INSCRIÇÃO: | 01688 |
CATEGORIA: | PT |
MODALIDADE: | PT12 |
TÍTULO: | Revista Carruagem: A Revista da Mulher que Dirige ou Pretende Dirigir |
AUTORES: | FERNANDA SALES SILVA (UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE); CLEYDSON SANTOS DE LIMA (UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE); MICHELE DA SILVA TAVARES (UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE) |
PALAVRAS-CHAVE: | Imprensa Feminina, Revista Automotiva, Jornalismo de Revista, , |
RESUMO | |
Este memorial apresenta a fundamentação teórico-conceitual e o relato técnico-metodológico da Revista Carruagem, produto jornalístico elaborado como Trabalho de Conclusão de Curso, na modalidade Projeto Experimental. A revista é uma publicação impressa, que tem objetivo de ser disponibilizada através de suplemento de jornais impressos. Carruagem é uma revista que traz para o público feminino informações sobre o mundo automotivo, através de dicas, entrevistas, perfis e reportagens que vão fazer a mulher não apenas gostar de dirigir, mas entender melhor sobre esse tema, que ainda é tão "masculinizado" pelas mídias atuais. O presente documento apresenta o processo de elaboração da revista, perpassando pela justificativa bibliográfica, e relatando o processo em si (metodologia empregada – pesquisa de opinião). | |
INTRODUÇÃO | |
A relação da mulher com o automóvel não é algo considerado recente, pelo contrário, vem de longa data. Já no século XIX, uma máquina sobre rodas fez despertar a paixão da alemã Bertha Benz pelo universo automotivo, que foi a primeira mulher a dirigir um veículo em 1885. Já no quesito habilitação, quem saiu na frente foi a França, em 1899, sendo a Duquesa d'Uzés a primeira mulher habilitada da história. No Brasil, as pioneiras no volante foram Maria José Pereira Barbosa Lima e Rosa Helena Schorling. Atualmente as mulheres vêm representando um aumento significativo no percentual de compra de automóveis em todo o país: cerca de 40%, conforme pesquisa feita pela concessionária Renault. O aumento do número de mulheres usando automóvel é perceptível e a lógica que justifica essa ascensão é que as mulheres vêm se inserindo cada vez mais no mercado de trabalho e o seu poder aquisitivo está crescendo. Elas também têm uma relação forte com o mercado de revistas femininas, definida como relação de confiança e intimidade. Mas como explicar essa relação? Talvez o formato e a linguagem, que permite a mulher, em meio aos afazeres diários, parar a leitura e retomá-la depois? Seja qual for a justificativa, o fato é que a revista é considerada a mídia mais feminina que existe. A proposta desse projeto foi justamente fazer uma ligação entre a revista, o automóvel e a mulher, criando uma revista automotiva para o público feminino. Durante todo o trabalho de pesquisa foi observado que as mulheres têm interesse pelo tema e que as revistas voltadas para esse público não abordam esse assunto em suas publicações. A revista "Carruagem" é um produto jornalístico que surgiu através do interesse de buscar um tema novo para a mulher moderna, que tem suas ocupações, conquistas e que hoje possui uma maior liberdade na vida profissional e pessoal. Na revista, a mulher pode tirar suas principais dúvidas sobre automóveis e conhecer histórias de mulheres que possuem alguma relação com o automóvel. | |
OBJETIVO | |
