ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XIX Congresso de Ciências da Comunicação na Região Nordeste</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span style="color: #000000"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;01134</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #000000"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;PT</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #000000"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;PT11</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #000000"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;O CANTO DO CINEMA</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #000000"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Lucas Vieira Rigaud de Mello (Universidade Católica de Pernambuco); Dario Brito Rocha Júnior (Universidade Católica de Pernambuco)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #000000"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;Webjornalismo, Cinema, São Luiz, História, Resistência</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #000000"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"> O Canto do Cinema: Os 65 Anos do São Luiz foi um trabalho de conclusão do curso de Jornalismo da Universidade Católica de Pernambuco, realizado no ano letivo de 2017.1. A pesquisa foi desenvolvida na plataforma de Webjornalismo, com intuito de fazer tanto uma retrospectiva acerca dos cinemas de rua da cidade do Recife, mostrando o quão imponente era a capital pernambucana no quesito de apresentar diversas opções de entretenimento referentes à sétima arte, quanto prestar uma homenagem a uma das últimas salas de exibição clássicas da Região Metropolitana ainda em atividade, o Cinema São Luiz, que completou 65 anos em 2017.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #000000"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A magnificência do Cinema São Luiz é tamanha que consegue ser notada até mesmo às margens do Rio Capibaribe, do lado oposto a Rua da Aurora. Não é para menos, já que seus típicos letreiros chamam atenção de quem passa pelo centro do Recife, já fazendo parte de um dos principais cartões postais da cidade, além de sua icônica calçada (que já presenciou diversas histórias) e todo o seu projeto arquitetônico que bravamente resiste aos fatores do tempo. O fato de o Cinema São Luiz ser uma das poucas salas de exibição clássicas do Recife  para não afirmar que é a última, já que o Teatro do Parque, conforme prometido pela Prefeitura, será entregue reformado para o público em 2018  preocupa a preservação do clássico e do artístico, uma vez que a maioria dos espectadores recifenses está mais familiarizada com os cinemas de multiplex que proporcionam mais acessibilidade e conforto, além de exibir produções hollywoodianas e contar com tecnologias de última geração. Porém, apesar deste fator vir a comprometer a preservação da memória, não só do cinema, mas da cidade do Recife, o São Luiz resiste ao tempo graças às memórias. Em  O Canto do Cinema: Os 65 Anos do São Luiz , fica evidente a quantidade de lembranças que os entrevistados têm sobre a sala de exibição e como ela fora importante em algum momento de suas vidas, além de ser também a grande responsável pela formação artística de muitas pessoas. É visível também o movimento de grupos sociais, tais como o Ocupe (Cais José de Estelita, Teatro do Parque, Cine Olinda), que lutam pela preservação do clássico. O São Luiz, apesar de ter vencido lutas e, a cada ano, atrair um generoso público a casa, deve sempre demonstrar sua resistência. Este trabalho acadêmico não foi realizado com o intuito de apenas prestar homenagens ao cinema, mas de destacar sua importância para a cidade e seu espírito de resistência que persiste fortemente.