ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XIX Congresso de Ciências da Comunicação na Região Nordeste</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span style="color: #000000"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;00409</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #000000"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;JO</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #000000"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;JO12</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #000000"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;Proclamar: no direito e na fé</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #000000"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Joyce de Sousa Lima (Universidade Estadual da Paraíba); Ana Júlia Morais Soares (Universidade Estadual da Paraíba); Nicoly Silva (Universidade Estadual da Paraíba); Rostand de Albuquerque Melo (Universidade Estadual da Paraíba)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #000000"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;Fé, Fotografia de rua, Fotojornalismo, Política, </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #000000"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A produção, intitulada de  Proclamar: no direito e na fé , lança mão do fotojornalismo e de seus artifícios para expor dois movimentos de rua que tratam de temas distintos, mas comungam do princípio da ocupação do espaço público como forma de atuação política. As manifestações, aconteceram no mesmo dia, entretanto, cada qual com suas peculiaridades, assim como, o fotojornalismo e a fotografia documental. Exerceram sua cidadania, um através de uma marcha de cunho político, em prol da erradicação à violência contra a mulher, e o outro na visão da fé. Ambos proclamaram seus ideais os quais se perpetuarão, graças aos registros fotográficos. A reportagem fotográfica foi produzida em dezembro de 2017 e integrou as atividades da disciplina  Laboratório de Fotojornalismo do curso de Jornalismo da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), resultando em um ensaio composto por 12 fotografias. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #000000"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Dentro da ementa do componente curricular de fotojornalismo, deixa-se explícito a obrigatoriedade de explanar sobre os gêneros que compõe essa disciplina, além da necessidade de intercalação de teoria e prática para que se tenha compreensão e clareza do assunto, além do domínio da técnica. Os gêneros adotados seguem a classificação proposta por Jorge Pedro Sousa (2004), entre os quais destaca-se a reportagem fotográfica como o formato mais complexo e de mais abordagem mais ampla no contexto do fotojornalismo. A produção intitulada  Proclamar: no direito e na fé , nasceu de um trabalho onde visava lançar mão das teorias que baseiam a fotografia documental e política tendo como base referencial as obras de Dorothea Lange e Evandro Teixeira. Partindo da citação de Dorothea, a qual afirma que  A câmera é um instrumento que ensina a gente a ver sem câmera (In: JORNAL EXPRESSO, 2008) a produção fotográfica feita nos dois movimentos, buscou ir mais fundo, indo além do momento que estava sendo capturado, mostrando muito mais do que simplesmente as pessoas ali presentes, e o que elas queriam mostrar. Proclamar, é sobre retratar sentimentos em forma de imagens, além de todas as bagagens carregadas por elas, fazendo com que, quem observa as obras conseguiam ver nas entrelinhas o real sentido e peso jornalístico de cada uma, pois como disse Evandro Teixeira  Meu olhar, meu protesto, era a fotografia (In: MOREIRA, 2014). A Marcha e o Movimento ocorreram no dia 24 de novembro de 2017, ambas no Centro da cidade de campina Grande, respectivamente uma na Praça da Bandeira e a outra na Praça Clementino Procópio. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #000000"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Deixar ser conduzido pela sensibilidade do olhar, ao fugir de cenas e poses previamente arquitetadas, transparecendo muito mais que técnicas fotográficas, fazendo com que os grupos presentes nos movimentos se sentissem representados na fotografia. Partindo deste objetivo geral, nos propomos também a mostrar as lutas e crenças de um povo que tem suas singularidades, além de ressaltar a importância de revelar e disseminar a cultura em suas várias vertentes, atos e modos. Buscamos ainda enfatizar o uso da linguagem do fotojornalismo enquanto forma de representação da realidade social e modo de interpretação do cotidiano, principalmente no contexto urbano. Esses são os principais objetivos da produção, que se propôs ir muito além da superfície dos movimentos. