INSCRIÇÃO: 01340
 
CATEGORIA: RT
 
MODALIDADE: RT02
 
TÍTULO: Neuróticos – É hora do TCC!
 
AUTORES: Krishnamurti Silva de Lima (Universidade do Estado da Bahia); Teresa Leonel Costa (Universidade do Estado da Bahia)
 
PALAVRAS-CHAVE: Formação Acadêmica, Grande Reportagem Televisiva, Trabalho de Conclusão de Curso, ,
 
RESUMO
O presente trabalho relata as principais etapas de produção da Grande Reportagem Televisiva denominada "Neuróticos – É hora do TCC!". Esse material tem o objetivo de apresentar através da opinião de alunos, professores e orientadores envolvidos nessa temática assim como a de um psicólogo, pedagogo e uma psicanalista quais são as dificuldades e os prazeres resultantes desse tipo de fazer acadêmico.
 
INTRODUÇÃO
A vida de estudante é sempre pensada de sonhos e perspectivas para o futuro. É assim quando se termina o terceiro ano do ensino médio e se prospecta os processos seletivos que culminarão em um curso superior, depois quando se sai da faculdade e se busca outros graus de formação, etc. Dentro dessas fases, o que mais deixam os estudantes em estado de agitação anormal são os momentos transitivos das plataformas educacionais. Em qualquer instituição e curso, no processo de formação acadêmica o período de produção do trabalho de conclusão de curso, chamado também de “TCC”, é um das etapas mais importantes e de maior clímax, para estudantes e orientadores. Entendendo a importância desse produto para a finalização da fase de graduação, é sabido empiricamente que todo o processo de escolha do tema, fundamentações teóricas, fabricação do produto, finalização, correções e a apresentação final resultam em sensações, dificuldades e sentimentos; fatores interferentes nos trabalhos. Ademais, cronogramas e percalços ligados à academia são barreiras no caminho preparativo de um TCC. Ou seja, num mundo cada vez mais dinâmico, veloz e mais carente ao entendimento dos fatores psicológicos e espirituais, a universidade, pelo caráter crítico e analítico, deveria ser uma instituição idealizadora de flexibilização de paradigmas - que contribuem apenas para atingir metas puramente quantitativas – como a da formação integral de turmas -. Apesar disso, é preciso salientar que os processos de pesquisa, apuração e visualização do material pronto corroboram por outro lado em momentos satisfatórios para os envolvidos, motivados por causas ímpares, mas sempre ligados a fabricação do produto. Essa problemática levou a formulação de uma pergunta foi respondida através da observação participante de alunos que passam ou passaram por essa fase e de entrevistas semi-estruturadas que resultaram nesse trabalho: Quais são as dificuldades, desafios e satisfações que envolvem a produção do TCC, em Juazeiro?
 
OBJETIVO
O objetivo principal do trabalho é investigar os processos acadêmicos que unem e/ou afastam a produção de TCC’s nas universidades localizadas em Juazeiro, na Bahia, refletindo assim sobre o processo de produção de TCC’S, o tempo de dedicação, fatores emocionais e grau de interferência nos espaços sociais, para buscar identificar um perfil de comportamento entre esses indivíduos. Além disso, também analisar o processo de produção de TCC's de estudantes de Juazeiro, na Bahia, e refletir sobre as práticas metodológicas em torno desse tipo de produção acadêmica e seus impactos na formação profissional.
 
JUSTIFICATIVA
A fabricação desse trabalho se explica na tentativa de entender quais e como os diversos problemas, tanto pessoais como acadêmicos, interferem ou colaboram com os estudantes na hora de produzir um trabalho de conclusão de curso, assim como suas satisfações. Essa questão se mostra fundamental pelo fato de não ser muito discutida teoricamente nas academias. Com isso, é esperado que essa temática sirva talvez como fruto de discussões gerando assim reflexões sobre um mais completo entendimento humano na hora de roteirizar e produzir, e no momento de estabelecer prazos e contingentes teóricos ligados a fabricação do produto. Entre fatores pessoais, institucionais e psicológicos, fica aqui destacado o caráter questionador desse trabalho que visa de modo crítico, mas respeitoso, mexer nos pilares das estruturas acadêmicas, amplificando as angústias dos estudantes, como também buscando entender o porquê da rigidez desse sistema de produção de trabalhos de conclusão de curso. Além disso, se faz necessário entender a importância desse produto para o profissional formado que adentra o mercado de trabalho. É importante explicitar também que o trabalho traz consigo no seu título o vocábulo “Neurótico”, que tem a ver com quadros patológicos originários de ordem psíquica que em entre outros motivos podem surgir por situações cotidianas adversas, ocasionando transtornos de personalidade, físicos e mentais. Rodrigues (2016, p.248) afirma que segundo a visão psicanalítica, essas neuroses são frutos de tentativas frustradas de lidar com os conflitos e traumas inconscientes – no caso desse trabalho, os desafios de superar o tempo, a limitação, problemas que atrapalham a fabricação do TCC e por fim, o de conseguir fazer um bom produto -.
 
MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS
Para que esse trabalho fosse construído de uma forma concisa, enquadrada fielmente aos seus pressupostos e com aprofundamento necessário, foi imprescindível que os tipos metodológicos fossem escolhidos com precisão. Para o entendimento dos fatos, das coletas de informação e da captação de cenas para essa grande reportagem em questão, se fez obrigatório primeiramente a presença da observação participante. Esse método que consiste basicamente na interação constante entre o pesquisador e o grupo que se objetiva ser o foco do estudo será uma das formas a serem utilizadas na fabricação desse produto. Isso porque se fez necessário estar em contato, principalmente com os personagens que estão na desafiadora fase de produzir ou um trabalho de conclusão de curso ou já passaram por esse período, para entender suas dificuldades, facilidades e problemas que interferem em todo esse ciclo. Fernandes (2015), no livro “Caminhos para Análise das Políticas de Saúde” sintetiza esse método como: "Trata-se de uma técnica de levantamento de informações que pressupõe convívio, compartilhamento de uma base comum de comunicação e intercâmbio de experiências com o(s) outro(s) primordialmente através dos sentidos humanos: olhar, falar, sentir, vivenciar...entre o pesquisador, os sujeitos observados e o contexto dinâmico de relações no qual os sujeitos vivem e que é por todos construído e re-construído a cada momento". (p. 490). Ainda segundo o autor, é preciso estar atento a quatro elementos importantes na hora da observação: Curiosidade, criatividade, rigor técnico-metodológico, e observância da ética. Ademais, essas características devem também ser critérios imprescindíveis na grande reportagem. Complementando esse pensamento, Valladares (2007), em sua resenha sobre os dez mandamentos da observação participante, relata: "A observação participante supõe a interação pesquisador/pesquisado. As informações que obtém, as respostas que são dadas às suas indagações, dependerão, ao final das contas, do seu comportamento e das relações que desenvolve com o grupo estudado. Uma auto-análise faz-se, portanto, necessária e convém ser inserida na própria história da pesquisa". (p. 154) A mesma autora ainda aborda que nesse método o pesquisador aprende com seus equívocos cometidos durante o trabalho e deve tirar proveito deles, os transformando em sapiência. Deve assim então tentar entender o porquê da recusa de um observado a algum questionamento, ou o motivo de um desacerto e falta de naturalidade no mesmo ao ser observado. Dessa forma, esse contato explicitado na observação participante ajudou na construção de um questionário semi-estruturado que serviu como base da gravação das entrevistas, tanto dos estudantes, dos formados que já passaram pela fase da produção de um TCC, como de profissionais das áreas educacionais e psicológicas. Esse questionário semiestruturado advêm da área metodológica da entrevista semiestruturada. Isso quer dizer que as informações a serem retiradas dos personagens escolhidos se darão a partir de uma conversa, um diálogo, que mesmo contando com um pré-roteiro de questionamentos feitos de antemão, abre espaço para outras perguntas, questionamentos e mudanças dependentes das mais diversas reações dos perguntados, permitindo com isso um recolhimento de dados mais alargados - O improviso que esse método dá margem pode inclusive gerar novas pautas e ou vieses que muitas vezes o pesquisador desconhece -. Para Triviños (1987, p.146), no seu relato de introdução à pesquisa em ciências sociais: a pesquisa qualitativa em educação, a entrevista semiestruturada tem como característica fundamental questionamentos básicos, apoiados por hipóteses e teorias relacionadas à pesquisa. Ela favorece a descrição dos fenômenos sociais, suas explicações e compreensões de sua totalidade. O autor também apresenta quatro categorias de perguntas que podem facilitar o perguntador a retirar boas repostas do grupo estudado: Consequências (Questões pontuais que gerem desdobramentos futuros), Avaliativas (perguntas opinativas, de avaliação), Hipotéticas (situações imaginárias, ilustradoras) e Categoriais (organizando setores dentro das respostas). Manzini (2003) fazendo considerações sobre a elaboração de roteiro para entrevista semiestruturada, alerta que é preciso sempre estar concentrado ao formular questões para os entrevistados como os cuidados à linguagem, à forma das perguntas e a sequência dos questionamentos nos roteiros. Em suma, se uma boa entrevista começa com formulações elementares, é sempre bom fazer uma análise do roteiro para sanar e corrigir equívocos aparentes. O método da grande reportagem televisiva (ou reportagem especial) – formato final do produto desse TCC – se caracteriza na composição de uma série de informações respeitantes a um certo tema, acontecimento particular, atual ou não, ou a um fenômeno particular social, em uma mensagem real de uma duração mais extensa do que uma reportagem simples. Jespers (1998), definindo gêneros televisivos, a caracteriza como tópica, concentrando atenções, e intensiva, tratando âmbitos com mais facetas e seu teor liga o telespectador ao assunto e/ou aos personagens de forma afetiva, e de revelação. Depois de estar situado no ambiente do tema da reportagem, o autor também enfatiza que é preciso reunir o máximo de documentos sobre a mensagem que se quer passar, visitar antecipadamente cada fonte marcando o máximo de encontros antes das gravações, e também estar pronto para modificar o enquadramento da reportagem em função de uma informação recolhida no local. O jornalista deve também estar presente no momento da montagem e decupagem do material pronto. Isso significa dar sugestões de imagens, sons fazendo um sentido próximo a uma narrativa cronológica de um encenador de teatro, algo próximo de uma peça escrita, com começo meio e fim. Para Carvalho (2010) o conceito de reportagem especial é questionável – assim como outros critérios dentro das redações – pelo fato de serem mais relevantes quando o fato noticioso acontece nos principais centros urbanos: "É por isso, que com frequência, séries de reportagens especiais são feitas, principalmente por equipes dos três maiores centros noticiosos brasileiros, que concentram a maior parte da infra-estrutura e dos profissionais mais renomados das principais redes de Tv no Brasil". (p.23). O autor também infere que os temas abordados nessas reportagens não precisam ser necessariamente inéditos, o olhar diferenciado do repórter é o principal, e esse deve apontar para vieses únicos. É importante ressaltar, enfim, que na especificidade desse trabalho, a observação participante, a entrevista semiestruturada e a grande reportagem de televisão estiveram sempre em processo de mutualidade com um caráter metalinguístico, já que essa foi uma produção de um trabalho de conclusão de curso que aborda os processos produtivos de um TCC.
 
DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO
Para se dar o pontapé inicial às gravações dessa grande reportagem, o primeiro passo pensado foi a escolha do equipamento de captura de imagens e de som. A priori o essencial era usar uma filmadora de vídeo que capturasse imagens em Full HD, (1920 x 1080) fazendo com o que o vídeo pudesse ser montado e exibido em qualquer plataforma e dispositivos móveis com máxima qualidade de imagem e som. Por isso a câmera escolhida foi uma Sony NXCAM HXR-NX3 Full HD e um microfone Lesom SM58 – que acabou sendo uma opção de emergência já que o pensado primeiramente seria o uso de microfones estilo “lapela” -. Com câmera e microfone em mãos era hora de se pensar na escolha dos personagens, na forma de gravação das entrevistas e no tipo de abordagem narrativa e descritiva da reportagem. Para a localização e escolha dos personagens foi fundamental uma pesquisa – realizada através do contato por amigos em comum e de ex-orientandos de professores – que me pudesse mapear e eleger elementos em comum, como o recorte da pesquisa, as dificuldades semelhantes, algumas opiniões sobre o TCC e o fácil contato direto com cada um deles. Depois da seleção e um primeiro diálogo direto com os personagens, o caminho a ser tomado foi começar a interagir com cada um sobre medos, problemas, qualidades, constatações e até sobre as impressões pessoais que esses tinham sobre o tema e linha editorial do meu produto. Às fontes relacionadas a educação e saúde, no caso ao professor e a psicanalista, os assuntos se voltaram mais sobre a saúde mental dos estudantes, a gerência educacional realizada pelas academias, e a importância de se discutir esses assuntos. Feito isso, a escolha das locações das entrevistas foram sendo selecionadas dependendo da disponibilidade de cada entrevistado e da forma que mais os caracterizassem individualmente dentro da reportagem. Inicialmente, descobrir e conseguir contato com personagens interessantes (excetuando as fontes oficiais) e com histórias que pudessem render e abranger na sua totalidade o contexto da pauta dessa reportagem especial em questão pareceu ser o primeiro grande desafio da construção desse TCC, mas esse primeiro pensamento caiu logo por terra assim que o processo de busca começou. Ademais, desde o primeiro ensejo de trabalhar essa temática, já havia conhecimento da minha parte de alguns bons cases de estudantes que poderiam servir pelo menos como inspiração e norteamento da pauta. Assim sendo, o processo de pesquisa e cerceamento de fontes foi acontecendo de forma natural, através do contato com estudantes, professores e parentes que tinham algum conhecimento de pessoas que poderiam se encaixar como parte integrante da reportagem. O recorte da pesquisa (Juazeiro, no caso) facilitou bastante a investigação, já que a presença de três universidades conceituadas na cidade baiana pareceu um locus consideravelmente satisfatório de se encontrar universitários com perfis circundantes ao assunto pesquisado. Outro ponto de bônus positivo à pesquisa foi a identificação que a temática provocou nos estudantes – participantes e não participantes do produto – fazendo com que a análise estivesse sempre em evidência nos arredores acadêmicos, aumentando meu interesse e mantendo a expectativa para a realização de um produto com excelência. Finalmente, o processo de escolha dos personagens foi definido pelo grau do ineditismo peculiar da situação de cada estudante, basicamente, de sua relação e do seu comportamento no que diz respeito a forma de lidar com o processo de produção de TCC.
 
