ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XIX Congresso de Ciências da Comunicação na Região Nordeste</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span style="color: #000000"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;00248</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #000000"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;JO</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #000000"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;JO16</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #000000"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;O Sequestro de um repórter</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #000000"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Gabriela Mariano Alves de Brito (Centre Universitário Maurício de Nassau); Luís Boaventura (Centre Universitário Maurício de Nassau)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #000000"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;Jornalismo investigativo, Francisco José, Assalto, Repórter, </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #000000"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"><P style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 12.65pt; MARGIN: 0cm 0cm 10pt; BACKGROUND: white" class=MsoNormal><SPAN style="FONT-FAMILY: 'Arial','sans-serif'; COLOR: #222222; FONT-SIZE: 12pt; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR">O trabalho propõe uma reflexão sobre a importância do jornalismo enquanto produtor de memória, por meio de uma&nbsp; grande reportagem investigativa sobre o primeiro assalto a banco com reféns de Pernambuco, que tinha entre as vítimas o jornalista e repórter da TV globo nordeste, Francisco José. A metodologia aplicada foi a pesquisa qualitativa. A grande reportagem, o sequestro de um repórter, teve duração de vinte minutos, recordando e, o mais importante, atualizando o fato trinta anos depois.</SPAN></P></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #000000"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"><P>Esta grande reportagem em vídeo:  Francisco José: o seqüestro de um repórter se propõe a memória do primeiro assalto a banco com reféns no estado de Pernambuco, entre os reféns estava o jornalista e repórter da TV Globo de televisão, Francisco José de Brito. O jornalismo provoca uma reflexão na sociedade através do conhecimento de cada pessoa, oferecendo assim, uma oportunidade de construção do pensar e do envolvimento para que cada pessoa possa ter condições para avaliar com mais clareza as notícias e entender o que acontece no mundo. É sem dúvidas uma fonte de informação num sentido amplo e histórico. As marcas do tempo são especialmente sensíveis nos jornais, localizando o leitor num "lugar" na duração. O consumo diário das narrativas jornalísticas fornece um forte parâmetro espaço-temporal. [...] A marcação do tempo foi se tornando função essencial dos jornais, a ponto de lhes ser dada credibilidade para datá-lo. (MATHEUS, 2010b: 2-3, apud BERGAMO, ALEXANDRE 2011 p. 233). É de suma importância analisar o jornalismo como produtor de memórias. O episódio foi um marco para a TV brasileira e pernambucana. E logo então marcou o início da carreira do repórter da TV globo, Francisco José. Na reportagem ele e os outros reféns contam como tudo começou e como foram os momentos de tensão com os seis bandidos em uma viagem até o Salvador. São registros que marcaram, marcam e vão continuar marcando o tempo, através do profissional que ao registrar um fato e contar uma história, está contribuindo para eternizar aquilo que foi registrado pro ele. É também é um meio que foi encontrado&nbsp; para exaltar a importância do jornalismo investigativo. Onde você tem a oportunidade e o prazer de estudar fatos que você não viveu e não conhece, mas que precisa ouvir várias partes, entender e começar a exercitar o dom do ouvir e do ter coragem para todas as informações que você vai receber e tentar destrinchar para poder repassar para os telespectadores.