ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XIX Congresso de Ciências da Comunicação na Região Nordeste</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span style="color: #000000"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;00772</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #000000"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;PT</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #000000"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;PT13</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #000000"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;Olhares Urbanos</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #000000"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Kessia Santiago Lopes (Universidade Do Estado Da Bahia); Naila Cassia Reis Menezes De Paulo (Universidade Do Estado Da Bahia); Beatriz Azevedo dos Reis Baião (Universidade Do Estado Da Bahia); Naiara de Souza Barros (Universidade Do Estado Da Bahia); Geisa de Souza Rocha (Universidade Do Estado Da Bahia); Adriele Conceição dos Anjos Santos (Universidade Do Estado Da Bahia); Sidney Andrade Matos (Universidade Do Estado Da Bahia); Taís Santana Pereira (Universidade Do Estado Da Bahia); Paulo Alberto Moura Marques (Universidade Do Estado Da Bahia); Rodrigo Maurício Freire Soares (Universidade Do Estado Da Bahia); Francine Lopes de Souza Freitas (Universidade Do Estado Da Bahia)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #000000"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;Comunicação, Consumo, Cultura, Espaço Público, </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #000000"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Este artigo ocupa-se em relatar a experiência vivenciada na disciplina "Comunicação e Sociedade" do curso de Comunicação Social/Relações Públicas da Universidade do Estado da Bahia, em que os discentes realizaram registros fotográficos da cidade de Salvador, tendo como ancoragem teórica as dimensões de análise discutidas em sala: consumo, cultura, espaço público e comunicação. Este ato de registro enquadra-se no âmbito epistemológico do que Canevacci chamou de "antropologia da comunicação urbana" (2004, p. 20), isto é, o modo como uma determinada cidade comunica o seu estilo particular de vida, o seu ethos, o conjunto de valores, crenças, comportamentos explícitos e implícitos e que entendemos como cultura.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #000000"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A cidade é uma composição imagética em que cada objeto é um signo à caça de um par de olhos. Salvador se expressa através de seu espaço público, das suas culturas e de suas práticas, tradicionais ou mercantilizadas. Os alunos da disciplina "Comunicação e Sociedade" do curso de Comunicação Social/Relações Públicas da Universidade do Estado da Bahia dividiram-se em quatro grupos para fotografarem a cidade de Salvador. Durante o mês de novembro de 2017, a partir das dimensões de análise discutidas em sala, os temas consumo, cultura, espaço público e comunicação nortearam o olhar discente. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #000000"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Os discentes da disciplina registraram fotos da cidade de Salvador/Bahia, nos meses de outubro a novembro de 2017 e produziram textos que traduziram as imagens à luz dos conteúdos trabalhados em sala. O objetivo da referida atividade foi produzir uma narrativa visual sobre uma cidade e que fosse capaz de articular teoria e prática. Entende-se aqui a importância do diálogo entre os conceitos discutidos em sala com a realidade, sendo a cidade o campo empírico. Ao final, foi realizada uma curadoria para escolha das imagens mais representativas que integram o e-book produto da disciplina. O olhar que orientou o recorte de imagens contemplou o que Barthes (1984) definiu como a predileção por uma fotografia que é subversiva, mas não quando aterroriza, perturba ou mesmo estigmatiza, "mas quando é pensativa" (BARTHES, 1984, p. 62).</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #000000"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Muros pichados com dizeres críticos entrelaçam-se com igrejas e rabiscos em paredes da Universidade, fazendo-nos lembrar do quão plural e heterogêneo são os territórios que integram a pólis. É a identidade de uma cidade que se comunica de diversas formas, dando voz a grupos, indivíduos e instituições que em diversos outros espaços não teriam a oportunidade de expressar seu víeis políticos, seus ideais e suas lutas. Os textos sobre consumo e o significado atribuídos aos objetos na contemporaneidade (BAUDRILLARD,1981; LIPOVETSKY 1989) dialogaram com o momento atual de volatilidade das relações humanas (BAUMAN, 1999). A cidade é tratada nessa compilação de imagens e textos produzidos pelos alunos como o lugar de surpresas e polifonia, sendo, por si só, um movimento de contradições: ordem x caos - público x privado - indiferença x compromisso cívico. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #000000"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"> A partir da leitura de bibliografias que trataram de consumo, comunicação, espaço público e cultura, foram formadas equipes visando estabelecer uma estratégia para coleta de imagens na cidade. Os grupos então efetuaram registros que fossem representativos dos temas discutidos em sala a partir da perspectiva da cidade. Em seguida, foi realizada uma curadoria para escolha das imagens e textos. O registro visual como técnica escolhida justifica-se pela imagem apresentar-se como um registro mais poderoso das ações temporais e dos acontecimentos reais e considerando que a imagem é um elemento discursivo. Ao final, pode-se dizer que a experiência configurou uma aprendizagem por meio da prática, do aprender fazendo.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span style="color: #000000"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O produto final criado foi um E-book, a partir de registros de imagens e desenvolvimento de textos, feita curadoria com base em bibliografias sobre consumo, cultura, comunicação e espaço público, e discussões em sala, com orientação do professor Rodrigo Freire, docente da disciplina Comunicação e Sociedade. Foram adicionadas imagens, seguidas de pequenos textos e legendas para complementação, com objetivo de transmitir ao público da melhor forma, as percepções, olhares e ideais em cada registro.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #000000"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify"> A narrativa visual aqui apresentada nos conduz a pensar a cidade  não apenas Salvador - como uma rede complexa de comunicação, que passa por projetos urbanísticos, arquiteturas, políticas e ações oficiais, códigos morais, meios de comunicação de massa, artes, literatura, cartazes, grafites, tecnologia, historiografia, corpos de habitantes, festas, manifestações públicas etc. A materialidade dos espaços físicos liga-se à imaterialidade de formulações ideológicas, percepções, crenças, sentimentos etc. São essas narrativas provisórias, invisíveis e mutantes que dialogam com o que se projeta como identidade de uma cidade.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #000000"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2">CERTEAU, Michel de. A invenção do cotidiano: artes do fazer. trad. de Ephraim Ferreira Alves. Petrópolis: Vozes, 1994.<br><br>BAUDRILLARD, Jean, O sistema dos objetos, 1968.<br><br>BAUDRILLARD, Jean. Simulacros e simulação. Portugal: Relógio D Água, 1991<br><br>BARTHES, R. A câmara clara: nota sobre fotografia. Tradução de Julio Castañon Guimarães. Rio Janeiro: Nova Fronteira, 1984.<br><br>BAUMAN, Zygmunt. Modernidade e Ambivalência. Tradução Marcos Penchel. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 1999.<br><br>CANEVACCI, Massimo. A cidade polifônica: ensaio sobre a antropologia da comunicação urbana. 2. ed. São Paulo: Studio Nobel, 2004.<br><br>LIPOVETSKY, Gilles. O Império do Efêmero: a moda e seu destino nas sociedades modernas. São Paulo: Companhia das Letras, 1989.<br><br> </td></tr></table></body></html>