ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XIX Congresso de Ciências da Comunicação na Região Nordeste</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span class="quatro"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;01729</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;PP</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;PP07</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;Combate ao Trabalho Escravo</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Marbson Figueiredo Alves (Universidade Federal de Pernambuco); Isabela Almeida de Albuquerque Fernandes (Universidade Federal de Pernambuco); Larissa Benevides Sobral (Universidade Federal de Pernambuco); Jaqueline Andrade de Santana (Universidade Federal de Pernambuco); Camila Gomes de França (Universidade Federal de Pernambuco); Maria Luiza Assis de Oliveira (Universidade Federal de Pernambuco); Ana Maria da Conceição Veloso (Universidade Federal de Pernambuco); Adriana Maria Andrade de Santana (Universidade Federal de Pernambuco)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;Trabalho, Escravidão, Modernidade, Trabalho escravo, Combate</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"> Combate ao trabalho escravo é um VT Publicitário com aproximadamente 40 segundos de duração, realizado por estudantes do 3º semestre do Curso de Publicidade e Propaganda da Universidade Federal de Pernambuco, como trabalho acadêmico para as disciplinas de Redação para os Meios de Comunicação e Realidade Sócio-Política Econômica Brasileira. Inspirado nas problemáticas abordadas no livro O Verso dos Trabalhadores, produzido pelo Ministério Público do Trabalho em 2015, o VT retrata questões acerca das diversas formas de trabalho escravo existentes ao longo da história. O objetivo do projeto é informar e conscientizar a sociedade sobre algumas das inúmeras formas ainda existentes de trabalho escravo, visando, posteriormente, despertar a importância da denúncia para extinguir essa triste e degradante realidade.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"> O aumento dos problemas sociais e a necessidade de mudanças fazem crescer a busca por soluções eficientes para diminuição das mazelas da sociedade. Segundo Weinrich (2011), o termo marketing social surgiu na década de 1970, quando Philip Kotler e Gerald Zaltman perceberam que os princípios de marketing usados para vender produtos aos consumidores poderiam ser usados para disseminar ideias e comportamentos. Para Vaz (1995), Marketing Social é a modalidade de ação mercadológica institucional que objetiva atenuar ou acabar com os problemas e carências sociais a partir da conscientização de comportamentos e práticas individuais e coletivas, orientadas de acordo com códigos éticos, tendo como base os direitos humanos. Para Philip Kotler e Eduardo L. Roberto o objetivo da campanha de marketing social é a mudança de comportamentos caracterizada como  um esforço organizado, feito por um grupo (o agente de mudança), visando convencer o público-alvo a aceitar, modificar ou abandonar certas ideias, atitudes, práticas e comportamentos (KOTLER; ROBERTO, 1992, p.6). O principal utilizador das ferramentas de marketing social no país é o Estado, produzindo dois tipos de publicidade: a institucional, dirigida apenas pela Presidência da República, para divulgar informações sobre programas, metas e resultados de governo, e a de utilidade pública, com o intuito de informar, prevenir e alertar a população sobre temas específicos. A partir da leitura do livro O Verso dos Trabalhadores estudado na disciplina Realidade Sócio-Política e Econômica brasileira, ministrada pela professora Ana Veloso, definiu-se o formato de vídeo publicitário nos moldes de uma campanha de marketing social de utilidade pública acerca do tema Trabalho Escravo Contemporâneo. Objetivando informar e conscientizar o público sobre a permanência do trabalho escravo na sociedade, como isso afeta os cidadãos, e incentivando a denúncia em caso de conhecimento de situações análogas à escravidão.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">GERAL: Produzir um VT Publicitário sobre o combate ao trabalho escravo, para as cadeiras de Redação para os Meios de Comunicação e Realidade Sócio-Política Econômica e, dessa forma, abordar o assunto com o propósito de conscientizar a população sobre as formas de trabalho escravo contemporâneo e, sobretudo, o quanto é importante a denúncia caso alguém testemunhe esse tipo de exploração. ESPECÍFICOS: - Debater, por meio do VT, situações de trabalho escravo contemporâneo com base no livro  O Verso dos Trabalhadores ; - Pesquisa para obter embasamento teórico acerca do tema; - Estudo e aprendizagem das técnicas de roteiro voltado para o audiovisual; - Elaborar um roteiro para o VT; - Alertar e conscientizar a sociedade sobre as formas de trabalho escravo contemporâneo; - Informar e incentivar a população sobre a importância da denúncia caso alguém seja testemunha, ou até mesmo a própria vítima; - Ressaltar que o trabalho escravo ainda acontece numa grande proporção atualmente.