ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XIX Congresso de Ciências da Comunicação na Região Nordeste</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span style="color: #000000"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;00488</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #000000"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;JO</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #000000"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;JO08</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #000000"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;Bullying Escolar</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #000000"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Brena Rayane da Silva Souza (Universidade do Estado da Bahia); Andrea Cristiana Santos (Universidade do Estado da Bahia)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #000000"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;bullying escolar, jornalismo impresso, escolas públicas, reportagem, </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #000000"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O termo bullying foi criado pelo pesquisador Dan Olweus na Noruega em 1970, mas, apesar de latente na sociedade, o fenômeno não é conhecido em sua complexidade. Diante disso, foi elaborado um projeto experimental destinado ao jornalismo impresso, no formato caderno especial, com a temática bullying escolar. Foram desenvolvidas reportagens com profissionais de diversas áreas que estão diretamente envolvidos com o fenômeno bullying nas escolas públicas da cidade de Petrolina (PE), bem como foram coletados relatos com vítimas e agressores. A finalidade foi construir uma reportagem jornalística a respeito dos impactos psicossociais do fenômeno do bullying escolar, e como gestores e alunos lidam com esse problema.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #000000"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A partir da ocorrência de um caso específico de bullying na cidade de Petrolina (PE), o interesse em desenvolver um trabalho jornalístico com a temática aflorou. Aos 23 anos, a jovem Calincka Crateús, que sofrera bullying no ensino médio em uma escola tradicional do município há 10 anos, voltou a ser alvo de ofensas de colegas de turma através do aplicativo de mensagens instantâneas (Whatsapp). Desde então, decidi abordar a temática de forma aprofundada, o que me levou a desenvolver um Trabalho de Conclusão de Curso em Jornalismo em Multimeios, com a categoria Jornalismo Impresso, modalidade reportagem, sendo publicada no caderno especial. Para tanto, foi feita uma pesquisa sobre bullying escolar, cujo termo deriva da palavra inglesa  bully que  enquanto substantivo significa valentão, tirano, e como verbo, brutalizar, tiranizar, amedrontar (GUARESCHI, SILVA, 2008, p.17). Nogueira (2014) destaca que no Brasil, o bullying não possui uma definição que comporte toda sua abrangência, pois vai além de maus tratos ou intimidação. Ocorrência entre pares, repetição, intencionalidade, aceitação da vítima e presença de um público passivo são destacados pela autora para conceituar o fenômeno. O formato escolhido para tratar da temática permitiu que, na produção das reportagens, o público tivesse acesso aos antecedentes do fato e pudesse assim criar prognósticos, como afirma Beltrão (1980) sobre o jornalismo interpretativo, a base dos cadernos especiais. Tendo como referência os aspectos apresentados, a reportagem jornalística investigou como os gestores e professores das escolas públicas da cidade de Petrolina (PE) lidam com a problemática do bullying. O público-alvo do produto foi estudantes e escolas. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #000000"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O objetivo geral deste trabalho foi investigar os impactos psicossociais do fenômeno do bullying, apresentando uma reportagem jornalística a partir de entrevistas com profissionais de diversas áreas e relatos de pessoas envolvidas com o fenômeno nas escolas públicas de Petrolina (PE). A partir disso, buscou-se analisar as possíveis causas e implicações psicossociais do bullying; reconhecer seus impactos na sociedade petrolinense, destacando-o como um problema social emergente e reportá-lo nas escolas públicas da cidade, a fim de contribuir para conscientização do público a respeito desse tema como um problema social. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #000000"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O bullying pode afetar seriamente a construção das pessoas no ambiente escolar e trazer consequências negativas que refletirão na sociedade. Esse fenômeno precisa ser encarado como sendo um problema de natureza social, e este projeto experimental assinalou para a necessidade de um trabalho jornalístico que contribuísse para que o público, principalmente o escolar, observasse o bullying de forma mais crítica, sem naturalizar este tipo de violência. Outro aspecto que validou a existência desta investigação jornalística se refere ao fato de que os meios de comunicação não trabalham a questão do bullying com representatividade social. O fenômeno só é retratado, quando uma situação alarmante, no sentido sensacionalista da palavra, aparece e choca o público por conter violência extrema atrelada a situações em que a vítima pôs fim a um sofrimento de forma trágica, como suicídio, por exemplo. De acordo com Nogueira (2014), a mídia apresenta o bullying como um conceito pronto,  fechado , a partir de tragédias provocadas em razão do fenômeno. A autora destaca, a partir de Fante e Pedra (2008), que as coberturas jornalísticas são sensacionalistas e evidenciam apenas as reações das vítimas ao sofrimento, no caso as tragédias, não dando conta de sua complexidade devido ao formato das programações. Tal complexidade, envolve também o fato de agressores e testemunhas também necessitam de tratamento psicológico. Nogueira (2014) ressalta, ainda, que para manter a audiência, algumas programações televisivas procuram espetacularizar as cenas de violência. Para a construção desse projeto experimental também foi considerada a área de educação. Apesar da existência de dois produtos de TCC na Universidade do Estado da Bahia (Uneb), que foram os suplementos jornalísticos  Ser Guei (2013) e  Vozes silenciadas pelo tempo (2012), observa-se que não foram tratados temas voltados para área de educação. Sobre a temática do bullying no curso de Jornalismo em Multimeios da UNEB, há o trabalho da estudante Calincka Crateús (2016), um livro-reportagem autobiográfico que apresenta as implicações psicossociais do fenômeno na vida da autora. Observando a carência de produtos jornalísticos em meio impresso com temas de educação, e a brecha no trabalho de Crateús para abordagens que considerem outros aspectos do problema como o jurídico, o social e o próprio ambiente escolar, justifica-se a existência desse caderno especial. O projeto experimental teve a pretensão de auxiliar os futuros jornalistas para que, ao abordar o tema, não repitam a abordagem superficial e sensacionalista encontrada nos meios de comunicação, além de contribuir para a formação de uma consciência crítica sobre o tema. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #000000"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Para a construção da reportagem publicada no caderno especial, foram definidas pautas que contribuíssem para a construção do projeto experimental a respeito das causas e implicações psicossociais do fenômeno do bullying. A pesquisa está amparada no método qualitativo do tipo exploratório, que se preocupa em  analisar e interpretar aspectos mais profundos, descrevendo a complexidade do comportamento humano. Fornece uma análise mais detalhada sobre as investigações, hábitos, atitudes, tendências de comportamento (MARCONI&LAKATOS, 2007, p. 269). Para coleta de dados, foram entrevistadas 16 pessoas. Na reportagem especial  Bullying nas escolas públicas de Petrolina foram entrevistados a coordenadora de projetos da Vara da Infância e Juventude de Petrolina (PE), Ronia Lima; a gestora da Escola Estadual Padre Manoel Paiva Neto, Paula Sebastiana; a psicóloga Liberalina Gondim; a coordenadora pedagógica da Escola Nossa Senhora Rainha do Anjos (CAIC), Silvana Anunciação; o juiz da Vara da Infância e da Juventude de Petrolina, Marcos Barcelar; e o Doutor em Ciências Sociais e professor da Uneb, João José Santana Borges. Utilizamos as técnicas de entrevista em profundidade que consiste em  uma técnica qualitativa que explora o assunto a partir da busca de informações, percepções e experiências de informantes para analisá-las