CONSIDERAÇÕES
Ao fim, faz-se de bom grado esclarecer enfaticamente que a produção desse trabalho relatado objetiva proporcionar a estudantes, professores, profissionais das áreas da saúde, educação e a sociedade em geral, uma reflexão voltada para a ciência humana da rotina de inúmeros alunos necessitantes de passar pelo árduo processo de produção de um TCC, enfrentando percalços – alguns claramente visíveis nas academias, mas escanteados nas discussões. Além disso, poder conhecer mais, estudar e ser porta voz dessa temática ligada às trilhas dos alunos foi uma experiência corajosa, enriquecedora e desafiadora no âmbito pessoal e profissional. A meu modo, fazer jornalismo tem primordialmente a ver com questionar o “inquestionável”, vistoriar as estruturas mais conservadoras, imexíveis e apresentar diálogos, aprofundamentos e soluções possíveis. Por isso, sintetizei muitos dos conteúdos absorvidos em mais de quatro anos no curso de Comunicação Social – Jornalismo em Multimeios da Uneb em Juazeiro, colocando minha essência, personalidade e forma de trabalhar com as informações relevantes ao assunto. Ademais, a identificação de poder trabalhar com um produto que mais me identifica dentro do jornalismo é gratificante, não superando em carga regozijante somente o apoio, carinho e suporte que recebi de todos que como eu, desejavam uma maior exposição sobre as causas e motivos desse tortuoso processo do mais expressivo fazer acadêmico. Espero que finalmente, a exposição dessa temática surja como uma autoanálise profunda do sistema academicista – considerados por muitos como ultrapassado -; pois pensar a saúde mental dos integrantes desse “habitat social” é pontual. Ignorar a subjetividade e limitações humanas dos alunos em pleno período obscuro de mudanças ultrajantes é corroborar com o desaparecimento da criatividade. Afinal, “partições” questionáveis como passíveis de falhas precisam estar em um processo de constante autocrítica e diálogo com quem faz parte dessa plataforma sistêmica.
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS
CARVALHO, A. Reportagem na TV: Como fazer, como produzir, como editar. Editora Contexto: São Paulo, 2010.