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"> O filme Combate ao trabalho escravo nasceu do estudo do livro  O Verso dos Trabalhadores , que foi produzido com recursos de multas aplicadas pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) a empresas que infringiram leis trabalhistas. O termo  trabalho carrega uma nomenclatura que serve muito mais para distinguir benefícios e jornadas do que funções. E pode, também, desmoralizar quando indigno, mal gerido e mal remunerado. Séculos depois da escravidão de índios e negros, muitas pessoas ainda vivem oprimidas como personagens de uma época em que tinha mais escravos do que libertos no Brasil. O ciclo foi alimentado pela cultura e fez com que a alforria não se completasse. O shopping, o supermercado, o aeroporto e até nas casas, os cubículos que são destinados como quartos para as empregadas, podem revelar a face de um assunto dramático e trágico que degrada o tecido social. A escravidão moderna é uma expressão abrangente para todas as relações trabalhistas que obrigam pessoas a realizar tarefas de forma forçada, sob condições miseráveis, intimidando com violência e inclusive, ameaça de morte. Essa violação de direitos humanos segue agredindo a liberdade, fazendo com que o trabalhador permaneça refém de um sistema de exploração desenfreada. Infelizmente o costume nos impede de enxergar. É um assunto íntimo do Brasil, mas tratado como algo distante, sem muita discussão. O sofrimento físico e moral de milhões de trabalhadores permanece sendo uma grande indignidade. Segundo Almeida (2006): o jornal Correio Riograndense de 25/01/2006, p. 4, em sua matéria intitulada  12 milhões de trabalhadores escravos no mundo , trouxe dados e informações relevantes: A exploração do trabalho forçado gera anualmente lucros de U$S 31,6 bilhões em todo o mundo. No total, 12,3 milhões de pessoas são vítimas dessa atividade ilegal. Entre 40% a 50% dos explorados são crianças e, no geral, há um flagrante predomínio feminino. No campo da exploração econômica, mulheres e meninas representam 56% das vítimas; no da exploração sexual, 98%. Os números estão no relatório  Uma Aliança Global contra o Trabalho Forçado , elaborado pela Organização Internacional do Trabalho (OIT). A partir daí, nasce o desejo de fazer refletir sobre as profissões, seus signos e impactos na vida contemporânea; enriquecendo o olhar sobre o pouco visível, o oculto do cotidiano de todo trabalhador. A ideia é também contribuir para uma melhor apreensão da realidade, sob outras curvas e aspectos, dando voz àqueles que não têm fala. É um exercício contra o total descaso pelas leis trabalhistas, no desejo de uma sociedade mais justa. Deixando claro que, para além da letra fria, é preciso humanizar.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"> Para a efetiva concepção do filme, foi necessária a execução de um estudo sobre a existência de situações análogas à escravidão no mundo contemporâneo. Pesquisas foram realizadas tendo como base documentários, reportagens e bibliografia relacionada à temática. Desta maneira, foi viável construir um referencial teórico que possibilitou o planejamento da concepção de como abordar o tema. Efetivada a pesquisa, foi percebido que ainda há ignorância na sociedade acerca da existência do trabalho escravo na realidade atual do nosso país. Em seguida, foram realizadas reuniões para a discussão da melhor maneira de abordar o assunto trazendo-o à luz para a ótica popular, e tendo como alicerce a Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948) que atesta, em seu 1° artigo:  Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Dotados de razão e de consciência, devem agir uns para com os outros em espírito de fraternidade . Para esse fim, decidiu-se construir uma narrativa montada de modo a estabelecer uma conexão entre a escravidão histórica ocorrida desde o Brasil colonial, iniciada com os indígenas e negros africanos, e o trabalho escravo contemporâneo, atentando para o sofrimento e desumanidade da exploração. Para a construção de um roteiro conciso e eficiente, houve uma discussão