ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XIX Congresso de Ciências da Comunicação na Região Nordeste</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span class="quatro"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;01354</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;JO</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;JO11</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;FEIRA DA MESSEJANA: ENTRE CORES, VIDAS E SABORES</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Priscila Santos Baima (Universidade de Fortaleza); Alejandro Vivanco Sepúlveda (Universidade de Fortaleza)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;livro-reportagem, feira-livre, grande-reportagem, , </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Este artigo refere-se ao livro-reportagem "Feira da Messejana - entre cores, vidas e sabores" para o Trabalho de Conclusão de Curso em Comunicação Social  Jornalismo. O produto jornalístico foi dividido em três capítulos. No início do livro, faz-se uma apresentação do contexto histórico sobre o surgimento do nome "feira-livre" nas sociedades europeias durante o final da Idade Média (século XV) até a chegada desses mercados ao Brasil e, em seguida, no Nordeste. No primeiro capítulo do livro, a Feira da Messejana é descrita pelo relato do chefe da feira, Estevan Silva, de 60 anos. O segundo capítulo enfatiza a realidade de alguns personagens que compõem o local. Na feira, há trabalhadores formados em matemática, verdureiros, entre outros. O último capítulo diz respeito aos empregos indiretos que a feira gera.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Ao pensar num Trabalho de Conclusão de Curso que pudesse exprimir a energia absorvida durante os primeiros anos de jornalismo de uma jovem apaixonada pela comunicação e por contar histórias, uma pesquisa na frente de um computador não seria o bastante. Precisava-se confrontar a zona de conforto, conhecer o desconhecido: bairro distante, asfalto esburacado, árvores altas e misteriosas, pessoas das mais peculiares fisionomias e personalidades. Para conhecer uma feira-livre de verdade é preciso entender como seu universo funciona. Ela não acontece ao acaso. É preciso sempre manter-se num vínculo inicial e constante. Muito além de uma fonte de abastecimento de gêneros de primeiras necessidades, como cereais, frutas e verduras, a feira-livre promove uma verdadeira mudança no consumo, adapta-se às tendências expressas nas novelas, nos desenhos animados e, principalmente, nas grandes vitrines dos shoppings centers. Situando-se, em sua maioria, nas grandes praças de Fortaleza, as feiras-livres da cidade revelam-se totalmente democráticas. É lá que utensílios de plástico e joias verdadeiras encontram-se num só ambiente. Feirantes, ambulantes, clientes e donos de lanchonete se interligam pela simplicidade. As feiras-livres não são homogêneas, cada uma tem uma peculiaridade que exprime a identidade e características das pessoas e do bairro que as compõe. Muitas vendem de tudo, desde o prego para sustentar um quadro até o videogame de última geração.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Sentar numa calçada ou num banco de madeira na frente de uma banca de jornal e se transformar numa verdadeira "escutadeira" de histórias. Era preciso. E foi. Não somente para fazer sentido as teorias do jornalismo, mas também e, principalmente, dar forma e voz ao que, de fato, comunica: o povo. Sendo assim, unindo o desejo do desconhecido à paixão por escutar histórias e traduzi-las em palavras que possam ser acessadas por um maior número de pessoas, uma feira-livre se transformou no objeto perfeito para concretizar este trabalho. Enaltecer e registrar, portanto, a história dos feirantes e sua relação com os clientes, bem como descrever o cenário, os sons, as cores e os diálogos das personagens de uma feira.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Atualmente, a notícia é o relato de um fato que tem interesse jornalístico imediatista, enquanto a grande reportagem tem, dentre outras características, uma narrativa mais aprofundada, que traz desdobramentos e personagens envolvidos no fato relatado. A imprensa tradicional traz hoje pouco espaço para a reportagem. Com a falta de tempo para apuração e estruturação de grandes reportagens, os veículos de comunicação prezam por informação direta e simples, que lhes permite dar mais atenção ao imediatismo e à necessidade de noticiar os acontecimentos antes que a concorrência o faça, o chamado "furo". Ademais, o espaço para textos mais aprofundados acaba sendo ainda mais limitado pelos anúncios. A imprensa regular deixa muitos vazios encobertos, que podem ser e são desvendados pela reportagem na forma de livro. Mais do que isso, o livro-reportagem