</P></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #000000"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"><P style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 12.65pt; TEXT-INDENT: 35.4pt; MARGIN: 0cm 0cm 10pt; BACKGROUND: white" class=MsoNormal><SPAN style="FONT-FAMILY: 'Arial','sans-serif'; COLOR: #222222; FONT-SIZE: 12pt; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR"><?xml:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" /><o:p>Experimentar e produzir uma grande de jornalismo investigativo, em vídeo sobre o assalto ao banco econômico, no bairro de boa viagem, zona sul do Recife. A intenção é resgatar e salvaguardar a memória de um fato que marcou a história de Pernambuco, pois foi o primeiro assalto a banco com reféns no Estado e teve um grande impacto midiático ao ter como uma das vítimas o repórter do Jornal Nacional no Nordeste, Francisco José. O vídeo, além de servir como proteção e defesa de um importante fato da imprensa nacional, trazem de volta à tona uma discussão sobre questões éticas do jornalismo e do modo de fazer das equipes de reportagem em situações de risco, bem como dialoga com os limites de segurança do métier.&nbsp; A grande reportagem de jornalismo investigativo, em vídeo também reafirma a importância, o perigo da profissão e o papel do jornalista na sociedade, através do assalto ao banco.<BR>Proporcionar uma reflexão da necessidade de registrar fatos de trinta anos atrás e que até hoje é vivo na memória das pessoas. É mostrar a importância do jornalismo, e do jornalista para a nossa sociedade e também fazer com que muitos gostem do jornalismo investigativo, de ir atrás, de apurar, de se jogar na reportagem sem temer e sem ter medo de nada. É fazer com que as pessoas revivam o episódio de aconteceu há trinta anos e as que não viveram, possam viver o ocorrido também.<BR></o:p></SPAN></P></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #000000"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A TV foi escolhida porque é o meio de comunicação preferido dos brasileiros para buscar informações verídicas sobre tudo o que acontece no mundo. De acordo com uma pesquisa feita pela ABERT, os brasileiros assistem TV para se informar: <BR>A Pesquisa Brasileira de Mídia 2016, que revela os hábitos de informação dos brasileiros, aponta que a televisão segue como meio de comunicação predominante: 63% da população buscam informações sobre o que acontece no Brasil telejornais diários. 77% afirmam ver TV todos os dias da semana, com predominância de segunda a sexta-feira. O telespectador passa, em média, entre 60 e 120 minutos em frente à TV.<BR>A melhor alternativa para contar essa história foi através da televisão. <BR>A relação do som e imagem é de uma importância fundamental para viver novamente o episódio, só que de uma maneira segura, tranqüila e atraente. Os telespectadores que acompanharam o caso em 1987 poderão rever com mais detalhes e com o próprio repórter Francisco José contando a história, e também saberão como os reféns estão hoje, depois de trinta anos. E as pessoas que só escutaram a mãe ou o pai contar, como no meu caso, irão poder viver também o episódio e saber como tudo aconteceu. <BR>Nesta grande reportagem foi traçado uma breve história do jornalismo brasileiro, apontando a memória do jornalismo e do telejornalismo no Brasil. <BR>O jornalismo tem um papel muito importante na sociedade. Produzir diariamente notícias, e fatos sobre acontecimentos. O jornalismo provoca uma reflexão na sociedade através do conhecimento de cada pessoa, oferecendo assim, uma oportunidade de construção do pensar e do envolvimento para que cada pessoa possa ter condições para avaliar com mais clareza as notícias e entender o que acontece no mundo. É sem dúvidas uma fonte de informação num sentido amplo e histórico. <BR>As marcas do tempo são especialmente sensíveis nos jornais, localizando o leitor num "lugar" na duração. O consumo diário das narrativas jornalísticas fornece um forte parâmetro espaço-temporal. [...] A marcação do tempo foi se tornando função essencial dos jornais, a ponto de lhes ser dada credibilidade para datá-lo (MATHEUS, 2010b: 2-3, apud BERGAMO, ALEXANDRE 2011 p. 233).