a cerca da melhor maneira de abordar a temática em vídeo, aplicando as experiências adquiridas através de um seminário sobre a Escravidão Contemporânea que foi organizado para a disciplina Realidade Sócio-política e econômica brasileira, ministrada pela professora Ana Veloso. Também recebemos orientação da professora Adriana Santana para a composição do filme durante a disciplina Redação para meios de comunicação. Construído o roteiro, a equipe se dividiu para desenvolver atividades, tendo cada integrante uma função determinada para tornar eficaz o processo de produção, composição e finalização do material. Desde a confecção dos acessórios cenográficos, passando pelo texto e sonoplastia da narração, maquiagem artística, até a seleção do elenco e organização dos atores, o grupo atuou num esforço comum para tornar possíveis as gravações. Com os elementos de pré-produção organizados, foi efetuada a gravação da narração e das tomadas de vídeo no Laboratório de Imagem e Som da UFPE (LIS-UFPE), do Centro de Artes e Comunicação da UFPE, evitando assim, ruídos externos, mantendo uma boa qualidade na captação audiovisual. Posteriormente, foi recolhido o material concebido em estúdio e o próprio grupo executou a edição final somando as gravações de áudio, tomadas de vídeo e a inserção de uma identidade sonora com uma melodia leve de caráter dramático que estabelece uma unidade entre as cenas.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span class="quatro"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"> Para a execução do produto, foi estabelecida a seguinte ideia: o VT seria baseado e executado aos moldes do livro  O verso dos trabalhadores , que traz uma nova história a cada capítulo, e foi estudado durante a cadeira de Realidade Socio-Política e Econômica brasileira, ministrada pela professora Ana Veloso. Tentando adaptar isso para o vídeo, escolhemos cinco tipos de escravidão, fazendo uma espécie de linha do tempo até os dias atuais. Dessa forma, o filme Combate ao trabalho escravo traz cinco cenas, que vão da exploração indígena ao tráfico de pessoas, passando pela escravidão dos africanos e pelas condições desumanas oferecidas aos trabalhadores agrícolas e da indústria têxtil. Personagens diferentes, mas que, ainda assim, mantêm certas semelhanças e uma identidade comum com relação à exploração laboral. Após a escolha dos tipos de escravidão que seriam retratados, fizemos uma pesquisa para obter embasamento teórico. Não é novidade o conhecimento de que os portugueses, durante o processo de colonização do Brasil, usaram a escravidão para atingir seus objetivos. Ao encontrar os índios brasileiros, os submeteram à situações de extrema exploração, com o intuito de lucrar de forma mais rápida. Infelizmente, on indígenas enfrentam situações precárias de escravidão até hoje, não obtendo um direito humano básico: o de circular livremente, porque estão constantemente sendo subordinados a novos costumes e explorados por empregos arriscados que não pagam o salário devido. Além disso, assim como os trabalhadores rurais, o indígena está mais suscetível para a abordagem de uma condição de trabalho escrava,  porque suas comunidades são geralmente localizadas em áreas heterogêneas e muitas vezes em longas distâncias dos centros mais desenvolvidos (ROCHA, 2012). Posteriormente, seguimos a pesquisa para os escravos africanos. Trazidos da Costa Africana para suprir a necessidade portuguesa por mão-de-obra após a proibição da escravidão indígena, os africanos eram vistos como a  solução perfeita , pois Portugal já possuía domínio sobre algumas regiões africanas, e também a oportunidade de obter lucros com a compra e venda desses escravos. Desde o início da viagem, esses eram submetidos à situações de extrema insegurança e precariedade, enfrentando superlotação e condições desumanas. Ao chegar no Brasil, eram colocados a venda aos senhores de engenho, que os firmavam em longas horas de trabalho, sem descanso e com pena de açoitamento, durante toda a sua vida. Atualmente, os resquícios dessa escravidão existem no racismo e nas desigualdades raciais: os negros possuem um maior índice de analfabetismo, menores salário e uma enorme diferença no ingresso às universidades (PNAD, 2009). Nos centros urbanos, um dos maiores índices de trabalhadores escravos se encontra na confecção têxtil. Assim, assistimos a um documentário, SWEATSHOP: Dead Cheap Fashion, que mostra a realidade de uma residente de Camboja, Sokty, que é submetida ao trabalho escravo. Como Karl Marx afirmou em sua teoria do valor-trabalho,  o valor econômico de uma