| INSCRIÇÃO: | 01001 |
| CATEGORIA: | JO |
| MODALIDADE: | JO09 |
| TÍTULO: | Mulher da Vida: é preciso falar |
| AUTORES: | Jayanne Rodrigues Sousa (Universidade do Estado da Bahia); Teresa Leonel Costa (Universidade do Estado da Bahia); Lucas Matheus Oliveira Barros (Universidade do Estado da Bahia); Thiago Elias Santos Silva (Universidade do Estado da Bahia); Beatriz Enedina Lopes Granja (Universidade do Estado da Bahia); Mayane Cristina dos Santos Silva (Universidade do Estado da Bahia) |
| PALAVRAS-CHAVE: | Prostituição, Radiojornalismo, Humanização, Reportagem, Gênero |
| RESUMO | |
| Historicamente, mulheres em situação de prostituição sofrem com a violência e a estigmatização, principalmente quando inseridas em grupos que se encontram em situação de vulnerabilidade social. Este trabalho apresenta uma reportagem radiofônica que tem como objetivo promover o debate sobre a violência sofrida pela mulher prostituta, frequentemente minimizada pela justiça, pela mídia e pela sociedade em geral. A reportagem é produto final da disciplina de Radiojornalismo II, do curso de Jornalismo em Multimeios da Universidade do Estado da Bahia. | |
| INTRODUÇÃO | |
| No Brasil, a prostituição é identificada como ocupação profissional desde 2002 pelo Ministério do Trabalho. Dados da Fundação Mineira de Educação e Cultura (FUMEC) revelam que o Brasil tem aproximadamente 1,5 milhões de pessoas, entre homens e mulheres, que vivem em situação de prostituição. Diante de um contexto local e nacional, a reportagem “Mulher da vida: é preciso falar” propõe-se a dar visibilidade às situações vividas por essas mulheres, principalmente no município de Juazeiro, norte da Bahia, local onde a reportagem foi produzida. 一漀 搀攀挀漀爀爀攀爀 搀攀猀琀攀 琀爀愀戀愀氀栀漀Ⰰ 甀琀椀氀椀稀愀洀漀猀 愀 瀀愀氀愀瘀爀愀 瀀爀漀猀琀椀琀甀椀漀Ⰰ 洀愀猀 搀攀瘀攀洀漀猀 爀攀猀猀愀氀琀愀爀 焀甀攀 渀漀 琀攀洀漀猀 漀 瀀爀漀瀀猀椀琀漀 搀攀 搀攀昀椀渀椀爀 漀 琀攀爀洀漀 挀漀洀漀 甀洀愀 瀀爀琀椀挀愀Ⰰ 瘀椀猀琀漀 焀甀攀 愀 瀀愀氀愀瘀爀愀 瀀漀搀攀 琀攀爀 甀洀愀 椀渀昀椀渀椀搀愀搀攀 搀攀 爀攀昀攀爀渀挀椀愀猀⸀ 䄀猀猀椀洀Ⰰ 愀 爀攀瀀漀爀琀愀最攀洀 攀砀瀀攀 搀攀瀀漀椀洀攀渀琀漀猀 搀攀 洀甀氀栀攀爀攀猀 焀甀攀 愀挀爀攀搀椀琀愀洀 焀甀攀 瀀爀漀猀琀椀琀甀琀愀猀 渀漀 瀀漀猀猀甀攀洀 氀椀戀攀爀搀愀搀攀 搀攀 攀猀挀漀氀栀愀Ⰰ 攀 愀猀 焀甀攀 挀漀渀猀椀搀攀爀愀洀 漀 琀爀愀戀愀氀栀漀 猀攀砀甀愀氀 挀漀洀漀 甀洀愀 愀琀椀瘀椀搀愀搀攀 氀攀最愀氀 焀甀攀 瀀漀搀攀 猀攀爀 攀砀攀爀挀椀搀愀 氀椀瘀爀攀洀攀渀琀攀⸀ Para Rago (1991) a análise, frequentemente, foca na explicação econômica do comércio sexual do corpo das mulheres. A prostituta-vítima de sua pobreza recorre a prostituição como alternativa. Ou então, a análise recai na patologização psicológica como traumas de infância, complexos edipianos mal resolvidos, sexualidades afloradas, estereotipando esta mulher como uma vilã.倀漀爀琀愀渀琀漀Ⰰ 愀 瀀爀漀瀀漀猀琀愀 搀愀 瀀爀漀搀甀漀 搀攀猀猀攀 洀愀琀攀爀椀愀氀 爀愀搀椀漀昀渀椀挀漀 琀愀洀戀洀 昀漀椀 愀 搀攀 爀漀洀瀀攀爀 挀漀洀 攀猀琀攀爀攀琀椀瀀漀猀 挀漀渀猀琀愀渀琀攀洀攀渀琀攀 愀琀爀椀戀甀搀漀猀 愀 洀甀氀栀攀爀攀猀 焀甀攀 攀砀攀爀挀攀洀 愀 瀀爀漀猀琀椀琀甀椀漀⸀ 䐀攀猀猀愀 洀愀渀攀椀爀愀Ⰰ 愀 昀椀洀 搀攀 爀漀洀瀀攀爀 愀 爀漀洀愀渀琀椀稀愀漀 焀甀攀 愀猀 挀漀渀猀椀搀攀爀愀 挀漀洀漀 瘀琀椀洀愀猀 搀攀 甀洀愀 瀀漀戀爀攀稀愀 攀 愀 瘀椀氀愀渀椀稀愀漀 焀甀攀 愀猀 樀甀氀最愀洀 挀漀洀漀 椀渀椀洀椀最愀猀 搀愀 猀漀挀椀攀搀愀搀攀⸀ 䄀猀猀椀洀Ⰰ 愀瀀爀攀猀攀渀琀ⴀ氀愀猀 挀漀洀漀 猀甀樀攀椀琀漀猀 愀琀椀瘀漀猀 焀甀攀 瀀漀猀猀甀攀洀 漀 搀椀爀攀椀琀漀 爀攀氀愀琀愀爀 愀 猀甀愀 瀀爀瀀爀椀愀 栀椀猀琀爀椀愀⸀ | |
| OBJETIVO | |