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #000000"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Geral Registrar o quão fundamental é o Cinema São Luiz para a cidade do Recife e seus moradores, mostrando seu dia a dia e funcionamento, além de apurar informações que intensifiquem sua importância histórica. Especificos Apurar toda a história da sala de exibição, desde sua construção até os dias atuais. Registrar fotográficamente toda a sua estrutura, exaltando a beleza arquitetônica e artística do prédio. Mostrar o funcionamento dos equipamentos de projeção do cinema e justificar como é possível projetar vida através da sétima arte. Apurar depoimentos sobre fatos importantes ocorridos no cinema, além de experiências, curiosidades e declarações sobre os extintos cinemas de rua da cidade e como o Cine São Luiz pode ser a esperança do jeito autêntico de fazer e apreciar cinema. Discutir a respeito da importância do cinema. Registrar exibições e mostrar a interação do público com o cinema em questão. Homenagear o cinema pelo seu aniversário de 65 anos.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #000000"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Há menos de 40 anos, a cidade do Recife contava com cerca de 30 cineteatros de rua, entre eles os famosos Moderno, Trianon, Art Palácio, AIP, Veneza e o São Luiz, sendo este último um dos poucos sobreviventes da  invasão das salas multiplex dos shopping centers na capital pernambucana. Mesmo apresentando um rico histórico cinematográfico, como o Ciclo do Recife de Cinema da década de 1920, e um notável avanço nas técnicas e produções da sétima arte, que renderam produções importantes como  O Baile Perfumado (1997),  A Febre do Rato (2011),  O Som Ao Redor (2012) e o mais recente  Aquarius (2016), Pernambuco está longe de preservar ou manter os clássicos teatros de projeções, que no passado tornaram a monótona e impiedosa realidade de muita gente em um verdadeiro espetáculo artístico. Porém, infelizmente esse não é um evento que ocorre exclusivamente em Pernambuco, mas em todos os Estados do país, onde os autênticos cinemas de rua estão desaparecendo cada vez mais. Não só a falta de investimento governamental levou o fechamento dos cineteatros mais importantes da capital pernambucana no passado, mas também a falta de interesse do grande público nos cinemas de rua, uma vez que as salas de multiplexes oferecem mais conforto, além de experiências tecnológicas avançadas, mesmo pelo dobro do preço, transformando o artístico no consumismo desenfreado. Muitos cinemas clássicos não conseguiram se adaptar ao novo e, apesar da preferência de boa parte do público pernambucano no clássico, tiveram que fechar suas portas para sempre, ou mergulhar no triste esquecimento. Recife ainda possui como exemplos clássicos de cinema de rua o Teatro do Parque  interditado para reformas desde 2010, com entrega prevista para 2018, 3 anos após o seu centenário  e o Cine São Luiz, que fora o personagem principal deste trabalho de conclusão de curso; sala de exibição essa que, em 2017, completou 65 anos de pura arte e entretenimento. Inaugurado no térreo do Edifício Duarte Coelho no dia 7 de setembro de 1952, o Cinema São Luiz foi muito mais que um presente do Dia da Independência do país para a capital pernambucana. Suas instalações modernas e luxuosas, pertencentes ao grupo de Luiz Severiano Ribeiro, foram palco de eventos, além de exibições de filmes, sendo um dos locais mais frequentados pelos recifenses. Um importante acontecimento no São Luiz foi a première do nacional do clássico do cinema pernambucano  O Canto do Mar , dirigido por Alberto Cavalcanti, no dia 3 de outubro de 1953. Por isso, o trabalho fora denominado  O Canto do Cinema . No projeto em Webjornalismo foram realizadas produções de texto, ensaios fotográficos, vídeos e áudios a respeito da importância do cinema São Luiz na cultura pernambucana nesses 65 anos de existência, mostrando toda sua beleza e história através, principalmente, de imagem, recurso este que deu origem à sétima arte.