<BR>&nbsp;Foi pontuada também a importância do jornalismo e do jornalista para a sociedade e os perigos que os mesmos correm na busca da verdade para deixar a sociedade informada. Através da história do jornalismo brasileiro, a memória também se faz presente dos fatos, acontecimentos. O jornalismo produz diariamente notícias, fatos. É sem dúvidas uma fonte de informação num sentido amplo e histórico. <BR>O jornalista é o guia da sociedade. Cabe a ele não apenas informar, mas também interpretar e traduzir as informações para que os públicos de classe média baixa, média e alta entendam a mensagem de forma simples, coesa e clara. É o amor pela profissão que os tornam tão corajosos, tão fortes, capazes de perder a própria vida por uma sociedade melhor. Denunciam até os crimes cometidos por aqueles que deveriam ser exemplo.<BR>No dia internacional Pelo Fim da Impunidade em Crimes Contra Jornalistas, o Jornal Nacional, mostrou uma reportagem sobre o índice de mortes de profissionais de imprensa no país, e que o Brasil está entre os países que mais morre jornalistas, cinegrafistas. <BR>De acordo com a reportagem do Jornal Nacional, exibida no dia 17 de outubro de 2017,  Jornalistas continuam sendo mortos por investigar e denunciar. Por publicar histórias subterrâneas de corrupção política, violência policial e outros crimes contra a cidadania. <BR></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #000000"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"><P>Todas as entrevistas, passagens, sonoras, offs e imagem de apoio da grande reportagem em vídeo cujo tema o sequestro de um repórter, foram feitas em lugares distintos. Entre eles: estúdio da Uninassau, no bairro das graças, no recife, no arquivo geral do tribunal de justiça de Pernambuco, na TV globo nordeste, em Olinda; no bairro de boa viagem, e no bloco b da Uninassau, sob a supervisão do orientador&nbsp; professor e mestre Luis Boaventura. A grande reportagem em vídeo possui o gênero jornalismo investigativo.<BR>A edição do material foi produzida na ilha de edição da Uninassau, e no computador da instituição.&nbsp; Foi utilizado para gravações externas microfone lapela, câmera, led, tripé e microfone com direcional. <BR>Foi utilizada a pesquisa bibliográfica que busca referências sobre o repórter e jornalista Francisco José e o episódio de 1987, foram feitas na biblioteca pública do estado de Pernambuco, memória globo, e no livro que o jornalista lançou sobre os seus 40 anos no ar. A técnica das entrevistas foi bem realizada durante toda a grande reportagem, a partir das pautas com participação dos envolvidos e estudioso de mídias. De acordo com o site Toda Matéria, 2016: <BR>A Entrevista possui uma função social muito importante, sendo essencial para a difusão do conhecimento, a formação de opinião e posicionamento crítico da sociedade, uma vez propõe um debate sobre determinado tema, donde o discurso direto é sua principal característica. Toda matéria (2016)</P> <P>O repórter Francisco José conta em seu livro que estava na Globo Nordeste, no Morro do Peludo, em Olinda, editando uma matéria para o Fantástico, quando recebeu a notícia de Maria Alice da Rede Globo do Rio de Janeiro, para cobrir o assalto no antigo Banco Econômico, no bairro de Boa viagem, no Recife.<BR>Uma equipe nossa chegou rapidamente ao banco. Toda imprensa foi para lá. A direção do jornalismo, no Rio, mandou que eu deixasse a ilha de edição e fosse cobrir um dos primeiros assaltos a banco com reféns no país para o Jornal Nacional. As ruas próximas ao banco foram interditadas pela polícia. Fui andando até o local do assalto. (BRITO, 2017, p.51).