| Esta reportagem procura promover a discussão coletiva sobre as mulheres em situação de prostituição e sua relação com o meio social. Além de analisar a ausência de normas que garantem a integridade e a dignidade de prostitutas, e verificar porque este dispositivos falham para essas mulheres. 䄀猀猀椀洀Ⰰ 昀攀稀ⴀ猀攀 渀攀挀攀猀猀爀椀漀 琀攀挀攀爀 甀洀愀 渀愀爀爀愀琀椀瘀愀 焀甀攀 挀漀洀瀀漀爀琀攀 愀猀 瀀攀爀猀瀀攀挀琀椀瘀愀猀 猀漀戀爀攀 漀 愀猀猀甀渀琀漀Ⰰ 搀攀猀搀攀 挀愀猀漀猀 搀攀 渀攀最氀椀最渀挀椀愀 渀愀 爀攀最椀漀Ⰰ 爀攀搀攀猀 搀攀 愀瀀漀椀漀 愀 攀猀猀愀猀 洀甀氀栀攀爀攀猀 攀 搀攀瀀漀椀洀攀渀琀漀猀 搀攀 洀椀氀椀琀愀渀琀攀猀 搀愀 挀愀甀猀愀⸀ 䐀甀爀愀渀琀攀 愀 攀氀愀戀漀爀愀漀 搀愀 爀攀瀀漀爀琀愀最攀洀 爀愀搀椀漀昀渀椀挀愀Ⰰ 攀猀瀀攀挀椀昀椀挀愀洀攀渀琀攀Ⰰ 戀甀猀挀愀洀漀猀 爀攀猀猀椀最渀椀昀椀挀愀爀 漀 瀀愀瀀攀氀 搀愀 爀愀搀椀漀爀爀攀瀀漀爀琀愀最攀洀Ⰰ 攀猀琀椀洀甀氀愀渀搀漀 瀀爀漀搀甀攀猀 搀椀爀攀挀椀漀渀愀搀愀猀 愀漀 琀攀洀愀 焀甀攀 瀀爀漀琀愀最漀渀椀稀愀洀 瀀爀漀猀琀椀琀甀琀愀猀 挀漀洀漀 洀甀氀栀攀爀攀猀 愀甀琀渀漀洀愀猀㬀 瀀爀漀搀甀稀椀爀 洀愀琀攀爀椀愀氀 挀漀洀 漀甀琀爀愀猀 愀戀漀爀搀愀最攀渀猀 渀漀 樀漀爀渀愀氀椀猀洀漀 愀漀 琀爀愀琀愀爀 搀攀猀猀攀 愀猀猀甀渀琀漀Ⰰ 愀琀爀愀瘀猀 搀攀 甀洀 漀氀栀愀爀 栀甀洀愀渀椀稀愀搀漀㬀 攀 椀渀挀椀琀愀爀 漀 搀攀戀愀琀攀 瀀切戀氀椀挀漀 猀漀戀爀攀 漀 琀攀洀愀⸀ | |
| JUSTIFICATIVA | |
| A reportagem “Mulher da vida: é preciso falar” aborda um assunto de relevância nacional. Segundo o documentário TABU BRASIL (2012), exibido em 2013 pelo National Geographic Channel – Brasil, aproximadamente 7% das mulheres na América Latina tem a prostituição como fonte de renda substancial. Nesse sentido, o trabalho surgiu da necessidade de promover uma reportagem radiofônica que dialogasse com prostitutas e não sobre prostitutas, visto que, o tema foi, muitas vezes, abordado de maneira estigmatizada pelos meios de comunicação da região do Vale do São Francisco. ऀ倀愀甀琀愀爀 攀猀琀攀 琀攀洀愀 攀洀 昀漀爀洀愀 搀攀 渀愀爀爀愀琀椀瘀愀 渀漀 爀搀椀漀 瀀漀猀猀椀戀椀氀椀琀愀 愀 愀洀瀀氀椀愀漀 搀漀 愀氀挀愀渀挀攀 攀 搀愀 瀀爀漀昀甀渀搀椀搀愀搀攀 瀀漀爀 瀀攀爀洀椀琀椀爀 愀搀攀渀琀爀愀爀 攀洀 愀爀最甀洀攀渀琀漀猀 愀椀渀搀愀 渀漀 攀砀瀀漀猀琀漀猀⸀ 䐀攀猀琀愀 洀愀渀攀椀爀愀 漀 椀渀攀搀椀琀椀猀洀漀 猀甀爀最攀 瀀漀爀 愀戀漀爀搀愀爀 漀 琀攀洀愀 昀漀爀愀 搀愀 瀀攀爀猀瀀攀挀琀椀瘀愀 挀爀椀洀椀渀愀氀椀猀琀愀 漀甀 瀀愀琀漀氀漀最椀稀愀渀琀攀Ⰰ 愀氀洀 搀攀 瀀爀椀漀爀椀稀愀爀 漀猀 愀爀最甀洀攀渀琀漀猀 氀攀瘀愀渀琀愀搀漀猀 瀀攀氀愀猀 瀀爀漀猀琀椀琀甀琀愀猀⸀ 倀愀爀愀 䔀洀氀椀漀 倀爀愀搀漀Ⰰ 愀 爀攀瀀漀爀琀愀最攀洀 攀洀 昀漀爀洀愀琀漀 爀愀搀椀漀昀渀椀挀漀㨀 漀 最渀攀爀漀 洀愀椀猀 爀椀挀漀 攀渀琀爀攀 漀猀 甀琀椀氀椀稀愀搀漀猀 渀漀 爀搀椀漀 搀愀 瀀攀爀猀瀀攀挀琀椀瘀愀 椀渀昀漀爀洀愀琀椀瘀愀⸀ 吀漀搀愀 爀攀瀀漀爀琀愀最攀洀 Ⰰ 攀洀 搀攀昀椀渀椀琀椀瘀漀Ⰰ 甀洀愀 愀最爀甀瀀愀漀 搀攀 爀攀瀀爀攀猀攀渀琀愀攀猀 昀爀愀最洀攀渀琀愀搀愀猀 搀愀 爀攀愀氀椀搀愀搀攀 焀甀攀Ⰰ 攀洀 挀漀渀樀甀渀琀漀Ⰰ 搀漀 甀洀愀 椀搀攀椀愀 最氀漀戀愀氀 搀攀 甀洀 琀攀洀愀⸀ ⠀㤀㠀㤀Ⰰ 瀀⸀㠀㔀⤀ 䄀猀猀椀洀Ⰰ 漀 爀愀搀椀漀樀漀爀渀愀氀椀猀洀漀 琀攀洀 甀洀 瀀愀瀀攀氀 椀洀瀀漀爀琀愀渀琀攀 瀀愀爀愀 洀漀搀椀昀椀挀愀爀 瀀攀爀挀攀瀀攀猀 攀 爀攀瘀攀爀 瀀爀攀挀漀渀挀攀椀琀漀猀Ⰰ 愀琀 攀渀琀漀Ⰰ 渀愀琀甀爀愀氀椀稀愀搀漀猀 瀀攀氀愀 猀漀挀椀攀搀愀搀攀⸀ 䐀攀猀猀愀 昀漀爀洀愀Ⰰ 攀猀琀愀 爀攀瀀漀爀琀愀最攀洀 搀攀琀洀 甀洀愀 愀戀漀爀搀愀最攀洀 瀀漀琀攀渀挀椀愀氀椀稀愀搀漀爀愀 愀漀 搀椀猀挀甀琀椀爀 瀀爀漀猀琀椀琀甀椀漀 挀漀洀 洀甀氀栀攀爀攀猀 焀甀攀 攀砀攀爀挀攀洀 愀 瀀爀漀昀椀猀猀漀Ⰰ 琀漀爀渀愀渀搀漀ⴀ愀猀 愀最攀渀琀攀猀 搀攀猀猀愀 瀀爀漀搀甀漀⸀ 匀漀戀爀攀 漀 愀猀猀甀渀琀漀Ⰰ 愀 氀搀攀爀 搀漀 洀漀瘀椀洀攀渀琀漀 搀攀 瀀爀漀猀琀椀琀甀琀愀猀 渀漀 䈀爀愀猀椀氀Ⰰ 䜀愀戀爀椀攀氀愀 䰀攀椀琀攀Ⰰ 搀攀挀氀愀爀愀㨀 ᰀ吠洀 焀甀攀 渀漀猀 漀甀瘀椀爀㬀 渀漀 瀀漀搀攀洀 愀挀栀愀爀 焀甀攀 猀愀戀攀洀 漀 焀甀攀 洀攀氀栀漀爀 瀀愀爀愀 渀猀⸀ 一漀 瀀漀搀攀洀 椀最渀漀爀愀爀 漀 渀漀猀猀漀 搀椀猀挀甀爀猀漀Ⰰ 渀猀 琀攀洀漀猀 漀 渀漀猀猀漀 洀漀瘀椀洀攀渀琀漀ᴀ†⠀䐀䄀一吀䄀匀Ⰰ ㈀ 㘀Ⰰ 瀀⸀ 㔀㔀⤀⸀ 䔀洀 瘀椀猀琀愀 搀椀猀猀漀Ⰰ 攀猀琀攀 琀爀愀戀愀氀栀漀 猀攀爀瘀攀 搀攀 戀愀猀攀 瀀愀爀愀 瀀爀漀搀甀攀猀 攀 瀀攀猀焀甀椀猀愀猀 瀀漀猀琀攀爀椀漀爀攀猀Ⰰ 搀攀猀攀洀瀀攀渀栀愀渀搀漀 漀 瀀愀瀀攀氀 搀攀 愀瀀漀爀琀攀 琀攀爀椀挀漀⸀ Serve também como exemplo para práticas de reportagem radiofônica em jornalismo interpretativo, tratando de temáticas delicadas de forma contextualizada. O gênero interpretativo “representa uma ampliação qualitativa das informações a serem repassadas ao público. O objetivo é situar o ouvinte dentro do acontecimento.” (FERRARETO, 2001, p. 201). 伀 瀀爀漀搀甀琀漀 琀攀洀 挀漀洀漀 昀甀渀漀 搀愀爀 渀漀瘀漀猀 猀椀最渀椀昀椀挀愀搀漀猀 愀漀猀 瀀愀瀀椀猀 猀漀挀椀愀椀猀 搀攀 洀甀氀栀攀爀攀猀 焀甀攀 攀砀攀爀挀攀洀 愀 瀀爀漀猀琀椀琀甀椀漀⸀ 唀琀椀氀椀稀愀渀搀漀 愀 爀攀瀀漀爀琀愀最攀洀 挀漀洀漀 洀攀椀漀 瀀愀爀愀 爀攀搀甀稀椀爀 愀 搀攀猀甀洀愀渀椀稀愀漀 搀愀 瀀爀漀猀琀椀琀甀琀愀Ⰰ 愀琀爀愀瘀猀 搀漀 攀昀攀椀琀漀 瀀漀琀攀渀挀椀愀氀椀稀愀搀漀爀 搀愀 渀愀爀爀愀琀椀瘀愀⸀ 䄀搀攀洀愀椀猀Ⰰ 搀攀昀攀渀搀攀 焀甀攀 愀 愀瀀爀漀砀椀洀愀漀 搀愀 瘀椀搀愀 搀攀 瀀爀漀猀琀椀琀甀琀愀猀 瀀攀爀洀椀琀攀 焀甀攀 愀 猀漀挀椀攀搀愀搀攀 挀漀洀瀀爀攀攀渀搀愀 愀 搀椀瘀攀爀猀椀搀愀搀攀 搀愀 瀀爀琀椀挀愀 搀愀 瀀爀漀猀琀椀琀甀椀漀Ⰰ 爀攀瘀攀氀愀渀搀漀 焀甀攀 ᰀ漠 ᠀攠砀琀椀挀漀ᤀ†渀漀 琀漀 攀砀琀椀挀漀 愀猀猀椀洀⸀ᴀ†⠀䘀伀一匀䔀䌀䄀Ⰰ ㈀ 㐀Ⰰ 瀀⸀㈀㔀㜀⤀⸀ | |
| MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS | |
| A reportagem “Mulher da Vida: é preciso falar” é produto da disciplina de Radiojornalismo II, ministrada pela professora Teresinha Leonel, no quarto semestre do curso de Comunicação Social com habilitação em Jornalismo em Multimeios da Universidade do Estado da Bahia (UNEB), Campus III de Juazeiro. O componente curricular teve como proposta o desenvolvimento de um produto radiojornalístico gerado a partir de alguma temática de interesse público e social. O grupo optou por definir como pauta as mulheres no exercício da prostituição na cidade de Juazeiro. A reportagem foi desenvolvida no período de agosto a dezembro de 2017.伀猀 攀渀挀愀洀椀渀栀愀洀攀渀琀漀猀 搀攀 攀氀愀戀漀爀愀漀 搀愀 瀀愀甀琀愀 渀漀猀 氀攀瘀愀爀愀洀 愀 琀攀爀Ⰰ 挀漀洀漀 瀀爀椀渀挀椀瀀愀氀 爀攀昀攀爀渀挀椀愀Ⰰ 愀 倀愀猀琀漀爀愀氀 搀愀 䴀甀氀栀攀爀Ⰰ 椀渀猀琀椀琀甀椀漀 搀攀 挀甀渀栀漀 爀攀氀椀最椀漀猀漀 焀甀攀 愀挀漀氀栀攀 洀甀氀栀攀爀攀猀 攀洀 猀椀琀甀愀漀 搀攀 瀀爀漀猀琀椀琀甀椀漀Ⰰ 猀漀戀爀攀琀甀搀漀 愀猀 焀甀攀 猀攀 攀渀挀漀渀琀爀愀洀 攀洀 挀漀渀琀攀砀琀漀 搀攀 瘀甀氀渀攀爀愀戀椀氀椀搀愀搀攀⸀ 䘀甀渀搀愀搀愀 攀洀 㤀㜀㠀Ⰰ 搀椀愀渀琀攀 搀愀 渀攀挀攀猀猀椀搀愀搀攀 搀攀 愀琀攀渀琀愀爀ⴀ猀攀 瀀愀爀愀 愀 洀愀爀最椀渀愀氀椀稀愀漀 愀 焀甀愀氀 瘀椀瘀椀愀洀 愀氀最甀洀愀猀 洀甀氀栀攀爀攀猀 渀愀 瀀漀挀愀Ⰰ 愀 瀀愀猀琀漀爀愀氀 搀攀猀攀渀瘀漀氀瘀攀Ⰰ 搀攀猀搀攀 攀渀琀漀Ⰰ 愀琀椀瘀椀搀愀搀攀猀 搀攀 愀猀猀椀猀琀渀挀椀愀 瀀愀爀愀 愀猀 洀甀氀栀攀爀攀猀 焀甀攀 攀砀攀爀挀攀洀 漀甀 樀 攀砀攀爀挀攀爀愀洀 愀 瀀爀漀猀琀椀琀甀椀漀Ⰰ 愀琀爀愀瘀猀 搀攀 愀琀攀渀搀椀洀攀渀琀漀猀 瀀猀椀挀漀氀最椀挀漀猀 攀 挀氀渀椀挀漀猀Ⰰ 攀 愀琀椀瘀椀搀愀搀攀猀 搀攀 猀漀挀椀愀氀椀稀愀漀⸀ 䄀氀洀 搀椀猀猀漀Ⰰ 瀀爀漀洀漀瘀攀 漀昀椀挀椀渀愀猀 瀀爀漀昀椀猀猀椀漀渀愀氀椀稀愀渀琀攀猀 瀀愀爀愀 椀渀猀攀爀漀 渀漀 洀攀爀挀愀搀漀 搀攀 琀爀愀戀愀氀栀漀⸀ Após contato com a Pastoral, iniciamos o processo de participação em algumas atividades desenvolvidas na instituição, uma forma de conhecer melhor o trabalho e nos aproximar das futuras personagens do produto. Esse contato foi intermediado pela coordenadora da Pastoral, Fernanda Lins. 䐀攀挀漀爀爀椀搀漀猀 漀猀 攀渀挀漀渀琀爀漀猀Ⰰ 栀漀甀瘀攀 漀 瀀爀漀挀攀猀猀漀 搀攀 猀攀氀攀漀 搀愀猀 昀漀渀琀攀猀 搀漀 瀀爀漀搀甀琀漀⸀ 䔀猀瀀漀渀琀愀渀攀愀洀攀渀琀攀Ⰰ 琀爀猀 洀甀氀栀攀爀攀猀 猀攀 搀椀猀瀀漀渀椀戀椀氀椀稀愀爀愀洀 愀 挀漀渀琀愀爀Ⰰ 搀攀 昀漀爀洀愀 洀愀椀猀 渀琀椀洀愀Ⰰ 猀甀愀猀 攀砀瀀攀爀椀渀挀椀愀猀 搀攀 瘀椀搀愀⸀ 匀漀 攀氀愀猀 䔀氀椀愀渀攀Ⰰ 䰀甀挀攀渀愀 攀 䨀漀攀氀洀愀Ⰰ 挀甀樀漀猀 渀漀洀攀猀 猀漀 昀椀挀琀挀椀漀猀⸀ 伀瀀琀愀洀漀猀 瀀漀爀 瀀爀攀猀攀爀瘀愀爀 愀 椀搀攀渀琀椀搀愀搀攀 搀攀猀猀愀猀 瀀攀猀猀漀愀猀 瀀漀爀 猀攀 琀爀愀琀愀爀攀洀 搀攀 椀渀搀椀瘀搀甀漀猀 焀甀攀 猀攀 攀渀挀漀渀琀爀愀洀 攀洀 猀椀琀甀愀漀 搀攀 瘀甀氀渀攀爀愀戀椀氀椀搀愀搀攀Ⰰ 攀砀瀀漀猀琀愀猀 瘀椀漀氀渀挀椀愀 昀猀椀挀愀 攀 瀀猀椀挀漀氀最椀挀愀⸀ 䐀攀猀猀愀 昀漀爀洀愀Ⰰ 愀最椀洀漀猀 挀漀洀 戀愀猀攀 渀漀 攀渀琀攀渀搀椀洀攀渀琀漀 搀攀 焀甀攀 爀攀瘀攀氀愀爀 愀 椀搀攀渀琀椀搀愀搀攀 搀攀氀愀猀 瀀漀搀攀爀椀愀 瀀爀 攀洀 爀椀猀挀漀 猀甀愀 椀渀琀攀最爀椀搀愀搀攀⸀ 伀 瀀爀瀀爀椀漀 䌀搀椀最漀 搀攀 준琀椀挀愀 搀漀猀 䨀漀爀渀愀氀椀猀琀愀猀 䈀爀愀猀椀氀攀椀爀漀猀 挀椀琀愀 渀漀 䄀爀琀椀最漀 㤀먀Ⰰ 䌀愀瀀琀甀氀漀 䤀䤀Ⰰ 焀甀攀 搀攀瘀攀爀 搀漀 樀漀爀渀愀氀椀猀琀愀 ᰀ爠攀猀瀀攀椀琀愀爀 漀 搀椀爀攀椀琀漀 瀀爀椀瘀愀挀椀搀愀搀攀 搀漀 挀椀搀愀搀漀⸀ᴀ†⠀㈀ 㜀⤀⸀ Todas são mulheres negras que em suas falas nos revelam as violências que os estereótipos criados pelo racismo e sexismo a imputaram. Para a teórica feminista, bell hooks:伀 猀攀砀椀猀洀漀 攀 漀 爀愀挀椀猀洀漀Ⰰ 愀琀甀愀渀搀漀 樀甀渀琀漀猀Ⰰ 瀀攀爀瀀攀琀甀愀洀 甀洀愀 椀挀漀渀漀最爀愀昀椀愀 搀攀 爀攀瀀爀攀猀攀渀琀愀漀 搀愀 渀攀最爀愀 焀甀攀 椀洀瀀爀椀洀攀 渀愀 挀漀渀猀挀椀渀挀椀愀 挀甀氀琀甀爀愀氀 挀漀氀攀琀椀瘀愀 愀 椀搀攀椀愀 搀攀 焀甀攀 攀氀愀 攀猀琀 渀攀猀琀攀 瀀氀愀渀攀琀愀 瀀爀椀渀挀椀瀀愀氀洀攀渀琀攀 瀀愀爀愀 猀攀爀瘀椀爀 愀漀猀 漀甀琀爀漀猀⸀ 䐀攀猀搀攀 愀 攀猀挀爀愀瘀椀搀漀 愀琀 栀漀樀攀Ⰰ 漀 挀漀爀瀀漀 搀愀 渀攀最爀愀 琀攀洀 猀椀搀漀 瘀椀猀琀漀 瀀攀氀漀猀 漀挀椀搀攀渀琀愀椀猀 挀漀洀漀 漀 猀洀戀漀氀漀 焀甀椀渀琀攀猀猀攀渀挀椀愀氀 搀攀 甀洀愀 瀀爀攀猀攀渀愀 昀攀洀椀渀椀渀愀 ᰀ渠愀琀甀爀愀氀ᴀⰠ 漀爀最渀椀挀愀Ⰰ 洀愀椀猀 瀀爀砀椀洀愀 搀愀 渀愀琀甀爀攀稀愀Ⰰ 愀渀椀洀愀氀猀琀椀挀愀 攀 瀀爀椀洀椀琀椀瘀愀⸀ ⠀㤀㤀㔀Ⰰ 瀀⸀ 㐀㘀㠀⤀ 䌀漀洀 漀 漀戀樀攀琀椀瘀漀 搀攀 爀漀洀瀀攀爀 攀猀猀攀 挀椀挀氀漀 搀攀 瘀椀漀氀渀挀椀愀 攀氀愀猀 渀愀爀爀愀洀 攀猀琀攀猀 愀挀漀渀琀攀挀椀洀攀渀琀漀猀 挀漀洀 愀 攀砀瀀攀挀琀愀琀椀瘀愀 搀攀 瀀爀 昀椀洀 渀漀 攀猀琀椀最洀愀⸀ 伀 洀琀漀搀漀 搀攀 愀戀漀爀搀愀最攀洀 猀攀 搀攀甀 瀀漀爀 洀攀椀漀 搀愀 攀渀琀爀攀瘀椀猀琀愀Ⰰ 焀甀攀 愀 愀甀琀漀爀愀 䌀爀攀洀椀氀搀愀 䴀攀搀椀渀愀 搀攀昀椀渀攀 挀漀洀漀㨀 Uma técnica de interação social, de interpretação informativa, quebrando assim isolamentos grupais, individuais, sociais; pode também servir à pluralização de vozes e à distribuição democrática da informação. Em todos estes ou outros usos das Ciências Humanas, constitui sempre um meio cujo fim é o inter-relacionamento humano. (1986, p. 8) Seguimos os preceitos da autora na preocupação de desenvolver o que ela considera um “diálogo possível”. Medina defende que a entrevista só promoverá a comunicação entre os envolvidos se houver interrelação entre entrevistado e entrevistador. Em outras palavras, se “ambos saem ‘alterados’ do encontro, a técnica foi ultrapassada pela ‘intimidade’ entre o EU e TU” (MEDINA, 1986, p. 7). Desenvolvemos, portanto, um “diálogo possível”, onde foi possível conhecer a história das nossas fontes, e recolher seus respectivos depoimentos.䄀搀攀洀愀椀猀Ⰰ 戀甀猀挀愀渀搀漀 愀最爀攀最愀爀 挀漀渀栀攀挀椀洀攀渀琀漀 猀漀戀爀攀 漀 琀攀洀愀Ⰰ 漀 焀甀攀 瘀椀爀椀愀 挀漀渀琀爀椀戀甀椀爀 搀甀爀愀渀琀攀 漀 瀀爀漀挀攀猀猀漀 搀攀 搀攀猀攀渀瘀漀氀瘀椀洀攀渀琀漀 搀愀 瀀爀漀搀甀漀 爀愀搀椀漀昀渀椀挀愀Ⰰ 瀀愀爀琀椀挀椀瀀愀洀漀猀 搀攀 甀洀 猀攀洀椀渀爀椀漀⸀ 䔀猀琀攀 瀀爀漀洀漀瘀攀甀 甀洀 搀椀氀漀最漀 挀漀洀 愀 猀漀挀椀攀搀愀搀攀 愀漀 琀爀愀稀攀爀 椀渀琀攀最爀愀渀琀攀猀 搀漀 䴀椀渀椀猀琀爀椀漀 倀切戀氀椀挀漀Ⰰ 搀攀氀攀最愀挀椀愀 攀猀瀀攀挀椀愀氀椀稀愀搀愀 渀漀 愀琀攀渀搀椀洀攀渀琀漀 愀 洀甀氀栀攀爀Ⰰ 瀀攀猀焀甀椀猀愀搀漀爀攀猀 攀 洀椀氀椀琀愀渀琀攀猀⸀ 伀 攀瘀攀渀琀漀 愀戀漀爀搀漀甀 愀 瘀椀漀氀渀挀椀愀 猀漀昀爀椀搀愀 瀀攀氀愀猀 洀甀氀栀攀爀攀猀 焀甀攀 攀砀攀爀挀攀洀 愀 瀀爀漀猀琀椀琀甀椀漀 攀 愀 最愀爀愀渀琀椀愀 搀攀 猀攀甀猀 搀椀爀攀椀琀漀猀Ⰰ 甀洀愀 昀漀爀洀愀 搀攀 瀀愀甀琀愀爀 攀猀猀攀 琀攀洀愀 渀漀猀 攀猀瀀愀漀猀 瀀切戀氀椀挀漀猀⸀ Ao longo do processo de elaboração, o grupo realizou diversas pesquisas no intuito de buscar fontes especializadas que pudessem dialogar sobre o tema a nível local e geral. Tivemos como arcabouço teórico o feminismo negro e conceito de gênero de Scott (1990), os entornos que envolvem a prostituição de Rago (1991), além de acrescentarmos com o recorte histórico de prostituição de Brasil (2012). 䄀瀀猀 攀氀攀渀挀愀爀 瀀漀猀猀瘀攀椀猀 渀漀洀攀猀Ⰰ 搀椀愀氀漀最愀洀漀猀 挀漀洀 焀甀愀琀爀漀 昀漀渀琀攀猀 攀猀瀀攀挀椀愀氀椀稀愀搀愀猀⸀ 匀漀 攀氀愀猀 刀漀猀椀渀攀椀搀攀 䴀漀琀琀愀Ⰰ 瀀漀爀 漀挀甀瀀愀爀 愀 昀甀渀漀 搀攀 搀攀氀攀最愀搀愀 琀椀琀甀氀愀爀 搀愀 䐀攀氀攀最愀挀椀愀 䔀猀瀀攀挀椀愀氀 搀攀 䄀琀攀渀搀椀洀攀渀琀漀 䴀甀氀栀攀爀 ⠀䐀䔀䄀䴀⤀ 攀洀 䨀甀愀稀攀椀爀漀㬀 愀 搀漀甀琀漀爀愀 攀洀 䌀椀渀挀椀愀猀 匀漀挀椀愀椀猀 瀀攀氀愀 唀渀椀瘀攀爀猀椀搀愀搀攀 䘀攀搀攀爀愀氀 搀漀 刀椀漀 䜀爀愀渀搀攀 搀漀 一漀爀琀攀Ⰰ 䄀渀渀愀 䌀栀爀椀猀琀椀渀愀 䈀愀爀戀漀猀愀Ⰰ 瀀攀氀漀 攀猀琀甀搀漀 焀甀攀 搀攀猀攀渀瘀漀氀瘀攀 猀漀戀爀攀 愀 䰀攀椀 䴀愀爀椀愀 攀 愀猀 瀀爀琀椀挀愀猀 搀漀 猀椀猀琀攀洀愀 搀攀 樀甀猀琀椀愀 渀漀 猀甀戀洀搀椀漀 搀漀 嘀愀氀攀 搀漀 匀漀 䘀爀愀渀挀椀猀挀漀㬀 愀 瀀猀ⴀ搀漀甀琀漀爀愀 攀洀 䄀渀琀爀漀瀀漀氀漀最椀愀 匀漀挀椀愀氀 瀀攀氀愀 唀渀椀瘀攀爀猀椀搀愀搀攀 搀攀 匀漀 倀愀甀氀漀 ⠀唀匀倀⤀Ⰰ 䄀渀愀 倀愀甀氀愀 搀愀 匀椀氀瘀愀Ⰰ 瀀攀氀愀 愀琀甀愀漀 挀漀洀漀 瀀攀猀焀甀椀猀愀搀漀爀愀 搀漀 伀戀猀攀爀瘀愀琀爀椀漀 搀愀 倀爀漀猀琀椀琀甀椀漀Ⰰ 最爀甀瀀漀 焀甀攀 琀攀洀 挀漀洀漀 漀戀樀攀琀椀瘀漀 挀漀渀琀爀椀戀甀椀爀 瀀愀爀愀 愀猀 愀攀猀 攀 瀀漀氀琀椀挀愀猀 搀攀猀琀椀渀愀搀愀猀 挀愀琀攀最漀爀椀愀 搀攀 瀀爀漀昀椀猀猀椀漀渀愀椀猀 搀漀 猀攀砀漀㬀 攀 愀 攀猀琀甀搀愀渀琀攀 搀攀 瀀猀椀挀漀氀漀最椀愀 搀愀 唀渀椀瘀攀爀猀椀搀愀搀攀 䘀攀搀攀爀愀氀 搀漀 嘀愀氀攀 搀漀 匀漀 䘀爀愀渀挀椀猀挀漀 ⠀唀渀椀瘀愀猀昀⤀Ⰰ 吀愀椀渀 䴀攀渀攀稀攀猀Ⰰ 瀀攀氀愀 洀椀氀椀琀渀挀椀愀 搀攀渀琀爀漀 搀漀 一切挀氀攀漀 匀攀爀琀漀 搀愀 䴀愀爀挀栀愀 䴀甀渀搀椀愀氀 搀愀猀 䴀甀氀栀攀爀攀猀 ⠀䴀䴀䴀⤀Ⰰ 洀漀瘀椀洀攀渀琀漀 昀攀洀椀渀椀猀琀愀 椀渀琀攀爀渀愀挀椀漀渀愀氀 搀攀 挀漀洀戀愀琀攀 瘀椀漀氀渀挀椀愀 挀漀渀琀爀愀 愀 洀甀氀栀攀爀⸀ É importante ressaltar que optamos por diversificar nossas fontes e a escolhemos pela qualidade e ligação com o assunto visto que瀀攀爀愀渀琀攀 甀洀 搀攀琀攀爀洀椀渀愀搀漀 昀愀挀琀漀 渀漀琀椀挀椀瘀攀氀Ⰰ 漀 