A revista foi idealizada com o objetivo de trazer um novo conteúdo para as mulheres e, pensando no veículo que mais se aproximava do assunto proposto, percebemos que se fosse colocado apenas o nome "carro", a publicação já ficaria muito masculinizada. Para fugir do tradicional e pensar em algo inédito para uma revista automotiva, pensou-se em utilizar um nome de um veículo que servia como o transporte da elegância na época antiga, antes da própria existência do automóvel. Era a partir das carruagens que as mulheres de classe média e alta exibiam sua elegância e charme para a sociedade. Assim como naquela época, hoje as mulheres também possuem algo para se sentirem "poderosas", "independentes". A diferença é que antes, na carruagem, a mulher aparecia sempre na parte de traz, e alguém ia guiando o animal que puxava a carruagem. Atualmente, a mulher inverte os papéis, ela mesma é que guia o seu destino, a mulher sai do banco traseiro e passa a ser a "motorista", agora não mais com a carruagem, mas com o automóvel. Diante disso, o objetivo deste trabalho foi produzir uma revista automotiva voltada para as mulheres utilizando a linguagem que mais se aproxima desse público, com o intuito de trazer um conteúdo que mostre a relação feminina com o carro, buscando um produto final atraente, inovador e de qualidade. A revista também quer contemplar conteúdos atrativos para as mulheres, não apenas para aquelas que dirigem, mas para todas as mulheres que se interessam pelo tema, que possuem dúvidas relacionadas ao uso do automóvel, para as mulheres que ainda sentem medo de dirigir e, também, para aquelas que ainda não dirigem, mas que pretendem dirigir. | |
JUSTIFICATIVA | |
A relação da mulher com o automóvel vem desde a sua invenção, no século XIX. Foi nesse período, segundo Pimentel (2013, p. 15), "que uma máquina sobre rodas despertou a paixão da alemã Bertha Benz pelo universo do automobilismo. Ela teve contato com a produção e a mecânica do primeiro automóvel do mundo construído por seu marido, Karl Benz". Foi Karl que, posteriormente, criou a Mercedes-Benz, uma montadora de carros alemã. Ainda em 1885 Bertha Benz tornou-se a primeira mulher a dirigir um veículo. A partir de então, as mulheres não pararam mais. Em 1889, a Duquesa d'Uzés, da França, tornou-se a primeira mulher habilitada da história. No Brasil, as pioneiras a assumir a direção de um automóvel foram Maria José Pereira Barbosa Lima e Rosa Helena Schorling, que afirma ter aprendido a dirigir aos 12 anos num Opel 1895, com direção do lado direito, que pertencia ao pai. Avançando no tempo para os dias atuais, percebe-se o crescimento do número de mulheres no Brasil e no mundo que aprenderam a dirigir, garantiram a carteira de motorista, deixaram o banco do passageiro e estão no trânsito conduzindo seus carros. Em Sergipe, por exemplo, dados do Departamento de Trânsito de Sergipe (Detran-SE) comprovam essa tendência. Em janeiro de 2015, dos 225.859 condutores cadastrados somente em Aracaju, capital do estado, 77.007 eram mulheres, enquanto que em janeiro de 2016 eram 80.649 condutores do sexo feminino cadastrados no órgão, num total de 232.873 condutores. Esse fenômeno pode ser explicado pelo crescimento da participação da mulher no mercado de trabalho, inclusive ocupando cargos de gerência e diretoria, que lhes proporcionam um maior poder aquisitivo para adquirir um automóvel (Pimentel, 2013). Por conta dessa relação cada vez mais forte da mulher com o automóvel, foi possível perceber que a escolha da temática da revista é algo consistente. Uma vez que é cada vez maior o número de mulheres que deixam o banco do passageiro e assumem o volante. Por isso, é preciso trazer um conteúdo direcionado a esse público abordando este tema, para mostrar que o carro não é apenas assunto de homem, o carro é algo essencial para as mulheres, pois faz parte do seu cotidiano. | |
MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS | |
Pode-se afirmar que a temática escolhida para a revista Carruagem não será algo habitual para o público feminino, pois as mulheres estão acostumadas a encontrarem outros tipos de assuntos nas revistas femininas. Porém, como a mulher vem utilizando com mais frequência o automóvel, buscando sua independência e liberdade, por exemplo, falar sobre o tema automotivo não será algo distante do que a mulher atual já vivencia. Pelo contrário, a mulher terá, por meio da revista, uma maior curiosidade para entender como seu carro funciona, o que fazer nas horas de emergência e como lidar com as problemáticas que a vida automotiva traz para ela. E para executar todo o trabalho de produção dessa nova publicação, realizou-se algumas tarefas: levantamento bibliográfico, pesquisa de mercado e pesquisa de opinião. - Levantamento Bibliográfico: Para iniciar o processo de produção, foi realizada uma pesquisa bibliográfica, que Stumpf (2011, p. 54) define como "um conjunto de procedimento para identificar, selecionar, localizar e obter documentos de interesse para a realização de trabalhos acadêmicos e de pesquisa, bem como técnicas de leitura e transcrição de dados que permitem recuperá-los quando necessário". Como base de todo o trabalho, foram utilizados os livros "O leitor e a banca de revistas", de Maria Celeste Mira e o livro "A revista e o seu jornalismo", de Frederico de Mello B. Tavares e Reges Schwaab. A partir desses textos, elaborou-se um histórico sobre as revistas, levando em conta seu surgimento e o desenvolvimento desse formato de publicação, o que permitiu entender a relação entre esse formato de publicação e o público feminino. Foi possível também tratar do surgimento de algumas publicações, mostrando o contexto histórico que surgiu, características, qual a finalidade, público-alvo e transformações. - Pesquisa de Mercado: Após a contextualização do formato revista e suas características, identificou-se a necessidade de realizar uma pesquisa de mercado, com o intuito de conhecer as publicações femininas existentes. Nessa etapa do projeto, foram realizadas análises quantitativas e qualitativas. Com o auxílio do Mídia Dados Brasil 2015 e do World Magazine Trends 2011, foram levantados os índices de circulação das revistas femininas e automotivas e, partir desses dados, selecionados os títulos de maior circulação de cada segmento para fazer a análise qualitativa. Nessa análise, verificou-se os conteúdos abordados, a forma de distribuição desses conteúdos nas páginas. Essa análise possibilitou ainda a corroboração de que o tema pretendido para a revista é novo, pois não foram encontrados nos títulos analisados conteúdos automotivos voltados para as mulheres. Como o objetivo é criar uma revista para ser suplemento de jornal, analisou-se também os dados sobre suplementos e sobre os cadernos de automóveis dos três jornais de Sergipe: Jornal da Cidade, Correio de Sergipe e Cinform. O objetivo foi identificar quais os temas abordados em cada uma das revistas (femininas e automotivas) e nos jornais, para perceber se a mídia aborda (ou não) o tema automotivo para as mulheres. -Pesquisa de Opinião: Depois da pesquisa de mercado, foi realizada a pesquisa de opinião, com o intuito de refinar a proposta do projeto editorial e também para conhecer