contribui para que o leitor conquiste uma compreensão ampliada da contemporaneidade, na medida em que não fica, muitas vezes, limitado aos fatos isolados do cotidiano que geram as notícias dos outros veículos jornalísticos. (LIMA, 1998, p. 17). Pensando em não limitar o cotidiano na forma de pequenas notícias, uma feira-livre se transformou no objeto perfeito para concretizar este livro-reportagem. Para conhecer uma feira-livre de verdade é preciso entender como seu universo funciona. Ela não acontece ao acaso. É preciso sempre manter-se num vínculo inicial e constante. Muito além de uma fonte de abastecimento de gêneros de primeiras necessidades, como cereais, frutas e verduras, a feira-livre promove uma verdadeira mudança no consumo, adapta-se às tendências expressas nas novelas, nos desenhos animados e, principalmente, nas grandes vitrines dos shoppings centers. Situando-se, em sua maioria, nas grandes praças de Fortaleza, as feiras-livres da cidade revelam-se totalmente democráticas. As feiras-livres não são homogêneas, cada uma tem uma peculiaridade que exprime a identidade e características das pessoas e do bairro que as compõe. Sendo a Feira da Messejana uma das maiores e mais tradicionais feiras de Fortaleza, com 4000 m² de extensão, o objeto deste livro-reportagem pode, então, ser definido. O local possui uma riqueza de detalhes e personagens que passam pela feira todos os domingos. Contar histórias de vida praticamente invisíveis, descrever um espaço tão cheio de detalhes e traduzir os cheiros e cores de uma das feiras mais tradicionais da Capital Cearense é um desafio aconchegante. Desafio porque, numa era cada vez mais digital, os textos precisam ser rápidos, curtos e objetivos para suprir a necessidade imediatista do público. Mayara Araújo explica como fenômeno do imediatismo foi previsto desde a era de Gutemberg. Percebe-se que a história das mídias está atrelada às revoluções tecnológicas, moldando-se e reinventando-se a cada descoberta. As inovações no campo digital, mais perceptíveis a partir dos anos 90, vêm paulatinamente transformando o modo de fazer jornalismo, pois mudam também a forma como o público deseja receber a informação. (ARAÚJO, 2011, p. 16). A grande reportagem tem, no processo de feitura, nuances, detalhes descritivos e analíticos de um local e/ou de um personagem. Faz-se necessária aos grandes veículos como forma de complementar e estender a análise de perspectiva dos ambientes e dos personagens que formam uma cidade, um bairro ou até mesmo uma feira-livre. Ricardo Kotscho faz um alerta, justamente, sobre esse fenômeno: a diminuição de profissionais que produzem grandes reportagens. Além de custarem tempo e dinheiro, as grandes reportagens possuem cada vez menos repórteres adeptos da escrita de textos detalhados. A grande reportagem rompe com todos os organogramas, todas as regras sagradas da burocracia  e, por isso mesmo, é o mais fascinante reduto do Jornalismo, aquele em que sobrevive o espírito de aventura, de romantismo, de entrega, de amor pelo ofício. (KOTSCHO, 1986, p. 71).</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Antes de iniciar a pesquisa de campo, foi preciso definir a metodologia do livro "Feira da Messejana - entre cores, vidas e sabores" como (auto)biográfica e uma das técnicas utilizadas foi a entrevista narrativa, que caracteriza-se pela participação mínima do repórter na influência das respostas dos entrevistados. Perguntas abertas como "Me conte a sua história?" e "Como você veio parar aqui?" sugerem respostas mais amplas dos personagens escolhidos. A entrevista narrativa é classificada como um método de pesquisa qualitativa (Lamnek, 1989; Hatch & Wisnieswski, 1995; Riesman, 1993; Flick, 1998). Ela é considerada uma forma de entrevista não estruturada, de profundidade, com características específicas. Conceitualmente, a ideia da entrevista narrativa é motivada por uma crítica do esquema pergunta-resposta (JOVCHELOVICH; BAUER, 2002) Jovchelovitch e Bauer (2002) listam as três principais características que a entrevista narrativa deve ter. A primeira é a de "textura detalhada", em que o personagem deve contar de forma peculiar a sua história. Já a segunda, refere-se à "fixação da relevância". Neste caso, foi necessário que o entrevistado direcionasse sua história de vida para a Feira de Messejana: o porquê de trabalhar no local, as dificuldades, a rotina e a volta para casa. Por fim, a terceira característica da entrevista narrativa é o "fechamento da gestalt". O termo refere-se aos acontecimentos centrais da história do personagem, devendo ser contatos com um início, meio e fim. "Esta estrutura tríplice de uma conclusão faz a história fluir, uma vez começada: o começo tende para o meio, e o meio tende para o fim." (JOVCHELOVICH; BAUER 2002, p. 