樀漀爀渀愀氀 瀀爀攀挀椀猀愀 搀攀 琀攀爀 瘀爀椀愀猀 昀漀渀琀攀猀 挀漀渀琀爀愀猀琀瘀攀椀猀 瀀愀爀愀 焀甀攀 愀 猀甀愀 瘀攀爀猀漀 渀漀 猀攀樀愀 甀洀愀 猀椀洀瀀氀攀猀 琀爀愀渀猀挀爀椀漀 漀甀 爀攀瀀爀漀搀甀漀 搀攀 甀洀愀 切渀椀挀愀 昀漀渀琀攀Ⰰ 渀攀洀 爀攀昀氀椀琀愀 愀瀀攀渀愀猀 愀 瘀攀爀猀漀 搀攀 甀洀愀 搀愀猀 瀀愀爀琀攀猀 攀洀 挀漀渀昀氀椀琀漀 ⠀䈀漀爀爀愀琀Ⰰ 挀椀琀⸀ 椀渀 䘀漀渀琀挀甀戀攀爀琀愀 㤀㤀㘀Ⰰ 瀀瀀⸀ 㐀㘀 攀 㐀㜀⤀ 䄀 攀渀琀爀攀瘀椀猀琀愀 挀漀洀 愀 愀渀琀爀漀瀀氀漀最愀 䄀渀渀愀 倀愀甀氀愀 搀愀 匀椀氀瘀愀 昀漀椀 爀攀愀氀椀稀愀搀愀 愀琀爀愀瘀猀 搀漀 愀瀀氀椀挀愀琀椀瘀漀 搀攀 洀攀渀猀愀最攀渀猀 椀渀猀琀愀渀琀渀攀愀猀 圀栀愀琀猀愀瀀瀀Ⰰ 琀攀渀搀漀 攀洀 瘀椀猀琀愀 愀 椀渀瘀椀愀戀椀氀椀搀愀搀攀 搀漀 最爀甀瀀漀 攀洀 猀攀 搀攀猀氀漀挀愀爀 愀琀 愀 猀攀搀攀 搀漀 伀戀猀攀爀瘀愀琀爀椀漀 搀愀 倀爀漀猀琀椀琀甀椀漀Ⰰ 氀漀挀愀氀椀稀愀搀漀 渀愀 挀愀瀀椀琀愀氀 刀椀漀 搀攀 䨀愀渀攀椀爀漀⸀ 䄀氀洀 搀椀猀猀漀Ⰰ 渀漀 瀀攀爀漀搀漀 搀攀 瀀爀漀搀甀漀 搀愀 爀攀瀀漀爀琀愀最攀洀Ⰰ 愀 昀漀渀琀攀 猀攀 攀渀挀漀渀琀爀愀瘀愀 昀漀爀愀 搀漀 䈀爀愀猀椀氀 攀洀 挀漀洀瀀爀漀洀椀猀猀漀猀 瀀爀漀昀椀猀猀椀漀渀愀椀猀⸀ 䄀猀 搀攀洀愀椀猀 攀渀琀爀攀瘀椀猀琀愀猀 挀漀洀 愀猀 昀漀渀琀攀猀 攀猀瀀攀挀椀愀氀椀稀愀搀愀猀 昀漀爀愀洀 爀攀愀氀椀稀愀搀愀猀 瀀爀攀猀攀渀挀椀愀氀洀攀渀琀攀⸀ Para a produção desta reportagem foram utilizados um gravador de voz digital Sony Icd-Px, propriedade de um dos componentes do grupo, e aparelhos celulares, ambos usados para a captação das entrevistas. A utilização de equipamentos pertencentes aos próprios integrantes do grupo se deu pela falta dessas ferramentas na Universidade. Sem o uso desses equipamentos particulares, seria inviável, portanto, a elaboração deste produto. 䄀氀洀 搀椀猀猀漀Ⰰ 漀 瀀爀漀挀攀猀猀漀 搀攀 攀搀椀漀 搀愀 爀攀瀀漀爀琀愀最攀洀 昀漀椀 爀攀愀氀椀稀愀搀漀 昀漀爀愀 搀愀 䤀渀猀琀椀琀甀椀漀Ⰰ 甀洀愀 瘀攀稀 焀甀攀 漀 䰀愀戀漀爀愀琀爀椀漀 搀攀 刀搀椀漀 搀愀 唀渀椀瘀攀爀猀椀搀愀搀攀 猀攀 攀渀挀漀渀琀爀愀瘀愀 猀攀洀 甀洀 猀漀昀琀眀愀爀攀 瀀愀爀愀 愀 攀搀椀漀 搀漀 洀愀琀攀爀椀愀氀 搀攀 甀搀椀漀⸀ 伀 瀀爀漀挀攀猀猀漀 搀攀 攀搀椀漀 攀 搀攀洀愀椀猀 愀樀甀猀琀攀猀 搀漀 瀀爀漀搀甀琀漀 猀 愀挀漀渀琀攀挀攀甀 愀瀀猀 漀 最爀甀瀀漀 瀀爀漀挀甀爀愀爀 甀洀愀 攀洀椀猀猀漀爀愀 搀攀 爀搀椀漀 搀愀 挀椀搀愀搀攀⸀ 唀琀椀氀椀稀愀洀漀猀 漀 瀀爀漀最爀愀洀愀 搀攀 攀搀椀漀 匀漀甀渀搀 䘀漀爀最攀 瀀漀爀 猀攀爀 漀 洀愀椀猀 昀挀椀氀 搀攀 洀愀渀攀樀愀爀 漀 洀愀琀攀爀椀愀氀Ⰰ 樀 焀甀攀 渀漀 琀椀瘀攀洀漀猀 愀甀氀愀 搀攀 洀漀渀琀愀最攀洀 搀攀 甀搀椀漀 渀愀 搀椀猀挀椀瀀氀椀渀愀⸀ | |
| DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO | |
| O presente trabalho de caráter experimental é uma radiorreportagem com duração de 16 minutos e 56 segundos, sem blocos. O nome da reportagem foi inspirado no slogan: “Fala, mulher da vida”, do I Encontro Nacional de Prostitutas, realizado no Rio de Janeiro em julho de 1987. Para executar o produto, utilizamos três BG (Background Sound), no intuito de relacionar o som com o debate proposto pela reportagem, por se tratar de trilhas densas, que também podem harmonizar o diálogo. Para Ferraz (2012) “o som não só informa se estiver aliado a uma narrativa de uma peça radiofônica reportagem, como também tem a capacidade de levar o ouvinte para dentro da história que o repórter quer contar”. Escolhemos a canção “Boato”, interpretada por Elza Soares, que dá início a reportagem, seguido de “Geni e o Zepelim” que percorre o produto, e por fim, a música “P.U.T.A” da banda Mulamba. 伀 最爀甀瀀漀 漀瀀琀漀甀 搀愀爀 攀渀昀漀焀甀攀 渀漀猀 搀攀瀀漀椀洀攀渀琀漀猀 搀攀 洀甀氀栀攀爀攀猀 焀甀攀 攀砀攀爀挀攀洀 愀 瀀爀漀猀琀椀琀甀椀漀 搀攀瘀椀搀漀 愀 愀甀猀渀挀椀愀 搀愀 瀀愀爀琀椀挀椀瀀愀漀 搀攀 瀀爀漀猀琀椀琀甀琀愀猀 攀洀 瀀爀漀搀甀攀猀 樀漀爀渀愀氀猀琀椀挀愀猀⸀ 一攀猀猀攀 猀攀渀琀椀搀漀Ⰰ 愀 氀椀渀最甀愀最攀洀 爀愀搀椀漀昀渀椀挀愀㨀
permite também que o jornalista atenda a uma das funções essenciais do radiojornalismo: contar histórias. É nelas que o personagem assume protagonismo e permite a construção de uma ponte entre os sujeitos que compõem a audiência, a emissora e o acontecimento em si (VIANA, 2016, p.1). 伀猀 爀攀氀愀琀漀猀 搀攀 䔀氀椀愀渀攀Ⰰ 䰀甀挀攀渀愀 攀 䨀漀攀氀洀愀 挀漀猀琀甀爀愀洀 愀 爀攀瀀漀爀琀愀最攀洀⸀ 䄀猀 攀渀琀爀攀瘀椀猀琀愀猀 昀漀爀愀洀 爀攀愀氀椀稀愀搀愀猀 渀愀 倀愀猀琀漀爀愀氀 搀愀 䴀甀氀栀攀爀Ⰰ 挀漀洀 愀 昀椀渀愀氀椀搀愀搀攀 搀攀 挀爀椀愀爀 甀洀 攀猀瀀愀漀 搀攀 挀漀渀昀椀愀渀愀 攀渀琀爀攀 愀猀 攀渀琀爀攀瘀椀猀琀愀搀愀猀 攀 漀 攀渀琀爀攀瘀椀猀琀愀搀漀爀⸀
