INSCRIÇÃO: | 00457 |
CATEGORIA: | JO |
MODALIDADE: | JO09 |
TÍTULO: | Violência Psicológica contra a Mulher |
AUTORES: | elizabeth karine magalhães barbosa (centro universitário tabosa de almeida); Cristina Vila Nova de Vasconcelos (centro universitário tabosa de almeida) |
PALAVRAS-CHAVE: | Mulher, Radiojornalismo, Reportagem, Violência psicológica, |
RESUMO | |
A reportagem radiofônica Violência contra a Mulher, foi produzida na disciplina de Radiojornalismo II do curso de Jornalismo da Asces-Unita. O tema foi proposto para ser desenvolvida através do rádio, para que a sociedade possa ouvir e saber das informações com mais clareza e rapidez. A reportagem fala sobre a violência psicológica que mulheres sofrem principalmente em relacionamentos abusivos, mencionando as violências reconhecidas pela Lei Maria da Penha, Lei 11340. A violência psicológica, é um tipo de agressão que em vez de machucar o corpo físico da vítima, traz danos à saúde mental, emocional, e ao estado de bem-estar. | |
INTRODUÇÃO | |
Este trabalho tem como intuito desenvolver uma reportagem radiofônica, com depoimento de algum especialista e relato de vítima, nas condições peculiares das mulheres em situação de violência doméstica e familiar, para conclusão da I unidade da disciplina de Radiojornalismo II, do segundo semestre de 2017. Este trabalho foi feito com a produção de pautas, roteiros, processo de gravação e edição do material, assim conhecendo melhor as características do rádio. De acordo com o Art. 1o da Lei Maria da Penha, Lei 11340, cria mecanismos para coibir e prevenir a violência doméstica e familiar contra a mulher, nos termos do § 8o do art. 226 da Constituição Federal, da Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Violência contra a Mulher, da Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher e de outros tratados internacionais ratificados pela República Federativa do Brasil; dispõe sobre a criação dos Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher; e estabelece medidas de assistência e proteção às mulheres em situação de violência doméstica e familiar. Desta maneira, buscamos identificar e mencionar os abusos que a mulher vem sofrendo, além de mostrar o posicionamento de um profissional da área, de dados e estatísticas apresentados pelo governo. | |
OBJETIVO | |
O projeto busca, através da reportagem radiofônica, proporcionar um esclarecimento sobre o que seria a violência contra a mulher, e em específico a violência psicológica, buscando, por meio do rádio, conscientizar sobre o assunto e oportunizar vozes oprimidas. E como objetivo específicos vamos destacar as formas de abusos; descrever as formas de violência psicológica contra a mulher; relatar acontecimentos de agressões, através de depoimento de uma mulher vítima de agressão psicológica; e apontar direitos das mulheres. | |
JUSTIFICATIVA | |
O rádio foi o primeiro dos meios de comunicação de massa que deu imediatismo à notícia devido à possibilidade de divulgar os fatos no exato momento em que ocorrem. Permitiu que o homem se sentisse participante de um mundo muito mais amplo do que aquele que estava ao alcance dos seus órgãos sensoriais: mediante uma ampliação da capacidade de ouvir, tornou-se possível saber o que está a acontecer em qualquer lugar do mundo (BELTRÃO, 1968). O rádio foi escolhido para divulgar e representar este projeto, de uma forma ampla e rápida. O tema escolhido apresenta uma reflexão o quão, nos dias de hoje, a