</P> <P>O episódio ganhou manchete nos principais jornais do Estado de Pernambuco e nacionalmente. O radialista Geraldo Freire, que estava com o seu programa no ar, na Rádio Jornal, foi quem fez a transmissão de todo o seqüestro. Em entrevista a repórter Gabriela Brito, autora do referente trabalho, o radialista relatou o episódio:<BR> Como a rádio jornal tinha uma estrutura interessante aqui, nós viramos à noite nessa cobertura (...) ele me disse que a primeira entrevista que deu depois que o soltaram foi pra mim na porta do hotel, ele falou por telefone. </P> <P>O ocorrido repercutiu nos últimos meses do ano de 1987. O caderno de polícia do dos jornais, Diário de Pernambuco, que é o jornal mais antigo em circulação da America Latina do Estado e o Jornal do Commércio, publicaram a matéria completa no dia seguinte, 26 de setembro de 1987.&nbsp; A manchete do Jornal do Commércio foi a seguinte:  Bandidos dão mais um show no Recife. Assaltam banco e levam quatro reféns. (Jornal do Commércio, 1987, ano LXIX)<BR>&nbsp;<BR>Pernambuco parou, ontem, para acompanhar pelo rádio e pela televisão o assalto e fuga de seis ladrões, que atacaram a agência do bairro de Boa Viagem do Banco Econômico. Os assaltantes todos jovens e um deles vestido farda da Polícia Militar, ocuparam o banco às 9 horas da manhã, mas foram surpreendidos pela polícia Militar. Depois de nervosas negociações, eles reuniram todo o dinheiro que conseguiram  cerca de Cz$ 1 milhão e 100 mil  quatro reféns e fugiram num carro Santana fornecido pelo banco. (Jornal do Commércio, 1987, ano LXIX)</P> <P>Já o Diário de Pernambuco teve a seguinte manchete:  Quatro pessoas correm perigo nas mãos de cinco bandidos. Recife vive mais um dia de cão, com assalto a banco e seqüestro. (Diário de Pernambuco, 1987, ano 162) </P> <P>&nbsp;A profissão do jornalista é de extremo risco, principalmente quanto à pauta é policial, sabemos que o papel do jornalista é informar, relatar e narrar o episódio que está a vivenciar. Embora o repórter tenha tido uma atitude heróica, e ter representado de alguma forma alguns grandes heróis da Marvel, se colocando no lugar de uma pessoa em um seqüestro e salvando duas vidas, para muitos a atitude de Francisco José foi um exemplo de não jornalismo, onde o repórter foi além de aonde o microfone e a câmera chegava e colocou a sua integridade física em risco. <BR>A partir do momento em que a câmera parou de gravar e me envolvi no seqüestro, deixei de fazer a reportagem. Fui repreendido por Armando Nogueira, que proibiu qualquer outra ação de repórteres em situações semelhantes. O diretor que me proporcionou as melhores oportunidades de trabalho sempre tinha razão. Concordei com ele. Se bem que, se eu enfrentasse outra situação em que pudesse ajudar, faria tudo de novo. (BRITO, 2017, p.58).</P> <P>Mesmo sendo feito refém, e na mira de vários bandidos, Francisco José de Brito, não deixou o profissionalismo de lado. De acordo com o Diário de Pernambuco de 1987, Francisco José fez acusações à polícia sobre a perseguição, e o secretário de segurança pública Gordim, nega a perseguição,  não houve perseguição aos fugitivos, e sim acompanhamento. Tampouco a vida dos reféns correu perigo por causa disso. </P> <P>A execução do produto jornalístico foi produzida na Uninassau junto com o professor orientador Luis Boaventura.&nbsp; Offs, sonoras, passagens, imagens de apoio, clips (mix de imagens) sob som, fotos que foram utilizadas da época, stop motion (vídeo animado) serviu para os telespectadores entender como foi o percurso dos seqüestradores e reféns de Recife até Salvador.<BR>A notícia do telejornal é semelhante a do impresso, porém, a televisiva tem mais alguns atributos, as imagens em movimento e por ser apresentada oralmente.  Como a imprensa escrita, o telejornalismo utilizou-se das características da reforma jornalística ocorrida em meados do século XX e difundida, sobretudo nos EUA. (JÚNIOR, 2004, P. 99). A notícia mais clara, precisa e direta, sem a opinião do jornalista, começou a fazer parte do novo modo de fazer televisão. <BR>No telejornalismo a linguagem verbal e não verbal são bastante predominantes. De acordo com Júnior (2004 p. 106 e 107)  a linguagem da notícia na televisão é bastante próxima daquela no jornal escrito. Mas o texto verbal pode dispor as informações ao longo da notícia, entremeando-se com imagens .