o perfil do público alvo presumido para a revista Carruagem. De acordo com Novelli (2011, p. 164), a pesquisa de opinião atualmente "tornou-se reconhecido método de investigação científica para a maioria dos campos de conhecimento, inclusive para a Comunicação Social". Ainda de acordo com a autora, é através de uma pesquisa de opinião que há a possibilidade de uma grande coleta de dados. Como método quantitativo, a pesquisa de opinião ou survey, como também é conhecida, possibilita a coleta de vasta quantidade de dados originados de grande número de entrevistados. Dentre seus aspectos positivos, podem-se destacar a possibilidade de que a investigação do problema ocorra em ambientes reais, sem a necessidade de se lançar mão de recursos de laboratório; a viabilidade de realização de análises estatísticas de variáveis como dados sociodemográficos, de atitude, dentre outras; a quase inexistência de barreiras geográficas para a realização das entrevistas e o baixo custo de aplicação ao se considerar a quantidade de informações recolhidas. (NOVELLI, 2011, p. 164) Uma das ferramentas para realização de pesquisa de opinião é a utilização de questionários, que podem ser aplicados por meio de entrevista pessoal. Para conhecer a opinião do público alvo presumido, foram aplicados 50 questionários com o público feminino em um Shopping da capital, em repartições públicas e na Universidade Federal de Sergipe, durante o mês de novembro de 2015. O questionário tem como objetivo detalhar o público-alvo da revista (faixa etária, renda, escolaridade), quais as preferências de temas e o que elas esperam encontrar na nova publicação. No momento da aplicação, percebeu-se a surpresa das mulheres em relação a novidade e, ao mesmo tempo, o interesse pelo tema. Após a coleta das informações, foi feita a análise dos dados, com o objetivo de definir o leitor/consumidor da nova publicação. QUADRO 1: Análise dos Questionários – Total de entrevistados: 50 mulheres Critério Opções Quantidade de Mulheres Porcentagem FAIXA ETÁRIA 18 a 27 anos 20 40% 28 a 37 anos 14 28% 38 a 47 anos 11 22% 48 a 57 anos 04 8% 58 a 67 anos 01 2% RENDA FAMILIAR Até 1 salário mínimo 02 4% 1 a 3 salários mínimos 19 38% 4 a 10 salários mínimos 21 42% 10 a 20 salários mínimos 07 14% Mais de 20 salários mínimos 01 2% FAIXA SALARIAL DAS ENTREVISTADAS Até 1 salário mínimo 19 38% 1 a 3 salários mínimos 17 34% 4 a 10 salários mínimos 13 26% 10 a 20 salários mínimos 0 Mais de 20 salários mínimos 01 2% INTERESSE PELO TEMA DA REVISTA Todas que se interessaram pelo tema solicitaram possibilidades de assuntos para serem abordados na revista 31 62% A justificativa dessas mulheres foi que não se interessam pelo tema dessa revista, porque não gostam muito de automóveis ou porque acha que automóveis serve apenas pra dirigir 19 38% CARTEIRA DE HABILITAÇÃO Tem habilitação, mas não dirigem (por questão de medo ou insegurança) 2 4% Tem habilitação, mas dirigem por necessidade (para trabalhar ou não gostam de dirigir porque o trânsito é estressante) 10 20% Tem habilitação, mas dirigem porque gostam (por questão de independência, liberdade e facilidade) 11 22% Não tem habilitação e não pretendem tirar (por questão de medo, insegurança e por não gostarem de dirigir) 3 6% Não tem habilitação, mas pretendem tirar (a maioria dessas mulheres ainda querem tirar habilitação por questão de necessidade, por facilidade de locomoção, independência e por melhorar condições de emprego e de oportunidades pessoais, algumas ainda não tiraram por falta de tempo e dinheiro) 24 48% PLATAFORMAS DE LEITURA Leem revistas 21 42% Leem jornais 24 48% Leem sites 44 88% Leem livros digitais 09 18% ESCOLARIDADE Ensino médio completo 02 4% Ensino superior completo (algumas já possuem pós-graduação, mestrado ou doutorado) 27 54% Ensino superior incompleto 21 42% Fonte: Elaborado pelos autores | |
DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO | |
Projeto Editorial - Missão Produzir uma revista automotiva voltada para as mulheres utilizando a linguagem que mais se aproxima desse público, com o objetivo de trazer um conteúdo que mostre a relação feminina com o carro, buscando um produto final atraente, inovador e de qualidade. - Valores Inovação – trazer conteúdos diferenciados, que se destaquem no mercado editorial de revistas femininas e automotivas da atualidade. Informação – como a essência do jornalismo está na informação, apesar de trazer o entretenimento na publicação, a base da revista está na procura de conteúdos informativos para o público da revista. Excelência – por ser um conteúdo diferenciado, outro ponto forte é trabalhar com a excelência e qualidade, buscando sempre ser uma publicação que traga um algo relevante e atrativo. - Linha Editorial Revista de moda, beleza, culinária, dicas do lar, novelas. Quando se fala em revista feminina vários são os títulos para abordar esses e outros assuntos considerados de mulher. Conforme o passar dos anos a mulher foi mudando seus comportamentos perante a sociedade. Um desses fenômenos é a relação da mulher com o carro, cada vez maior. Mas não foram criadas revistas para abordar o tema. Os títulos existentes são voltados para os homens, como se automóvel fosse apenas assunto de homem. Percebendo essa falha, surgiu a ideia de criar uma revista automotiva para o público feminino. Foi assim que nasceu a Carruagem, a revista para as mulheres que dirigem ou pretendem dirigir. Carruagem é uma revista que veio suprir essa falta e mostrar que carro é assunto de mulher sim, afinal, elas deixaram o banco do passageiro e assumiram o volante. Basta pegar as estatísticas sobre habilitação para perceber o aumento no número de mulheres que estão conseguindo a CNH, em diferentes faixas etárias. E estão dirigindo com propriedade, o que faz com que aquela frase "mulher no volante perigo constante" não caber nos dias atuais (pelo menos de forma generalizada). O número de mulheres comprando o carro próprio é também um fato a ser considerado. Não é à toa que as fabricantes estão de olho nesse fenômeno na hora de planejar os novos modelos. Outro ponto relevante é que, para muitas delas, dirigir tornou-se mais que diversão ou necessidade, virou profissão. São motoristas de ônibus, vans escolares, táxi, caminhoneiras, moto girls. Espaços que por muito tempo foram considerados apenas de homens. Foram! Hoje é cada vez mais comum a presença delas, competentes tanto quanto eles. E quem disse que lugar de mulher é na cozinha? Nada disso! Lugar de mulher é onde ela quiser, é onde ela sinta-se bem e feliz. Quem disse que ela pilota só fogão?! Não, não e não! Mulher pilota moto, carro, van, ônibus, caminhão. E pilotam muito bem. Carruagem vem ser a amiga da mulher que fala sobre esse mundo automotivo cada vez mais conquistado pelas mulheres. Carruagem quer conversar com as mulheres sobre sua relação com o automóvel, por meio de histórias, dúvidas, conquistas, fotos e fatos. Mais que isso, quer ser um espaço de troca de ideias da revista com a mulher, da mulher com a revista e de mulher para