ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XIX Congresso de Ciências da Comunicação na Região Nordeste</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span class="quatro"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;01615</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;PT</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;PT02</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;Projeto Gráfico Impressões na Mesa</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Iury Figueiredo Campos (Universidade Federal do Ceará); Claryce Oliveira dos Santos (Universidade Federal do Ceará); Filipe Pereira da Silva (Universidade Federal do Ceará); Ingrid Oliveira Tavares (Universidade Federal do Ceará); Diego dos Santos Barbosa (Universidade Federal do Ceará); Larissa Pereira dos Santos (Universidade Federal do Ceará); Larissa Feitosa dos Santos (Universidade Federal do Ceará); Mayara Carolinne Beserra de Araújo (Universidade Federal do Ceará); Theyse Viana Santana (Universidade Federal do Ceará); Ana Beatriz Leite de Souza (Universidade Federal do Ceará); Yngrid Sydnara Bezerra Matsunobu de Oliveira (Universidade Federal do Ceará); Kamylla Karen Veras Carvalho (Universidade Federal do Ceará); Paulo Yan Carloto de Souza (Universidade Federal do Ceará); Carlos Eduardo Pereira Freitas (Universidade Federal do Ceará); Nícolas Paulino Pinto Menezes (Universidade Federal do Ceará); Thamiris Lisboa Treigher (Universidade Federal do Ceará); Ana Rute Ramires (Universidade Federal do Ceará); Carolina Mesquita Melo (Universidade Federal do Ceará); Marcelo Andey Monteiro de Queiroz (Universidade Federal do Ceará); Túlio de Carvalho Queiroz (Universidade Federal do Ceará)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;Gastronomia, design, projeto gráfico, jornal-laboratório, experimentalismo</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O projeto gráfico do  Impressões na Mesa possibilita a experimentação em design na criação de um material imagético para um jornal de Gastronomia. Permite o exercício criativo em comunicação onde uma identidade precisa ser transmitida seguindo determinadas regras e inovando em outros pontos. É fruto da disciplina de Jornal Laboratório do Curso de Jornalismo da UFC, e permite comprovar na prática propostas levantadas para o jornalismo laboratorial.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O Jornal Impressões é um tradicional produto da disciplina de Jornal Laboratório do sétimo período do Curso de Jornalismo da Universidade Federal do Ceará. Tradicionalmente, a cada semestre, três edições são lançadas seguindo uma linha temática definida pela turma e o orientador. Com a característica de jornal laboratorial, o Impressões tem como norte o exercício do Jornalismo simulando um ambiente de trabalho, mas com o diferencial de um produto experimental, que também faça uso da criatividade e da liberdade de uma produção universitária. Foram esses os ideias que precederam a produção do  Impressões na Mesa , edição jornal laboratorial aqui apresentada. Em cima desses pressupostos, a turma de 2016.2 decidiu seguir a área temática do jornalismo cultural, mais especificamente da Gastronomia. Com o conteúdo voltado para este horizonte, o design segue com referências nesta vertente de estudos, mesclando princípios do design de jornal com o jornalismo de revista e gerando um produto que, graficamente, aproxima-se de um suplemento de gastronomia. O design gráfico do  Impressões na Mesa tenta respeitar as regras tradicionais do design, ao mesmo tempo que aproxima-se de algumas fronteiras tendo em mente a melhor recepção do produto pelo público-leitor e o potencial experimental do projeto. Possui um conceito bem definido e estruturado que atravessas as três edições e suas particularidades, dando unidade ao projeto final. E não se esquece de um princípio jornalístico, seja na palavra ou na imagem: contar uma história. Da capa à contracapa cada página de cada edição foi pensada como uma narrativa que condiz com um dos três conceitos que foram definidos para simplificar de forma abstrata o processo da produção gastronômica: colheita, preparo e bistrô. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O projeto gráfico do  Impressões na Mesa tem como principal objetivo dar suporte ao conteúdo desenvolvido para essa edição do Jornal Laboratório. Em essência, segundo Ambrose e Harris (2012), todo layout, que é o arranjo dos elementos que compõe aquela obra, serve para apresentar esses elementos visuais e textuais assim como orientar o leitor por entre as informações. Outros desafios, porém, atravessavam esse projeto gráfico. Um deles foi o de criar uma identidade visual forte e marcante o suficiente para diferenciar este produto dos antecessores e criar nas três edições uma unidade e coerência entre elas. As edições de outros semestres do Impressões tinham um formato mais tradicional e a temática mais voltada para questões sociais, ambientais e políticas. Sendo a Gastronomia compreendida, aqui, como uma expressão do campo da cultura (DO AMARAL, 2006) este produto trata de Jornalismo Cultural, e necessitava de uma demarcação desta diferenciação diante dos demais. Ao mesmo tempo que surge como desafio a criação de uma unidade entre os três produtos e a diferenciação dos anteriores, o design gráfico do  Impressões na Mesa também precisou atentar às necessidades do projeto editorial do Jornal, que trazia, dentro da temática da Gastronomia, uma abordagem ampla sobre os assuntos das mais diversas naturezas. Por fim, todo o projeto precisava atender às possibilidades e propostas de um Jornal Laboratório:  O jornal-laboratório familiariza o aluno com a forma gráfica, dando-lhe conhecimento razoável da arte tipográfica e dos sistemas de impressão, de diagramação e do uso de ilustrações e cores, melhorando-os na parte estética. (LOPES, 2002, p.49 e 50). Destaca-se, ainda, a possibilidade de experimentação que um projeto laboratorial traz (LOPES, 2002), fazendo com que o design ganhe o direito, se não o dever, de não apenas colocar em prática as regras de diagramação como também quebra-las e experimentar novas abordagens imagéticas e tipográficas. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A Gastronomia tem se tornado cada vez mais presente no cotidiano das pessoas. Para além do ato de alimentar-se, a área tem adentrado em diversas outras pautas, como política e entretenimento. Amaral (2006) afirma que O jornalismo gastronômico é um dos temas do jornalismo cultural que mais vem crescendo no Brasil, juntamente com a importância da própria gastronomia. O assunto deixou de ser periférico para se tornar comum em jornais e revistas. Em vez de frequentar apenas as seções de receitas das publicações femininas, como antigamente, a gastronomia agora figura como assunto recorrente em publicações de todos os tipos, voltadas para públicos variados. (DO AMARAL, 2006, p3) Essa realidade é facilmente observada em grades de televisão, com programas e reality shows sobre Gastronomia deixando de ocupar horários com menos audiência, e indo para o horário nobre, recebendo cada vez mais espaço em canais fechados como o GNT da rede Globosat. Este investimento na área da Gastronomia ganha ainda mais força quando começa-se a compreender a relação desta com a arte, segundo Onfray (1999):  A cozinha relaciona-se com as belas-artes e com as práticas culturais das civilizações de todas as épocas. As cozinhas dos diversos períodos históricos representam-nos, tanto quanto as pinturas, as sonatas, as esculturas, as peças de teatro ou de arquitetura. (ONFRAY, 1999, p124) Assim sendo, observa-se que o espaço da Gastronomia fica mais amplo nos cadernos de jornalismo cultural das mídias impressas. Gruszynski (2014) destaca a necessidade de um pensamento gráfico para esse tipo de material. Para ela, os cadernos de cultura são historicamente entendidos como espaços de experimentação em design impresso, e fazem uso dessa característica como forma de diferenciação discursiva. Observa-se, porém, que a forma como a temática da cozinha é tratada na mídia tradicional, especificamente nos maiores veículos de jornalismo impresso do Ceará, prende-se a questões comerciais, fazendo uso dos espaços dos cadernos para divulgação de produtos alimentícios. Um