ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XIX Congresso de Ciências da Comunicação na Região Nordeste</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span style="color: #000000"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;01101</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #000000"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;RT</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #000000"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;RT02</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #000000"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;O lugar que nunca morre </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #000000"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Sivanilda Barreto Lima (Universidade Estadual de Santa Cruz); Eli de Arruda (Universidade Estadual de Santa Cruz); Betânia Maria Vilas Boas (Universidade Estadual de Santa Cruz)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #000000"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;Arte Circense, Circo, Documentário, Educação, Sociedade</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #000000"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Este trabalho pretende demonstrar os novos caminhos sobre os quais trilha a milenar arte circense em meio às novas culturas tecnológicas e formas de entretenimento disponíveis, em especial, para crianças e jovens, além de reafirmar os valores educacionais desta arte quando aliada aos sentidos adequados de cidadania, respeito aos artistas, bem como, nas relações em sociedade de forma geral. Muito além de um espaço cultural, o circo caminha para uma nova afirmação de suas expressões em lugares e contextos diversos, sem perder contato com sua essência. Sobre esta transição configura-se o cerne deste documentário. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #000000"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">É notória a diminuição da quantidade de circos em atividade no Brasil, também, a cada dia, mais raras tem sido as oportunidades de se ir a algum circo itinerante que, por ventura, esteja passando pela nossa localidade. É preciso, no entanto, que nos atentemos de que a imagem tradicional do circo continua sendo representada pelos seus ícones embaixadores como o palhaço, os trapezistas, malabaristas, mágicos e tantos mais, em inúmeras situações cotidianas da sociedade brasileira: livros didáticos, convites de festas temáticas, programas de TV, games, filmes, etc. Estaríamos corretos se afirmássemos que a arte circense vem se ressignificando ao longo das últimas décadas? A itinerância, característica forte da época em que os circos tradicionais tinham uma visibilidade muito maior que hoje, deu lugar à conversão dos picadeiros em espaços que se prestam a muitas outras atividades. Dentre elas, os circos escola se destacam expressivamente. A partir disso, se desperta outra investigação pela qual nos lançaremos, através dos depoimentos captados neste documentário: Qual a contribuição que a filosofia de vida dos circenses e a essência das suas artes pode trazer para a educação, inclusão, resgate social e na formação do caráter de nossas crianças e jovens, hoje cercados ininterruptamente pelos instigantes aparatos das novas tecnologias? Restabelecendo à arte circense um lugar de respeito pela sua pluralidade e, reafirmando que pela sua capacidade de adaptar-se às novas realidades, este é  um lugar que nunca morre , estes caminhos são percorridos em nosso documentário, através das histórias pessoais e das discussões que ali estão postas. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #000000"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">identificar as formas pelas quais a arte e a filosofia circenses se estabelecem em meio aos hábitos culturais e o acesso informacional da atualidade no Brasil. Investigando como e em quais espaços os artistas de circo promovem hoje em dia suas expressões e relacionam sua formação junto ao circo com atividades profissionais para disseminação de sua arte. Gerar reflexão, por meio dos depoimentos, sobre o que temos hoje em termos de herança do circo tradicional e de uma possível ressignificação desta arte para sua adaptação às novas culturas. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #000000"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Estamos diante de um tema que ultrapassa a aparente ludicidade e um pressuposto romantismo. Faz-se necessário pesquisar e debater acerca do contato das novas gerações com a arte e a filosofia advindas do circo, indicar onde estas expressões podem ser encontradas e aprendidas, além de refletir como elas vem sendo representadas na atualidade, para que se amplie a consciência desses jovens e assim possamos contribuir com a quebra de construções equivocadas, evitando preconceitos ainda resistentes para com os artistas e o ambiente circenses. A produção deste documentário em linguagem moderna e jovial vem alertar o quanto se torna fundamental e urgente que sejam enfatizados também os valores educacionais da arte e, particularmente, o que este conglomerado artístico chamado circo pode acrescentar à nossa sociedade em convivência plena e construtiva com as novas culturas e avanços tecnológicos.