satisfatória para a equipe, a produção do mesmo fez com que tivessem muitos debates em sala de aula. Fazendo com que nós como alunos e futuros profissionais cresçamos como pensadores e questionadores para uma sociedade melhor. Após os estudos e pesquisas desenvolvidas deste presente artigo e da produção das fotografias, concluímos que as lutas de classes sociais se fazem necessárias. A interação sobre este assunto fez crescer a observação das classes minoritárias que lutam por uma qualidade de vida melhor, que muitas vezes são julgadas por possuírem algum pensamento diferente. Com isso, é possível retratar a importância das lutas sociais, mostrando que se deve transcender esse preconceito seja por cor, raça, gênero, etc, mostrar as conquistas e questionamentos que surgem com o tempo. A nossa sociedade é movida de perguntas e observa-se a necessidade de questionamentos, para que todos devam usufruir de seus direitos como cidadãos, mostrando que estamos em uma sociedade igualitária. Através deste artigo, pretende-se dar continuidade a outras pesquisas para um melhor desenvolvimento do tema, já que o mesmo sempre gera polêmicas e visões de dois lados, e está cada vez mais presente em nosso cotidiano. Espera-se que com esse trabalho possa suscitar novas pesquisas na área. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2">BÍBLIA SAGRADA. Traduzida em Português por João Ferreira de Almeida. Revista e Corrigida. 4ª Edição 2009. Barueri - SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 2011.<br><br>CASAGRANDE, C. Os sete vícios capitais: introspecção psicológica e análise social. Disponível em: Etica & Politica / Ethics & Politics, 2002, 2 <http://www.units.it/dipfilo/etic_e_politica/2002_2/indexcasagrande.html>. Acesso em: 15 março 2017. <br><br>DUBOIS, Philippe. O Ato Fotográfico e Outros Ensaios. Papirus Editora: Campinas, SP. 1993 <br><br>FABRIS, Annateresa. "Fotografia: usos e funções do séc. XIX São Paulo: EDUSP, 1998.<br><br>FLUSSER, Vilém. Filosofia Da Caixa Preta  Ensaios para uma futura filosofia da fotografia. Relume Dumará: Rio de Janeiro. 2002.<br><br>FREUD, S. Carta 75 a Wilhelm Fliess. Rio de Janeiro: Imago, 1976<br><br>GIDDENS, A.  The Consequences of Modernity. Cambrideg: Polity Press, 1990.<br><br>HALL, Stuart. "A identidade cultural pós-modernidade tradução Tomaz Tadeu da Silva, Guaracira Lopes Louro  Rio de Janeiro, DP&A Ed., 1997.<br><br>MAFESSOLI, Michel. O tempo das Tribos: O declínio individualismo nas sociedades de massa. São Paulo, 2°edição, Editora Forense Universitária, 1998.<br><br>MELUCCI, Alberto. A invenção do presente: movimentos sociais nas sociedades complexas. Petrópolis: Vozes, 2001.<br><br>SAYERS, J. Mães da psicanálise: Hélène Deutsch, Karen Horney, Anna Freud, Melanie Klein. Rio de Janeiro: Zahar, 1992.<br><br> </td></tr></table></body></html>