olhar crítico para essa situação levanta a necessidade de se produzir um material que firme a Gastronomia como pauta importante e relevante, com a capacidade de gerar boas reportagens. Soma-se aos conceitos apresentados, as características laboratoriais deste produto. Oliveira e Rodelli (2006) falam sobre a necessidade da produção jornalística em universidades estar atrelada ao cotidiano fora desses ambientes: O espaço dentro da universidade é necessário para debater e pesquisar temas relevantes do cotidiano, trazendo para a comunidade informações de utilidade pública, ao mesmo tempo em que os alunos tomam consciência das responsabilidades que envolvem a profissão. (OLIVEIRA; RODELLI, 2006, p.3) Acrescentando o pensamento de Lopes (2002) sobre as possibilidades de experimentação que um Jornal Laboratorial possui, pode-se dizer que o projeto gráfico do  Impressões na Mesa possibilita o contato dos estudantes com a prática da criação em design, simulando uma experiência em redação. Mas, ao mesmo tempo, traz o potencial, se não a exigência do desenvolvimento de um material criativo. Por tratar-se de um produto do Jornalismo Cultural, demanda desta experimentação gráfica, e mais ainda por possuir a liberdade de um Jornal Laboratório. Para além das características que envolvem o ensino e a produção do  Impressões na Mesa , projeto gráfico se justifica, também, no consumo. Criar um material de forma a identificar claramente uma temática de grande relevância, mas com uma angulação diferenciada da mídia tradicional, tornou-se de grande necessidade. O leitor necessita do material visual compreender o conceito proposto pelo periódico. Assim como, o design cumpre o papel de organizar e orientar o conteúdo, hierarquizando a informação e guiando a leitura, adicionando carga emocional a mensagem transmitida (GRUSZYNSKI, 2014).</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O primeiro momento da produção gráfica do  Impressões na Mesa foi compreender o projeto editorial do jornal. A turma reuniu-se com a professora orientadora, e discutiram a temática do jornal, as pautas que seriam possíveis e a abordagem utilizada. Definidas estas questões, separou-se a turma entre os alunos que iriam participar da produção de reportagens, e aqueles que ficariam com a criação de diagramação e fotografias. Estas definições seriam possíveis de se alterar de acordo com o desejo dos alunos, a cada edição do jornal. O processo seguinte foi o de referências. Diversos materiais foram analisados, desde produtos nacionais até internacionais. Capas, fotografias, diagramação, marcas, tudo isso foi destrinchado para compreender o que já vem sendo feito no Jornalismo Gastronômico, e o que se quer fazer. Organizou-se, ainda, conversas com profissionais experientes no mercado cearense, entre eles fotógrafos e designers, que recomendaram referências visuais e acadêmicas sobre o assunto. Encerrada a etapa de construção do conceito, a turma se dividiu em equipes de três pessoas: um repórter, um fotógrafo e um diagramador. O formato levava em conta que cada reportagem, que ficaria a cargo de uma equipe, teria um diagramador próprio, que acompanharia o processo de apuração da reportagem e conseguiria uma relação mais íntima com a reportagem, sendo capaz de dar mais personalidade às páginas diagramadas, e adicionar um conteúdo emocional a elas (SALTZ, 2010). O processo técnico de diagramação fez uso dos seguintes softwares de edição e tratamento de imagens e textos da marca Adobe: Adobe InDesign, para diagramação de páginas e criação de layouts, Adobe Photoshop, para manipulação de imagens e fotografias, e Adobe Illustrator na criação de ícones, ilustrações e imagens vetoriais como um todo (MARTINS, 2015). Este processo técnico era feito em conjunto, com toda a equipe responsável pela diagramação em um laboratório da universidade, com a orientação da professora. Assim como já foi colocado anteriormente, o design deste produto tinha o desafio da criação de uma identidade. Para isso, umas das mais importantes ferramentas disponíveis é a capa. White (2003) fala desta ferramenta:  cada publicação deve deixar sua marca, e