e apresentá-las de forma estruturada (DUARTE, 2011, p.62). A entrevista em profundidade, conforme o autor, permite fornecer elementos para compreensão de uma situação, além de ser útil para tratar de questões subjetivas do entrevistado e para o entendimento de situações mais complexas, como o fenômeno do bullying, por exemplo. O tipo de entrevista realizada foi a semi-aberta que refere-se à  um modelo que tem origem em uma matriz, um roteiro de questões-guia que dão cobertura ao interesse da pesquisa (DUARTE, 2011, p. 66). Na entrevista semi-aberta, cada questão específica é abordada à exaustão até que se passe para a próxima pergunta, sendo assim discutidas em profundidade. Na apuração jornalística, foram utilizados relatos de pessoas envolvidas diretamente no bullying, sendo um agressor e duas vítimas. Tal feito permitiu, por meio da entrevista em profundidade, a abordagem de aspectos da história de vida, na qual o relato é contado a partir do testemunho do entrevistado, possibilitando o entendimento do universo do qual ele faz parte, sendo assim a técnica de coleta de dados mais apropriada (SILVA et al, 2007). A escolha das fontes foi outro ponto importante na pesquisa. Através do levantamento feito com a Vara da Infância e da Juventude de Petrolina, tive acesso a maioria dos entrevistados. Outras fontes foram obtidas por conhecimento de amigos e contato com a Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf). As fontes não se resumiram em vítimas e agressores, mas muitas delas foram fontes institucionais e especialistas. Ressalte-se que algumas identidades foram preservadas a fim de resguardar o direito ao sigilo da fonte e ao Estatuto da Criança e Adolescente (ECA). Anteriormente ao processo de coleta de dados, uma pesquisa bibliográfica já havia sido realizada para conhecimento profundo do tema. A pesquisa bibliográfica ofereceu uma base para o desenvolvimento do trabalho (inclusive na fase inicial) através da revisão da literatura existente sobre o assunto, permitindo um conhecimento mais amplo sobre o tema (STUMPF, 2001). Portanto, as técnicas de coleta de dados utilizadas para alcançar os objetivos consideraram o relato dos envolvidos direta ou indiretamente no fenômeno, o contexto em que as vítimas estavam inseridas e a forma como a temática vem sendo tratada por outras áreas, buscando reportar jornalisticamente situações relacionadas ao bullying escolar. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span style="color: #000000"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A reportagem especial  Bullying nas escolas públicas de Petrolina foi publicada no caderno especial  Bullying Escolar . O produto jornalístico contém seis reportagens, uma resenha cinematográfica de autoria do estudante de jornalismo José Lucas Amorim Sobreira, um artigo de opinião da estudante de psicologia Mariana dos Reis Bezerra, um editorial, uma charge do estudante de jornalismo Augusto Jackson de Jesus e infográficos que facilitam a assimilação da informação e favorecem a visualidade do impresso. Além da contribuição de textos, o caderno também possui fotos da estudante de jornalismo Andrea Beatriz dos Santos Souza. Nesse projeto experimental, buscou-se explorar o jornalismo interpretativo para produzir um caderno especial que pudesse ser encartado ao Jornal Laboratorial Cobaias, que tem publicação semestral com a contribuição de estudantes do curso de Jornalismo em Multimeios da Uneb. Páginas 4, 5, 6 e 7 - Matéria de capa: Bullying nas escolas públicas de Petrolina- Aborda o bullying em escolas estaduais e municipais de Petrolina, tendo como referência a Escola Estadual Padre Manoel Paiva Neto. A matéria de capa discute não apenas os casos nas escolas, mas contextualiza os números. Questões jurídicas, psicológicas e sociais também são consideradas na matéria de capa que se divide nos tópicos:  Consequências psicológicas ,  Família: uma variável a ser considerada ,  A influência da cultura e  A solução aponta para a Multidisciplinaridade . O intuito da matéria de capa é mostrar ao leitor, o bullying dentro de um contexto, como algo complexo e que envolve diversos setores sociais. Acompanhando a matéria há também um infográfico com dados do bullying no Brasil e em outros países, conforme dados de levantamento feito pela Unesco. Para construir o caderno especial foi realizada