<BR>Enfim, o texto verbal na televisão, mais que no jornal escrito, exerce as funções de orientação e síntese daquilo que é apresentado pela imagem. A palavra precisa ao mesmo tempo ser compreensível para um público bastante amplo e manter as indicações de neutralidade e objetividade. (JÚNIOR, Juvenal, 2004, P.110).<BR>Sobre a linguagem não verbal, Júnior afirma que:  as imagens e ilustrações do cenário do telejornal transmitem muitas informações . (JÚNIOR, Juvenal, 2004, P.110).<BR></P></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span style="color: #000000"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O jornalismo investigativo é muito presente e tem uma grande importância na grande reportagem, aborda o desenvolvimento da notícia, apuração, sua história e suas características<BR>A reportagem visa atender a necessidade de ampliar os fatos para uma dimensão contextual e colocar para o receptor uma compreensão de maior alcance, objetivo melhor atingido na prática da grande-reportagem, que possibilita um mergulho de fôlego nos fatos e em seu contexto e oferece ao seu autor uma dose ponderável de liberdade para superar os padrões e fórmulas convencionais do tratamento da notícia. (LAGE, 2001, p. 31 apud Cíntia Charlene da Silva; (Glória Maria de Oliveira Baltazar). <BR>Esta grande reportagem em vídeo mostrou a importância do jornalismo investigativo. Registrando a posterioridade a memória do assalto ao banco Econômico, no bairro de Boa viagem, no Recife, em setembro de 1987. Foram entrevistadas as seguintes pessoas:<BR>O jornalista e repórter Francisco José, que foi o personagem principal da reportagem, o repórter trocou de lugar com uma mulher grávida e colocou a sua integridade física em risco.<BR>Vera Ferraz que foi chefe de Francisco José na época do ocorrido; <BR>Carolinne Brito, filha do repórter Francisco José; <BR>Juliano Domingues do SINJOPE; <BR>Patrícia Camarotti, uma das reféns que na época era gerente adjunta do banco; Geraldo Freire da Rádio Jornal foi ele que transmitiu todo o seqüestro pela rádio;<BR>A suposta grávida, Elizabeth Leal.<BR>Denise Borges, uma das reféns que na época era tesoureira do banco e abriu o cofre para os bandidos;<BR>Ricardo Leitão que foi secretário de imprensa do governo Miguel Arraes, na época. <BR>A entrevista com o repórter e jornalista da TV Globo, Francisco José, foi realizada no dia 28 de agosto de 2017, na Rede Globo Nordeste, em Olinda, no morro do Peludo. Ele contou como tudo aconteceu e como agiu com os bandidos em defesa dele e dos reféns durante o seqüestro.<BR>A entrevista com Vera Ferraz foi gravada na casa dela, no Poço da Panela, em Casa Forte<BR>Encontrar a tesoureira do banco Denise Borges, não foi uma tarefa fácil. Através dos jornais da época que tive acesso na Biblioteca Pública do Estado de Pernambuco, Denise na época, com 25 anos, fazia parte do coral juvenil da Assembléia de Deus, no bairro de Areias, no Recife. Fui procurar informações sobre ela na igreja, que é a primeira igreja evangélica no bairro. Na igreja consegui contato com uma amiga de Denise, irmã Abilene, ela contou que Denise estaria morando em São Paulo, mas que não tinha muito contato. Fiz outro caminho, fui procurar nas redes sociais pela Denise, encontrei, também fiz contato com a prima dela Joice, que foi minha intermediária no contato com Denise. Consegui! O vídeo ela mesmo gravou e me mandou pelo drive do Gmail. <BR>No dia 19 de outubro foi à entrevista com senhor Ricardo Leitão, presidente da Companhia Editorial de Pernambuco (Cepe). A entrevista não foi realizada, infelizmente no mesmo dia da entrevista marcada ele sofreu um acidente, caiu de uma barreira no agreste do estado de Pernambuco e teve que fazer cirurgia. Precisei remarcar a entrevista para o dia 28 de novembro de 2017, demorou alguns dias, mas deu tudo certo. E graças a Deus o senhor Ricardo Leitão ficou bom. <BR>A entrevista com a