a capa incorpora essa característica e ostenta esse sentido de identidade (WHITE, 2003, p.185). Mais à frente ele refere-se à capa como  um pôster em miniatura, como um cartaz emitindo a sua mensagem enquanto você passa a cem por hora. Assim, esta parte da publicação precisa ter um apelo considerável. Para cada publicação, então, foi feita uma foto de capa e uma para a contracapa. O jornal se divide editorialmente em três momentos da criação gastronômica: a colheita do alimento, o preparo da refeição e o serviço do prato. Assim, cada capa visa abstrair e ao mesmo tempo representar uma parte deste processo. Em cada edição tomou-se o cuidado de manter elementos imagéticos que se repitam a fim de criar uma unidade entre elas (HULBURT, 2002). Outro elemento poderoso que compõe a identidade do jornal é o logo. White (2003) o define como:  o símbolo, o design cuja imagem vem à mente imediatamente quando o nome é mencionado. É também o primeiro de uma série de sinais que precisam ter um aspecto visual consistente para que a publicação fique amarrada (WHITE, 2003, p.187). Assim a marca do  Impressões na Mesa foi discutida exaustivamente a fim de encontrar fontes com características necessárias para transmitir o requinte da Gastronomia e a modernidade e potencial experimental da publicação do Jornal Laboratório. Seguiu-se as regras de design expostas por Saltz (2009). As mesmas regras foram usadas para escolher a tipografia que compõe o corpo do texto do jornal, mas dando prioridade às questões de legibilidade. O  Impressões na Mesa trouxe mais um diferencial diante dos seus antecessores, uma ferramenta extra: a possibilidade de criação de uma capa colorida. Por questões de suporte, a gráfica universitária da Universidade Federal do Ceará, apesar de imprimir gratuitamente os produtos do Jornal Laboratório, nunca os fez com imagens coloridas. A natureza do tema da Gastronomia, porém, demanda a utilização de cores. Segundo Barros (2006), a cor é  uma ferramenta poderosa para a transmissão de ideias, atmosferas e emoções, e pode captar a atenção do público de forma forte e direta, sutil ou progressiva (BARROS, 2006, p. 15). Compreendeu-se, então, que este material de jornalismo gastronômico dependia, pelo menos em algum momento, de um material colorido, com apelo imagético, potencial de transmissão de sensações e emoções, características próprias da gastronomia. Assim, foi solicitado à Imprensa Universitária da UFC, e as três capaz e três contracapas do  Impressões na Mesa foram feitas em cores. A escolha destas cores levou em conta o efeito que se pretendia transmitir no leitor, em geral o de estímulo e ação, características de cores quentes, como descreve Barros (2006). Outro artifício gráfico usado largamente no  Impressões na Mesa foram as ilustrações. Questões diversas impossibilitam que alunos de uma universidade pública façam algumas coisas que estão nos planejamentos das pautas. Assim, quando isso aconteceu, os estudantes responsáveis pela diagramação e a professora orientadora se reuniam e pensavam em uma forma de resolver o caso. A solução veio, muitas vezes, da ilustração. O potencial de abstração desta ferramenta possibilitou que imagens como a vista aérea de um lugar enorme com a CEASA fosse reproduzida sem a utilização de drones. Ou imagens de plantas que são de difícil identificação pudessem ser representadas de forma mais interessante e chamativa do que as fotos destas. As últimas ferramentas que destacam-se na criação deste projeto gráfico são as sinalizações e as aspas. Segundo White (2003) as citações entre aspas  usam a sedução intelectual para trazer o leitor para dentro da história. Declarações provocativas ou cheias de imaginação despertam atenção (WHITE, 2003, p. 129). Assim este artifício foi usado largamente para capturar a atenção do leitor, assim como criar espaço de ventilação do texto, onde os olhos podiam descansar sem precisar usar uma imagem. As sinalizações, aqui, tiveram um papel especial de conectar as matérias dentro do jornal. White (2003) fala do potencial de criação de uma unidade com estes sinais, contanto que eles sejam repetidos e bem visíveis. Pensando