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #000000"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A fotografia documental e o fotojornalismo sempre tiveram inúmeras semelhanças. Conforme descreve Baeza (2001), o compromisso com a realidade dos fatos é o elo que une estes dois gêneros fotográficos, porém o fotojornalismo encontra-se formatado por um contexto de prazos limitados de produção e vinculado diretamente a uma estrutura noticiosa vinculada ao imediatismo e a periodicidade. Ainda hoje há quem julgue que elas têm que andar separadas, por uma prezar pelo imediatismo e a outra por muitas vezes ser veiculada a etnografia, consequentemente demora muito mais tempo para ser produzida. Entretanto, se analisar a raiz das duas vertentes é notório que o que as unem é a busca constante pelo relato dos fatos, a essência dos acontecimentos. Ir além do que é perceptível na superficialidade, buscar ângulos e formas de mostrar verdades muitas vezes duras e difíceis e mesmo assim de forma crítica, levando sempre o receptor a indagar e buscar apurar os fatos. Fotografia de cunho jornalístico, documental e político são retratos onde se têm como documento histórico de uma época, fazendo sempre com que haja reflexões sobre o assunto, um exemplo são as obras de Evandro Teixeira que retratou o período da ditadura brasileira. Utilizar-se da fotografia como forma não só de expor os movimentos mas também de fazer com que sejam sentido pelas pessoas é mostrar que o fotojornalismo e a fotografia documental, não só pode, como deve andar juntas (quando se for necessário) para dinamizar e conseguir exalar a essência dos acontecimentos, pois, como disse Dorothea  Embora haja talvez uma província em que a fotografia possa nos dizer nada mais do que vemos com nossos próprios olhos, há outra em que nos mostra quão pouco nossos olhos nos permitem ver . As temáticas abordadas pelo projeto foram escolhidas pelo fato da sua extrema relevância sociopolítica, levando em consideração a atual conjuntura política do país, onde vive-se dias de total repressão.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #000000"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Antecedendo a parte prática do trabalho, ocorreu uma explanação em sala de aula, dentro da disciplina de fotojornalismo, sobre as segmentações da fotografia com teor jornalístico. Foram apresentadas as obras de fotógrafos renomados dentro de cada vertente, avaliando as técnicas utilizadas e sua relevância no jornalismo. Foram propostos quatro eixos temáticos: fotojornalismo documental e social, fotojornalismo e cultura, fotografia esportiva e cobertura política; dentro os quais optamos por desenvolver a reportagem fotográfica no âmbito da fotografia documental. Nessas aulas, chegou-se a Dorothea Lange e Evandro Teixeira que seguiram como inspiração e referência para os registros da obra  Proclamar: no direito e na fé  . As fotografias feitas por Evandro, no período da ditadura militar, nortearam para registrar o factual despido de censura, entretanto, as obras de Dorothea, de uma forma geral, despertaram uma necessidade de deixar o olhar sensível ao momento, fazendo-o ressaltar as expressões das pessoas, na intenção de transparecer não só o realismo, mas sentimento a quem as observa. Juntar teoria e a estética dos trabalhos de Evandro Teixeira e Dorothea Lange, pode-se considerar como um dos fatores para o projeto ter sido bem sucedido. A influência da estética da fotografia de rua (BATDORFF) também está presente no trabalho. Junto com a produção das fotografias, realizamos a apuração dos dados para a elaboração do texto e legendas que acompanharam o material na sua versão final. Para a execução do trabalho foram utilizados os seguintes equipamentos: uma Canon T1i com a teleobjetiva 18-135mm e uma Nikon D610 com uma objetiva fixa de 50mm.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span style="color: #000000"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Esse trabalho fotográfico foi produzido integrado a disciplina de Fotojornalismo, no curso de Jornalismo da UEPB, visando testificar o aprendizado tanto da teoria quanto da prática da disciplina. Os registros foram feitos com pautas previamente desenvolvida e baseada nos dois gêneros escolhidos pelo grupo: (1) Documental, caracterizado por Dorothea Lange; (2) Político, foco no fotógrafo Evandro Teixeira. As fotografias do movimento Pão e Vinho, por ser um evento que acontece semanalmente e já era um ambiente familiar para uma das alunas, foi decidido aplicar as técnicas documentais, pois, já se tinha uma