95). Na segunda etapa da pesquisa da narrativa para este livro, foi preciso buscar a origem das feiras-livres e como elas chegaram ao Brasil apresentando uma linha do tempo ao longo da civilização. O livro bilíngue "100 anos de feiras livres na cidade de São Paulo", bem como a tese de dissertação de Mestrado de Vicente de Menezes "Feiras-livres em Fortaleza  retratos da polissemia urbana" proporcionou para este trabalho um rico contexto histórico desde a época da Idade Média na Europa até os dias atuais de como funciona a estrutura e rotina de uma feira-livre. Há, também, influência direta da linguagem abordada pela escritora e jornalista Eliane Brum. Em suas duas obras "A vida que ninguém vê" e "A menina quebrada", a autora consegue traduzir, com precisão e riqueza de detalhes, a realidade de pessoas desconhecidas, utilizando a grande reportagem e a crônica como ferramentas para seus feitos jornalísticos. Brum (2013) inclui em seus livros, além da técnica jornalística, uma sensibilidade e empatia com quem está entrevistando. A carne da minha reportagem são os "desacontecimentos", palavra que dá conta de uma escolha: escrevo sobre a extraordinária vida comum, sobre o cotidiano dos homens e das mulheres que tecem os dias e também o país, mas nem sempre são contados na história. Sobre aquilo que se repete e, por equívoco ou por miopia, é interpretado como banal. Ao empreender essa narrativa, busco subverter o foco, embaralhando os conceitos de centro e de periferia. Sou uma repórter de desacontecimentos. (BRUM, 2013, p.13-14). Baseada nesses exemplos de narrativa e na pesquisa etnográfica, foi escolhida a narrativa do livro-reportagem. Contar história significa, portanto, permitir que o entrevistado fale abertamente sobre o que acomete sua vida e a realidade que o cerca, sempre se preocupando em contextualizar e, acima de tudo, ter a sensibilidade de transcrever todas as palavras ouvidas. No primeiro capítulo do livro "Feira da Messejana  entre cores, vidas e sabores", a feira é apresentada de maneira simples por meio da descrição do local e a narração de um dos símbolos mais importantes do lugar: Francisco Estevan da Silva, conhecido como o "chefe da feira". Trabalhando no local há 40 anos, Estevan possui documentos, fotos e certificados que comprovam sua eficiência como fiscal da feira. Seu protagonismo, porém, vai além das regras estabelecidas pelas autoridades locais. Estevan define a Feira da Messejana como sua linguagem, onde sente-se bem e tem amigos. O capítulo "Impressões Primeiras" também conta com fotos que traduzem a porta de entrada da feira para o leitor. Já no segundo capítulo, a história do livro começa a se aprofundar, pois os personagens do local começam a tomar forma e identidade. Um vendedor de roupas, uma dona do quiosque e um verdureiro com uma infância difícil são os protagonistas. Os clientes fiéis à feira também ganham espaço nas palavras. O terceiro e último capítulo trata-se dos empregos indiretos que a feira gera. Ambulantes em geral também caminham pela Feira da Messejana para ganhar o sustento de cada dia. São vendedores de tapete, doces e água que completam o cotidiano daquele ambiente. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span class="quatro"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Tudo começou com o desejo de escrever um livro que falasse sobre pessoas simples e sua relação com a cidade. O livro-reportagem, primeiramente, tratar-se-ia de não só uma feira de Fortaleza, mas de três: Feira da Madrugada (José Avelino), Feira da Parangaba e Feira da Messejana. Os locais, tradicionais por conterem um grande número de feirantes e clientes, eram grandes objetos de estudo, mas demais para um livro só. Três feiras e suas peculiaridades merecem três livros. Foi preciso escolher uma delas e mergulhar no universo de seus corredores. Unindo a vontade de escrever sobre gente ao regionalismo marcado por um dos símbolos mais marcantes da literatura cearense  a índia Iracema  a feira escolhida foi a Feira da Messejana. O local é um dos maiores e mais tradicionais de Fortaleza, com 4000 m² de extensão. A feira possui uma riqueza de detalhes e personagens que passam pelo espaço todos os domingos. Contar histórias de vida praticamente invisíveis, descrever um espaço tão cheio de detalhes e traduzir os cheiros e cores de uma das feiras mais tradicionais da Capital Cearense é, portanto, a inspiração para que a Feira da Messejana fosse, de fato, escolhida. As visitas à feira começaram no dia 30 de agosto de 2016 e terminaram no dia 27 de novembro do mesmo ano. Nas primeiras idas ao local, foram feitas anotações no caderno, fotografias e conversas com alguns feirantes. Foi preciso, primeiro, observar. Depois, quando o local parecia mais familiar e os rostos mais conhecidos, as