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #000000"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A metodologia de produção deste trabalho passou pela realização das três etapas básicas de construção do audiovisual: pré-produção, produção e pós-produção. Escolhemos como personagens os artistas circenses: Fábio Nascimento, Jonatas Campelo, Alex varapau (Palhaço de rua), Flávia Farias, Antônio Carlos (Palhaço Radiola), e os integrantes da Companhia Circo da lua de Teatro e Circo Ivana Nístico e Mateo Crevatin, que são também educadores. O três primeiros em Salvador, os dois últimos na comunidade de Serra Grande (Uruçuca  BA) e os demais na cidade de Ilhéus. Com todos os personagens realizamos mapeamento e pré-entrevistas presenciais em seus locais de trabalho e moradia. As histórias de quem viveu em circos tradicionais, itinerantes, ou de quem atua nas ruas e em eventos diversos hoje promovendo uma arte que se renova a cada dia, são sempre marcadas pelos traços da personalidade singular do artista. Portanto, nossa opção foi por montar um questionário que trouxesse subjetivamente essa passagem do circo tradicional até o que se denomina atualmente circo contemporâneo, pela voz de quem vive esta transição. Contamos também com Ed Paixão, palhaço e malabarista do Teatro Popular de Ilhéus, não como depoente, mas para atuar na performance que representaria nossa metáfora visual. Foi também escolha da direção e do núcleo de fotografia, buscar enquadramentos que valorizassem os artistas e seus dizeres. Desta forma, os planos de filmagem, em sua maioria, foram definidos em contra-plongée. A trilha musical autoral, mescla-se com as músicas integrantes da diegese nas cenas com alguns personagens que também são músicos. Integraram a equipe desta produção os estudantes: Eli Arruda (Direção, desenho de som e trilha sonora), Sivanilda (Silvia) Barreto Lima (Direção de fotografia e computação gráfica) Analu Nogueira, Ericsson Góes e Viviane Paiva (Produção). </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span style="color: #000000"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Trata-se de um documentário performático, com duração total de 16 minutos e 10 segundos, gravado em três municípios baianos (Uruçuca, Ilhéus e Salvador), entre Outubro e Dezembro de 2017. Nossa abordagem principal gira em torno da ressignificação da arte circense nos dias atuais e dos valores educacionais dessas expressões artísticas, uma vez que os circos-escola vêm se multiplicando pelo Brasil e participando ativamente do desenvolvimento da cidadania e dos valores éticos nas comunidades onde se instalam. Outra forte marca deste trabalho é, certamente, a atitude renovadora dos artistas circenses que atuam na rua, em relação a determinados preconceitos que se construíram socialmente a seu respeito, seu estilo de vida e profissão. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #000000"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify">Falar sobre circo envolve paixão pela arte, em certo modo, saudade de experiências vividas na infância por muitos de nós, mas, nesta abordagem, em especial, é importante acrescentar o ingrediente interesse pela maturidade social e fortalecimento da educação em seu sentido mais amplo. Educar significa mostrar caminhos que passam pelo senso de ética, justiça e cidadania e ao mesmo tempo abrir estes caminhos à natureza criativa de cada um daqueles que os trilharão. Por entender que o circo foi, em determinada época, um lugar físico para exibições artísticas fenomenais, mas que converte-se hoje em uma filosofia de vida que prioriza valores dos quais, grande parte da nossa sociedade ocidental acaba por desaperceber-se é que nos lançamos a esta produção. O aprendizado circense parte do desafio do ser humano por si mesmo, pelos seus limites. Sem pregar competição o circo produz vitoriosos. Com este documentário o que se espera é trazer a voz da arte à superfície onde ela tenha contato com o grande público e passe sua mensagem de crescimento humano para uma sociedade há muito carente de humanidade. O circo é agora, portanto, um lugar que nunca morre.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #000000"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2">BORTOLETO, M. A. C.; ESCALANTE, O. Acrobacia de solo. In: Marco Antônio Coelho Bortoleto. (Org.). Introdução à pedagogia das atividades circenses. 1 ed. Jundiaí: Fontoura, 2008, v. 1, p. 15-36<br><br>GONÇALVES LL, LAVOURA TN. O circo como conteúdo da Cultura Corporal na Educação Física escolar: possibilidades de prática pedagógica na perspectiva histórico-crítica. R. bras. Ci. e Mov. 2011;19(4):p.77-88<br><br>NICHOLS, Bill. Introdução ao documentário. São Paulo: Papirus, 2005.<br><br>Circo é... Circo. Direção: Daniela Cucchiarelli. Duração:60min, 2016. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=iB93B97GhC0 Acesso em: 29 de Outubro de 2017<br><br> </td></tr></table></body></html>