vivência e uma intimidade maior com o que seria fotografado. Já a outra vertente era um ponto marcante na escolha de uma das coautoras e por esse motivo foi escolhido a Marcha das Mulheres como segunda pauta para caracterizar os segmentos do trabalho, que coincidentemente aconteceria no mesmo dia do movimento Pão e Vinho, numa sexta-feira permitindo encaixamento de horários. Queríamos aproveitar dois eventos agendados para acontecer no centro da cidade, que enfatiza-se nossas temáticas e que permitiria produzir livremente. Conseguimos a permissão de equipamento. O ato político começou no início da tarde, possibilitando o acompanhamento de todo processo, vendo as criações de cartazes, algumas jovens com pinturas em seus corpos, a montagem do equipamento de som e distribuição de uma cartilha informativa. O movimento Pão e Vinho, deu-se início já ao final da tarde, tornando possível o acompanhamento da chegada dos jovens ao evento, familiarização por parte de todas as participantes no local. Em ambos movimentos, a equipe de se fez presente do início ao fim, podendo assim captar e registrar todos os momentos. Na composição das fotos relacionadas a marcha da mulheres, buscamos enfatizar a relação entre os personagens e as frases escritas nas faixas e cartazes apresentados pelas militantes em praça pública. Já na cobertura do evento religioso nosso foco principal estava direcionado às expressões dos personagens que denotam o envolvimento dos participantes com o ato religioso, enfatizando a concentração, a emoção e a união dos envolvidos diretamente na celebração, mas também de quem estava em volta e era de algum modo impactado pela movimentação que transformava a praça numa espécie de templo a céu aberto. O processo de pós-produção foi bastante minimalista, utilizando-se apenas os artifícios de equilíbrio de cor e saturação, prezando sempre pela preservação das características originais. Utilizando do artifício do preto e branco para dar mais enfoque às expressões em algumas fotografias, onde as cores poderiam desviar a atenção para detalhes subjetivos. A escolha das obras foi um tanto demorada por ter a certeza de tais obras conseguir transmitir os dois eventos embasados nos gêneros escolhidos do fotojornalismo. O resultado final foi publicado no site ColetivoF8 (www.coletivof8.com), espaço de veiculação do material produzido na disciplina de  laboratório de fotojornalismo da UEPB.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #000000"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify">A produção fotográfica  Proclamar: no direito e na fé nos proporciona a possibilidade colocar áreas com discursos tão emblemáticos, como é o caso da política e religião, lado a lado, com sincronia e harmonia, assim como os eventos aconteceram. São discursos vistos comumente como contraditórios ou até mesmo divergentes, mas que neste caso comungavam de uma estratégia em comum: utilizar a rua como arena de intervenção e mobilização. É importante salientar que, em todos os momentos, os registros foram trabalhados dentro de princípios da ética, visando sempre exercer a função social do fotojornalismo, respeitando as ideologias e crenças de cada indivíduo presente nos dois movimentos, buscando representá-los fidedignamente, sem estereotipação e reprodução de preconceitos. A abordagem da pauta teve ajuda de participantes dos dois movimentos. O registro da reportagem foi conduzido pelo olhar das fotógrafas, prestando atenção nos acontecimentos esporádicos durante aquele dia. Assim sendo, experimentamos não apenas os desafios da produção fotográfica, em seus aspectos técnicos e estéticos, mas sobretudo a vivência da apuração jornalística e a imersão no conjunto dos personagens retratados. Foi uma produção de vivências intensas.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #000000"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2">BAEZA, Pepe. Por una funcion critica de la fotografia de prensa. Barcelona: Gustavo Gili, 2003. <br><br>BUITONI, Dulcília. Fotografia e Jornalismo: a informação pela imagem. São Paulo: Saraiva, 2011. <br><br>SOUSA, Jorge Pedro. Fotojornalismo: introdução à história, às técnicas e à linguagem da fotografia na imprensa. Florianópolis: Letras Contemporâneas, 2004. Disponível em: http://www.bocc.ubi.pt/pag/sousa-jorge-pedro-fotojornalismo.pdf. <br><br>JORNAL EXPRESSO. Mestres da fotografia: Dorothea Lange. Editorial Sol 90: Barcelona, 2008. <br><br>MOREIRA, Silvana Costa. Evandro Teixeira: um certo olhar. Rio de Janeiro: 7 Letras, 2014. <br><br>BATDORFF, Jonh. Fotografia de Rua e de Viagem: de simples fotos a grandes imagens. Alta Books: São Paulo, 2015. <br><br> </td></tr></table></body></html>