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #000000"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Para a realização de  O Canto do Cinema: Os 65 anos do São Luiz , foram realizadas pesquisas extensas não apenas sobre o cinema em questão, mas também sobre as principais salas de exibição de Recife, para compreender melhor o termo  Hollywood Brasileira , atribuído a cidade durante o período da década de 20 denominado o Ciclo do Recife, onde as produções cinematográficas locais predominavam o circuito. Graças ao livro da arquiteta Kate Saraiva,  Cinemas do Recife , a pesquisa teve um grande avanço. Todo material de Kate, que continha informações únicas sobre todos os cinemas, principalmente o São Luiz, foi fundamental para a produção do meu trabalho. Depoimentos do programador do São Luiz, Geraldo Pinho, e documentos disponibilizados pela FUNDARPE (Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico Pernambucano) a respeito da história do cinema, foram de extrema importância para o desenvolvimento dos textos sobre a origem da sala de exibição e em como ela fora fundamental para a modernização da cidade do Recife. O engenheiro Luiz Cardoso Ayres Filho, cujo pai, o artista Lula Cardoso Ayres, participou da decoração do cinema em 1952, e o tio, Maurício Coutinho, foi o engenheiro chefe do projeto da sala, também foi personagem fundamental para o desenvolvimento do trabalho, além de ter sido responsável pela reforma do São Luiz, em 2009. Por mais a internet disponibilize bons materiais, de textos a áudios e vídeos, o que, de fato, veio a me ajudar bastante, um método utilizado para a construção do conteúdo do trabalho foi ir para a rua e conhecer pessoalmente cada história envolvendo o cinema. Fora mais produtivo fazer minhas perguntas sobre a sala de exibição para funcionários, pessoas que passam nos arredores do prédio e ao fiel público do São Luiz, o que me permitiu ficar horas e mais horas dentro do cinema, apurando qualquer informação que fosse necessária para introduzi-la e desenvolvê-la no trabalho, além de ter o prazer de admirar sua magnificência todas as vezes que lá entrava. Algumas entrevistas foram realizadas via e-mail ou telefone, pela falta de deslocamento ou tempo, mas nada disso comprometeu a apuração de um bom material.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span style="color: #000000"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"> O Canto do Cinema: Os 65 Anos do São Luiz foi um projeto de conclusão de curso realizado na plataforma de Webjornalismo, apresentado um extenso material em multimídia que contou com textos, ensaios fotográficos, vídeos, áudios e infográfico. O Website ficou dividido nas seguintes seções: Home, História, Atualmente, Entrevistas, Mídia e Sobre. Em Home está a página inicial do projeto, com um carrossel de imagens que levam à algumas matérias vinculadas. Logo abaixo, estão as 4 principais. Em História, temos como matéria principal  Uma Projeção de História , que, por meio de texto e vídeo, faz uma contextualização da época em que o Cinema São Luiz foi construído, em 1952, e como a cidade do Recife se modernizava no início da década de 50. Ainda nesta parte, o trabalho conta com matérias a respeito dos antigos cinemas de rua do Recife, com total apoio da pesquisa da arquiteta Kate Saraiva e seu livro  Cinemas do Recife , além de uma breve história sobre o filme  O Canto do Mar e sua estreia no São Luiz, em 1953. Todas as produções possuem textos, imagens e vídeos. Por último, temos um infográfico fazendo uma linha do tempo desde a construção do cinema até os dias atuais. Na seção Atualmente, a matéria principal,  Hoje, neste cinema , mostra por meio de texto, imagens e uma reportagem em vídeo como o Cine São Luiz está nos dias de hoje. Também fazem parte do tema as vinculadas sobre os festivais cinematográficos que acontecem na sala de exibição e os projetos sociais das quais o São Luiz está envolvido. A parte de entrevistas possui como matéria principal o especial  O Canto das Memórias , que é um compilado de vários depoimentos em vídeo sobre expectadores fieis do São Luiz e suas histórias com o cinema. Esta seção foi a que mais rendeu conteúdo, contando também com uma entrevista exclusiva com Luiz Cardoso Ayres Filho, cujo pai, Lula Cardoso Ayres, foi um dos artistas responsáveis pela decoração original do cinema, além de entrevistas com funcionárias do cinema, entre outros materiais, tanto em vídeo como em texto e áudio. Quanto à parte de Mídia, foram realizados diversos ensaios fotográficos internos e externos do cinema, além de produções durante