mulher. - Público-alvo Mulheres de 18 a 37 anos, com faixa salarial de até 10 salários mínimos (classes A, B e C), que possuam (ou não) habilitação. - Linguagem A produção do conteúdo deve está associado ao público-alvo, ou seja, deve-se trazer uma linguagem acessível para as mulheres, de forma clara e precisa, explorando o uso do cotidiano, explicando os termos técnicos relacionados ao assunto automotivo, sem comprometer a norma culta da língua. O texto deve ser interessante para despertar o interesse das leitoras. - Características da publicação Mídia: revista impressa como suplemento de jornal Periodicidade: mensal Número de páginas: 24 Formato: 20mm x 26,5mm Papel: Couchê Projeto Gráfico O Projeto Gráfico foi elaborado com base no projeto editorial e no público-alvo da revista Carruagem, pois, como explica Scalzo (2004, p.67), "é o universo de valores e de interesses dos leitores que define a tipologia, o corpo do texto, a entrelinha, a largura das colunas, as cores, o tipo de imagem e a forma como tudo isto será disposto na página". - Formato A primeira decisão para a revista foi definir o formato, onde ficou definido o tamanho 20mm x 26,5mm. Esse formato foi escolhido baseado com alguns modelos de revistas femininas, que traziam formatos menores permitindo que as mulheres tenham um conteúdo de fácil manuseio, podendo levar a revista para qualquer lugar e facilitando a leitura nas horas vagas. Esse formato também facilita sua forma de distribuição, uma vez que virá como suplemento dentro de jornal impresso. A revista terá a margem esquerda, direita, superior e a inferior de 12,7mm e sangria de 5mm. - Grid e Colunas No projeto gráfico da revista Carruagem, todo o espaço gráfico foi organizado seguindo o grid de seis colunas, essa escolha foi definida com base nas análises de autores que explicam a importância de cada tipo de grid e de colunas. Analisando o tipo de publicação para essa revista e o público-alvo, percebeu-se que esse grid facilitaria a ordenação dos elementos no projeto gráfico. O grid de seis colunas será utilizado de duas a duas colunas (formando páginas com três colunas), para obter "um diagrama extremamente versátil e dinâmico, que dará uma opção maior de recursos para a beleza da página". (COLLARO, 2000, p. 96). Porém, em alguns conteúdos da revista poderão ser utilizadas duas colunas, dependendo do tipo do texto e da diagramação. O autor explica ainda que "ao dividir o diagrama em seis colunas, obtém-se mais flexibilidade na disposição dos blocos de texto, das legendas e das imagens" (2007, p. 35). - Logotipo O logotipo da revista Carruagem possui a fonte Euphorigenic, pois a ideia foi escolher uma fonte com serifa, mas que remetesse ao período em que as carruagens eram utilizadas, por ser bem arredondada e ornamentada, assim como remete ao próprio nome Carruagem, esse logotipo também remete ao universo feminino pela delicadeza do desenho da fonte. A logo também é composta por um pequeno desenho de uma carruagem, o objetivo é fazer com que esse desenho seja uma marca registrada da revista, podendo ser utilizada separada do próprio nome da revista, como por exemplo, se colocada em todas as páginas ao lado do número das páginas pares. Esse desenho também possui formas leves e bastante curvas para está de acordo com a fonte utilizada na logotipo. Abaixo do nome Carruagem, também vem uma breve descrição para quem a revista é destinada. - Imagens A primeira coisa que o leitor fixa o olhar numa revista é nas imagens e fotografias, ou seja, antes de qualquer