ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XIX Congresso de Ciências da Comunicação na Região Nordeste</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span class="quatro"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;01846</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;PT</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;PT08</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;Pã ou A visita dx faunx</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Deleon Hippolyto Denizart (Centro Universitário 7 de Setembro)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;Quadrinhos, Narrativa, Identificação, Mídia, Publicidade</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Quais o limites para a imaginação de um contexto regionalizado em uma história em quadrinhos? Como os conceitos de midiatização, de direito à cidade, percepção do outro e alusão as escolhas de um jovem universitário pode influenciar o saber prático de uma disciplina até então teórica? O projeto de uma história em quadrinhos impressa chamada "Pã ou a Visita dx Faunx" vinculado a disciplina de mídia aborda uma temática de regionalidade e sobreleva questões por meio de uma narrativa jovem e voltada às experiências subjetivas de um estudante. O produto flerta entre ficção e cotidiano para traçar metáforas a fim de causar reflexões em um contexto acadêmico e social na escolha profissional dos estudantes. Os resultados são personagens, cenários e narrativas próximas ao contexto de Fortaleza.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">"Pã ou a visita dx Faunx" é uma história em quadrinhos que permeia entre ficção e cotidiano, abordando os temas de realização profissional e satisfação emocional. Utilizando-se de uma linguagem gráfica para comunicar anseios que podem ser comuns entre os jovens de uma comunidade acadêmica, assim como também fora desta. Apoiada em discussões no curso de comunicação social, é um produto que pode levar reflexão e uma discussão dentro e fora dos centros acadêmicos. Além disso, busca uma conexão com o leitor a partir de uma identidade, em um primeiro viés regional, e num segundo nacional, por meio de expressões, maneiras de falar e nomes de conhecimento de certa região, mas também, não excluindo quem está fora desta. Embora a maior parte de sua narrativa passe dentro de uma casa, quando se mostram cenários fora desta há um contexto cotidiano de um cotidiano urbano. Nos veículos e fachada de casas, se faz referência primeiramente a uma realidade fortalezense, mas que se encaixa em várias realidades brasileiras. Em Pã tanto dentro como fora há ambientes de dureza e concreto. O primeiro personagem que se apresenta é Nicolas. Moldado por esse ambiente, enrijecido pelo que o cerca, pelos caminhos já traçados por outrem, se renuncia da responsabilidade de criar seu próprio caminho, resignando-se no comum e tido como mais "assertivo". A segunda personagem é Pã. Uma espécie de aparição que vem com uma série de questionamentos sobre a vida de Nicolas, deixando-o confuso respeito de suas escolhas e atitudes. Toda a narrativa se desenvolve numa série de questionamentos a respeito das escolhas feitas no decorrer da vida, mesclada com a presença de uma rotina, que a princípio nunca se altera, a não ser que alguma atitude seja tomada.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Os objetivos do produto partiram de um estudo de narrativa gráfica, apoiado em discussões durante o curso e no decorrer da disciplina de Mídia e elaborado em 2016. As reflexões do autor, sujeito e eu-lírico resvalam-se em um entendimento subjetivo acerca da cidade, das escolhas profissionais e pessoais em um tom de mistério e fortalecendo peculiaridades regionais. 1- Contextualizar a midiatização a partir de um aspecto subjetivo do artista com a cidade como personagem e plano de fundo, além de uma relação emocional entre escolhas. 2- Debate de uma temática de escolhas impulsionado pelas 2 protagonistas da história, Nicolas (lado mais racional) e Pã (lado mais emocional). 3- Utilização de traços e meios analógicos na maior parte da confecção do quadrinho (tinta, caneta, papel) a fim de gerar carga mais subjetiva e humana gerando contextualização com sua abordagem.