ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XIX Congresso de Ciências da Comunicação na Região Nordeste</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span class="quatro"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;01801</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;JO</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;JO10</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;Mostra Tua Face</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;LEONARDO IGOR DE SOUSA BARBOSA (Universidade Federal do Ceará); Naiana Rodrigues da Silva (Universidade Federal do Ceará); Carlos Eduardo Pereira Freitas (Universidade Federal do Ceará); Marcelo Andrey Monteiro de Queiroz (Universidade Federal do Ceará); Analia Mendonça Ribeiro Farias (Universidade Federal do Ceará); Yasmin Araújo Martins (Universidade Federal do Ceará); Alexandre Mota Lacerda (Universidade Federal do Ceará)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;Esclerose, narrativa experimental, reportagem, telejornalismo, </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A reportagem intitulada "Mostra a Tua Face" é um produto que aborda a doença da Esclerose Sistêmica, sob a ótica de pessoas que possuem a enfermidade. É um produto do Curso de Jornalismo da UFC, vinculado à disciplina de Introdução às Técnicas Jornalísticas. A produção permitiu aos acadêmicos produzir uma reportagem de caráter experimental, utilizando conhecimentos advindos do cinema, o que dá um caráter documental à produção, tudo baseado nos conceitos aprendidos durante a vida acadêmica dos estudantes. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Durante o ano de 2016, o grupo de estudantes autores da reportagem "Mostra a Tua Face" sentiram duas fortes necessidades: primeiro, a de produzir audiovisual mesclando formatos e gêneros conhecidos; segundo, a de levar mais fortemente para fora da Universidade tudo que amadureceram no curso. Enquanto o grupo estava na pesquisa, o Hospital Universitário Walter Cantídio, pertencente a Universidade Federal do Ceará (UFC), através de sua Assessoria de Imprensa, entrou em contato com o Curso de Jornalismo da UFC apresentando dados sobre a doença chamada Esclerose Sistêmica e ressaltando os tratamentos de referência que eram realizados na unidade de saúde. Após pesquisas e uma reunião com a Assessoria, o grupo de estudantes do curso sentiu a necessidade de falar da "Esclero" por ser uma doença pouco conhecida, com o objetivo de rebater tabus em torno dela. A ideia foi levada para a disciplina de Introdução às Técnicas Jornalísticas, ministrada pela professora Naiana Rodrigues. A esclerose sistêmica é uma doença reumática auto-imune, de etiologia desconhecida. Caracteriza-se por alterações inflamatórias, fibróticas e atróficas, ao lado de endarterite proliferativa e lesões capilares obstrutivas comprometendo pele, sistema músculo-esquelético e órgão internos, particularmente o coração, rins, pulmões e trato gastrointestinal. Clinicamente, a extensão do envolvimento cutâneo e de órgãos internos e a gravidade da doença variam intensamente. (ANDRADE, KAYSER, 2002, p. 74) O formato da reportagem é documental e a presença do repórter é dispensada. O resultado final é um entrecortamento das vozes das personagens Ivonete, Mazé e Erivanda. Assim, se rompem as barreiras do que se espera de uma reportagem em TV, com "offs" e "passagem". E é a ausência de marcas tradicionais da reportagem televisiva que caracteriza o produto final como "experimental", tendo sido de grande aprendizado para os participantes. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A reportagem "Mostra a Tua Face" procura orientar seu público a respeito da esclerose sistêmica, doença que atinge principalmente mulheres e que no mundo é a doença neurológica que mais atinge jovens; auxiliando assim pessoas que têm a doença, amigos e familiares de indivíduos que têm a enfermidade, e a comunidade em geral, para que se tome conhecimento da doença e das formas que ela se manifesta. A produção busca ainda, proporcionar aos alunos participantes uma oportunidade única de lidar com um tema relacionado à saúde e ciência, o que não é fácil uma vez que a tarefa de passar essas temáticas de modo a haver plena compreensão é árdua. O "Mostra a Tua Face" tem o objetivo de apresentar para o público de maneira simples a doença, utilizando entrevistas em profundidade com três mulheres que sofrem com a enfermidade e que falam com propriedade e de modo popular, o que significa, para elas, ser portadora. Com o intuito de ser um material que tange o educativo e que é apresentado de modo ao espectador sentir empatia com as personagens e se envolver com as histórias delas, aprendendo um pouco sobre a doença. Além disso, foi objetivo do trabalho proporcionar aos alunos participantes uma experimentação de formas mais documentais de se produzir reportagem em telejornalismo. De modo que se utilizou referências vindas do cinema na reportagem telejornalística, tendo em vista como produto final uma reportagem em telejornalismo documental. Outro objetivo diz respeito ao caráter extensionista da Universidade, uma vez que é objetivo da produção ser uma forma de serviço que vai além dos muros da UFC e ajudar muita gente.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A Esclerodermia Sistêmica ainda é pouco conhecida pela população em geral. Além disso, o relato de médicos entrevistados na produção da reportagem atentam para o fato de que a doença é difícil de ser detectada e, por isso, profissionais de saúde no Brasil enfrentam dificuldades para lidar com ela. Os pacientes com esclero, também pré-entrevistados na produção da reportagem, se queixaram da dificuldade para explicar a patologia, tendo em vista que a comunidade não tem muito conhecimento da doença. Vendo esse cenário e realizando pesquisas, a equipe percebeu a necessidade de falar sobre o tema. A causa da esclerodermia não é conhecida, mas quando os médicos conseguem identificar a doença a tempo, é possível controlar os sintomas. Até dois terços dos pacientes conseguem levar uma vida relativamente tranquila, mantendo suas atividades e trabalhando, daí a importância de difundir o tema para os portadores e para a comunidade. A informação é uma das partes mais importantes dentro do diagnóstico. Um estudo de 2014 da Associação Amigos Múltiplos pela Esclerose (AME) alerta que, em média, se demora 7 anos entre o primeiro sintoma e a descoberta da doença. O produto proporciona o acesso à informações sobre a doença, gerando conscientização, contribuindo para a difusão de informações, de modo que cada vez mais pessoas possam conhecer a enfermidade. A Esclerose Sistêmica é a doença neurológica que mais acomete jovens adultos no mundo. Cada pessoa com a esclero pode apresentar sintomas muito pessoais, mas existem alguns sintomas que são mais comuns na doença, e conhecê-los pode ser um diferencial para que se descubra a doença, dê início ao tratamento e se possa conviver da melhor maneira possível com ela. No "Mostra a Tua Face" é possível, através da história das três personalidades, quebrar tabus em torno da patologia. Na produção, uma das personagens, Ivonete, revela que chegou a deixar de amamentar um filho quando descobriu ser portadora, muito por preconceito da família que acreditava que através do leite ela transmitiria a esclero para o filho, quando na verdade se trata de uma enfermidade neurológica. Outro ponto importante que justifica o trabalho é o aprendizado gerado para os participantes que, ao se depararem com um tema científico, tiveram que passar o assunto da forma mais compreensível possível, o que foi um exercício muito rico. Esse pensamento orientou a entrevista com profissionais da área durante a produção para garantir que o conteúdo veiculado fosse de fato condizente com a realidade da doença, apesar de não colocá-los no produto como personagens. As "marcas" da esclerose sistêmica no paciente são muito fortes. Eles costumam sentir dores no corpo, fadiga e ela pode afetar ainda outros órgãos do corpo, ocasionando novos problemas. Desse modo, o jeito de viver a vida desses pacientes é muito particular pois alguns deles têm sintomas visíveis a olho nu para os