gerente adjunto do banco na época Patrícia Camarotti, foi por telefone. Ela não aceitou gravar entrevista, alegou que não iria sentir-se bem na frente da câmera, que poderíamos conversar, mas sem a câmera. Eu aceitei, mas o ideal seria com a câmera, já que o trabalho foi para TV. O encontro não aconteceu depois de alguns dias ela disse que preferia falar por telefone, eu aceitei, afinal, a sonora dela seria muito importante e realmente foi. Ela contou que a suposta grávida com quem Francisco José trocou de lugar, não estaria grávida, na hora ela inventou porque teria ficado muito nervosa. <BR>O estudioso em mídias e presidente do sindicato dos jornalistas de Pernambuco, Juliano Domingues, falou sobre a questão ética e profissional do repórter e jornalista Francisco José. A entrevista foi realizada na Universidade Católica de Pernambuco.<BR>Em relação ao processo judicial, com a ajuda da gerente do Arquivo Geral do Tribunal de Justiça de Pernambuco Ana Paula Vasconcelos, consegui ter acesso ao processo. Entrei em contato com ela por telefone e e-mail, ela fez a solicitação ao juiz da vara e ele autorizou. Fui até o arquivo geral fotografei todo o processo e filmei tudo com autorização do juiz.<BR>Na Rádio Jornal, no bairro de Santo Amaro, no Recife, entrevistei o radialista Geraldo Freire, que na época cobriu todo o fato pela Rádio Jornal.<BR>Na Faculdade Aeso Barros Melo, em Olinda, a advogada e filha do jornalista e repórter Francisco José, contou como a família lidou com toda a situação.<BR>Em suma, as dificuldades que tive foram justamente depender das fontes, para marcar dia e horário da gravação. <BR>A grande reportagem em vídeo foi produzida em lugares distintos devido aos entrevistados. As entrevistas foram gravadas na Rede Globo Nordeste, em Olinda; no Poço da panela, em Casa Forte; Faculdade AESO Barros Melo, em Olinda; Universidade Católica de Pernambuco, no Recife; Rádio Jornal do Comércio; Companhia Editorial de Pernambuco (CEPE). Todas as sonoras foram gravadas com a cinegrafista Paula Oliveira.<BR>As passagens foram gravadas na frente do arquivo geral do Tribunal de Justiça de Pernambuco, com o cinegrafista Jurandir Lapenda. <BR>Outra passagem foi gravada na Rede Globo Nordeste, em Olinda, com a cinegrafista Paula Oliveira.<BR>E as outras gravamos na Uninassau com o cinegrafista Jurandir e Jailson Miguel.<BR>As imagens de apoio foram feitas do processo e das entrevistas. Os offs foram gravados no estúdio de rádio da Uninassau, no bairro das Graças, no Recife, com o operador de áudio Geraldo Santos.<BR>O vídeo animado foi produzido na Uninassau pela professora de fotografia Valéria Gomes, e teve a ajuda de Cynthia Breckenfeld, técnica em fotografia.<BR>A decupagem de todas as entrevistas foram realizadas para facilitar na hora da edição e para colocar na apêndice. As edições aconteceram no mês de novembro até o dia 13 de dezembro, na ilha de edição dois, do Centro Universitário Mauricio de Nassau, no bairro das Graças, no Recife. Na edição foi utilizado o computador macbook, com o programa de edição Final Cut. O referente trabalho foi editado por Jurandir Lapenda e Paula Oliveira, técnicos da Uninassau.&nbsp; Ajustes simples foram feitos, como trocar imagens de apoio e colocar as fotos dos bandidos em uma textura padrão. No final o vídeo ficou com 20 minutos de duração.<BR>Com isso, voltamos ao passado e temos uma reportagem mais detalhada, com mais relatos depois de 30 anos.<BR></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #000000"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify">O presente projeto experimental da grande reportagem em vídeo  O Sequestro de um repórter propôs um diferenciado na mídia brasileira, pois ele reafirmou através do jornalismo investigativo a importância da preservação da memória do papel do jornalista e do jornalismo na sociedade, através do assalto ao banco, em 1987. Depois de trinta anos o episódio foi contado detalhadamente pelas pessoas que viveram o caso, e ainda mostrou como estão os reféns e o que aconteceu com os bandidos. O público alvo foram os telespectadores da época, fãs do repórter e jornalista Francisco José, pessoas que amam o jornalismo investigativo e todos os públicos do país.