O colhimento de relatos de mulheres em situação de prostituição se deu em cinco encontros, adotamos a entrevista em profundidade, estabelecido por Jorge Duarte (2005) como “uma técnica dinâmica e flexível, útil para apreensão de uma realidade tanto para tratar de questões relacionadas ao íntimo do entrevistado, como para descrição de processos complexos nos quais está ou esteve envolvido.” Dessa forma, tivemos algumas modificações no roteiro a medida das respostas das entrevistadas. 伀 瀀爀椀洀攀椀爀漀 搀攀瀀漀椀洀攀渀琀漀 椀渀椀挀椀愀ⴀ猀攀 挀漀洀 愀猀 昀愀氀愀猀 搀攀 䔀氀椀愀渀攀 攀 䨀漀攀氀洀愀Ⰰ 焀甀攀 爀攀瘀攀氀愀洀 漀猀 琀椀瀀漀猀 搀攀 瘀椀漀氀渀挀椀愀 焀甀攀 猀漀昀爀攀爀愀洀 搀甀爀愀渀琀攀 漀 攀砀攀爀挀挀椀漀 搀愀 瀀爀漀猀琀椀琀甀椀漀⸀ 伀猀 爀攀氀愀琀漀猀 焀甀攀 搀漀 椀渀挀椀漀 爀攀瀀漀爀琀愀最攀洀 猀椀洀戀漀氀椀稀愀洀 漀 洀攀椀漀 猀漀挀椀愀氀 攀洀 焀甀攀 瀀爀漀猀琀椀琀甀琀愀猀 攀猀琀漀 攀砀瀀漀猀琀愀猀⸀ 一漀猀 瀀漀猀琀攀爀椀漀爀攀猀 搀攀瀀漀椀洀攀渀琀漀猀Ⰰ 䰀甀挀攀渀愀 挀漀洀瀀氀攀洀攀渀琀愀 漀猀 爀攀氀愀琀漀猀 搀攀 䔀氀椀愀渀攀 攀 䨀漀攀氀洀愀⸀ 䄀 爀攀瀀漀爀琀愀最攀洀 愀瘀愀渀愀 愀戀漀爀搀愀渀搀漀 漀猀 猀攀最甀椀渀琀攀猀 琀攀洀愀猀㨀 瀀漀猀猀瘀攀椀猀 爀愀稀攀猀 焀甀攀 愀 氀攀瘀愀洀 愀 猀攀 瀀爀漀猀琀椀琀甀椀爀Ⰰ 愀 瘀椀漀氀渀挀椀愀 攀砀攀爀挀椀搀愀 瀀漀爀 椀渀猀琀椀琀甀椀攀猀 焀甀攀 搀攀瘀攀爀椀愀洀 瀀爀漀琀攀最ⴀ氀愀猀 攀 愀 爀攀最甀氀愀洀攀渀琀愀漀 搀愀 瀀爀漀昀椀猀猀漀⸀ 一攀猀猀攀 猀攀渀琀椀搀漀Ⰰ 愀 爀攀瀀漀爀琀愀最攀洀 猀攀最甀攀 瀀漀爀 攀渀琀爀攀瘀椀猀琀愀猀 椀渀琀攀爀挀愀氀愀搀愀猀Ⰰ 焀甀攀 瀀愀爀愀 䔀搀最愀爀 䴀漀爀椀渀 ⠀㤀㜀㌀⤀Ⰰ 渀愀 攀渀琀爀攀瘀椀猀琀愀Ⰰ 愀挀漀渀琀攀挀攀 漀 漀瀀漀猀琀漀 搀愀猀 挀漀渀瘀攀爀猀愀猀 挀漀琀椀搀椀愀渀愀猀Ⰰ 漀 攀椀砀漀 瀀爀椀渀挀椀瀀愀氀 漀 挀漀渀琀攀切搀漀 椀渀昀漀爀洀愀琀椀瘀漀 搀愀 昀愀氀愀 搀漀 猀甀樀攀椀琀漀 攀渀琀爀攀瘀椀猀琀愀搀漀⸀
Um desses diálogos é com a psicóloga da Pastoral da Mulher, Miriam Duarte. A profissional atenta para a importância da instituição no amparo às mulheres marginalizadas. De acordo com o documentário Eu nunca traí os pobres (2012), exibido na WebTV UNEB Juazeiro, a Pastoral surge no contexto da construção da barragem de Sobradinho, quando centenas de famílias foram desalojadas em que muitas mulheres vieram para Juazeiro com a promessa de terceiros de que iriam trabalhar como domésticas em casas de família e acabaram se prostituindo. 䐀甀爀愀渀琀攀 愀 爀攀瀀漀爀琀愀最攀洀Ⰰ 挀椀琀愀洀漀猀 焀甀攀 愀 倀愀猀琀漀爀愀氀 搀愀 䴀甀氀栀攀爀 爀攀愀氀椀稀愀 瘀椀猀椀琀愀猀 瀀攀爀椀搀椀挀愀猀 愀漀猀 戀愀爀攀猀Ⰰ 瀀漀猀琀漀猀 搀攀 最愀猀漀氀椀渀愀 攀 漀甀琀爀漀猀 瀀漀渀琀漀猀 搀攀 瀀爀漀猀琀椀琀甀椀漀 攀洀 䨀甀愀稀攀椀爀漀Ⰰ 挀漀洀 漀 椀渀琀甀椀琀漀 搀攀 氀漀挀愀氀椀稀愀爀 洀甀氀栀攀爀攀猀 焀甀攀 攀砀攀爀愀洀 攀猀猀愀 瀀爀漀昀椀猀猀漀⸀ 䄀椀渀搀愀 渀漀 搀漀挀甀洀攀渀琀爀椀漀Ⰰ 愀 攀砀ⴀ愀最攀渀琀攀 搀愀 倀愀猀琀漀爀愀氀Ⰰ 䐀甀氀挀椀氀攀渀攀 䬀攀猀琀攀爀椀渀最Ⰰ 昀漀椀 搀攀猀猀愀 昀漀爀洀愀 焀甀攀 猀攀 搀攀甀 椀渀挀椀漀 愀漀 琀爀愀戀愀氀栀漀 搀愀 椀渀猀琀椀琀甀椀漀⸀ 䄀琀爀愀瘀猀 搀攀 瘀椀猀椀琀愀猀 昀攀椀琀愀猀 渀愀猀 爀攀猀椀搀渀挀椀愀猀 愀漀猀 焀甀愀椀猀 攀猀猀愀猀 洀甀氀栀攀爀攀猀 昀漀爀愀洀 攀渀瘀椀愀搀愀猀 瀀愀爀愀 琀爀愀戀愀氀栀愀爀 挀漀洀漀 搀漀洀猀琀椀挀愀猀 攀Ⰰ 琀愀洀戀洀Ⰰ 渀愀猀 瀀爀瀀爀椀愀猀 挀愀猀愀猀 搀攀 瀀爀漀猀琀椀琀甀椀漀⸀
Após a fala da psicóloga contextualizamos os dados levantados pela pastoral que entrevistou 58 mulheres que frequentaram a instituição no período de março a maio de 2017. Esse levantamento revela que mais de um terço dessas mulheres afirmam ter sofrido violência no exercício da prostituição e a maioria não denunciou as agressões. Ilustramos esses dados com os depoimentos das prostitutas que enfatizaram o descaso das instituições públicas ao recebê-las. O decorrer da reportagem desenrola-se com os depoimentos de três fontes especializadas, alternados com relatos de prostitutas. 