outros, mas precisam conviver diariamente com as dores. O tema é sensível e somente os pacientes com esclero poderiam repassá-lo com sua singularidade, de maneira a sensibilizar a comunidade e trazer esclarecimentos. Foi lançado mão do formato documental para se produzir uma reportagem jornalística, dispensando a presença de "off's" e "passagens". A reportagem "Mostra a Tua Face" utiliza elementos mistos, utilizando com abundância recursos como a sonoridade, imagens de apoio, enquadramentos e a entrevista em profundidade. Os estudantes puderam se valer de todos os conhecimentos que tiveram na Universidade e buscar produzir algo que fosse diferente do que já se esperava do gênero telejornalístico, aproveitando a oportunidade do espaço para a experimentação. No produto como um todo é utilizado o entrecortamento de entrevistas, o que dinamiza a produção. Os enquadramentos, imagens de apoio, sinais gráficos enriquecem-na, o que se justifica principalmente pela relevância do tema, mas também pela experiência obtida.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O grupo utilizou uma narrativa experimental, que se encaixa no formato de reportagem telejornalística. A definição da produção como uma reportagem televisiva não evitou a exploração do formato documental, especialmente no que diz respeito ao conteúdo e sua apresentação. A produção foi realizada a partir de uma união entre a equipe de trabalho e o Hospital da Universidade Federal do Ceará, vinculada à disciplina de Introdução às Técnicas Jornalísticas, do Curso de Jornalismo da UFC e ministrada pela professora Naiana Rodrigues. A Reportagem "Mostra a Tua Face" teve como base teórica os textos "Entre Gêneros/Subgêneros e Formatos", de Elizabeth Bastos Duarte; "A entrevista no telejornalismo e no documentário: possibilidades e limitações", de Christina Ferraz Musse e Mariana Ferraz Musse; "Entrevista em Profundidade", de João Duarte; entre outros. A seleção das fontes foi feita após uma visita no Hospital Universitário Walter Cantídio e uma conversa com alguns pacientes. Partindo da conversa, o grupo resolveu entrevistar as três personagens que aparecem na reportagem. Porém, a esclerose gera sequelas na aparência física e as três mulheres escolhidas por nós tinham vergonha de aparecer no vídeo. No fim, convencemos todas. Além disso, algumas dessas mulheres vêm de interiores do estado para fazer tratamento na Capital, sendo assim foram necessários dois dias de gravação, observando a disponibilidade das entrevistadas. Na rotina acelerada das redações, a seleção das fontes é um dos processos mais complicados para os produtores de telejornais. Não é necessário apenas ter os contatos, mas conseguir a concordância e a disponibilidade daqueles que vão ser entrevistados. (MUSSE; MUSSE, 2010, p. 2) O tipo de entrevista usada durante a reportagem foi a em profundidade, que é quando se demora no tema em questão. Nesse produto se faz muito importante a entrevista em profundidade tendo em vista que, em geral, se conhece pouco sobre a temática abordada, além da grande quantidade de relatos das pacientes. Esse tipo de entrevista proporciona ao espectador conhecer melhor como aquele paciente lida com a doença e o que a pessoas com a doença já tiveram que enfrentar por conta da esclero. A entrevista em profundidade é uma técnica dinâmica e flexível, útil para apreensão de uma realidade tanto para tratar de questões relacionadas ao íntimo do entrevistado, como para descrição de processos complexos nos quais está ou esteve envolvido. (DUARTE, 2008, P.2) Dessa forma, justifica-se a reportagem ser mais alongada e possuir um caráter documental. De modo que se considera a reportagem televisiva "Mostra a Tua Face"com características de um subgênero documental no telejornalismo e também com formato documental, de maneira a utiliza métodos e técnicas do formato documental para produzir a reportagem. É possível entender a escolha analisando que a cultura está em constante transformação e que os produtos culturais, como os gêneros televisivos, acompanham esse movimento, de modo que o formato de reportagem