mercadoria era determinado pela quantidade de trabalho necessário para sua produção (MARX, 1867, LIVRO I). Entretanto, isto não acontece na prática, o levando a criticar o fetichismo de mercadoria, porque este  excluía o trabalho humano em detrimento do valor de troca e também a mais-valia, que é o excedente de trabalho não remunerado. No Brasil, as grandes marcas utilizam imigrantes vindos de países vizinhos da América Latina, e os colocam em situação de perigo e escravidão. Para tentar mascarar o crime, essas marcas terceirizam a confecção das roupas. No entanto, após uma ação do Repórter Brasil, organização não-governamental formada por jornalistas, educadores e cientistas sociais, especializada em comunicação e projetos sociais, de fiscalização nesse setor, a partir de 2009 após o lançamento Pacto Municipal Tripartite Contra a Fraude e a Precarização, foi possível flagrar mais de 20 empresas cometendo o crime, como a Renner, Zara, M. Officer, e Le Lis Blanc. Segundo uma pesquisa realizada pelo Repórter Brasil, em conjunto com a equipe do Escravo, Nem Pensar! em 2012, o Brasil era o maior produtor mundial de açúcar, produzindo cerca de 34 milhões de toneladas ao ano, e também o segundo maior fabricante de etanol do mundo, produzindo cerca de 27.5 bilhões de litros ao ano. Esse setor gera 1,2 milhão de empregos diretos, e, desse valor, aproximadamente 300 mil são cortadores de cana. A partir disso, a pesquisa se desenvolveu para as condições de trabalho no setor sucroalcooleiro, descobrindo que os operadores de máquina tinham uma jornada de 27 horas de trabalho, e os cortadores de cana viviam em situação análoga à escravidão: sob um sol quente, esses trabalhadores são recebiam uma alimentação adequada, estavam desidratados e lesões sérias nas articulações devido ao esforço repetitivo. Segundo Francisco da Costa Alves, professor e pesquisador do Departamento de Engenharia de Produção da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), os cortadores precisam bater a meta diária de seis toneladas, tendo que  cortar a cana rente ao solo para desprender as raízes; cortar a parte onde estão as folhas verdes, que por não ter açúcar não servem para as usinas; carregar a cana cortada para a rua central e arrumá-la em montes (ALVES, 2013). Toda essa realidade de exaustão é responsável pela morte de inúmeros trabalhadores. Para finalizar a nossa pesquisa de embasamento teórico, estudamos sobre o tráfico de pessoas. O tráfico humano é uma das atividades de maior crescimento nas organizações criminosas e movimenta bilhões de dólares por ano (SHELLEY, 2010). Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), a prática é comum para fins de exploração sexual e trabalho forçado, o alvo é majoritariamente de mulheres - no Brasil, o índice atinge 90%, e pelo menos metade das vítimas são menores de 18 anos. Em sua maioria, as jovens negras, solteiras e de baixa renda estão mais suscetíveis à abordagem desses criminosos, que as atraem com uma proposta de trabalho melhor no exterior, com a promessa de mudança de vida. Após estudo sobre os tipos de escravidão, o grupo redigiu o roteiro. No processo de conceituação do trabalho, a ideia escolhida foi a confecção de cinco prisões estruturadas numa moldura de madeira, variando as grades de acordo com o tipo de escravidão representada, que são constituídas por materiais comuns no universo de cada personagem. Dessa forma, para a cena da exploração indígena, a grade foi feita com galhos de árvore; a do escravo africano, com cordas de palha; para a da indústria têxtil, usamos fios de algodão; na exibição do cortador de cana, cana-de-açúcar; e, na representação do tráfico humano, correntes. Concebidas em madeira, as armações para as grades foram feitas por um marceneiro. Após finalização, o grupo ficou responsável pela montagem das estruturas, assim como a maquiagem artística, à base de pancakes e outros elementos cenográficos que possibilitaram efeitos realistas como o suor do cortador de cana e as feridas exibidas no corpo do escravo africano, sinalizando açoitamento. A gravação foi feita no Laboratório de Imagem e Som da UFPE (LIS-UFPE), com um técnico de imagem monitorando a câmera. Durante o processo, fizemos dois takes de cada tipo de escravidão: uma com a pessoa mais afastada realizando sua atividade, enquanto a grade de sua prisão estava desfocada; e a outra, um close no rosto do escravo específico, com a intenção de mostrar mais detalhes. O processo de escolha dos takes, assim como a edição, foram feitos pelo próprio grupo. O produto final possui um total de 40 segundos, sendo subdividido em cinco cenas, retratando cinco tipos de escravidão previamente estudados. Após finalização, o VT foi exibido em sala de aula sendo, posteriormente, devidamente avaliado. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify"> Publicidade e Propaganda é um curso que possibilita o aprendizado sobre a sociedade e suas diversas instâncias. Pois, apenas ao conhecer a realidade em que vivemos e as instituições que nela operam, bem como os indivíduos, é que podemos aprender a melhor forma de comunicar e obter, assim, o resultado pretendido. A universidade se caracteriza por ser um espaço no qual é possível ir além do conhecimento obtido em sala de aula. Nessa perspectiva, a capacidade de gerar um produto verdadeiramente relevante para a sociedade, através de um trabalho em equipe e todas as adversidades encontradas na universidade, é a principal consideração a ser assimilada em qualquer produção acadêmica. Tendo em vista que o Marketing social e suas ferramentas possuem significativa capacidade de comunicação; em uma campanha de marketing social, portanto, a principal finalidade é buscar a transformação de determinados comportamentos sociais. Uma campanha de cunho social objetiva convencer o público-alvo sobre a ideia que está sendo passada, buscando como resultado uma aceitação ou modificação de determinada prática, atitude ou comportamento dos indivíduos. Para a realização do projeto, além do embasamento teórico acerca da temática do trabalho escravo, o grupo também precisou se debruçar sobre as técnicas redacionais necessárias para a elaboração de um roteiro voltado ao meio audiovisual. Assim sendo, no filme Combate ao Trabalho Escravo, a principal mensagem a ser transmitida constitui a conscientização do público em geral acerca da importância da denúncia em casos de trabalho escravo ou de quaisquer atividades análogas à escravidão. O objetivo é fazer com que o público compreenda através de uma proposta mais humanizada, que essa dura realidade ainda é vivida por milhões de brasileiros. Para que, dessa forma, fique claro que todo e qualquer cidadão brasileiro possui o poder de denunciar e contribuir para que essa prática deixe de existir em nossa sociedade.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2">ALMEIDA, Antonio Alves. Vidas Em Transe: Trabalho Escravo E Direitos Humanos No Brasil Contemporâneo, São Paulo: Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, 2006<http://www.mackenzie.br/fileadmin/Graduacao/EST/Revistas_EST/III_Congresso_Et_Cid/Comunicacao/Gt04/Antonio_Alves_de_Almeida.pdf>.<br><br>Infojovem <http://www.infojovem.org.br/infopedia/descubra-e-aprenda/cultura-de-paz/trafico-de-seres-humanos/>. Acesso em: 24/04/2017.<br><br>KOTLER, Philip; ROBERTO, Eduardo L. Marketing social: estratégias para alterar o comportamento público. Rio de Janeiro: Campus, 1992.<br><br>MARX, Karl. O Capital. Crítica da economia política. Livro I: O processo de produção do capital. Boitempo Editorial, 2015.<br><br>Nossa Causa <http://nossacausa.com/o-que-e-marketing-social/>. Acesso em: 25/04/2017.<br><br>Rede Brasil Atual <http://www.redebrasilatual.com.br/trabalho/2013/02/sistema-de-pagamento-por-producao-causa-doencas-e-morte-entre-os-cortadores-de-cana-adverte-pesquisador-de-sao-carlos>. Acesso em: 24/04/2017.<br><br>Repórter Brasil <http://justificando.cartacapital.com.br/2015/10/23/20-marcas-da-industria-textil-que-foram-flagradas-fazendo-uso-de-trabalho-escravo/>.Acesso em: 23/04/2017.<br><br>Repórter Brasil <http://www.revistaforum.com.br/2013/02/08/cortadores-de-cana-adoecem-e-morrem-por-conta-de-pagamento-por-producao/ http://reporterbrasil.org.br/wp-content/uploads/2015/02/26.-Folder_Sucroalcooleiro_web_baixa.pdf>. Acesso em: 24/04/2017. <br><br>ROCHA, José Cláudio. A escravidão indígena no Brasil contemporâneo. Revista Jus Navigandi, ISSN 1518-4862, Teresina, ano 17, n. 3367, 19 set. 2012. Disponível em: <https://jus.com.br/artigos/22636>. Acesso em: 25/04/2017.<br><br>RUBENS, Marcelo. et al. O verso dos trabalhadores. Terceiro Nome, 2015. <http://oversodostrabalhadores.com.br/pages/view/Livro> <br><br>SHELLEY, Louise. Cambridge University Press, ed. Human Trafficking: A Global Perspective. [S.l.: s.n.] p. 2. 2010.<br><br>STALLYBRASS, Peter. O casaco de Marx  roupas, memórias, dor. Tradução de Tomaz Tadeu. 3. edição. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2008. Cap. 1 e 2. <br><br>VAZ, Gil Nuno. Marketing Institucional: O mercado de ideias e imagens. São Paulo, Pioneira, 1995.<br><br>WEINREICH, Nedra Kline. What is social marketing?, 2011.<br><br> </td></tr></table></body></html>