violência vem aumentando contra a mulher em nossa região. Na produção da reportagem radiofônica, após a escolha do tema sobre a violência psicológica contra mulher, destacamos a pauta como processo inicial do trabalho. De acordo com Ferrareto (2014), a pauta não deve ser encarada como uma imposição. O responsável por ela é o pauteiro, aquele profissional que atua na retaguarda da reportagem. Ele define os assuntos que merecem cobertura e de que forma isso vai ocorrer, usando como parâmetro: sua experiência pessoal; às informações recebidas pela emissora; às sugestões dos repórteres a partir de pautas anteriormente realizadas; os critérios de validação jornalísticos fato como notícia; a linha editorial da empresa; o público da emissora (FERRARETO, 2014, p.151). Segundo Milton Jung (2013), é na reportagem que o jornalismo feito no rádio se diferencia. Nela, a notícia é levantada, os fatos são investigados e o ouvinte é esclarecido. Ainda de acordo com o autor, o início de uma reportagem está no tema que, se for original, pode surpreender e fisgar o ouvinte sem necessidade de grandes recursos para chamar a atenção. Na reportagem apresentada em radiojornalismo a originalidade do tema traz, em si, grandes atributos já dimensionados em dados, mas que precisam ser ressaltados. De acordo com os dados da Secretaria de Defesa Social (SDS), divulgado pelo portal FolhaPE, no mundo, até 70% das mulheres sofrem violência ao longo da vida. A violência física imposta por um parceiro íntimo, como espancamento, relações sexuais forçada e outras condutas abusivas, é a forma mais comum de violência sofrida pelas mulheres. Mulheres com idade entre 15 e 44 anos têm maior risco de sofrerem estupro e violência doméstica do que de ter câncer ou sofrer um acidente de carro. No Brasil, a cada 4 minutos uma mulher é vítima de agressão. A cada uma hora e meia ocorre um feminicídio (morte de mulher por questões de gênero). Mais de 43 mil mulheres foram assassinadas nos últimos 10 anos, boa parte pelo próprio parceiro. Os primeiros 59 dias de 2017, 976 pessoas foram assassinadas em Pernambuco. O número é 47,7% maior do que o registrado no mesmo período do ano de 2016, quando 661 pessoas foram mortas. Em fevereiro do ano passado, o Governo mudou a metodologia e deixou de divulgar diariamente os números de homicídios. Desde a instalação da unidade A Vara de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher (VVDFM) de Caruaru, 830 ocorrências de violência doméstica e 417 pedidos de concessão de medidas protetivas de urgência foram analisados. No ano passado, a vara passou a contar com um juiz titular, Hidelmar Macedo de Morais, que está atuando integralmente no atendimento das demandas da unidade. | |
MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS | |
O trabalho foi realizado por pesquisas feitas através da internet no Laboratório de Práticas de Jornalismo (Lapej) da Asces-Unita e de livros relacionados ao tema na biblioteca da instituição. As entrevistas que foram obtidas em campo, com a psicóloga Jovanka de Freitas, e uma vítima que sofreu violência psicológica, foram registradas por um gravador fornecido pela Instituição de ensino. A reportagem contou ainda com a produção de pautas, roteiro, vinhetas, sonoras e edição final do produto. Todos esses processos foram acompanhados de perto pela professora orientadora Cristina, que passou dicas, tirou dúvidas e deu ideias para melhorar o funcionamento da reportagem. A edição do material foi feita no estúdio de rádio do Lapej. | |
DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO | |
O sistema utilizado para realização do produto, foi no estúdio de rádio do Laboratório de Práticas de Jornalismo (Lapej), que teve a participação da estudante em todas as fases da produção, da construção do roteiro até a edição final da reportagem. Essas fases foram acompanhadas pela monitora e professora orientadora. A reportagem contém dados da Secretaria de Defesa Social (SDS), entrevista de especialista, relato de vítima, informações sobre a Lei Maria da Penha, um esclarecimento básico e específico sobre violência psicológica, que é o tema desenvolvido, e a ficha técnica que dá referência a produção da reportagem. O aprendizado acadêmico com a reportagem radiofônica proporcionou o levantamento e a prática das questões técnicas que envolvem o processo de edição, desde o corte de sonoras e entrevistas, até a utilização e técnicas de uso dos microfones e demais aparelhos de áudio. | |
CONSIDERAÇÕES | |
Que esta reportagem seja um meio de conscientizar não apenas mulheres, mas também homens, sobre os tipos de violências reconhecidas na lei 11340, vigente em nosso país. No Art. 5º para os efeitos desta Lei, configura violência doméstica e familiar contra a mulher qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial. O trabalho enfatiza a violência psicológica com esclarecimentos de uma especialista sobre o tema e com destaque para a fala de uma vítima, o que proporciona uma maior visibilidade a luta de tantas mulheres. No decorrer das diversas fases de construção da reportagem analisamos a importância que a comunicação tem sobre a divulgação do tema desenvolvido, e o alcance que essas informações podem ser repassadas através do rádio, além do aprendizado prático do conhecimento, aplicado em uma rotina verdadeiramente jornalística. E na luta pelos direitos das mulheres a reportagem apresenta como se pode denunciar a violência através do número 180 ou a delegacia da mulher mais próxima. | |
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS | |
BELTRÃO, Luiz. Jornalismo pela televisão e pelo rádio: perspectivas. In: Revista da escola de comunicações culturais, USP, vol.1, nº1, 1968. CHANTLER, Paul; HARRIS, Sim. Radiojornalismo. 2ª ed. São Paulo: Summus, 1998. COMASSETTO, Leandro Ramires. A voz da aldeia: o rádio local e o comportamento da informação na nova ordem global. Florianópolis: Insular, 2007. FERRARETO, Luiz Artur. Rádio: teoria e prática. São Paulo: Summus, 2014. JUNG, Milton. Jornalismo de rádio. São Paulo: Contexto, 2013. 䴀䔀䐀䤀吀匀䌀䠀Ⰰ 䔀搀甀愀爀搀漀⸀吀攀漀爀椀愀猀 搀漀 爀搀椀漀㨀 琀攀砀琀漀猀 攀 挀漀渀琀攀砀琀漀猀⸀ 嘀⸀ ㈀⸀ 䘀氀漀爀椀愀渀瀀漀氀椀猀㨀 䤀渀猀甀氀愀爀Ⰰ ㈀ 㠀⸀ ORTIZ, Miguel Angel; MARCHAMALO, Jesus. Técnicas de comunicação pelo rádio. São Paulo: Loyola, 2006. Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-006/2006/lei/l11340.htm >䄀挀攀猀猀漀 攀洀㨀 猀攀琀Ⰰ ㈀ 㜀⸀ Vara de Violência Contra a Mulher de Caruaru completa 1 ano com análise de mais de 800 ocorrências. Disponível em: < http://www.tjpe.jus.br/-/vara-de-violencia-contra-a-mulher-de-caruaru-completa-1-ano-com-analise-de-mais-de-800-ocorrencias>. Acesso em: 18 set. 2017. Violência recorde em Pernambuco: 47,7% mais mortes. Disponível em: 栀琀琀瀀猀㨀⼀⼀眀眀眀⸀昀漀氀栀愀瀀攀⸀挀漀洀⸀戀爀⼀渀漀琀椀挀椀愀猀⼀渀漀琀椀挀椀愀猀⼀挀漀琀椀搀椀愀渀漀⼀㈀ 㜀⼀ ㌀⼀ ㌀⼀一圀匀Ⰰ㤀㠀 㤀Ⰰ㜀 Ⰰ㐀㐀㤀Ⰰ一伀吀䤀䌀䤀䄀匀Ⰰ㈀㤀 ⴀ嘀䤀伀䰀䔀一䌀䤀䄀ⴀ刀䔀䌀伀刀䐀䔀ⴀ倀䔀刀一䄀䴀䈀唀䌀伀ⴀ䴀䄀䤀匀ⴀ䴀伀刀吀䔀匀⸀愀猀瀀砀⸀ 䄀挀攀猀猀漀 攀洀㨀 猀攀琀⸀ ㈀ 㜀⸀ 㰀戀爀㸀㰀戀爀㸀ऀ㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀⼀琀愀戀氀攀㸀㰀⼀戀漀搀礀㸀㰀⼀栀琀洀氀㸀 |