telejornalística tradicional com "passagem" e "off" ainda tem seu espaço, mas se sente cada vez mais a necessidade de se produzir algo singular, de consumir a reportagem jornalística em diferentes formatos e subgêneros. "O Globo Repórter, segundo programa jornalístico mais antigo da TV Globo, estreou em abril de 1973, com apresentação de Sérgio Chapelin, inaugurando na TV brasileira o formato de documentário televisivo." (Andrade, Cinema e telejornalismo no documentário televisivo brasileiro). Desse modo, um programa inteiro é produzido de forma mais documental, porém ainda com a presença forte de "offs". Já nossa equipe sentiu a necessidade de utilizar destas técnicas vindas do formato documental, mas usando o espaço da Universidade para experimentar uma reportagem televisiva sem essas marcas de off. Estão presentes na produção muitos elementos herdados do cinema, como a forma de enquadramento, a duração das cenas, a dinâmica de produção, a narrativa mais poética - que não só busca informar, mas também emocionar, comover. O produto foi feito para ser veiculado nas redes sociais, como o Youtube, mas também com a pretensão de ser veiculado em Televisão, embora ainda não tenha surgido a oportunidade. Essa iniciativa é consequência das novas formas de produção de conteúdo jornalístico, pautadas pela convergência entre múltiplas plataformas. De acordo com Jenkins (2006), entende-se como convergência o "fluxo de conteúdos através de múltiplas plataformas de mídia, a cooperação entre os vários setores de mídia e o comportamento migratório das audiências de mídia que vão em qualquer lugar em busca dos tipos de experiências de entretenimento que eles querem". A equipe se dividiu em produção, reportagem, roteiro e edição, ficando cada um dos participantes com mais de uma posição. Durante o processo de filmagem, foram utilizados duas câmeras de participantes do projeto, tripés e gravador.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span class="quatro"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Com 9 minutos e 27 segundos de duração, a reportagem Mostra a Tua Face traz o depoimento de três mulheres que tem Esclerodermia Sistêmica: Ivonete, Mazé e Erivanda. A ideia do projeto surgiu do anseios dos alunos por uma produção de caráter extensionista e em posterior de um convite da Assessoria do Hospital Walter Cantídio para o Curso de Jornalismo, onde o curso foi convidado a entrar nas dependências do Hospital para conhecer histórias de pacientes com a Esclerodermia. O projeto começou a produção com uma visita inicial ao hospital para captar fontes e conhecer as histórias dos personagens. O encantamento da equipe foi imediato. Logo, o grupo começou começou a pesquisa e decidiu que faria uma reportagem abordando o tema. A professora Naiana Rodrigues acatou a ideia e desde o início se pensou em tentar mostrar o tema de uma maneira diferente, permitindo assim que nós pudéssemos realizar algo mais experimental. Para a escolha das personagens foi feita uma visita da equipe completa ao Hospital em um dia no qual a unidade de saúde sediava um evento sobre esclerose com um número considerável de pacientes presentes. Dentre tantas histórias de desafios, dor superação ouvidas, escolhemos as de Ivonete, Mazé e Erivanda, até mesmo por adequação ao comprimento do produto e pela opção de entrevistas em profundidade. Passada a produção, foram duas fases de gravação no hospital para que o material completo pudesse ser captado. Para isso utilizou-se duas câmeras, permitindo uma maior variação de enquadramentos, e um gravador para assegurar a qualidade do áudio. Todas as entrevistas foram realizadas no Hospital Walter Cantídio. Em seguida foi a vez do roteiro, ponto do projeto que resultou em bastante debate e uma construção de aprendizado considerável. Ao decupar o que tínhamos gravado, a equipe tentou arduamente produzir um material que fosse de fácil compreensão, que tocasse nos pontos fundamentais da doença e que causasse uma relação de empatia do espectador com o entrevistado. Na construção do roteiro foi pensado que pontos não podiam estar de fora da