&nbsp; Tendo em vista a análise do jornalismo como produtor de memória, o trabalho alcançou as expectativas, o desenvolvimento desta grande reportagem em vídeo permitiu a aplicação de uma metodologia simples, embora bastante ampla. Foi uma pesquisa exploratória e quantitativa. Entrevistas com as pessoas envolvidas no seqüestro, familiares e jornalistas.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #000000"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2">ABERT, 63% dos brasileiros assistem TV para se informar. Disponível em http://www.abert.org.br/web/index.php/notmenu/item/25423-63-dos-brasileiros-assistem-tv-para-se-informar. Acesso em: 24 de janeiro de 2018<br><br>Bandidos dão mais um show no Recife. Assaltam banco e levam quatro reféns. JORNAL DO COMMÉRCIO. 19987.<br><br>BERGAMO, A. Reportagem, Memória e História no Jornalismo Brasileiro, 2011, P.234. Disponível em:<http://www.scielo.br/pdf/mana/v17n2/a01v17n2> Acesso em: 30 de setembro de 2017<br><br>BALTAZAR, G.M.O. SILVA, C.C. A Grande Reportagem: os desafios enfrentados pelos profissionais desde a ideia da pauta até a divulgação da matéria. 2013.<br><br>CARVALHO. L. Portal Imprensa. Disponível em:< http://www.portalimprensa.com.br/noticias/ultimas_noticias/63671/dos+quadrinhos+ao+cinema+jornalistas+sao+destaque+tambem+na+ficcao> Acesso em: 30 de setembro de 2017<br><br>Casa das focas- Jornalismo, uma profissão de risco. Disponível em:< http://www.casadosfocas.com.br/jornalismo-uma-profissao-de-riscos/> Acesso em: 30 de setembro de 2017<br><br>GOETHE, P. Diário na redação. Jornalismo, uma profissão de risco. Disponível em:< http://blogs.diariodepernambuco.com.br/diretodaredacao/2015/08/26/jornalista-uma-profissao-de-risco/> Acesso em: 30 de setembro de 2017<br><br>Francisco José conta os bastidores da reportagem que acabou salvando a vida de uma índia. Gênero Textual Entrevista. Disponível em: https://www.todamateria.com.br/genero-textual-entrevista/ Acesso em: 24 de janeiro de 2018 <br><br>GSHOW- Disponível em:<http://gshow.globo.com/tv/noticia/chico-jose-conta-os-bastidores-da-reportagem-que-acabou-salvando-a-vida-de-uma-india.ghtml> Acesso em: 01 de agosto de 2017<br><br>G1. Jornal Nacional. Entre 2012 e 2016, 29 jornalistas foram assassinados no Brasil. Disponível em: < http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2017/11/entre-2012-e-2016-29-jornalistas-foram-assassinados-no-brasil.html > Acesso em: 20 de novembro de 2017.<br><br>JÚNIOR, Z.J. Imprensa Escrita e Telejornal. Editora UNESP. Edition: 1ª: 2004<br><br>MELLO, J.N. telejornalismo no Brasil. Disponível em: <http://www.bocc.ubi.pt/pag/bocc-mello-telejornalismo.pdf> Acesso em: 25 de setembro de 2017.<br><br>Memória globo  Francisco José. Disponível em: <http://memoriaglobo.globo.com/perfis/talentos/francisco-jose.htm> Acesso em: 30 de julho de 2017<br><br> MOREL, M. Os primeiros passos da palavra impressa. O surgimento da imprensa periódica: ordenar um espaço complexo. Disponível em:<http://www.martinsfontespaulista.com.br/anexos/produtos/capitulos/518157.pdf> Acesso em: 30 de setembro de 2017<br><br>Quatro pessoas correm perigo nas mãos de cinco bandidos. Recife viveu dia de cão, com assalto a banco e seqüestro. DIÁRIO DE PERNAMBUCO. 1987.<br><br>ROMERO, V. A. observatório da Imprensa. Disponível em:<http://observatoriodaimprensa.com.br/e-noticias/o-nascimento-do-jornalismo-no-brasil/> Acesso em: 25 de setembro de 2017<br><br>RIBEIRO, H.J. De Francisco José 40 ANOS NO AR, A JORNADA DE UM REPÓRTER PELOS CINCO CONTINENTES. 1°. Editora Globo S.A, 2016.<br><br>TERRA MAGAZINE. 40 EDIÇÃO. 5 DE JULHO DE 2016. Acesso em: 10 de agosto de 2017<br><br>VASCONCELOS. P. Portal dos Jornalistas. Disponível em <http://www.portaldosjornalistas.com.br/jornalismo-profissao-risco/> Acesso em: 25 de setembro de 2017.<br><br> </td></tr></table></body></html>