ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XIX Congresso de Ciências da Comunicação na Região Nordeste</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span style="color: #000000"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;00479</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #000000"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;PP</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #000000"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;PP13</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #000000"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;Corrupção do cotidiano também é corrupção, é tudo uma questão de oportunidade</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #000000"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Kayque Barros Lins e Silva (Universidade Federal de Sergipe); Mario Cesar Pereira Oliveira (Universidade Federal de Sergipe); Emilly Silva Souza Passinho (Universidade Federal de Sergipe); Gabriella Marinho Ally (Universidade Federal de Sergipe); Linda Tayala Melo Matos (Universidade Federal de Sergipe); Barbara Mahara de Oliveira Leite (Universidade Federal de Sergipe)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #000000"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;Campanha Publicitária, Corrupção política, Corrupções cotidianas, Oportunidade, Reflexo</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #000000"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A peça e a campanha procuraram promover a reflexão sobre práticas comuns no dia-a-dia dos estudantes da UFS que envolvem atitudes antiéticas - ou até mesmo ilegais - que costumam ser culturalmente aceitas e ter sua gravidade minimizada e/ou ignorada. A peça em questão se configurava em uma plotagem sob os espelhos dos banheiros da Universidade em que o indivíduo via sua face refletida parcialmente sobre a imagem de um político corrupto. A visualidade de sua face refletida em conjunto com a de um político corrupto tinha o intuito de fazer o público-alvo olhar para o próprio reflexo, os próprios atos, causar uma modificação de percepção através da comparação espontânea entre um ato corruptivo do dia-a-dia e um escândalo de corrupção política. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #000000"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O Departamento de Comunicação Social da Universidade Federal de Sergipe (UFS), através do projeto interdisciplinar (2017.1) do curso de Publicidade e Propaganda, expôs a questão dos diálogos democráticos com foco nas corrupções cotidianas. Segundo Noberto Bobbio em Dicionário da Política (1998, p. 291)  Corrupção significa transação ou troca entre quem corrompe e quem se deixa corromper. Trata-se normalmente de uma promessa de recompensa em troca de um comportamento que favoreça os interesses do corruptor . Em um cenário onde muitos criticam apenas as  grandes corrupções , representadas pelas atitudes dos que estão à frente da política do país, o projeto vem justamente com o objetivo de fazer com que as pessoas que estão inseridas nesse contexto revejam suas atitudes cotidianas dentro da Universidade, mas que levem o aprendizado para fora dela também. O briefing foi realizado com auxílio de uma pesquisa de campo feita dentro da universidade, concluindo que a maioria das pessoas anonimamente assumem que são corruptas e que já praticaram ou viram algum tipo de corrupção sendo praticado na UFS. Dessa forma, os dados mostram que o público-alvo é conivente com a corrupção do cotidiano, em especial, pelos atos praticados por eles mesmos, ao mesmo passo em que são críticos a corrupção política praticada por um outro distante. O direcionamento adotado procurou modificar esse quadro apontado na pesquisa, focando em comunicar que a pequena corrupção do cotidiano também é corrupção, modificando a percepção sobre esses atos ilícitos. Nesse sentido, destacamos a peça desenvolvida para Mídia Alternativa que se efetiva em um adesivo sobre espelho para que o indivíduo enxergasse seu reflexo como parte da visualidade da peça e refletisse sobre seus próprios atos corruptos. Enxergasse no espelho a si mesmo associado a corrupção e pudesse então refletir sobre sua postura ética. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #000000"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">OBJETIVO A campanha teve como objetivo que o público revisse seus atos e se conscientizasse de que eles também praticam atos corruptos com o intuito de propor uma mudança de comportamento. A maioria das peças da campanha utilizava frases como "Qual a diferença entre furar a fila do RESUN e a do SUS?", "Qual a diferença entre falsidade ideológica e assinar a lista para o amigo?", seguida da resposta  Oportunidade!  , acompanhado da assinatura da campanha "Corrupção do cotidiano também é corrupção . No caso específico do espelho, que também procurava traduzir o objetivo da campanha de tirar a corrupção da percepção isolada do  outro e ampliar para a absorção do  eu , não ocorre o uso das frases de questionamento citadas anteriormente, e sim, apenas  É tudo questão de oportunidade juntamente da assinatura  Corrupção do cotidiano também é corrupção . A campanha teve como objetivo assemelhar todos os atos corruptos presente no dia a dia do brasileiro, que são considerados muitas vezes como pequenas corrupções ou classificadas como o famoso jeitinho brasileiro de ser com as corrupções que são mais visadas pela população que são as cometidas no cenário político brasileiro como um todo. Buscando trazer reflexões, maneiras de dizer não à corrupção e fazer com que as pessoas notem tais características análogas, as peças da campanha trazem a proposta de uma reflexão para ensejar uma mudança na raiz de toda a problemática: a mudança nos maus hábitos cotidianos, que com o tempo passaram a ser naturalizados na sociedade. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #000000"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A sociedade em geral enxerga a corrupção como decorrente do ambiente público e político, mas não voltam suas críticas as pequenas práticas antiéticas e ilícitas praticadas cotidianamente. Logo, é preciso deixar claro que a corrupção só pode ser combatida se todos se conscientizarem que a práticas desonestas acontecem e precisam ser combatidas em todos os níveis, tendo em vista mostrar e tornar mais próximas as corrupções cotidianas das corrupções políticas e a importância de combatê-las. Dentro dessa responsabilidade social do DCOS e o tema da campanha  Corrupção do nosso cotidiano , a campanha procurou sensibilizar e instigar um pensamento sobre corrupções normalizadas no nosso dia-a-dia. Como estratégia adotou uma abordagem didática, impactante e reflexiva comparando corrupções julgadas socialmente com pesos diferentes, sendo algumas consideradas mais graves e outras banalizadas. A junção visual no espelho da própria imagem refletida a de um político corrupto associado a corrupção política tão criticada pelos indivíduos teria o potencial de fazer reavaliar suas próprias atitudes. Oportunidade é a palavra utilizada na campanha para responder implicitamente as perguntas comparativas, levando o leitor a uma reflexão. A peça procura traduzir o conceito de que a diferença entre os grandes corruptos e os indivíduos que praticam corrupções cotidianas é uma questão de oportunidade. A imagem refletida no espelho teria o poder de fazer o indivíduo pensar que suas pequenas corrupções cotidianas poderiam desembocar, se houvesse oportunidades, nas corrupções políticas. É através da rejeição social já interiorizada com relação as corrupções políticas e aos corruptos é que se pretendeu por associação fazer o público rever seus atos e modificar seu comportamento. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #000000"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O processo para a realização da campanha aconteceu em quatro meses. O primeiro passo foi a escrita do briefing e a realização de pesquisa de campo para coletar informações sobre o público-alvo e sua percepção sobre corrupção. Em um segundo momento foram coletadas campanhas semelhantes e sobre o tema que servissem de referência e foi realizada uma análise de similares para servir de embasamento para a criação, estarmos cientes da opinião do público alvo através de uma pesquisa de campo, estudo do tema e chegar em uma solução para o cliente. Dentro desse tempo utilizamos alguns aplicativos e softwares de edição de imagem, mas destacamos a importância da organização através do aplicativo Trello, que foi essencial para cumprimento de prazos e determinar funções. A equipe desenvolveu o conceito da campanha baseado nos julgamentos do senso comum do que é corrupção ou não. Com o intuito de fazer perceber que a corrupção ela começa nas pequenas coisas, o conceito adotado foi:  Corrupção do cotidiano, também é corrupção . Destrinchando o conceito para algo mais incisivo e reflexivo, o mote de toda a nossa campanha foi:  É tudo uma questão de oportunidade . Assim, através do conceito conseguimos procurou-se chamar a atenção do público para a análise de seus atos corriqueiros e com mote, incentivar uma postura de auto avaliação e comportamento diante das possíveis corrupções cotidianas. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span style="color: #000000"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A peça forjada para veiculação em mídias alternativas foi planejada como a peça chave da primeira fase da campanha e se configura em uma plotagem no espelho com a imagem de um político corrupto que ocuparia somente metade do espelho, a outra metade seria preenchida pela própria face refletida do indivíduo que se uniria a imagem do corrupto traduzindo a informação visual de comparação. A peça é formada por uma forma retangular em posição vertical preenchida na cor preta e com diversas escrituras em sua composição com tonalidade branca e apenas uma com tonalidade alaranjada para uma melhor visualização do objetivo da campanha. Essas escrituras estão localizadas na parte superior do retângulo e logo abaixo possui uma forma humana cortada pela metade para justamente quando aplicada ao espelho, possibilitar ao indivíduo uma autorreflexão sobre seus atos rotineiros. A imagem que leva o peso visual para o lado esquerdo da peça, é a imagem de um político brasileiro que se encontra atualmente afastado do cargo e em punição perante a lei, sendo ela uma referência mais precisa para a composição da peça. Determinada peça tem como objetivo a conscientização factual do indivíduo abordado como corrupto das ações cotidianas, para que a partir da reflexão tomada por quem se olhou no espelho e percebeu a comparação intensa entre o reflexo do indivíduo com a persona política, possa começar a perceber que a diferença entre ambos é a oportunidade. Então, partindo desse viés, a campanha objetiva para o agente das corrupções cotidianas a noção do grau de efeito, um auto avaliação e por fim o contraste que as corrupções cotidianas alcançam na nossa sociedade. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #000000"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify">O objetivo da campanha foi gerar uma comparação entre corrupções julgadas com diferentes pesos, sendo composta por um espelho ocupando a metade de uma face e a imagem de Eduardo Cunha (representando uma pessoa/político que já foi condenada/o) nos locais que há uma movimentação frequente do público. Após essa fase, provocada a reflexão, a finalidade foi trazer a afirmativa de que sim, as pessoas praticam atos corruptos e precisam se conscientizar disso para iniciar um processo de transformação desse comportamento. Vivendo num período político complexo em que a mídia, as pessoas e todo o sentimento de erro e culpa são atribuídos em maior peso aos corruptos da política brasileira, é preciso provocar na sociedade uma configuração de conceito sobre corrupção. Por isso a campanha publicitária vai totalmente de encontro a segregação dos atos de corrupção que são cometidos, trazendo o conceito  Corrupção do cotidiano, também é corrupção para promover uma mudança desde a raiz do problema, que são as ações errôneas do dia a dia. A campanha procurou associar na percepção do público-alvo a pequena corrupção cotidiana da corrupção política ao mesmo passo em que incluía a percepção de que o próprio indivíduo que pratica a corrupção política também deve atentar para seus próprio atos e não somente criticar os outros.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #000000"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2">BACCEGA, Maria Aparecida. O impacto da publicidade no campo comunicação/educação. Cadernos de Pesquisa ESPM, 2005.<br><br>BOBBIO, Norberto. Dicionário de Política. 2. ed. Brasília: UNB, 1998<br><br>CREPALDI, Lideli. A influência das cores na decisão de compras: um estudo do comportamento do consumidor no ABC paulista. In: VI Encontro dos Núcleos de Pesquisa em Comunicação, evento componente do XXIX Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação. 2006.<br><br>GONZALES, Luciele. Linguagem Publicitária: análise e produção. São Paulo: Arte & Ciência, 2003.<br><br>SAMPAIO, Rafael. Propaganda de A a Z. 4ª ed. rev. Editora Campus, 2013.<br><br> </td></tr></table></body></html>