uma primeira entrevista com a coordenadora de projetos da Vara da Infância e da Juventude de Petrolina, Ronia Lima, que forneceu informações sobre as escolas que mais registraram casos de bullying em 2015. A entrevista com a diretora Paula Sebastiana foi viável devido a este levantamento realizado pela Vara da Infância e da Juventude, no qual constava a Escola Padre Manoel Paiva Neto como a instituição com o maior número de casos de bullying registrados durante o ano de 2015. A entrevista com a gestora revelou alguém que enfrentava novamente o bullying, porém não mais como vítima, mas como diretora de uma instituição escolar com altos índices do problema. A pauta foi direcionada para saber como a escola lidava com o bullying, se havia projetos, se os professores recebiam capacitações, sobre a participação dos pais e como a instituição resolvia ou auxiliava na resolução desses casos. Foi constatada uma redução dos casos em relação ao ano de 2016. A entrevista com a coordenadora pedagógica Silvana Anunciação, da Escola Nossa Senhora Rainha dos Anjos (CAIC), foi realizada durante um evento de combate ao bullying, para o lançamento do Prêmio Previne na escola. A pauta foi semelhante à da entrevista no colégio anterior, pois buscávamos conhecer a realidade das escolas públicas. A gestora descreveu casos de exclusão entre crianças e o fato do projeto lançado ser o primeiro na escola com a finalidade de combater o bullying. O juiz Marcos Barcelar, responsável pela Vara da Infância e da Juventude, falou sobre a Lei da Intimidação Sistemática e o bullying em Petrolina. A atuação da Vara nas escolas, o que é a lei do bullying, como as vítimas podem obter ajuda da justiça, e o papel da Vara como auxilio as escolas públicas foram alguns dos destaques da entrevista. A psicóloga Liberalina Gondim contribuiu com informações importantes, inclusive com o esclarecimento de questões abordadas em entrevistas anteriores. A pauta foi voltada para os impactos psicossociais do bullying. Já o professor João José Santana Borges falou sobre o aspecto sociológico do problema, considerando também os dados de um levantamento realizado pela ONU Brasil sobre o bullying em outros países. No decorrer das entrevistas, outras fontes e informações foram surgindo e deram origem a matérias adicionais, para complementar aspectos que não foram contemplados na matéria de capa, como por exemplo, depoimentos de agressores, vítimas e questões estruturais nas escolas. Tais matérias estão descritas a seguir: Página 8 - Falta de profissionais nas escolas dificulta o combate - apresenta como problemas estruturais nas escolas podem dificultar o combate efetivo ao bullying. Nessa matéria é apresentado ao leitor que as escolas também enfrentam dificuldades de diversas naturezas para combater ao bullying, inclusive governamentais, e que não devem ser as únicas responsabilizadas pelo fenômeno. Página 9 - Escolas devem investir em ações de prevenção  A primeira parte da matéria apresenta uma ação de conscientização para lançamento do Projeto Previne em uma escola municipal, e depois desenvolve a dificuldade que os professores encontram para conscientizar os alunos em sala de aula. Página 10 - Memórias da dor. O título dessa reportagem faz referência ao sofrimento da mãe relatando o desgaste emocional sofrido pela filha em decorrência do bullying, onde ficam evidentes os impactos psicossociais sofridos pela família. No texto é apresentada a vida de uma jovem que, por ser bolsista em uma escola particular de Petrolina, sofreu intimidações de cunho social. O preconceito de classe descrito pela mãe, uma diarista moradora de um bairro periférico da cidade, ultrapassou todos os limites e hoje afeta não apenas o aspecto emocional, mas financeiro da família. Página 10 (colaboração)-  Pelo receio de virar vítima, acabei sendo a agressora - Essa colaboração é um artigo de opinião escrito pela estudante de Psicologia Mariana Reis Bezerra. O artigo apresenta a ótica de uma ex-agressora que relata o motivo de suas pilhérias e o impacto de ser contatada por sua vítima como uma forma de auxílio ao tratamento da mesma. Essa matéria torna-se interessante e relevante por mostrar que agressores também merecem ser ouvidos, e que o bullying acaba sendo um fenômeno que vitimiza até mesmo os  agressores . Página 11- Marcas do Bullying  A reportagem