nisso, a equipe de diagramação criou três modelos diferentes de sinalização: uma para cada edição. Além de identificar páginas, auxiliar na leitura e indicar direções ao leitor, estes sinais serviram, aqui, para demarcar qual edição estava sendo lida e ainda conectar o desenho do sinal com a temática da edição. Os sinais próximos que marcava às citações seguiam da mesma ideia. Com o fim do trabalho da equipe de diagramação, a cada edição um editor de imagem, um estudante que se voluntariava para o cargo, ficou responsável por reunir todo o trabalho produzido em um arquivo só e fazer os últimos ajustes. Seguiu-se o padrão técnico exposto por Nelson Martins (2015) na sua obra  A imagem digital na editoração . Padrões de resolução de imagens foram aplicados posteriormente, grids que eventualmente poderiam estar errados, iluminações mal colocadas e, principalmente, canais de cor. As fotos digitais, sempre produzidas em RGB, foram transformadas em CMYK, tipo de composição de cor que é a utilizada para a impressão (MARTINS, 2015). Encerrado este processo, o material foi enviado para a Imprensa Universitária, onde foi feito uma versão teste, que se fosse aprovada iria para a impressão, se não, voltava para a correção do editor de imagem. Por fim o material foi distribuído pelos próprios alunos em diversos locais da cidade e pelos campus da Universidade.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span class="quatro"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O  Impressões na Mesa é composto por três edições que conversam entre si, mas que possuem características próprias de design em cada uma delas. Seguindo a ideia de criação de uma unidade, repete-se algumas características fortes em todas as edições, mas usa-se, também, do conceito de cada uma delas para dar uma personalidade única e independente para uma publicação. Por isso, serão destrinchadas, num primeiro momento, características que são comuns às três edições e que fazem parte do conceito do projeto editorial como um todo. Depois, cada uma das publicações receberá atenção especial com destaque nos pontos principais do design delas. O primeiro ponto a se observar é o conceito do  Impressões na Mesa . O jornal laboratorial fala de Gastronomia, tema complexo e amplo. Para simplificar a compreensão do leitor, a turma escolher por dividir o processo gastronômico em três. Assim cada parte da criação de um prato receberia uma atenção especial. Cada um dos conceitos será explicado mais adiante, assim como o efeito disso no design gráfico. O logo, uma das mais poderosas ferramentas de demarcação de estilo e criação de unidade de uma publicação, foi pensado para remeter às publicações tradicionais de Gastronomia. A escolha de uma fonte para o  Impressões sem serifa (a fonte usada é a Antipasto, peso regular), mas arredondada, traz leveza ao título ao mesmo tempo em que é moderna. Para contrastar com ela, o  na mesa está com uma fonte cursiva (tipo usado foi o Notera Personal, também regular), trazendo pra questões mais tradicionais da cozinha, como livros e cadernos de anotações. Ainda sobre o título, há um contraste entre as duas partes da marca  Impressões na Mesa . A primeira parte, em fonte sem serifa e moderna, é bem maior e mais pesada do que a segunda, com letra cursiva. A intenção é manter a marca  Impressões , que da títulos a diversos outros produtos do Curso de Jornalismo da UFC, como mais prioritária e chamativa. O  na mesa surge quase como um complemento. A cor dele varia de acordo com a capa, possibilitando maior dinamicidade e relação tipografia-imagem. As fontes de título, subtítulo, antetítulo, abre, box e citação são todas da família Akrobat, variando apenas em peso, cor e tamanho. É uma forte sem serifa, um pouco mais reta e moderna do que a Antipasto, ideal para títulos, mas também com boa legibilidade para pequenos textos como os do abre e do box. Mercury foi a fonte escolhida para o corpo do texto das reportagens, editoriais e artigos de opinião. Em todos eles o tamanho é 11. A escolha da fonte levou em conta, primordialmente, a legibilidade. O último ponto em comum nas três edições a ser