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">As Histórias em Quadrinhos podem ser conhecidas por vários nomes: Gibis, hqs (Brasil), banda desenhada (Portugal), comics (EUA), bandes desenées (França), mangá (Japão), além de Arte Sequencial ou Nona Arte. Embora possua muitas formas de ser chamada, para Scott McCloud (1995, pág, 9) essa mídia se caracteriza por sempre se apresentar como  Imagens pictóricas e outras justapostas em sequência deliberada destinadas a transmitir informações eou a produzir uma resposta no espectador Mas engana-se quem imagina que os quadrinhos surgiram de maneira independente e logo conquistando seu papel de mídia. Para Sonia Luyten (1985) a presença de uma plataforma que originaria os quadrinhos começou de maneira tímida no início da reprodução gráfica na Europa, com a união do texto e ilustrações, em sua maioria cômicas como caricaturas, animais antropomorfizados e contos de fadas. Entretanto, foi no final do século XIX, nos Estados Unidos que a expressão ganhou autonomia. Graças a indústria de jornais impressos, que traziam páginas com quadrinhos, a então nova mídia pode começar a se consolidar, se tornando um dos principais atrativos desses periódicos. Um marco nessas produções foi a veiculação do primeiro quadrinho colorido, chamado  Yellow Kid (Menino Amarelo), foi publicado pelo jornal New York World conquistando status de sua principal atração. Contudo, Luyten (1985) afirma que o sucesso de Yellow Kid proporcionou a linguagem dos quadrinhos um grande avanço na questão da manifestação artística. Para Moacy Cirne (1970) os quadrinhos beneficiaram-se de uma penetração no público que nenhuma das  artes de galerias nunca havia experimentado. Para Cirne (1970), o que diferenciava os quadrinhos destas outras mídias era sua reprodutibilidade de criação de narrativas e histórias, mas que ainda não era considerada uma nova , pois para ele artes de galerias são originalmente não-reprodutíveis. Apoiado nesta relação de reprodutibilidade, na capacidade de criar diferentes tipos de narrativas e em discussões ocorridas dentro do meio acadêmico, decidi produzir uma história em quadrinhos impressa. Com o intuito de atingir um bom número de pessoas, e a fim de discutir a respeito de um tema bastante comum na vida de muitas pessoas dentro e fora da carreira acadêmica: A desilusão com a escolha de uma profissão ou um caminho a se tomar, apenas porque este se dá como percurso mais fácil de aceitabilidade pela sociedade. Tomando como base acontecimentos reais deste que vos escreve, assim como também, em parte, de amigos próximos, surgem os personagens Nicolas e Pã. Embora contraditórios eles representam um ser só. Pã é tudo o que Nicolas deixou, ou abdicou de ser, todos os seus anseios e vontades reprimidas, uma espécie de consciência que vem visitá-lo de tempos em tempos a fim de obter uma reflexão sobre a vida até então. Além disso sentia uma necessidade de contextualizar o espaço da narrativa, por mais que a maior parte da história se passe em um ambiente fechado, quando esta ocorre fora insere-se traços e perfis do cotidiano brasileiro e, em seus detalhes, lugares conhecidos de Fortaleza-CE. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Para uma narrativa gráfica sequencial há aspectos que devem ser adotados, segundo McCloud (1995, pág 9) é necessária a presença de imagens pictóricas e outras justapostas em sequência deliberada destinadas a transmitir informações eou a produzir uma resposta no espectador. Entretanto, nem só disso se faz uma narrativa. McCloud (2000) afirma que para compreender a natureza de nosso ambiente devemos tentar enxergá-lo das maneiras mais diferentes possíveis, e que para ser parte desse processo é necessário recorrer a necessidades e desejos básicos do homem. A visão subjetiva do autor também a constrói e é fator para a transmissão de determinada mensagem para o receptor. Essa mensagem e visão é transferida para os quadrinhos por meio de ícones, ou que comumente chamamos de figuras, que segundo McCloud (1995), são imagens criadas a fim de conversar com seus temas. Ele também afirma que algumas figuras são mais