倀愀爀愀 刀漀猀椀渀攀椀搀攀 䴀漀琀琀愀Ⰰ 搀攀氀攀最愀搀愀 琀椀琀甀氀愀爀 搀愀 䐀攀氀攀最愀挀椀愀 䔀猀瀀攀挀椀愀氀 搀攀 䄀琀攀渀搀椀洀攀渀琀漀 䴀甀氀栀攀爀 ⠀䐀䔀䄀䴀⤀ 搀攀 䨀甀愀稀攀椀爀漀Ⰰ 愀猀 瀀漀甀挀愀猀 漀挀漀爀爀渀挀椀愀猀 爀攀最椀猀琀爀愀搀愀猀 搀攀 挀愀猀漀猀 搀攀 瘀椀漀氀渀挀椀愀 挀漀渀琀爀愀 洀甀氀栀攀爀攀猀 渀漀 攀砀攀爀挀挀椀漀 搀愀 瀀爀漀猀琀椀琀甀椀漀 挀漀渀猀攀焀甀渀挀椀愀 搀漀 渀漀 爀攀挀漀渀栀攀挀椀洀攀渀琀漀 搀攀猀猀愀猀 洀甀氀栀攀爀攀猀 挀漀洀漀 搀攀琀攀渀琀漀爀愀猀 搀攀猀猀攀 搀椀爀攀椀琀漀⸀ 䄀 椀搀攀椀愀 挀漀渀琀爀愀爀椀愀 愀 一漀爀洀愀 吀挀渀椀挀愀 搀攀 倀愀搀爀漀渀椀稀愀漀 搀愀猀 䐀䔀䄀䴀猀 攀氀愀戀漀爀愀搀愀 瀀攀氀漀 䴀椀渀椀猀琀爀椀漀 搀愀 䨀甀猀琀椀愀 ⠀㈀ Ⰰ 瀀⸀㈀㤀⤀ 焀甀攀 攀猀琀愀戀攀氀攀挀攀 挀漀洀漀 搀椀爀攀琀爀椀稀攀猀 搀攀猀猀愀猀 甀渀椀搀愀搀攀猀 ᰀ愠攀猀 搀攀 瀀爀攀瘀攀渀漀Ⰰ 爀攀最椀猀琀爀漀 搀攀 漀挀漀爀爀渀挀椀愀猀Ⰰ 椀渀瘀攀猀琀椀最愀漀 攀 爀攀瀀爀攀猀猀漀 搀攀 愀琀漀猀 漀甀 挀漀渀搀甀琀愀猀 戀愀猀攀愀搀愀猀 渀漀 最渀攀爀漀 焀甀攀 挀漀渀昀椀最甀爀攀洀 挀爀椀洀攀 攀 椀渀昀爀愀攀猀 瀀攀渀愀椀猀 挀漀洀攀琀椀搀漀猀 挀漀渀琀爀愀 洀甀氀栀攀爀攀猀 攀洀 猀椀琀甀愀漀 搀攀 瘀椀漀氀渀挀椀愀ᴀ⸠
A partir disso, Anna Christina Barbosa, doutora em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), acrescenta que além da estigmatização, a falta de políticas públicas que possibilitem a inclusão social dessas mulheres em prostituição é uma barreira que as separa das instituições que deveriam protegê-las.䐀甀爀愀渀琀攀 愀 爀攀瀀漀爀琀愀最攀洀 攀砀瀀漀洀漀猀 漀猀 瀀爀漀樀攀琀漀猀 搀攀 氀攀椀 焀甀攀 攀猀琀漀 攀洀 琀爀愀洀椀琀愀漀 愀 爀攀猀瀀攀椀琀漀 搀漀 愀猀猀甀渀琀漀⸀ 䄀猀 昀愀氀愀猀 搀愀 愀渀琀爀漀瀀氀漀最愀 䄀渀愀 倀愀甀氀愀 搀愀 匀椀氀瘀愀 攀 搀愀 洀椀氀椀琀愀渀琀攀 搀愀 䴀愀爀挀栀愀 䴀甀渀搀椀愀氀 搀愀猀 䴀甀氀栀攀爀攀猀 吀愀椀渀 䴀攀渀攀稀攀猀Ⰰ 搀攀洀漀渀猀琀爀愀爀愀洀 愀猀 搀椀瘀攀爀最渀挀椀愀猀 焀甀攀 攀猀猀愀 焀甀攀猀琀漀 瀀爀漀洀漀瘀攀 渀愀 猀漀挀椀攀搀愀搀攀⸀ 吀愀椀猀 搀椀瘀攀爀最渀挀椀愀猀 猀攀 爀攀昀氀攀琀攀洀 渀愀猀 漀瀀椀渀椀攀猀 攀洀椀琀椀搀愀猀 瀀攀氀愀猀 洀甀氀栀攀爀攀猀 攀洀 猀椀琀甀愀漀 搀攀 瀀爀漀猀琀椀琀甀椀漀⸀ 䔀猀挀氀愀爀攀挀攀洀漀猀 焀甀攀 渀愀 猀漀渀漀爀愀 搀愀 愀渀琀爀漀瀀氀漀最愀 栀漀甀瘀攀 甀洀 猀漀洀 焀甀攀 椀渀琀攀爀昀攀爀椀甀 漀 甀搀椀漀 洀愀猀 搀椀愀渀琀攀 愀 椀洀瀀漀爀琀渀挀椀愀 搀漀 搀攀瀀漀椀洀攀渀琀漀 搀攀挀椀搀椀洀漀猀 椀渀挀氀甀ⴀ氀漀 渀愀 爀攀瀀漀爀琀愀最攀洀Ⰰ 瘀椀猀琀漀 焀甀攀 愀 椀渀琀攀爀昀攀爀渀挀椀愀 渀漀 挀漀洀瀀爀漀洀攀琀攀 漀 攀渀琀攀渀搀椀洀攀渀琀漀⸀
O poema “Mulher da vida” de Cora Coralina foi discursado na reportagem com o propósito de sintetizar através da literatura as informações e depoimentos extraídos. A poeta traz em seus versos uma mulher que é vitimada pela sociedade pela condição social que ocupa pois, além de ser mulher, é prostituta e está fora do lar, o que se configurava como uma afronta à cultura da época, afinal, “o nome da mulher, tanto quanto sua pessoa, devia se manter dentro do lar.” (MACHADO, 2010). 㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀☀渀戀猀瀀㬀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀㰀猀瀀愀渀 猀琀礀氀攀㴀∀挀漀氀漀爀㨀 ⌀ ∀㸀㰀戀㸀䌀伀一匀䤀䐀䔀刀䄀윀픀䔀匀㰀⼀戀㸀㰀⼀猀瀀愀渀㸀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀 眀椀搀琀栀㴀∀㤀 ─∀㸀ऀ㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀ 愀氀椀最渀㴀∀樀甀猀琀椀昀礀∀㸀 伀 瀀爀攀猀攀渀琀攀 琀爀愀戀愀氀栀漀 昀漀椀 甀洀 攀猀昀漀爀漀 瀀愀爀愀 焀甀攀 愀猀 搀椀猀挀甀猀猀攀猀 猀漀戀爀攀 愀 瀀爀漀猀琀椀琀甀椀漀 昀漀猀猀攀洀 瀀愀甀琀愀搀愀猀 渀愀 椀洀瀀爀攀渀猀愀 氀漀挀愀氀Ⰰ 瘀椀猀愀渀搀漀 猀甀瀀攀爀愀爀 漀猀 瀀爀攀挀漀渀挀攀椀琀漀猀 攀 攀猀琀椀最洀愀猀 氀椀最愀搀漀猀 愀漀 琀攀洀愀⸀ 䐀攀猀琀愀 洀愀渀攀椀爀愀 搀攀猀攀渀瘀漀氀瘀攀洀漀猀 愀 爀攀瀀漀爀琀愀最攀洀 猀攀洀瀀爀攀 瀀爀椀漀爀椀稀愀渀搀漀 愀 瘀漀稀 搀愀猀 洀甀氀栀攀爀攀猀 焀甀攀 搀攀椀砀愀洀 搀攀 猀攀爀 漀戀樀攀琀漀猀 搀攀 攀猀琀甀搀漀 攀 瀀愀猀猀愀洀 愀 猀甀樀攀椀琀漀猀 焀甀攀 椀渀琀攀最爀愀洀 漀 瀀爀漀挀攀猀猀漀 挀漀洀甀渀椀挀愀琀椀瘀漀⸀ 一漀 搀攀挀漀爀爀攀爀 搀愀猀 攀渀琀爀攀瘀椀猀琀愀猀 攀 瀀攀猀焀甀椀猀愀猀 渀漀猀 搀椀瘀椀搀椀洀漀猀 焀甀愀渀琀漀 愀漀猀 琀攀洀愀猀 琀爀愀琀愀搀漀猀Ⰰ 攀渀琀漀 攀猀挀漀氀栀攀洀漀猀 渀漀 挀漀渀樀攀挀琀甀爀愀爀 漀瀀椀渀椀攀猀 焀甀愀渀琀漀 愀漀 愀猀猀甀渀琀漀⸀ 一愀 椀渀琀攀渀漀 搀攀 瀀攀爀洀愀渀攀挀攀爀 椀洀瀀愀爀挀椀愀椀猀 攀 渀漀猀 愀琀攀渀琀愀洀漀猀 愀 攀砀瀀爀 漀猀 洀愀椀猀 搀椀瘀攀爀猀漀猀 愀爀最甀洀攀渀琀漀猀 瀀愀爀愀 焀甀攀 漀 漀甀瘀椀渀琀攀 瀀漀猀猀愀Ⰰ 瀀漀爀 猀椀Ⰰ 挀漀洀瀀爀攀攀渀搀攀爀 攀 挀漀渀猀攀最甀椀爀 爀攀瀀爀椀洀椀爀 攀渀甀渀挀椀愀搀漀猀 搀椀猀挀爀椀洀椀渀愀琀爀椀漀猀 挀漀渀琀爀愀 洀甀氀栀攀爀攀猀 攀洀 攀砀攀爀挀挀椀漀 搀愀 瀀爀漀猀琀椀琀甀椀漀⸀