FERNANDES, F. M. B. Considerações Metodológicas sobre a Técnica da Observação Participante . In MATTOS, R. A.; BAPTISTA, T. W. F. Caminhos para análise das políticas de saúde, 1.ed.– Porto Alegre: Rede UNIDA, 2015. p.487-503.਀㰀戀爀㸀㰀戀爀㸀䨀䔀匀倀䔀刀匀Ⰰ 䨀攀愀渀ⴀ䨀愀挀焀甀攀猀⸀ 䨀漀爀渀愀氀椀猀洀漀 吀攀氀攀瘀椀猀椀瘀漀Ⰰ 䌀漀椀洀戀爀愀Ⰰ 䴀椀渀攀爀瘀愀Ⰰ ㄀㤀㤀㠀⸀㰀戀爀㸀㰀戀爀㸀䴀䄀一娀䤀一䤀Ⰰ 䔀⸀ 䨀⸀ 䌀漀渀猀椀搀攀爀愀攀猀 猀漀戀爀攀 愀 攀氀愀戀漀爀愀漀 搀攀 爀漀琀攀椀爀漀 瀀愀爀愀 攀渀琀爀攀瘀椀猀琀愀 猀攀洀椀ⴀ攀猀琀爀甀琀甀爀愀搀愀⸀ 䤀渀㨀 䴀䄀刀儀唀䔀娀䤀一䔀㨀 䴀⸀ 䌀⸀㬀 䄀䰀䴀䔀䤀䐀䄀Ⰰ 䴀⸀ 䄀⸀㬀 伀䴀伀吀䔀㬀 匀⸀ ⠀伀爀最猀⸀⤀ 䌀漀氀焀甀椀漀猀 猀漀戀爀攀 瀀攀猀焀甀椀猀愀 攀洀 䔀搀甀挀愀漀 䔀猀瀀攀挀椀愀氀⸀ 䰀漀渀搀爀椀渀愀㨀攀搀甀攀氀Ⰰ ㈀  ㌀⸀ 倀⸀㄀㄀ⴀ㈀㔀㰀戀爀㸀㰀戀爀㸀刀伀䐀刀䤀䜀唀䔀匀Ⰰ 䨀漀猀 伀爀氀愀渀搀漀⸀ 伀渀椀瀀爀攀猀攀渀琀攀Ⰰ 伀渀椀猀挀椀攀渀琀攀⸀⸀⸀ 攀 猀⸀ ㄀먀攀搀⸀ 匀漀 倀愀甀氀漀Ⰰ 䔀搀椀琀漀爀愀 䈀椀戀氀椀漀琀攀挀愀㈀㐀栀漀爀愀猀Ⰰ 匀攀瘀攀渀 匀礀猀琀攀洀 䤀渀琀攀爀渀愀挀椀漀渀愀氀 䰀琀搀愀Ⰰ ㈀ ㄀㘀⸀㰀戀爀㸀㰀戀爀㸀吀刀䤀嘀䤀턀伀匀Ⰰ 䄀⸀ 一⸀ 匀⸀ 䤀渀琀爀漀搀甀漀  瀀攀猀焀甀椀猀愀 攀洀 挀椀渀挀椀愀猀 猀漀挀椀愀椀猀㨀 愀 瀀攀猀焀甀椀猀愀 焀甀愀氀椀琀愀琀椀瘀愀 攀洀 攀搀甀挀愀漀⸀ 匀漀 倀愀甀氀漀㨀 䄀琀氀愀猀Ⰰ ㄀㤀㠀㜀⸀㰀戀爀㸀㰀戀爀㸀嘀䄀䰀䰀䄀䐀䄀刀䔀匀Ⰰ 䰀椀挀椀愀⸀ 伀猀 搀攀稀 洀愀渀搀愀洀攀渀琀漀猀 搀愀 漀戀猀攀爀瘀愀漀 瀀愀爀琀椀挀椀瀀愀渀琀攀⸀ 刀攀瘀⸀ 戀爀愀猀⸀ 䌀椀⸀ 匀漀挀⸀Ⰰ  匀漀 倀愀甀氀漀 Ⰰ  瘀⸀ ㈀㈀Ⰰ 渀⸀ 㘀㌀Ⰰ 瀀⸀ ㄀㔀㌀ⴀ㄀㔀㔀Ⰰ  䘀攀戀⸀  ㈀  㜀⸀ 䐀椀猀瀀漀渀瘀攀氀 攀洀㨀 㰀栀琀琀瀀㨀⼀⼀眀眀眀⸀猀挀椀攀氀漀⸀戀爀⼀猀挀椀攀氀漀⸀瀀栀瀀㼀猀挀爀椀瀀琀㴀猀挀椀开愀爀琀琀攀砀琀☀瀀椀搀㴀匀 ㄀ ㈀ⴀ 69092007000100012&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 11 de Setembro de 2016.਀㰀戀爀㸀㰀戀爀㸀ऀ㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀⼀琀愀戀氀攀㸀㰀⼀戀漀搀礀㸀㰀⼀栀琀洀氀㸀