ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XIX Congresso de Ciências da Comunicação na Região Nordeste</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span style="color: #000000"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;00792</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #000000"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;CA</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #000000"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;CA08</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #000000"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;Idealização e concepção da vinheta do website "Salve Todas: Mulheres e Rimas do Grande Recife"</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #000000"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Ingrid da Silva Cavalcante (Universidade Católica de Pernambuco); Nathália Silva Pereira da Costa (Universidade Católica de Pernambuco); Carla Patrícia Pacheco Teixeira (Universidade Católica de Pernambuco)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #000000"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;Hip hop, Rap, Rap feminino, Recife, Cultura de rua</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #000000"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O presente trabalho tem como objetivo esclarecer os processos de idealização e execução da vinheta de abertura do website  Salve Todas: Mulheres e Rimas do Grande Recife , desenvolvida durante a cadeira de Projeto Experimental do curso de Jornalismo da Unicap, durante o semestre 2017.2. A vinheta foi idealizada com base nos depoimentos concedidos por algumas das entrevistadas que fazem parte do projeto. Os trechos de suas falas dialogam com uma mesma linha de raciocínio, falando sobre os obstáculos de ser mulher que faz rap e as saídas encontradas por elas.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #000000"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"> Salve Todas: Mulheres e Rimas do Grande Recife é um projeto experimental multimídia que busca dar visibilidade às mulheres que fazem rap na Região Metropolitana do Recife (RMR). Dessa forma, a vinheta sintetiza o projeto, introduzindo o leitor ao movimento, a união feminina, aos desejos e ações que elas promovem. O projeto se concentra nas experiências das entrevistadas na música, partindo dessas individualidades para compor um cenário mais amplo capaz de esclarecer como é ser uma MC, suas relações com a música e a poesia, as dificuldades que enfrentam e as distinções que existem entre suas experiências e as dos homens. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #000000"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O objetivo geral foi produzir uma vinheta de abertura para o website  Salve Todas: Mulheres e Rimas do Grande Recife , que em poucos minutos fosse capaz de apresentar o projeto e suscitar o interesse do público. O objetivo específico da vinheta era caminhar junto com a cultura rap, mostrando uma diversidade de informações sobre o tema em um período curto de tempo. Expondo a história, as características do movimento, a realidade compartilhada pelas mulheres, o que elas querem transmitir com suas rimas e o que as move. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #000000"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"> Eles disseram que a mulher tem que começar a fazer história/ Menosprezou Dina Di, e toda sua trajetória!/ Tenta ignorar, mas tamo na ativa,/ tenta intimidar, somos destemidas,/ tenta ofuscar, mas tamo viva! . É dessa forma que Lady Laay responde a uma música que despreza a existência das rappers.  DISSrespeito à Mulher esclarece como muitos participantes do movimento hip hop ainda se comportam em relação às mulheres. Ainda há desvalorização das músicas delas, poucos são os incentivam ou apoiam. Por isso, as MCs do Recife e Região Metropolitana estão criando uma rede de apoio entre si, na perspectiva de que as mulheres fazem rap há décadas, mas ainda não recebem o reconhecimento por isso. O projeto nasce dessa busca, tornando-se uma plataforma para que elas possam compartilhar suas histórias, mostrar que estão e permanecerão escrevendo, cantando, declamando e batalhando. A vinheta traz uma parcela dessa luta, apresentando falas de uma slammer (participante do slam, que apresenta poesia autoral), duas professoras que realizaram pesquisas na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), uma MC e dois grupos de hip hop, englobando a diversidade do que é apresentado no website. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #000000"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A ideia da vinheta foi inspirada por videoclipes, pelas músicas e pela cultura hip hop. Ela contém gravações feitas em diferentes locais e momentos da elaboração. A captação das imagens foi feita por uma Nikon D3200, com lapela ou com microfone direcional. As entrevistas foram o ponto de partida para a seleção dos cortes. Como a maioria dos encontros foram registrados em vídeo, o material era vasto, mas as escolhas foram feitas rapidamente, devido ao conhecimento profundo dos arquivos. Os cortes haviam demonstrado sua importância durante o processo de decupagem e, pela força dos depoimentos, ganharam lugar de destaque, estabelecendo já na abertura a força do movimento na Região Metropolitana do Recife. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span style="color: #000000"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A escolha por não colocar música na vinheta teve a intenção de colocar luz sobre o que essas mulheres, muitas vezes silenciadas e ignoradas, têm a dizer. Suas vozes, seus sentimentos, seus saberes são a diretriz para entender o  Salve Todas: Mulheres e Rimas do Grande Recife . Também se optou por não incluir os nomes das personagens na vinheta, com a intenção de que seus testemunhos sejam o foco, estimulando a identificação com as personagens por qualquer mulher que faz, ouve ou se interessa por rap. É um convite a navegar pelo projeto para que possam conhecer as entrevistadas e mergulhar em suas histórias. O discurso individual das mulheres presentes na vinheta permite discernir quais personagens participam do movimento  estas falam em primeira pessoa  e quais o tem como objeto de pesquisa  a fala neste caso surge na terceira pessoa. Em dois minutos reúnem-se as falas de seis das vinte mulheres entrevistadas para o projeto. Após realizadas as entrevistas, elaborados os vídeos e os textos de cada matéria, ainda havia um conteúdo indispensável a ser compartilhado, que resumia as declarações dadas por todas. A seleção aconteceu previamente, a partir do que já havia sido apontado como trecho importante em decupagens anteriores. Então, percebeu-se que esses discursos poderiam se unir. Primeiramente foram selecionadas as falas da professora Maria Natália Rodrigues, pois não há vídeo na matéria que traz sua contribuição, acreditando ser relevante apresenta-la se expressando, também os apontamentos da professora Mônica Costa pareceram significativos, por ser a visão de quem analisou movimentos sociais e o hip hop, também por reconhecer a dificuldade de ser mulher em um movimento ainda machista. Assim, fornecendo respaldo às alegações de Nina Rodrigues, do Arrete, que usa como exemplo os eventos de rap organizados na capital para apontar alguns obstáculos existentes. A organizadora do Slam das Minas PE e slammer, Naia Patrícia, abre a vinheta apontando a união das mulheres como saída. Para começarem seus próprios eventos e tocarem suas carreiras independentes, como Lady Laay. A MC investe em sua carreira solo com seu trabalho na área de Tecnologia da Informação, outro ambiente em que as mulheres são minoria, mas convida outras a tomarem as rédeas de suas vidas, a  se apoderar de si . Por último Nany Ninee, MC da 8.0.8 Crew, declara que o passado não voltará a se repetir, porque elas estão aqui para falar e serão ouvidas. A escolha de colocar as duas pesquisadoras na vinheta de abertura vem das leituras dos seus trabalhos, por reconhecer a importância deles para este projeto e para a disseminação além da academia. O hip hop nasceu e existe nas ruas, portanto, desde o início se sabia que haveria pouco material bibliográfico, tal foi a surpresa ao encontrar duas pernambucanas que realizaram pesquisas sobre o assunto e também utilizaram o recorte de gênero. Esse fato viabilizou um paralelo entre as experiências das rappers e as informações das pesquisas. As gravações foram feitas em ambientes tanto fechados quanto abertos, de acordo com o local em que as personagens estavam. O ângulo normal e frontal foi o escolhido, pois indica um diálogo direto com quem assiste a vinheta. Já os planos variaram entre o meio primeiro plano, mais utilizado, o plano americano e um plano entre o meio primeiro plano e o plano americano, permitindo que elas se expressassem livremente em frente a câmera. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #000000"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify">A vinheta é uma parte importante do  Salve Todas: Mulheres e Rimas do Grande Recife , por ser o primeiro contato com o público que visita o website. É inspirada no objetivo principal do projeto: dar visibilidade às mulheres e às suas rimas. A simplicidade e a complexidade se uniram nestes dois minutos, com a presença e força das mulheres que fazem parte do  Salve Todas . Acompanhá-las tornou o resultado plural, trouxe o encontro entre conhecimento científico e empírico, além de contribuir para a criação de um produto único. Que a frase  Salve Todas continue empenhando seus sentidos, de ser uma saudação, comunicação, entre elas, assim como um pedido para que o rap permaneça salvando-as. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #000000"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2">MATÍAS-RODRIGUEZ, María Natália; ARAÚJO-MENEZES, Jaileila. Jovens mulheres: reflexões sobre juventude e gênero a partir do movimento hip hop. Revista Latinoamericana de Ciencias Sociales, Niñez y Juventud (Vol. 12 no. 2 jul-dic 2014)<br><br>MENEZES, Jaileila de Araújo; MOURA, Renata Paula dos Santos; SOUZA, Maria Luiza. Cores e rimas dos tensionamentos de gênero no movimento hip hop. 18º Redor (Rede Feminista Norte e Nordeste de Estudos e Pesquisa sobre a Mulher e Relações Gênero) UFPE, 2014. <br><br>RODRIGUES, Maria Natália Matias. Jovens mulheres rappers: reflexões sobre gênero e geração no movimento hip hop. UFPE, 2013.<br><br>MENEZES, Dra. Jaileila de A.; COSTA, Dra. Mônica R.; MOURA, Renata P. dos S.; PEDROSA, Tábata de L. Entre fronteiras e trincheiras: conflitos políticos e Antagonismo de gênero no movimento hip hop. Revista Ártemis, Vol. XX; ago-dez 2015, pp. 160-170. <br><br>COSTA, Mônica Rodrigues; SAMICO, Shirley de Lima. Meninas no hip hop: as tensões da participação. XV Congresso Brasileiro de Sociologia, 2011.<br><br>COSTA, Mônica Rodrigues; PEDROSA, Tábata de Lima. As sutilezas de gênero: a arte no enfrentamento das desigualdades. Fazendo gênero 10: Desafios Atuais dos Feminismos, 2013.<br><br>Visão de Rua.  Mente engatilhada . https://www.youtube.com/watch?v=FalOEzTigFc<br><br>Lady Laay.  DISSrespeito à mulher , 2017. https://www.youtube.com/watch?v=roygBYvDFgI<br><br>Lívia Cruz.  Ordem na classe , 2016. https://www.youtube.com/watch?v=apNabfNnoUk<br><br> </td></tr></table></body></html>