narrativa, são eles: a descoberta da doença, os sintomas, o tratamento, e as perspectivas de futuro. Essa divisão foi feita narrativamente, mas com bastante cuidado para que ficasse sensível e fluida, à semelhança de documentários que tangenciam o educativo. No entanto, essa divisão foi feita sem ser demarcada de forma física no vídeo, apenas conduzindo o espectador pelo fio narrativo. Na edição focou-se em criar uma identidade visual para a reportagem baseada no nome "Mostra a Tua Face". Isso porque uma das consequências da esclerose, em alguns portadores, é a mudança causada na pele e no rosto. Outro ponto na edição foi a presença de imagens de apoio e cortes suaves. A reportagem "Mostra a Tua Face" apresenta a Esclerodermia Sistêmica através do olhar de três mulheres que possuem a doença. Nela, é possível entender os sintomas da enfermidade, a manifestação nas pessoas e o tratamento. O produto traz o assunto de modo sensível e envolvente para quem mergulha nas histórias das três entrevistadas.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify">A reportagem  Mostra a Tua Face cumpre um papel social não só de informar a sociedade sobre uma doença que ainda é pouco conhecida, apesar de ser a enfermidade neurológica que mais atinge jovens no mundo e, em especial, as mulheres; como também cumpre seu papel ao dar voz à pacientes que convivem com a doença e que podem dizer, com propriedade, como é viver com uma enfermidade que não tem cura e que, muitas vezes, dificulta a vida dos que a possuem. A reportagem traz à tona a explicação da doença não por especialistas, mas por aqueles que são acometidos por ela. A realização deste trabalho trouxe novos desafios e aprendizados aos envolvidos e buscou ajudar pessoas que possam sentir os sintomas da doença mas não a conheçam, indivíduos com a enfermidade, seus familiares e amigos. O produto permitiu que se colocasse em prática os conteúdos aprendidos em sala de aula e proporcionou aos alunos a possibilidade de entender que também somos produtores de conhecimento e que, munidos do saber teórico e das vivências acadêmicas, somos capazes de realizar produtos que são diferentes daquelas  formas tradicionais que nos são ensinadas. Pensar em uma pauta que possui um tema ligado à saúde requer muita pesquisa, levantamento de dados, conversas com especialistas. A produção final é resultado não só dessas pesquisas temáticas, mas também de vários estudos relacionados ao modo de produzir audiovisual. Desde a produção até a edição, a satisfação da equipe com o resultado foi vista nos olhos de cada um. O produto proporcionou aos estudantes uma experiência de imersão em um mundo desconhecido, um processo de empatia muito forte com as personagens e a possibilidade de lidar com a imaginação e a criatividade.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2">KAYSER, Cristiane. ANDRADE, Luis Eduardo Coelho. Sinopse de Reumatologia, São Paulo, p. 74<br><br>DUARTE, Elizabeth Bastos. Entre gêneros/subgêneros e formatos. Televisão: ensaios metodológicos. Porto Alegre: Sulina, 2004. p. 65 - 88.<br><br>MUSSE, Christina Ferraz; MUSSE, Mariana Ferraz. A entrevista no telejornalismo e no documentário: possibilidades e limitações.Rio de Janeiro, Julho- Dezembro de 2010.<br><br>DUARTE, Jorge. "Entrevista em profundidade." Métodos e técnicas de pesquisa em comunicação. São Paulo: Atlas 1 (2005): 62-83.<br><br>ANDRADE, Ivanise Hilbig de. Gênero televisivo e modo de endereçamento no telejornalismo. Salvador: Cadernos de Comunicação, 2012.<br><br>NICHOLS, Bill; e MARTINS, Mônica Saddy. Introdução ao documentário. Papirus Editora, 2005.<br><br>VARGA, John; e ABRAHAM, David. "Systemic sclerosis: a prototypic multisystem fibrotic disorder." The Journal of clinical investigation 117.3 (2007).<br><br>HORIMOTO, Coelho; MAGNO, Alex; e DA COSTA, Izaias Pereira. "Autoanticorpos em esclerose sistêmica e sua correlação com as manifestações clínicas da doença em pacientes do Centro-Oeste do Brasil." Rev. bras. reumatol (2015): 229-239<br><br>Jenkins, Henry. Cultura da convergência. Aleph, 2015.<br><br> </td></tr></table></body></html>