ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XIX Congresso de Ciências da Comunicação na Região Nordeste</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span class="quatro"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;01232</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;PP</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;PP11</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;Dia de combate à violência contra a mulher</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Paula Matias de Lima Assis (Universidade do Estado do Rio Grande do Norte); Lídia Cecília de França Ribeiro (Universidade do Estado do Rio Grande do Norte); Vinícius Nogueira Silva (Universidade do Estado do Rio Grande do Norte); Shemilla Rossana de Oliveira Paiva (Universidade do Estado do Rio Grande do Norte)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;Maria da Penha, Anúncio Impresso, Denúncia , Violência contra mulher, </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A peça  Dia do combate a violência contra a mulher consiste em um outdoor pensado em mostrar a data vinte e cinco de novembro (25/11) em que é comemorado seu combate, como também impactar as pessoas, mostrando que esse tipo de violência acontece todos os dias, não apenas nessa data. Mostrando às mulheres que sofrem a violência doméstica, podem pôr fim a esse ciclo. Compartilhando informações e encorajando-as a denunciar o agressor, além de alertar sociedade sobre cenário da violência, que ainda existe, mesmo com a presença da Lei Maria da Penha (Lei 11.340). </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O outdoor, foi produzido por alunos do quarto período do curso de Comunicação Social com Habilitação em Publicidade e Propaganda da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte - UERN, como um produto da disciplina de Redação Publicitária, no ano de 2016. O Outdoor é a designação popular de um painel de mídia exterior, de grandes dimensões, sobretudo em placas modulares, disposto em locais de grande visibilidade. É com esta ideia de visibilidade que o outdoor proporciona, que é buscado  os olhares acerca da violência doméstica que foi pensada essa peça uma vez que no ano de 2016, em que o outdoor seria concretizado, a Lei Maria da Penha (Lei 11.340), sancionada em 7 de agosto de 2006, completou dez anos de vigência. Além de Maria da Penha ser uma das concorrentes ao prêmio Nobel da Paz no ano seguinte (2017), na qual concorrerá com mais 214 indivíduos (o resultado será anunciado em outubro). A Lei foi criada para combater a violência doméstica e familiar, garantindo punição com maior rigor aos agressores e criando mecanismos para prevenir a violência e proteger a mulher agredida. A lei recebeu o nome em homenagem à cearense Maria da Penha Fernandes que sofreu duas tentativas de assassinato por parte do então marido. Hoje, essa lei é a principal ferramenta legislativa na questão da violência doméstica e familiar contra as mulheres no país. Tudo isso possibilitou que as mulheres não ficassem omissas ao agressor, aumentando o registro das diferentes formas de violência contra elas. Antes da Lei Maria da Penha, a compreensão sobre o que seria violência doméstica era muito restrita, em muitas vezes apenas a agressão física era considerada como tal. A peça busca levar toda essas questão da violência, como um terror vivido por todas que sofrem desse tipo de abuso. Mostrando que embora o dia do combate a violência contra a mulher seja no dia 25 de novembro, a luta se dá todos os dias, buscando assim que as vítimas denunciem seus agressores. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O trabalho surge como uma oportunidade de levar informação para a sociedade. Além de poder mostrar a frequência em que os casos de violência contra a mulher ainda continuam ocorrendo no Brasil, mesmo com a presença da Lei Maria da Penha. " Mostrar às mulheres os diversos tipos de violência que a lei enquadra, incentivando e encorajando-as a fazer a denúncia. " Contribuir para uma percepção mais favorável da sociedade em relação ao Estado representado pelas instituições que compõem o sistema de Justiça e o Poder Executivo em relação à efetiva aplicação da Lei Maria da Penha. " Mobilizar, engajar e aproximar toda a sociedade no enfrentamento à impunidade e à violência contra a mulher. " Mudar as atitudes e crenças sociais relacionadas a discriminação, desigualdades e inequidades de gênero que sustentam e promovem a violência contra as mulheres. " Gerar uma posição coletiva visível a partir dos diversos níveis de intervenção direta contra esta forma de violência, fortalecendo as respostas sociais e institucionais mais amplas no sentido da prevenção. " Promover uma mobilização social através das alianças Inter setoriais para condenar e repudiar a violência contra as mulheres. " Fortalecer as redes de mulheres para visibilizar e denunciar a problemática da violência contra as mulheres, além de exigir e incidir na promoção de mudanças nos níveis institucionais e culturais e no trabalho conjunto na prevenção desta violência. " Publicitar a prestação de serviço da Central de Atendimento à Mulher  (Disque 180), que consolidou-se como canal de informações sobre legislações e direitos, violências e crimes e serviços especializados no atendimento de mulheres em situação de violência. A produção do paper vem mostrar o processo que ocorreu para confecção do outdoor, desde a criação da briefing com reuniões em sala de aula até a produção das fotos e realização das artes final do outdoor. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"> O trabalho surgiu como uma forma de denunciar os recorrentes casos de violência que vinham ocorrendo na cidade de Mossoró/RN no ano de 2016. Tendo como público alvo as mulheres que frequentam a Universidade do Estado do Rio Grande do Norte - UERN (17 a 35 anos) que teria acesso a esse outdoor que seria alocado próximo à entrada da universidade, na Avenida Prof. Antônio Campos, avenida essa em que a UERN está localizada em Mossoró, buscando impactar a sociedade e incentivando a denúncia. Segundo o site Exame.com (2016), cerca de 66% dos brasileiros presenciaram uma mulher sendo agredida fisicamente ou verbalmente em 2016. E, em vez de o cenário ter melhorado, a sensação da maioria dos brasileiros (73%) é de que a violência contra a mulher aumentou ainda mais na última década. A maior parte das mulheres (76%) acreditam no mesmo. A luta pelo fim da violência contra as mulheres deve ser diária e abordada em todos os setores da sociedade. Esse tipo de mazela é da responsabilidade geral e deve ser denunciado por todos que tem conhecimento dos casos de violência. A ocasião de dez anos de vigência da Lei Maria da Penha e os dez anos da prestação de serviço da Central de Atendimento à Mulher  (Disque 180), que consolidou-se como canal de informações sobre legislações e direitos, violências e crimes e serviços especializados no atendimento de mulheres em situação de violência. Ao longo de 10 anos, foram prestadas 1.661.696 de informações pelo Ligue 180 e feitos 824.498 encaminhamentos a serviços da Rede de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres. Esta iniciativa é um importante instrumento para redução da aceitação da violência de gênero, que se expressa pela impunidade e descaso da sociedade. Visa potencializar o processo de reversão de opiniões conservadoras da sociedade que até bem pouco tempo mantinha-se omissa à violência contra as mulheres. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">De acordo com o briefing feito em sala, o outdoor deveria abordar a importância do combate a violência doméstica e ao mesmo tempo, despertar ao público da universidade, seja as próprias vítimas, ou os que sabem de casos de violência, levando-os a fazer a denúncia. Entre os desafios estava despertar o interesse/impactar o público da universidade, formado, em sua maioria, por jovens e adultos, no entanto pensar em uma proposta que pudesse gerar a empatia do público acerca da temática para conscientizar a respeito da violência doméstica. A partir da criação do briefing, foi feito um ensaio fotográfico para se obter a imagem do outdoor, foi utilizada uma: " Câmera Canon 60D/ T3i, lente 50mm e 18-55mm. Para a edição das fotos, assim como aplicação da tipografia, foi utilizado o software Adobe Photoshop CC. A redação utilizada foi  Pare de viver esse terror . A palavra PARE, com o intuito de chamar atenção dessa mulher que sofre, para ela dizer  chega ,  por fim a esse sofrimento vivido. A Palavra  Viver utilizada como uma oposição da palavra morte, que é como as vítimas da violência doméstica se sentem, pelo medo da denúncia e medo do agressor, esse dilema que lhe amedronta. E a palavra  terror para simplificar todas as características negativas que a violência, abusos e agressões que essa mulher sofre pelo seu parceiro. E como Peroração/Fechamento, segundo o esquema Aristotélico, defendido por Figueiredo, a palavra  DENUNCIE , encorajando a mulher a fazer a denúncia, simplificando que o terror está em suas mãos, de pôr o fim nele, que está sob seu poder acordar desse pesadelo. Segundo o esquema Aristotélico: Peroração é o fim do texto, assinatura da campanha e logomarca. Conclui o raciocínio e incentiva a ação. Também lembra a marca do anunciante e apresenta as formas como o produto pode ser adquirido.  A persuasão se dá quando localizamos primeiramente os valores do consumidor e depois os associamos às características do produto que estamos anunciando . (Figueiredo 2005, p.54) Na parte inferior esquerda está o Dia internacional de combate a violência contra a mulher, 25 de novembro. E na direita inferior, o ícone do disque 180, para denúncias, e um ícone da Lei Maria da Penha, dando veracidade as denúncias que serão feitas e que elas serão defendidas pela lei. A tipografia utilizada no título da peça (PARE DE VIVER ESSE TERROR. DENUNCIE.) foi Governor, em caixa alta, por se tratar de uma tipografia de espessura grossa, arredondada e sem serifas, o que a faz ideal para títulos e auxilia na leitura rápida. Nas demais frases foram utilizadas a tipografia da família Helvética, mais precisamente helvetica neue medium condensed. A cor amarela foi escolhida para o uso em algumas palavras, para despertar a atenção dos receptores para as frases destacadas.  