Assim, entendemos que este produto pode auxiliar e servir de base para novas produções radiofônicas, visto que, a reportagem utilizou novas abordagens capazes de mudar a face jornalística. Conclui-se que promover um debate humanizado visando incluir a participação da mulher prostituta é um dever do jornalismo.㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀☀渀戀猀瀀㬀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀㰀猀瀀愀渀 猀琀礀氀攀㴀∀挀漀氀漀爀㨀 ⌀ ∀㸀㰀戀㸀刀䔀䘀䔀刀쨀一䌀䤀䄀匀 䈀䤀䈀䰀䤀伀䜀刀섀䤀䌀䄀匀㰀⼀戀㸀㰀⼀猀瀀愀渀㸀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀 眀椀搀琀栀㴀∀㤀 ─∀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀䈀刀䄀匀䤀䰀Ⰰ 䨀愀椀洀攀⸀ ㈀ ㈀⸀ 䠀椀猀琀爀椀愀 搀愀 瀀爀漀猀琀椀琀甀椀漀⸀ 䐀椀猀瀀漀渀瘀攀氀 攀洀㨀 㰀栀琀琀瀀㨀⼀⼀眀眀眀⸀愀渀琀爀漀瀀漀氀漀最椀愀⸀挀漀洀⸀戀爀⼀瀀愀甀氀漀愀瀀最愀甀愀⼀琀爀愀戀⼀瀀爀漀猀琀椀⸀倀䐀䘀㸀⸀ 䄀挀攀猀猀漀 攀洀㨀 㐀 洀愀椀漀 ㈀ 㠀⸀
BRASIL, Presidência da República. Norma técnica de padronização: Delegacias especializadas de atendimento à mulher. Brasília, DF: Secretaria Nacional de Segurança Pública do Ministério da Justiça e Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres da Presidência da República do Brasil. Brasília, SPM. 2010. Disponível em: 䘀䔀刀刀䄀刀䔀吀伀Ⰰ 䰀甀椀稀 䄀爀琀甀爀⸀ 刀搀椀漀㨀 漀 瘀攀挀甀氀漀Ⰰ 愀 栀椀猀琀爀椀愀 攀 愀 琀挀渀椀挀愀⸀ ㈀먀 攀搀⸀ 倀漀爀琀漀 Alegre: Ed Sagra Luzzato, 2001.㰀戀爀㸀㰀戀爀㸀䘀䔀刀刀䄀娀Ⰰ 一椀瘀愀氀搀漀⸀ 倀漀猀猀椀戀椀氀椀搀愀搀攀猀 䌀爀椀愀琀椀瘀愀猀 搀愀 刀攀瀀漀爀琀愀最攀洀 刀愀搀椀漀昀渀椀挀愀⸀ 一漀瘀漀猀 伀氀栀愀爀攀猀Ⰰ 匀漀 倀愀甀氀漀Ⰰ 瘀⸀Ⰰ 渀⸀㈀Ⰰ 瀀⸀ 㘀㈀ⴀ㜀㌀Ⰰ ㈀먀 猀攀洀攀猀琀爀攀 搀攀 ㈀ ㈀⸀ 㰀戀爀㸀㰀戀爀㸀䘀伀一匀䔀䌀䄀Ⰰ 䌀氀愀切搀椀愀⸀ 匀攀砀甀愀氀椀搀愀搀攀 攀 猀愀戀攀爀攀猀㨀 挀漀渀瘀攀渀攀猀 攀 昀爀漀渀琀攀椀爀愀猀⸀ 刀椀漀 搀攀 䨀愀渀攀椀爀漀㨀 䜀愀爀愀洀漀渀搀Ⰰ ㈀ 㐀Ⰰ 瀀⸀ ㈀㔀㜀⸀ FONTECUBERTA, M. La Noticia: Pistas para Percibir el Mundo. Barcelona, Ed. Paidois Ibérica, 1996.㰀戀爀㸀㰀戀爀㸀䠀伀伀䬀匀Ⰰ 戀攀氀氀⸀ 嘀椀瘀攀渀搀漀 搀攀 愀洀漀爀⸀ 䤀渀㨀 圀䔀刀一䔀䌀䬀Ⰰ 䨀甀爀攀洀愀 攀琀 愀氀氀⸀ ⠀伀爀最猀⸀⤀ 伀 氀椀瘀爀漀 搀愀 猀愀切搀攀 搀愀猀 洀甀氀栀攀爀攀猀㨀 渀漀猀猀漀猀 瀀愀猀猀漀猀 瘀洀 搀攀 氀漀渀最攀⸀ 吀爀愀搀⸀ 䴀愀猀愀 䴀攀渀搀漀渀愀Ⰰ 䴀愀爀椀氀攀渀愀 䄀最漀猀琀椀渀愀 攀 䴀愀爀椀愀 䌀攀挀椀氀椀愀 䴀愀挀䐀漀眀攀氀氀 搀漀猀 匀愀渀琀漀猀⸀ ㈀ꨀ 䔀搀椀漀Ⰰ 刀椀漀 搀攀 䨀愀渀攀椀爀漀Ⰰ 倀愀氀氀愀猀Ⰰ 㤀㤀㔀Ⰰ 瀀⸀ 㠀㠀ⴀ㤀㠀⸀ LEITE, Gabriela. Gabriela Leite: Entrevista concedida a Iracema Dantas. Revista Democracia Viva, v. 31, (2006): 42-57㰀戀爀㸀㰀戀爀㸀䴀伀刀䤀一Ⰰ 䔀搀最愀爀⸀ 䄀 攀渀琀爀攀瘀椀猀琀愀 渀愀猀 䌀椀渀挀椀愀猀 匀漀挀椀愀椀猀Ⰰ 渀漀 爀搀椀漀 攀 渀愀 琀攀氀攀瘀椀猀漀⸀ 䤀渀㨀 䴀伀䰀䔀匀Ⰰ 䄀戀爀愀栀愀洀 䄀⸀ 攀琀 愀氀⸀ 䰀椀渀最甀愀最攀洀 搀愀 䌀甀氀琀甀爀愀 搀攀 䴀愀猀猀愀⸀ 倀攀琀爀瀀漀氀椀猀㨀 䔀搀椀琀漀爀愀 嘀漀稀攀猀Ⰰ 㤀㜀㌀⸀ Nacional Geographic. Tabu Brasil: prostituição. Canal do youtube Visão do Mundo - Documentários. Disponível em: MEDINA. Cremilda de Araújo. Entrevista: O diálogo possível. São Paulo: Ática, 1986.㰀戀爀㸀㰀戀爀㸀䴀伀䰀䔀匀Ⰰ 䄀戀爀愀栀愀洀 䄀⸀ 攀琀 愀氀⸀ 䰀椀渀最甀愀最攀洀 搀愀 䌀甀氀琀甀爀愀 搀攀 䴀愀猀猀愀⸀ 倀攀琀爀瀀漀氀椀猀㨀 䔀搀椀琀漀爀愀 嘀漀稀攀猀Ⰰ 㤀㜀㌀⸀㰀戀爀㸀㰀戀爀㸀伀一䜀 䴀愀爀椀愀猀⸀ 䔀猀琀愀琀猀琀椀挀愀猀⸀ 䐀椀猀瀀漀渀瘀攀氀 攀洀㨀 㰀栀琀琀瀀猀㨀⼀⼀漀渀最洀愀爀椀愀猀⸀眀漀爀搀瀀爀攀猀猀⸀挀漀洀⼀攀猀琀愀琀椀猀琀椀挀愀猀⼀㸀⸀ 䄀挀攀猀猀漀 攀洀㨀 㐀 愀戀爀⸀ ㈀ 㠀⸀㰀戀爀㸀㰀戀爀㸀倀刀䄀䐀伀Ⰰ 䔀洀椀氀椀漀⸀ 䔀猀琀爀甀琀甀爀愀 搀愀 䤀渀昀漀爀洀愀漀 刀愀搀椀漀昀渀椀挀愀⸀ 匀漀 倀愀甀氀漀Ⰰ 㤀㠀㤀⸀㰀戀爀㸀㰀戀爀㸀刀䄀䜀伀Ⰰ 䴀愀爀最愀爀攀琀栀⸀ 伀猀 瀀爀愀稀攀爀攀猀 搀愀 渀漀椀琀攀㨀 瀀爀漀猀琀椀琀甀椀漀 攀 挀搀椀最漀猀 搀攀 猀攀砀甀愀氀椀搀愀搀攀 昀攀洀椀渀椀渀愀 攀洀 匀漀 倀愀甀氀漀Ⰰ 㠀㤀 ⴀ㤀㌀ ⸀ 刀椀漀 搀攀 䨀愀渀攀椀爀漀㨀 倀愀稀 攀 吀攀爀爀愀Ⰰ 㤀㤀⸀㰀戀爀㸀㰀戀爀㸀刀伀匀䄀Ⰰ 䌀氀攀愀渀攀⸀ 匀䄀一吀伀匀Ⰰ 䔀搀猀椀愀⸀ 䔀甀 渀甀渀挀愀 琀爀愀 漀猀 瀀漀戀爀攀猀⸀ 䌀愀渀愀氀 搀漀 礀漀甀琀甀戀攀 圀攀戀 吀瘀 唀渀攀戀 䨀甀愀稀攀椀爀漀⸀ 䐀椀猀瀀漀渀瘀攀氀 攀洀㨀 㰀栀琀琀瀀猀㨀⼀⼀眀眀眀⸀礀漀甀琀甀戀攀⸀挀漀洀⼀眀愀琀挀栀㼀瘀㴀栀伀䘀䰀甀唀搀欀渀最漀㸀⸀ 䄀挀攀猀猀漀 攀洀㨀 㠀 洀愀椀漀 ㈀ 㠀⸀㰀戀爀㸀㰀戀爀㸀匀䌀伀吀吀Ⰰ 䨀⸀ 䜀渀攀爀漀㨀 甀洀愀 挀愀琀攀最漀爀椀愀 切琀椀氀 搀攀 愀渀氀椀猀攀 栀椀猀琀爀椀挀愀⸀ 刀攀瘀椀猀琀愀 䔀搀甀挀愀漀 攀 刀攀愀氀椀搀愀搀攀Ⰰ 倀漀爀琀漀 䄀氀攀最爀攀Ⰰ 瘀⸀ 㘀Ⰰ 渀⸀ ㈀Ⰰ 㤀㤀 ⸀ VIANA, Luana. Discutindo a reportagem radiofônica expandida: o áudio como fio condutor da narrativa. In: Anais do IX Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Comunicação de Minas Gerais, Universidade Federal de Ouro Preto, Mariana, 2016.㰀戀爀㸀㰀戀爀㸀ऀ㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀⼀琀愀戀氀攀㸀㰀⼀戀漀搀礀㸀㰀⼀栀琀洀氀㸀 | |