| O uso comum da terra é uma ocorrência habitual em diversos estados brasileiros. No Semiárido baiano, os territórios com essa característica são conhecidos como “fundos de pastos”, cuja principal característica é o uso comunitário das terras para o desenvolvimento do pastoreio extensivo, considerando o clima semiárido, com suas chuvas irregulares e o alto grau de evaporação. Os atores/atrizes que compõem esses grupos se identificam com a figura do vaqueiro, personagem emblemático do Semiárido Brasileiro, por meio das memórias dos labores dos antepassados, o uso do chapéu de couro, surrões etc (SILVA, 2017). Nesse contexto, a caprinovinocultura também é uma particularidade marcante, uma vez que esses animais se adaptam melhor - que o gado - a esses territórios. Por serem de pequeno porte e se alimentarem da vegetação nativa, a criação de bodes e ovelhas se torna mais rentável para os/as criadores/as. Esses povos desenvolvem uma prática ancestral de marcar os animais por meio de cortes na orelha, os chamados “sinais de mourão” que identificam o pertencimento do rebanho a determinada pessoa, desenvolvem ainda uma agricultura de subsistência, o cuidado e preservação do bioma, além de predominar relações de solidariedade entre os/as moradores/as que, geralmente, possuem laços familiares ou de compadrio (SANTOS, 2010). Em decorrência disso, este trabalho teve como ponto de partida o questionamento: como os moradores e as moradoras do Fundo de Pasto de Cachoeirinha se relacionam com o Semiárido, explorando as viabilidades de convivência desse território? Partindo dessa provocação, este trabalho buscou analisar as relações existentes entre os moradores e as moradoras do Fundo de Pasto de Cachoeirinha e o território que habitam, ressaltando em uma narrativa longform as práticas que utilizam para estabelecer uma vivência ressignificada com o Semiárido. A partir disso, elencou-se como objetivos específicos: a) estudar as comunidades de fundos de pastos, ressaltando suas principais características culturais, políticas e ambientais; b) identificar a relação histórica que os moradores e moradoras de Cachoeirinha têm com seu território, verificando em suas ações cotidianas, ações que viabilizam a Convivência com o Semiárido; e c) construir uma narrativa longform sobre a Comunidade Cachoeirinha, destacando a relação dos atores e atrizes com o território Semiárido e as principais vivências comunitárias. A escolha pela narrativa online se deu pela possibilidade de utilizar novos formatos, adotados pelo jornalismo online em produtos noticiosos, que fazem uso da linguagem multimídia para complementar a informação e dar ao leitor a autonomia de traçar o seu trajeto de interesse. Para Salaverría (2014), a plataforma online trouxe versatilidade e a possibilidade de diálogo entre diversos formatos comunicativos. A partir disso, tem surgido o chamado “jornalismo longform” que chama a atenção pelas suas características. Fischer (2013 apud LONGHI; WINQUES, 2015, p. 2) ratifica que a narrativa longform diz respeito a: “1) um nível mais aprofundado de relato, que vai além do padrão cotidiano da produção (jornalística) e 2) narrativas atraentes, frequentemente com elementos multimídia, que realçam o artigo”. Assim, para a realização desta investigação, escolhemos o Fundo de Pasto de Cachoeirinha, situado a 60km de Juazeiro – BA. A data de origem da comunidade ainda é incerta, mas, estima-se que em 1870 a área já pertencia a Pedro Conceição, o patriarca que deu origem a Fazenda que viria a se tornar a Comunidade de Cachoeirinha. Atualmente, cerca de 30 famílias ocupam uma área de 1.336 hectares, de onde tiram a principal fonte de renda: a criação de cabras e ovelhas. Os resultados desta pesquisa se encontram na narrativa longform “(Re)existências: laços de compadrio e luta pela terra”, que foi apresentada em dezembro de 2018, como Trabalho de Conclusão de Curso em Comunicação Social – Jornalismo em Multimeios, na Universidade do Estado da Bahia (UNEB).㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀☀渀戀猀瀀㬀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀㰀猀瀀愀渀 猀琀礀氀攀㴀∀挀漀氀漀爀㨀 ⌀戀挀㔀㈀ ∀㸀㰀戀㸀䤀一吀刀伀䐀唀윀쌀伀㰀⼀戀㸀㰀⼀猀瀀愀渀㸀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀 眀椀搀琀栀㴀∀㤀 ─∀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀ 愀氀椀最渀㴀∀樀甀猀琀椀昀礀∀㸀伀瀀琀漀甀ⴀ猀攀 瀀漀爀 愀搀漀琀愀爀 甀洀愀 愀戀漀爀搀愀最攀洀 焀甀愀氀椀琀愀琀椀瘀愀⸀ 伀 瀀爀漀挀攀猀猀漀 搀攀 瀀攀猀焀甀椀猀愀 琀攀瘀攀 椀渀挀椀漀 愀琀爀愀瘀猀 搀漀 氀攀瘀愀渀琀愀洀攀渀琀漀 戀椀戀氀椀漀最爀昀椀挀漀Ⰰ 甀洀愀 瘀攀稀 焀甀攀 攀爀愀 瀀爀攀挀椀猀漀 ⠀爀攀⤀挀漀渀栀攀挀攀爀 漀 挀漀渀琀攀砀琀漀 搀漀 漀戀樀攀琀漀 搀攀 攀猀琀甀搀漀Ⰰ 琀爀愀稀攀渀搀漀 甀洀愀 瘀椀猀漀 洀愀椀猀 愀戀爀愀渀最攀渀琀攀 攀 愀瀀爀漀昀甀渀搀愀搀愀 搀漀 琀攀洀愀⸀ 䄀瀀猀 攀猀猀愀 攀琀愀瀀愀Ⰰ 昀漀椀 爀攀愀氀椀稀愀搀漀 漀 琀爀愀戀愀氀栀漀 攀洀 挀愀洀瀀漀⸀ 䄀猀 瘀椀猀椀琀愀猀 䌀愀挀栀漀攀椀爀椀渀栀愀 漀挀漀爀爀攀爀愀洀 攀渀琀爀攀 樀甀氀栀漀 攀 渀漀瘀攀洀戀爀漀 搀攀 ㈀ 㠀⸀ 䔀猀挀漀氀栀攀甀ⴀ猀攀 椀渀瘀攀猀琀椀最愀爀 瀀攀氀漀猀 洀琀漀搀漀猀 搀攀 䠀椀猀琀爀椀愀 搀攀 嘀椀搀愀 攀 一愀爀爀愀琀椀瘀愀Ⰰ 搀攀昀椀渀椀搀愀 瀀漀爀 䜀椀氀氀 ⠀㈀ 㔀Ⰰ 瀀⸀ ㈀㔀⤀ 挀漀洀漀 愀 ᰀ挠漀洀瀀椀氀愀漀 搀攀 攀砀瀀攀爀椀渀挀椀愀 瘀椀瘀椀搀愀 搀攀 椀渀搀椀瘀搀甀漀猀 漀甀 最爀甀瀀漀猀 渀漀 瀀愀猀猀愀搀漀 攀 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