destacado está nas fotografias da capa e contracapa. Feitas pelos próprios estudantes do curso, estas fotos foram pensada para contar uma história, casando com o conceito da edição que ela ilustra. O que as conecta em todas é a presença de um alimento comum, no caso a tomate. Predomina, também, em todas as três os tons fortes e avermelhados, escolhidos pelo potencial de gerar sensações estimulantes, segundo Barros (2006). Daqui pra frente as características destacadas referem-se às edições específicas do jornal laboratorial. Como já foi dito anteriormente, cada reportagem foi diagramada dentro de algumas regras gerais, mas com a liberdade de expressar-se dentro do projeto gráfico. Assim, descrever cada uma delas seria muito trabalhoso, por isso será destacado alguns pontos de cada edição. A primeira edição do  Impressões na Mesa tenta dar conta da fase inicial do percurso de um prato: a criação do ingrediente. Intitulada  colheita , é neste conceito que se trabalha todas as reportagens desta primeira edição e principalmente o design. A capa desta primeira edição traz o tom terroso, madeiras, texturas cruas, primitivas e grosseiras. Remete ao processo de plantação. A tomate está sozinha na página, em destaque pelo contraste de cores e ilesa de cortes ou processos. É ainda a forma bruta do ingrediente, sem nenhum preparo gastronômico, apenas no início da produção, uma referência ao conceito da própria edição. As páginas do editorial também trazem alimentos em suas formas mais simples, agora sem cores, mas com texturas rudimentares. A maior parte dos alimentos estão sem nenhum corte, excetuando um ou outro que estão partidos de forma grosseira. Os ícones desta primeira edição são todos baseados em duas linhas com pontas achatadas que se encontram, como um triângulo sem base. As linhas, sozinhas, lembram sementes, e juntas são uma abstração de uma planta que brota da terra. Estes ícones aparecem como linhas superiores nas páginas, nas paginações, nas citações com aspas e em outros espaços onde a sinalização se faz necessária. A contracapa já mostra os alimentos cortados em sua maioria, mas em contes brutos, antecipando a próxima parte do processo que vem no jornal seguinte. Seguindo esta lógica, a segunda edição trata do momento do  preparo de um alimento. A capa traz a tomate novamente, mas agora cortada em pedaços, como se iniciasse a preparação do ingrediente para ser processado. A sua volta outros alimentos aparecem, como folhas verdes, que além de dar pistas do prato futuro, traz outra cor para a capa. A própria textura da madeira usada não é mais tão rústica, é trabalhada com mais acabamentos. Quem também se destaca juntamente com a tomate é o macarrão que é usado para dar destaque à manchete da edição. O texto foi trabalhado com mais cuidado nesta edição para não se sobrepor a nenhum elemento da capa. A páginas do editorial, aqui, imitam uma cozinha. As laterais estão repletas de facas, garfos e outros utensílios que são comuns em cozinhas. Um tratamento de imagem foi feito para deixar esses itens com os brilhos metálicos ainda mais fortes criando textura no preto e branco. Os textos também trabalham para interagir com a imagem de fundo. Os ícones desta edição são uma adaptação das linhas usadas na edição anterior. Porém, ao invés de formarem um ângulo entre si, elas são paralelas umas às outras. Remetem ao corte de uma faca, ao processo organizado de uma cozinha, que vai modificando o alimento gradualmente. Eles também são usados nas mesmas situações que os da edição primeira. A contracapa traz vários alimentos em pequenos pedaços e processados, com o expediente no fim dela. Aqui, diferente da anterior, ingredientes como temperos e ervas secas aparecem. O processo na cozinha se avança mais. Por fim, a edição final traz o  bistrô . Concentrada no serviço do prato, a capa da terceira edição é visualmente mais refinada. Os ingredientes não estão mais espalhados, e sim organizados no prato, todas processadas em um macarrão, pronto para ser servido. Duas mãos oferecem a comida em cima de uma textura bem refinada, de uma toalha de mesa vermelha. Esta cor, inclusive, ainda impera