palavra, é a foto que prende o leitor. Segundo Scalzo (2004, p. 71), "o fato é que a fotografia e a revista parecem ter nascido uma para a outra". Essa afirmação revela o quanto uma imagem pode ser importante numa publicação. Porém, não é apenas a qualidade da imagem que atrai o leitor, o tamanho da imagem e o posicionamento na página é o que dará maior visibilidade. "Não basta ter boas fotos. É preciso saber posicioná-las nos lugares nobres de cada página, isto é, os de maior visibilidade em uma revista (o canto direito superior da uma página ímpar, por exemplo)" (Scalzo, 2004, p. 70). | |
CONSIDERAÇÕES | |
Apesar das mudanças no mercado de revista feminina, a imprensa sempre buscou as mulheres como público, trazendo cada vez mais assuntos de relevância e de seu interesse. Em cada época, novos assuntos foram surgindo e o mercado dessas revistas foi crescendo, sempre se adaptando ao contexto histórico em que elas estavam inseridas, no qual assuntos de moda, beleza, sexualidade, relacionamento e comportamento sempre foram o alvo dessas revistas. Entretanto, no mercado de revistas atuais, o que seria uma revista feminina inovadora? Seria aquela que despertasse o interesse das mulheres da sociedade atual, que vêm passando por novas transformações sociais. Seria também aquela revista que traz um novo conteúdo (ainda não abordado) fazendo um diferencial no segmento de revista feminina. Diante disso, pode-se afirmar que Carruagem é, sim, uma nova revista voltada para o público feminino, pois ela aborda a relação da mulher com o automóvel. Uma relação cada vez mais estreita e que mostra que automóvel também é assunto de mulher, assim como moda, beleza, dicas para o lar e demais temas abordados nas variedades de títulos presentes no mercado editorial das revistas. Portanto, Carruagem quer conversar com as mulheres sobre sua relação com o automóvel, por meio de histórias, dúvidas, conquistas, fotos e fatos. Mais que isso, quer ser um espaço de troca de ideias da revista com a mulher, da mulher com a revista e de mulher para mulher. | |
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS | |
FIPP, World Magazine Trends 2010-2011. Disponível攀洀㨀栀琀琀瀀㨀⼀⼀眀眀眀⸀昀椀瀀瀀⸀挀漀洀⼀一攀眀猀⸀愀猀瀀砀㼀倀愀最攀䤀渀搀攀砀㴀㈀ ㈀☀䤀琀攀洀䤀搀㴀㔀㜀㌀㌀⸀ 䄀挀攀猀猀愀搀漀 攀洀㨀 ㌀
de jul. de 2015 GRUPO DE MÍDIA DE SÃO PAULO. Mídia Dados Brasil 2015. Disponível em:栀琀琀瀀猀㨀⼀⼀搀愀搀漀猀⸀洀攀搀椀愀⼀⌀⼀愀瀀瀀⼀挀愀琀攀最漀爀椀攀猀⸀ 䄀挀攀猀猀愀搀漀 攀洀㨀 ㈀㔀 搀攀 樀甀氀⸀ 搀攀 ㈀ 㔀⸀㰀戀爀㸀㰀戀爀㸀䴀䤀刀䄀Ⰰ 䴀愀爀椀愀 䌀攀氀攀猀琀攀⸀ 伀 氀攀椀琀漀爀 攀 愀 戀愀渀挀愀 搀攀 爀攀瘀椀猀琀愀猀㨀 愀 猀攀最洀攀渀琀愀漀 搀愀 挀甀氀琀甀爀愀 渀漀 século XX. São Paulo: Olho d’Água, 2001 NOVELLI, Ana Lúcia Romero. Pesquisa de Opinião. In: DUARTE, Jorge; BARROS,䄀渀琀漀渀椀漀 ⠀伀爀最⸀⤀⸀ 䴀琀漀搀漀猀 攀 吀挀渀椀挀愀猀 搀攀 倀攀猀焀甀椀猀愀 攀洀 䌀漀洀甀渀椀挀愀漀 ጀ†匀漀 倀愀甀氀漀 㨀 䄀琀氀愀猀Ⰰ 2011, p. 164-166.㰀戀爀㸀㰀戀爀㸀倀䤀䴀䔀一吀䔀䰀Ⰰ 䤀猀愀甀爀愀 䠀攀氀攀渀愀 搀攀 䴀漀爀愀椀猀⸀ 唀洀 攀猀琀甀搀漀 猀漀戀爀攀 漀 渀瘀攀氀 搀攀 愀挀攀椀琀愀漀 搀攀 甀洀愀 oficina mecânica especializada em atender o público feminino no mercado de一愀琀愀氀⼀刀一Ⰰ ㈀ ㌀⸀ 䐀椀猀瀀漀渀瘀攀氀 攀洀㨀 栀琀琀瀀㨀⼀⼀洀漀渀漀最爀愀昀椀愀猀⸀甀昀爀渀⸀戀爀⼀樀猀瀀甀椀⼀栀愀渀搀氀攀⼀⼀㘀㐀㔀⸀ 䄀挀攀猀猀愀搀漀 em: 15 de nov. de 2015 SCALZO, Marília. Jornalismo de revista. 2ª ed. – São Paulo : Contexto, 2004. STUMPF, Ida Regina C. Pesquisa Bibliográfica. In: DUARTE, Jorge; BARROS,䄀渀琀漀渀椀漀 ⠀伀爀最⸀⤀⸀ 䴀琀漀搀漀猀 攀 吀挀渀椀挀愀猀 搀攀 倀攀猀焀甀椀猀愀 攀洀 䌀漀洀甀渀椀挀愀漀 ጀ†匀漀 倀愀甀氀漀 㨀 䄀琀氀愀猀Ⰰ 2011, p. 54 COLLARO, Antônio Celso. Projeto Gráfico: teoria e prática da diagramação – 4. ed. rev. e ampl. – São Paulo : Summus, 2000. TAVARES, Frederico de Melo B.; SCHWAAB, Reges. (Org.) A revista e seu樀漀爀渀愀氀椀猀洀漀 ጀ†倀漀爀琀漀 䄀氀攀最爀攀 㨀 倀攀渀猀漀Ⰰ ㈀ ㌀⸀ ㌀ 㐀 瀀⸀ 㰀戀爀㸀㰀戀爀㸀ऀ㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀⼀琀愀戀氀攀㸀㰀⼀戀漀搀礀㸀㰀⼀栀琀洀氀㸀 |