exibições e vídeos mostrando curiosidades do cinema, tal como sua sala de projeção e o passo a passo de como exibir um filme na icônica tela do São Luiz. Para a descrição de algumas imagens que focam na decoração do cinema, foram necessários estudos sobre a influência da arte francesa na construção da sala. Foi necessário o uso de imagens antigas encontradas na internet, uma vez que a FUNDARPE não possuía um banco de imagens do cinema na época na qual a sala pertencia ao grupo Luiz Severiano Ribeiro. Todas as fotos não autorais estão com suas fontes e referências. Alguns vídeos do projeto possuem estilos variados, artisticamente falando, das décadas de 50, 60 e 70. A captura de imagens em 8mm aconteceu graças a um aplicativo baixado no celular. Na última seção do site, estão as notas do autor, expediente e contatos para mais informações.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #000000"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify">Em  O Canto do Cinema: Os 65 Anos do São Luiz , anteriormente denominado  O Cinema São Luiz: Há 65 Anos, Projetando Vida Através da Sétima Arte (descartado pelo excesso de palavras), a ideia de focar tanto na história do cinema, devido à data comemorativa de seus 65 anos, quanto na sua importância na vida dos recifenses foi realizada com sucesso. Houve mínimos problemas, como todo projeto tem de enfrentar, como a ausência de colegas disponíveis para realizar o trabalho em dupla ou trio. Devido a isso, tive que realizar sozinho toda a pesquisa e sem equipamentos considerados adequados para desenvolvê-la devido às precárias condições financeiras que eu enfrentava na época. Graças a pesquisa aprofundada, a realização de imagens, áudios, textos e vídeos e todo o apoio com a equipe de Web Design e edição, o trabalho ganhou vida e transmitiu para o mundo a gratidão que o Recife e seus habitantes têm com o São Luiz. A humanização do trabalho foi concebida graças a essa relação entre público e cinema, o que também trouxe um tom saudosista para o projeto, além de apresentar a curiosos e aspirantes do cinema um verdadeiro templo da sétima arte que temos na capital pernambucana. Todo esse período na qual passei realizando o trabalho me fez refletir sobre o quão importante era o cinema de rua no Recife. Esses lugares não eram apenas salas de projeção e exibição, mas um verdadeiro elo entre a cidade e o mundo das artes, um templo que estabelecia contatos entre pessoas, filmes e ruas. O São Luiz, bravo resistente ao tempo, encanta, entretém, estimula tal forma de contato e, acima de tudo, canta em alta voz e sempre estará no mesmo canto, isto é, anexado ao Edifício Duarte Coelho. Cabe a cada cidadão pernambucano preservar seu legado e passar adiante sua arte.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #000000"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2">ESPAÇOS Culturais: Cinema São Luiz. Site da Secretaria de Cultura do Estado de Pernambuco. Disponível em: <http://www.cultura.pe.gov.br/pagina/espacosculturais/cinema-sao-luiz/>. Acesso em junho 2017.<br><br>FIGUEIRÔA, Alexandre. Memória: Os 60 Anos do Cine São Luiz. Revista O Grito, set. 2012. Disponível em: <http://revistaogrito.com/page/memoria-os-60-anos-do-cine-sao-luiz-por-alexandre-figueiroa/>. Acesso em junho 2017.<br><br>FUNDARPE. Documentos da Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico Pernambucano. Setor de Audiovisual. Arquivos da sede da Fundação. Consulta em junho 2017.<br><br>HISTÓRIA do cinema São Luiz. Site Nação Cultural. Disponível em: <http://www.nacaocultural.com.br/historia-do-cinema-sao-luiz/>. Acesso em junho de 2017.<br><br>NASCIMENTO, André J. L. Uma Cena Pernambucana: História e Cinema do Recife de 1923 a 1945. XXVII Simpósio Nacional de História: Conhecimento Histórico e Diálogo Social. ANPUH Brasil: Natal (RN), 2013.<br><br>SARAIVA, Kate. Cinemas do Recife. Recife: Funcultura, 2013. <br><br>TRINDADE, Isabella L. et. al. A Modernidade das Salas de Cinema do Recife. Docomono - Mestrado em Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal da Bahia - PPGAU/UFBA - Docomomo Brasil. Rio de Janeiro, 2006.<br><br> </td></tr></table></body></html>