primeiras entrevistas foram realizadas. Fotografias de personagens também foram feitas com mais comodidade. Ao final, nos últimos domingos, foi preciso observar novamente o local, pois, por ser um ambiente mutável, as barracas, feirantes e produtos já não estavam na mesma localização que estavam nas primeiras visitas. Não foi possível entrevistar personalidades da Prefeitura de Fortaleza, pois, a época de produção do livro, também era o momento da campanha eleitoral e ficou inviável manter contato. Ao total, foram feitas 12 visitas ao local, 60 horas em campo. Com todas as entrevistas, reportagens e fotos feitas, o último processo do livro "Feira da Messejana  entre cores, vidas e sabores" foi iniciado. O texto foi editado e corrigido, as 41 fotos foram editadas pela autora e o fotógrafo Elias Braga e a diagramação ficou por conta do designer Mahamed Prata. O processo inteiro durou cerca de duas semanas. Por fim, o último a ser definido foi o título do livro-reportagem: "Feira da Messejana - entre cores, vidas e sabores". Entre cores porque a feira possui uma variedade imensa de espaços coloridos pelas frutas, verduras, estampas de roupas e de lixo. Vidas porque quem compõe a feira são pessoas com histórias de vida a ser compartilhadas caso alguém queira sentar com elas por pelo menos cinco minutos. Sabores, pois em cada quiosque podemos experimentar frutas frescas, cafés, salgados e o gosto do nosso próprio suor ao caminhar por toda a feira. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify">O livro-reportagem "Feira da Messejana  entre cores, vidas e sabores" proporcionou, num primeiro momento, reviver a história de um dos locais mais tradicionais e populares da cidade de Fortaleza, que traz na bagagem personagens essenciais para que a polissemia urbana do local se mostre presente diariamente. Um lugar onde nem todos frequentam, mas que, de algum modo, ouvem falar. Os corredores longos e coloridos da Feira da Messejana revelam surpresas: pessoas simples recebem os visitantes de braços abertos, sempre com sorrisos e afagos no rosto. A fotografia, tão realçada nas 100 páginas do livro, é o real que a feira-livre é: quente, rápida, sortida e calorosa. Três meses é um tempo rasteiro para concluir o que a livre feira pode oferecer. Corredores de roupas e frutas, passando pelos cortes de carne e peixes carregam muito mais do que os significados preciosos definidos por seus feirantes. Lá, é onde o permitido e o permissivo acontecem. É nela que os livres pés e passos percorrem, se correlacionam e se autodefinem para um bem maior. A Feira da Messejana não pode ser definida como apenas um lugar, uma praça, um comércio popular onde passam milhares de pessoas todos os dias. É, justamente, por meio de seus personagens que todo o encanto acontece desde o primeiro pisar naquele chão. A livre feira, define-se como um sentimento, ativado apenas quando os primeiros passos de um olhar curioso entra em suas artérias. Por fim, é importante ressaltar o processo técnico de produção e do fazer jornalístico como um grande ensinamento para formação profissional de um aluno de comunicação. A pesquisa sobre feiras-livres foi o ponta pé inicial para se continuar conhecendo como a sociedade é transformada constantemente por pessoas comuns. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2">ARAÚJO, Mayara de. Histórias de Beco: quando a poeira assenta entrevemos rostos, punhos e corações. 1, edi. Fortaleza, CE. Editora Expressão Gráfica, 2011.<br><br>BRUM, Eliane. A vida que ninguém vê. 1, edi. Porto Alegre, RS. Editora Arquipélago Ltda., 2006.<br><br>BRUM, Eliane. A menina quebrada. 1, edi. Porto Alegre, RS. Editora Arquipélago Ltda., 2013.<br><br>DELORY-MOMBERGUER, Christine. Abordagens metodológicas na pesquisa biográfica. Trad. Anne Oliveira. Revista Brasileira de Educação, v.17, n.51, p.523-536, set-dez 2012.<br><br>FREITAS, Edmar. Messejana. 1, edi. Fortaleza, CE. Coleção Pajeú, 2014.<br><br>JOVCHELOVITCH, Sandra; BAUER, Martin. Entrevista Narrativa. In: BAUER, Martin; GASKELL, George. Pesquisa qualitativa com texto, imagem e som: Um manual prático. 4 ed. Petrópolis: Vozes, 2002. <br><br>JUNQUEIRA, Hélio; PEETZ, Márcia. 100 anos de feiras livres na cidade de São Paulo. 1, ed. São Paulo, SP. Editora Via Impressa, 2015.<br><br>KOTSCHO, Ricardo. A prática da reportagem. 1, ed. São Paulo, SP. Editora Ática, 1986.<br><br>LIMA, Edvaldo Pereira. O que é livro-reportagem. São Paulo: Brasiliense, 1998.<br><br>LIMA, Edvaldo Pereira. Páginas ampliadas: o livro-reportagem como extensão do jornalismo e da literatura. São Paulo: Manole, 2009.<br><br>MEDINA, Cremilda de Araújo. Entrevista: o diálogo possível. São Paulo: Ática, 1995.<br><br>PENA, Felipe. Jornalismo literário. São Paulo: Contexto, 2008.<br><br> </td></tr></table></body></html>