O amarelo é um pouco mais frio que o vermelho e remete à alegria, espontaneidade, ação, poder, dinamismo, impulsividade. Pode sugerir ainda, potencialização, estimulação, contraste, irritação e covardia. [...] É muito comum a construção de situações antiéticas: uso em oposição À vida cotidiana cinza. (MODESTO, Farina et. al., 2006, pag. 101) </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span class="quatro"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Por se tratar de um tema de extrema importância para a sociedade, foi feita uma leitura da Lei Maria da Penha (Lei 11.340) e um curso com vários módulos disponibilizado virtualmente no site do Senado do Brasil, assim como um estudo da Lei para seleção das informações mais importantes para publicitação. O produto se trata de um outdoor que seria alocado na entrada da universidade (UERN), na qual busca retratar a violência sofrida pela mulher de uma forma diferenciada com olhar artístico e estético. A partir da criação do briefing, foi feito um ensaio fotográfico para se obter a imagem do outdoor. Além da modelo, três alunos do curso de publicidade participaram do processo de criação do produto final. A foto foi produzida em um quarto, ambiente em que muitas mulheres sofrem a violência doméstica, mostrando que os casos ocorrem na maioria das vezes no âmbito do lar da vítima. Foram utilizados lençóis e travesseiros brancos para dar ideia de oposição, (paz) elemento que as vítimas não possuem. Além dos contraste que a peça traz com a blusa da modelo, na cor preta. O ambiente e os elementos foram pensados para transmitir o máximo de naturalidade possível, utilizando papel filme para representar algo que amedronta, agride, desfigura, prende, evita a denúncia por parte da vítima. Para a criação do conceito da campanha foi realizada uma busca por referência, tanto de campanhas já existentes sobre o tema, como de fotos. Chegou-se à conclusão, que as fotografias deveriam ser desconcertante ao ponto do receptor sentir-se no dever de denunciar qualquer agressão que fosse projetada sobre a mulher e isso influenciou a escolha das cores, preto e branco, nas edições das fotografias além de sombras para complementar a cena dramática. Após o ensaio fotográfico, as peças foram tratadas no Adobe Photoshop CC e foi feita a escolha da redação para completar o sentido do outdoor. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify">Percebeu-se o engajamento das mulheres na fanpage da rede social criada para publicitar a arte em que o outdoor foi feita, confirmando que a violência é mais comum do que se imagina e está bem próxima, muitas até fazendo denúncias na própria page. O enfrentamento às múltiplas formas de violência contra as mulheres é uma importante demanda no que diz respeito a condições mais dignas e justas para as mulheres. A mulher deve possuir o direito de não sofrer agressões no espaço público ou privado, a ser respeitada em suas especificidades e a ter garantia de acesso aos serviços da rede de enfrentamento à violência contra a mulher, quando passar por situação em que sofreu algum tipo de agressão, seja ela física, moral, psicológica ou verbal. É dever do Estado e uma demanda da sociedade enfrentar todas as formas de violência contra as mulheres. Coibir, punir e erradicar todas as formas de violência devem ser preceitos fundamentais de um país que preze por uma sociedade justa e igualitária entre mulheres e homens. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2">BRASIL. PROFISSIONAIS DA PROPAGANDA. (Org.). Código de Ética dos Profissionais da Propaganda. 1957. Disponível em: <http://www.cenp.com.br/PDF/Legislacao/Codigo_de_etica_dos_proffisionais_da_propaganda.pdf>. Acesso em: 15 abr. 2017.<br><br>CUNHA, Carolina. Cidadania: Lei Maria da Penha completa dez anos. 2016. Disponível em: <https://vestibular.uol.com.br/resumo-das-disciplinas/atualidades/cidadania-lei-maria-da-penha-completa-10-anos.htm>. Acesso em: 15 abr. 2017. <br><br>FEDERAL, Senado. Dialogando sobre a Lei Maria da Penha. 2016. Disponível em: <http://saberes.senado.leg.br/index.php>. Acesso em: 07 set. 2016. <br><br>MARANHA, Fernanda. Saiba o que a Lei Maria da Penha garante em casos de violência contra a mulher. 2016. Disponível em: <http://delas.ig.com.br/comportamento/2016-08-05/violencia-contra-a-mulher.html>. Acesso em: 16 abr. 2015.<br><br>OLIVEIRA, Sara. Maria da Penha. O caminho rumo ao Nobel da Paz. 2017. Disponível em: <http://www.opovo.com.br/jornal/dom/2017/02/maria-da-penha-o-caminho-rumo-ao-nobel-da-paz.html>. Acesso em: 16 abr. 2017.<br><br>SECRETARIA DE POLÍTICAS PARA AS MULHERES  SPM (Porto Alegre). Central de Atendimento à Mulher - Ligue 180 completa 10 anos. 2015. Disponível em: <http://www.campanhapontofinal.com.br/>. Acesso em: 15 de março de 2017<br><br>SILVA, Zander Campos. Dicionário de Marketing e Propaganda. Rio de Janeiro: Pallas, 1976. <br><br>MODESTO, Farina et. al.. Psicodinâmica das cores em comunicação. Ed. Blücher Ltda. 5º ed., São Paulo, 2006. <br><br> </td></tr></table></body></html>