ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XIX Congresso de Ciências da Comunicação na Região Nordeste</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span style="color: #000000"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;01114</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #000000"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;JO</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #000000"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;JO01</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #000000"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;Câmbio</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #000000"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Beatriz Lima de Carvalho (Universidade Federal do Ceará); Anna Heloisa de Vasconcelos (Universidade Federal do Ceará); Gustavo Luiz de Abreu Pinheiro (Universidade Federal do Ceará)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #000000"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;Experimentalismo, Jornal Experimental, Jornalismo, Universidade, </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #000000"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O Câmbio é um agência de jornalismo experimental do curso de Jornalismo da Universidade Federal do Ceará. Criado no Programa de Educação Tutorial de Comunicação (PETCom) em 2013, o projeto se expandiu, englobando cada vez mais alunos da graduação. É uma organização sem fins lucrativos gerida pelos estudantes do curso de Jornalismo da Universidade Federal do Ceará. No Câmbio, estudantes de qualquer semestre podem colocar em prática as noções de jornalismo aprendidas em sala de aula, apurando e escrevendo sobre temáticas que dizem respeito à Universidade ou mesmo temas atuais, de interesse do público estudantil.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #000000"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"> O Câmbio é um jornal experimental e colaborativo, criado inicialmente por membros do Programa de Educação Tutorial dos Cursos de Comunicação Social (PETCom), editado por alunos do curso que já tiveram experiência no jornal e que se encontram em semestres mais avançados e escrito por estudantes voluntários do Curso de Jornalismo. Ele foi criado em 2013, durante a Semana de Publicidade e Propaganda da UFC, com o nome "Prévia". Era uma edição especial que discutia temáticas relacionadas ao evento. O nome atual do jornal surgiu apenas no início de 2014, em uma edição comemorativa dos 5 anos do PetCom. O Câmbio surgiu inicialmente na plataforma impressa. Porém, atualmente sua produção é quase inteiramente no meio online, com edições impressas especiais de coberturas de eventos do curso de jornalismo, como a Semana de Publicidade e Semana de Jornalismo da Universidade Federal do Ceará. No Câmbio, os voluntários escrevem reportagens, resenhas, artigos de opinião e crônicas sobre assuntos que são de interesse do público universitário, temáticas relacionadas diretamente à universidade, ou mesmo relacionadas à atualidade no geral. Noblat (2002) diz que "a reportagem é um relato mais extenso, abrangente e contextualizado". Nas reportagens do Câmbio, os colaboradores buscam fazer isso, procurando várias fontes e abordagens aprofundadas. A equipe de editores trabalha orientando para que os repórteres possam cumprir esse trabalho da melhor maneira possível. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #000000"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"> O objetivo do Câmbio é promover a prática jornalística dentro da Universidade, pautando temas relacionados a ela ou de interesse dos estudantes em geral. No Câmbio, alunos de qualquer semestre do Curso de Jornalismo podem exercitar concretamente o que é aprendido em sala de aula ao longo de sua formação. Essa prática tem se mostrado essencial principalmente para os alunos de semestres iniciais, que possuem cadeiras basicamente teóricas e precisam do estímulo de uma articulação mais direta com a prática jornalística. Além do exercício de apuração e escrita, os alunos também tem a oportunidade de vivenciar a experiencia de edição. Alunos de semestres mais avançados, escolhidos por meio de seleção, tutoram os de semestres mais iniciais e auxiliam na produção das matérias. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #000000"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"> Nos semestres iniciais do curso de Jornalismo da UFC, o conhecimento passado para os alunos é bastante teórico e genérico, abrangindo áreas como sociologia, filosofia e psicologia, que são importantes para a formação do estudante, contudo não tem relação direta com a prática jornalistica. É apenas a partir do terceiro semestre que os alunos começam, de modo muito inicial, a exercitar os conhecimentos relacionados ao fazer jornalístico, seja por meio do telejornalismo, do radiojornalismo, do fotojornalismo, do jornalismo online ou impresso. Por meio do Câmbio, esse público pode praticar as três últimas categorias desde o primeiro semestre, conhecendo todas as etapas do processo da notícia, desde a produção da pauta, passando pela apuração e escrita até chegar