apresenta a história de Laura, nome fictício dado a personagem por ser menor de idade. Laura sofreu intimidação sistemática durante o ensino fundamental e relatou ainda possuir marcas psicológicas do que o bullying lhe causou. Página 11 -  O bullying na escola era a minha cruz e eu optei a não carregá-la nunca mais - Essa reportagem foi realizada com Calincka Crateús sobre a escrita do seu livro autobiográfico  A menina dos olhos de Canoa . O título da matéria refere-se a uma citação do livro ainda não publicado. A reportagem apresenta a experiência da autora em escrever um livro autobiográfico e a relação com o processo de superação de uma vítima. Calincka relata como passou a enxergar o bullying após sua experiência mais recente, e aponta para alguns medos que ainda possui. Em suma, para a construção da matéria de capa enfrentamos alguns problemas, como a dificuldade para marcar entrevistas com as fontes, a estruturação da matéria, que foi dividida em tópicos a fim de promover uma ótica holística sobre o problema, e a definição do título. As matérias que foram descritas integrariam a de capa, mas por questão de extenso conteúdo foram desmembradas. O caderno especial possui tamanho A3 e foi impresso em papel couché, 150 g, com as 12 páginas coloridas. O título escolhido para o impresso foi  Bullying Escolar , e todas as fotos e títulos das matérias foram pensados para serem objetivos. A visualidade apresenta uma identidade escolar. O programa utilizado foi o Adobe In Design e a diagramação foi feita em duas semanas. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #000000"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify">Quando escolhi o tema e iniciei a pesquisa sabia da importância do trabalho, mas não tinha noção da dimensão dos impactos psicossociais do bullying na vida de jovens, famílias e até mesmo dos membros da comunidade docente. Apesar da pesquisa bibliográfica que me dizia teoricamente quais eram esses impactos, conhecer na prática a vida de pessoas que tiveram suas rotinas e comportamentos totalmente afetados pelo fenômeno, ultrapassou totalmente algo que poderia imaginar. A própria comunidade docente (quem geralmente leva a culpa quando os casos acontecem) se mostrou interessada em cumprir com seu papel de conscientizadora, mas apontou também para problemas que extrapolam o ambiente escolar. Diante de todo o caminho percorrido para construção desse caderno especial, concluo este trabalho com a certeza de que os impactos psicossociais do bullying escolar só poderão ser reduzidos de fato, quando a sociedade em seus diversos setores (famílias, escolas, órgão públicos) se unirem e desenvolverem políticas públicas mais efetivas para a conscientização sobre este problema de saúde pública. A prevenção começa na forma como as crianças são educadas em casa até questões mais burocráticas, como a criação de projetos antibullying constantes nas escolas, acompanhamento psicológico nas instituições públicas e o maior investimento governamental em estrutura básica para as escolas. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #000000"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2">BELTRÃO, Luiz. Jornalismo Interpretativo. 2ª Edição. Porto Alegre. Editora Sulina, 1980.<br><br>GUARESCHI, Pedrinho; SILVA, Michele. Bullying mais sério do que se imagina. 1ª edição. Rio Grande do Sul. Editora Edipucrs, 2008<br><br>MARCONI, Marina; LAKATOS, Eva. Metodologia Científica. 5ª edição. São Paulo. Editora Atlas SP. 2007<br><br>NOGUEIRA, Luana. Bullying na mídia: percepções de alunos sobre programações televisivas e ações nas escolas. 2014. 121f. Dissertação (Mestrado em Educação). Universidade Estadual Paulista, Presidente Prudente- SP. Disponível em/< http://www2.fct.unesp.br/pos/educacao/teses/2014/ms/luana_nogueira.pdf >Acesso em 24.mai.2016<br><br>SILVA. et al.  Conte-me sua história: reflexões sobre o método história de vida . Mosaico Estudos em Psicologia. Minas Gerais. v.1 n.1, p25-35. 2007. Disponível em/<http://www.unisc.br/portal/upload/com_arquivo/conte_me_sua_historia_reflexoes_sobre_o_metodo_de_historia_de_vida.pdf> Acesso em24.mai.2016<br><br>STUMPF, Ida. Pesquisa Bibliográfica. In: DUARTE, Jorge; BARROS, Antonio (orgs). Métodos e Técnicas de Pesquisa em Comunicação. 2ª Edição. São Paulo. Editora Atlas, 2011. Cap.3.<br><br> </td></tr></table></body></html>