icônicas do que outras. Podemos levar a afirmação anterior a um contexto regional, o qual o produto se insere, embora que de forma tímida, há certos ícones que transmitem uma regionalização, como maneiras de falar, objetos e lugares. Se aborda uma história ficcional, mas, de certo, há nuances subjetivos e biográficos do autor, quase que como um  Quadrinho de testemunho termo utilizado por Muanis (2006), que também completa como histórias inspiradas na vivência pessoal de cada autor (2006, pág, 9) A principal temática abordada é a de desilusões, realização pessoal e satisfação consigo. Para isso se utilizam duas personagens para criar um conflito, uma de viés mais concreto e racional e outra mais subjetiva, fantasiosa e emocional. A primeira parte da construção do produto se deu em aula. Durante as discussões esboçava em um caderno de anotações o que seriam mais tarde os personagens, estes e o tema a ser abordado surgiram quase que no mesmo instante. Logo depois, foi feito um esboço de todo quadrinho à lápis grafite em papel sulfite. Quadro a quadro, falas e balões começaram a ser organizados. Grande parte de narrativa sofreu forte influência de debates em sala e nos corredores do centro universitário. A parte gráfica foi influenciada pelos conhecimentos adquiridos no curso de extensão  Oficina de quadrinhos , ofertado pela Universidade Federal do Ceará (UFC), leituras de pesquisadores da área, como Scott McCloud, Sonia Luyten, e várias histórias em quadrinhos, nacionais e internacionais, de massa e títulos mais alternativos. Após isso tudo, foi redesenhado em um papel de gramatura maior (canson), primeiramente à lápis grafite e depois arte-finalizado com tinta nanquim, utilizando-se canetas e pincéis. Depois, foi digitalizado página a página e no software adobe photoshop foram colocadas as falas. A montagem foi feita no adobe indesign e logo depois preparado para a impressão.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span class="quatro"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">História em quadrinhos impressa em em 24 páginas (numeradas) em papel sulfite tamanho A5. Impresso à laser em preto e branco, capa colorida e com lombada do tipo canoa. Apresentando em seu interior  Imagens pictóricas e outras justapostas em sequência deliberada destinadas a transmitir informações eou a produzir uma resposta no espectador (McCLOUD. 1995, pág, 9). Formato de leitura ocidental no idioma português brasileiro, de fácil reprodutibilidade e penetração no público (CIRNE, 1970). Destinada à venda em praças, feiras e oficinas.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify">Unir quadrinhos e a comunicação social foi de grande felicidade. Depois de passar anos lendo vários tipos de quadrinhos, poder produzir uma própria narrativa gráfica, aliada ainda a discussões e abordagens feitas em sala de aula foi unir duas grandes áreas que tenho prazer em estudar, comunicação social e a nona arte. Pã, mais que um quadrinho, foi uma produção que me colocou em maior sintonia com a vida acadêmica, até porque, embora a tenha concebido devido a discussões em sala, em nenhum momento de seu processo foi de certa pretensão colocá-la em um evento como EXPOCOM. Por sorte, em uma feira onde a vendia, um professor que me lecionava aulas no centro universitário adquiriu um exemplar. A partir daí, ele foi figura de fundamental incentivo para mim e que, inclusive veio a me orientar neste projeto. Acima de tudo, pode-se dizer que a melhor parte, além de ver o projeto finalizado, é receber de amigos e pessoas desconhecidas congratulações a respeito de Pã, e que esses puderam refletir e se identificar com a história.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2">McCLOUD, Scott. Desvendando os Quadrinhos. São Paulo, Makron Books, 1995.<br><br>McCLOUD, Scott. Reinventing comics. New York, Paradox Press, 2000.<br><br>LUYTEN, Sonia. História em Quadrinhos Leitura Crítica. Paulinas, 1985.<br><br>CIRNE, Moacy. A Explosão Criativa dos Quadrinhos. Vozes, 1970.<br><br>MUANIS, Felipe. Imagem, Cinema e Quadrinhos: Linguagens e Discursos de Cotidiano. Revista Caligrama, São Paulo, v.2, n.1, (2006).<br><br> </td></tr></table></body></html>