na edição e publicação. O projeto se mostra de grande importância, já que, com orientação de alunos de semestres mais avançados, os colaboradores do Câmbio podem aprender muito mais da prática jornalística do que veem na sala de aula. Quando esses chegam às disciplinas práticas ou mesmo ao mercado de trabalho, não cometem mais erros que cometeriam, por já terem sido orientados. O Câmbio também é uma importante plataforma de divulgação da escrita dos estudantes, já que esses podem expressar suas opiniões por meio de crônicas, artigos de opinião ou resenhas &#19968; as colaborações são sempre bem vindas pela equipe de edição, cumprindo um cronograma de publicações. Algo muito importante para estudantes de jornalismo recém chegados na Universidade é ver seu trabalho publicado, poder divulgar para colegas os frutos de uma profissão recém ingressada. Com o Câmbio, eles podem ter essa primeira experiência, importante, inclusive, na formação de portfólio para tentar estágios ou bolsas no futuro. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #000000"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"> Para participar do Câmbio, basta que o estudante compareça às reuniões de pauta, organizadas pelo menos uma vez no semestre. Nessas ocasiões, o voluntário pode sugerir temáticas e se colocar em cargo de fazer reportagens previamente pensadas pela equipe de edição do jornal. O colaborador do Câmbio não é obrigado a ter uma produção periódica: ele pode se comprometer a escrever apenas um texto e sair do projeto, como um freelancer. Os editores responsáveis pela equipe de repórteres ficam responsáveis por todo o acompanhamento: desde a elaboração de uma pauta completa sobre a temática, com orientação de angulação, sugestão de perguntas e fontes, até a edição do texto, com dicas e correção de erros de forma explicada. A edição geralmente ocorre por meio da plataforma Google Docs, onde o editor pode fazer sugestões no texto sem alterar permanentemente a versão original e tecer comentários, visando ajudar o colaborador a uma maior redação e apuração jornalística. Além da questão textual, os colaboradores são orientados com relação à fotografia, considerando o elemento visual também como parcela importante na comunicação da notícia ou da reportagem. Os textos previamente editados são publicados mais de uma vez por semana na plataforma online do Câmbio. O PETCom ainda compartilha em sua página do Facebook o link das matérias publicadas no Câmbio, por ter sido berço para o surgimento do projeto. No entanto, existem planos para a criação de uma fanpage exclusiva do jornal para a divulgação das publicações. A página será criada com uma nova identidade visual, que está em processo de criação. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span style="color: #000000"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Pauta O principal objetivo do jornalismo é apresentar notícias. Os grandes veículos da mídia trabalham, em sua maioria, com a veículação de notícias relacionadas a acontecimentos factuais de diversos tipos. Segundo Miranda (2016), As características da notícia que fazem com que o conteúdo jornalístico seja qualificado para representar a realidade devem ressaltar alguns aspectos como: atualidade, novidade, veracidade, periodicidade, interesse público, proximidade, proeminência, curiosidade, conflito, suspense, emoção e consequências. Para além do factual, também conhecido como hard news, o jornalismo se empenha em tratar outros temas, popularmente conhecidos como pautas frias. Dessa forma, busca-se trabalhar com temas como: cotidiano, comportamento, curiosidade, cultura, humor, saúde e bem-estar. O Câmbio trabalha nesse âmbito. O projeto se dedica à divulgação de temas relacionados à Universidade ou de interesse dos estudantes da UFC, e se propõe a pensar assuntos fora do calendário factual. O processo de pensar as pautas tem início na reunião de pauta do setor de edição do Câmbio. Atualmente o núcleo do projeto conta com duas editoras gerais (e diagramadoras, eventualmente), três editoras de texto, duas editoras de imagem e uma pessoa responsável por divulgar o conteúdos nas redes sociais e pensar a nova identidade do projeto. Nesta reunião, toda a equipe sugere temas e abordagens, discute as sugestões e avalia o que cabe como interessante e deve ser pautado durante o semestre. Neste encontro também há planejamentos sobre possíveis conteúdos especiais e coberturas. Nesta etapa é construído um cronograma que mescla os assuntos sugeridos para reportagem e outros estilos, como crônica, resenha e artigo de opinião. Nesse cronograma consta data em que o réporter deve receber a pauta e quando deve enviar o texto para edição. O cronograma tem a função de organizar previamente a equipe de edição e facilitar o processo. A segunda reunião de pauta ocorre com a equipe de edição e os repórteres. O convite é feito por meio de grupos de estudantes no Facebook, onde é divulgado data e local e aplicado um questionário do Google. Nesse formulário, os repórteres devem apresentar quais suas áreas de interesse e quais preferências de gênero. Essas informações são armazenadas e servem como banco de dados para