na capa, assim como nas anteriores. O texto se organiza de forma elegante e bem ajustado. O editorial segue na linha do requinte. Gotas de molho e de vinho se espalham nas laterais das páginas, com um talher e uma taça nas extremidades, respectivamente. Neste, a textura da foto é mínima, muito refinada, e o texto se organiza de forma elegante. Os ícones não são mais linhas retas, e sim curvas, cheias de voltas, como colchetes, remetendo ao requinte e luxo de um bistrô. Repetem-se em todos os lugares que os ícones estavam nas edições anteriores. A última contracapa mostra o mesmo prato da capa, mas agora sujo e sendo retirado. A refeição finalmente acabou, simbolizando o fim dos três jornais e encerrando a publicação  Impressões na Mesa . </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify">A produção do design gráfico do  Impressões na Mesa mostrou a potencialidade da linguagem visual enquanto produtora de sentido. Os desafios de criar um material referente à Gastronomia e Jornalismo Cultural mostraram peculiaridades e dificuldades que estas áreas trazem para o design, e forçou o exercício da criatividade e da comunicação para contar a história e o conceito definido de forma imagética. Nesta situação específica, desenvolve-se, mesmo que forçadamente, novas habilidades e um pensamento diferenciado para encontrar a solução. Faz parte do design, e faz parte da aprendizagem. Quanto a produção laboratorial, ficou claro as possibilidades que podem ser exploradas em uma situação como essa. As experimentações gráficas foram possibilitadas pelas condições de liberdade que o Jornal Laboratório traz. Para alunos no fim do Curso de Jornalismo, experimentar a prática de forma tão peculiar é de grande lucro para o desenvolvimento da criatividade. Além disso, a disciplina é uma das poucas dentro do Curso da UFC que permite a utilização de conhecimentos gráficos na prática. Assim sendo, permite um contato experimental com a área e cria portfólio para quem almeja uma carreira no design, ao fim da universidade.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2">AMBROSE, Gavin; HARRIS, Paul. Layout. Bookman Editora, Porto Alegre, 2012.<br><br>BARROS, Lilian Ried Miller. Cor no processo criativo: Um estudo sobre a Bauhaus e a teoria de Goethe. Senac, São Paulo, 2006.<br><br>LOPES, D. F. Jornal laboratório: do exercício escolar ao compromisso com o público-leitor. São Paulo: Summus Editorial. 2. ed. 2002.<br><br>DAMASCENO, P. L.; GRUSZYNSKI, A. C. Design de jornais - processos, rotinas e produtos: um estudo do Segundo Caderno, suplemento cultural de Zero Hora. Brazilian Journalism Research (Online), v. 10, p. 108-127, 2014. Disponível em: <https://bjr.sbpjor.org.br/bjr/article/view/551>. Acesso: 28 de abril de 2017<br><br>DO AMARAL, Renata Maria. Gastronomia: prato do dia do jornalismo cultural. Recife, 2006. Disponível em: < http://repositorio.ufpe.br/bitstream/handle/123456789/3492/arquivo4752_1.pdf?sequence=1&isAllowed=y> Acesso: 28 de abril de 2017.<br><br>DO AMARAL, Renata Maria. Da cozinha à sala de estar: um olhar sobre a gastronomia no jornalismo cultural brasileiro. São Paulo, 2006. Disponível em: < http://www.compos.org.br/seer/index.php/e-compos/article/viewFile/72/72> Acesso: 28 de abril de 2017.<br><br>ONFRAY, Michel. A razão gulosa: filosofia do gosto. Rocco, Rio de Janeiro, 1999.<br><br>OLIVEIRA, Dennis de; RODELLI, Patrícia. Jornal-laboratório: prática extensionista articulada com a dimensão ética do jornalismo. Revista Brasileira de Ensino de Jornalismo, Brasília, v.1, n.1, p.106-125, abr./jul. 2007. Disponível em: <http://www.fnpj.org.br/rebej/ojs/viewissue.php?id=6> Acesso: 28 de abril de 2017<br><br>SALTZ, Ina. Design e Tipografia: 100 fundamentos do Design com Tipos. Editora Blucher, São Paulo, 2010.<br><br>MARTINS, Nelson. Imagem digital na editoração: manipulação, conversão e fechamento de arquivo. SENAC Nacional, São Paulo, 2003.<br><br>WHITE, Jan V. Edição e design: para designers, diretores de arte e editores. JSN, São Paulo, 2003.<br><br>HURLBURT, Allen. Layout: o design da página impressa. NBL Editora, São Paulo, 2002.<br><br> </td></tr></table></body></html>