sugestão para futuras pautas. A participação é sempre grande por parte dos repórteres, unindo estudantes de diversos semestres do curso de comunicação. Esse segundo momento serve para apresentar as pautas previamente pensadas pelos editores e para conhecer a nova redação. É o momento em que os repórteres sugerem pautas, ideias, e essas são discutidas. Todas as reportagens e gêneros escolhidos vão para aquele conograma, que acaba sendo reorganizado neste segundo momento. Após as reuniões, os editores realizam a construção da pauta. Segundo Neto (2008), o produtor tem a função de adiantar os pontos que serão abordados. Atuando como produtores, o núcleo de edição prepara um documento indicando o tema, angulação, informações adicionais, sugestões de fotos, gráficos e fontes. Montada a pauta, ela é repassada para o repórter e discutida. O repórter tem a liberdade de pensar um novo modo de abordar o assunto, fontes à inserir ou maneira de realizar a reportagem, mas é importante que tudo seja conversado com o editor para que este esteja ciente do andamento da matéria, porque além de editor de texto, esse individuo atua como tutor, buscando repassar ensinamentos e aprimorar técnicas do repórter. Reportagem Com a pauta em mãos, os repórteres são instruidos de como proceder. Então começa a segunda grande etapa do fazer jornalístico, a apuração e escrita da reportagem. Durante essa etapa, os repórteres são acompanhados de perto pelos editores, sendo estipulado um deadline em que a reportagem deve ser entregue. Em casos de cobertura de eventos, a lógica segue a mesma. São escolhidos temas, há uma reunião com o núcleo de reportagem e a distribuição das pautas, podendo variar nos formatos, conforme as necessidades. Edição Nesta etapa os editores de texto recebem as reportagens na plataforma Google Docs. que permite a revisão do documento utilizando as ferramentas de  comentário e  sugestão , possibilitando que o repórter acompanhe a revisão do texto, potencializando o aprendizado. Havendo erros ou lacunas de apuração, pluralidade das fontes ou outros problemas estas são refeitas ou trabalhadas, prezando pelo fator ético do jornalismo. Após finalizar a edição do conteúdo, o editor responsável pela reportagem publica no site do jornal, hospedado na plataforma Wix, posteriormente o link é divulgados em grupos, e em páginas do Facebook, como do Curso do Jornalismo e do PetCom. Coberturas O Câmbio é convidado para cobrir eventos dos cursos de jornalismo e/ou publicidade, sendo sempre uma referência na divulgação destes eventos. Havendo coberturas, o jornal opta por realizar uma veiculação das matérias no formato impresso e online. Para o impresso, optamos por apresentar matérias especificas sobre os temas discutidos, para o online fica o apanhado de toda a programação. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #000000"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify"> Nos quatro anos de existência do Câmbio, percebe-se um grande interesse do corpo estudantil pela iniciativa, devido ao aprendizado adquirido pela troca de experiências. Isso porque os editores, geralmente de semestres mais avançados, compartilham informações relevantes sobre processos de redação e apuração, às vezes antes mesmo dos voluntários terem aulas de técnicas jornalísticas. Além de aprimorar o ensino na graduação, avalia-se que a prática também promove extensão, especialmente quando as pautas abordadas fogem dos limites da Universidade e acabam criando o interesse de pessoas não vinculadas ao Curso de Jornalismo. O Câmbio consegue, em grande parte, cumprir o que se propõe, ainda que ajustes possam ser feitos na sua forma de produção. A expectativa para os próximos anos de projeto inclui uma expansão na equipe de edição, no modo de trabalhar e na monitoria dos repórtes, e postagens diárias no site. Com a expansão, também pretende-se trabalhar com edições especiais sobre determinado tema. Esse tipo de trabalho só pode ser realizado com uma equipe com maior número de pessoas e comprometida. Além disso, o site e a página no Facebook do Câmbio passam por uma formulação visual, fruto de uma mudança geral da identidade visual do projeto. Com as atualizações é esperado uma maior quantidade de produção e de alunos envolvidos, uma melhor hospedagem de outros formatos, como webdoc e uma melhor visualização das reportagens no mobile. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #000000"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2">MELO, José Marques de. A Opinião no Jornalismo Brasileiro. 2ª edição. Rio de Janeiro: Editora Vozes, 1994<br><br>MIRANDA. Mozarth Dias de Almeida. A Pauta Jornalística Se Adapta Aos Novos Tempos Da Televisão Brasileira. XXXIX Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação, São Paulo, 2016. Disponível em http://portalintercom.org.br/anais/nacional2016/resumos/R11-2700-1.pdf>, acesso em 23/05/2018, às 15:04. <br><br>NETO, João Elias da Cruz. Reportagem de Televisão: como produzir, executar e editar. Petrópolis: Editora Vozes, 2008.<br><br>NOBLAT, Ricardo. A Arte de Fazer um Jornal Diário. 7ª edição , 2ª reimpressão. São Paulo: Editora Contexto, 2008<br><br> </td></tr></table></body></html>