ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XXI CONGRESSO DE CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO NA REGIÃO NORDESTE</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span style="color: #bc1520"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;00094</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #bc1520"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;JO</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #bc1520"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;JO16</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #bc1520"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;Desabafo do Velho Chico</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #bc1520"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Maria Luiza Alves de Oliveira (universidade Católica de Pernambuco); Eduardo Henrique Montenegro Pedrosa (Universidade Católica de Pernambuco); Alexandre Figueirôa (Universidade Católica de Pernambuco)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #bc1520"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;, , , , </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O Desabafo do Velho Chico é um filme documental realizado pelos jornalistas Eduardo Montenegro e Maria Luiza Alves (Luiza Fuhrmann) ainda como estudantes da Universidade Católica de Pernambuco, sob a orientação do professor Alexandre Figueirôa Ferreira. Ele tem como proposta apresentar a degradação ambiental do Rio São Francisco, nas proximidades de sua foz, provocada pela salinização de suas águas em decorrência das intervenções feitas pelo homem no seu leito. O Rio São Francisco, apelidado carinhosamente de Velho Chico, com uma extensão de 2830 km, é um dos mais importantes do Brasil e da América do Sul. Ele corta cinco estados (Minas Gerais, Bahia, Sergipe, Alagoas e Pernambuco) e tem cerca de 500 municípios às suas margens. Por sua extensão, importância econômica e por ligar diferentes regiões do país ele é chamado de "Rio da Integração Nacional". Todavia, apesar dos benefícios oriundos da utilização de suas águas, a construção das usinas hidrelétricas de Três Marias, Sobradinho, Paulo Afonso, Xingó, Itaparica e Moxotó e, mais recentemente, o projeto de transposição das águas do rio para irrigação, estão afetando a biodiversidade e a qualidade da água. Uma das consequências dessas intervenções é a redução do volume da água vazante do São Francisco. Essa redução vem atingindo, sobretudo, a população que reside nas proximidades da foz, pois cada vez mais o volume de água do mar que entra no rio é maior, tornando a água do rio imprópria para consumo e interferindo no ecossistema local com o desaparecimento dos peixes que existiam no local. E quem vem sofrendo com maior intensidade essa situação são os moradores da cidade de Piaçabuçu, localizada a apenas cerca de 20 quilômetros da foz do rio. E são exatamente os habitantes de Piaçabuçu os protagonistas do documentário Desabafo do Velho Chico. São eles quem contam, por meio de suas histórias cotidianas, o que está acontecendo em suas vidas por causa da salinização do São Francisco. Por trás das belas paisagens da região mostradas pelo documentário, flagra-se o drama de quem sempre dependeu do rio para sobreviver, seja bebendo sua água, pescando e que, agora, enfrenta uma série de dificuldades por causa do rio que tanto amam. Desabafo do Velho Chico é também o título de um poema escrito por uma moradora local, Jacilene Barbosa, que se encaixa no que o documentário se propõe a cumprir: ser um local de fala do rio e dos seus ribeirinhos. Com esta produção audiovisual, pretende-se assim mostrar a importância ambiental, social e histórica do Rio São Francisco, a partir da perspectiva e do olhar dos moradores de Piaçabuçu, denunciando os seus problemas e dando voz àqueles que dele depende. O documentário apresenta a situação atual da cidade e da foz, mostra como são as vidas das pessoas que vivem do rio, estabelecendo relações entre o passado farto e feliz e o presente de privações e incertezas. Discute ainda como as intervenções realizadas no rio afetaram a cultura local e a saúde. O documentário, de certa forma, estreita relações entre os ribeirinhos e o próprio São Francisco, santo italiano que renunciou sua antiga vida de luxo e se tornou pobre, vivendo entre os pobres, se doando para eles, assim como o rio que leva seu nome. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O nosso trabalho de pesquisa se deu mais por uma metodologia imersiva do que acadêmica, embora a leitura de certos artigos e notícias foi essencial para nortear o sentido que precisávamos tomar no nosso trabalho. Como, por exemplo, para entender a dimensão da Bacia do Rio São Francisco e sua importância história e cultural para os 500 municípios que são tocados por ele. A leitura das notícias, por sua vez, nos apresentou uma realidade dura: a pequena Piaçabuçu, em Alagoas, de certo modo "sofria" com todas as alterações humanas ao longo de todo seu leito. Foi a partir desse ponto, da conscientização, que realmente passamos a acreditar no nosso trabalho. No entanto, quando decidimos a pauta de Desabafo, contar a história do povo ribeirinho na foz, descobrimos poucas coisas "catalogadas". Existiam mais notícias em sites jornalísticos do que artigos de pesquisas escritos a respeito da salinização; esta é a razão pela qual a pesquisa de campo tem tamanha importância para o desenvolvimento do produto. Cada casa visitada, cada história a nós contada foi fundamental para a condução da narrativa e aprofundamento da empatia pelos ribeirinhos. Durante esse tempo procuramos nos imergir no cotidiano deles. Acompanhamos o processo de pesca, de tratamento do pescado e o principal, o convívio com a água salgada. Conseguimos ver de perto a dificuldade para a realização de tarefas diárias como cozinhar, tomar banho, lavar roupas e até mesmo beber a água propriamente dita. Uma das soluções que os povoados ribeirinhos encontraram foi aceitar as doações de pessoas de cidades próximas para as construções de algumas caixas d'água, uma vez que a prefeitura só disponibiliza um poço; sem essa imersão não seríamos capazes de relatar acontecimentos como este. Foi como ver as leituras se tornando realidade bem à nossa frente, em outras palavras. A pesquisa também se mostrou importante durante o processo de pós-produção. Uma vez entendendo a dimensão e a quantidade de hidrelétricas que acompanhavam a bacia do Velho Chico, sentimos necessidade de encaixar informações sobre elas no documentário, para explicar ao público a gravidade da situação vivida na foz.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Nossa ideia inicial era acompanhar a trajetória do Rio São Francisco desde sua nascente, em Minas Gerais, até a sua foz, em Alagoas. No entanto, por ser uma ideia que iria requerer maior tempo de produção e grande investimento financeiro  algo que, como universitários, não tivemos  , nosso orientador deu como saída focarmos apenas na foz. Foi a partir disso que começamos a procurar notícias e histórias a respeito da salinização que afeta o rio, e assim chegamos até a cidade de Piaçabuçu. Além das leituras relacionadas sobre o processo de realização de documentários, artigos e notícias sobre os problemas ambientais do Rio São Francisco, para desenvolver esse produto foi fundamental a pesquisa de campo. Alguns meses antes de darmos início ao trabalho efetivamente fizemos uma viagem até Piaçabuçu, onde permanecemos por três dias. Durante nossa estadia conseguimos realizar um contato mais íntimo com os moradores da cidade e a partir disso fizemos uma seleção dos personagens a serem entrevistados e estabelecemos relações com outros ribeirinhos para identificar os problemas vividos por eles. Com essa pesquisa pudemos vivenciar um pouco a realidade dessas pessoas e conseguimos vislumbrar o que queríamos sobretudo passar com esse filme: transmitir o sentimento de empatia para com o próximo. Com os contatos já feitos, marcamos o retorno até a cidade para começarmos as filmagens. Com base nos levantamentos realizados definimos que tipo de imagens queríamos tanto da paisagem do São Francisco, da foz, da cidade, da rotina dos seus moradores, bem como as locações que usaríamos para as entrevistas. Escolhemos conduzir as entrevistas de modo a deixar os entrevistados o mais à vontade possível, fazendo as perguntas pontuais e necessárias, mas deixando-os bem livres para que nos dissessem o que tinham vontade de falar a respeito do assunto. Ao conhecer de perto os problemas decorrentes da salinização do rio, consideramos que seria imprescindível analisar as consequências desse processo sobre a população, já que elas são frutos das ações feitas ao longo do Rio São Francisco. Nesse contexto percebemos também a falta de diálogo dos governos, em todos os níveis, com a população. Durante o período de pesquisa, procuramos ouvir o Governo de Alagoas, juntamente com a Secretaria de Saúde, Agricultura e Pesca e a Prefeitura do Município de Piaçabuçu, porém nenhum deles nos recebeu ou retornou nossas ligações. Para falar sobre as intervenções no rio, também procuramos a Companhia Hidrelétrica do São Francisco (CHESF), e a mesma, como os demais, não retornou nossas ligações ou respondeu os e-mails que foram enviados. Assim para entender melhor essas intervenções, já de volta ao Recife para a pós-produção, achamos importante procurar algum especialista da área, para que não somente nos explicasse o que de fato acontece com o rio, mas também explicar ao espectador a gravidade da situação. Foi então que chegamos até Ricardo Braga, professor de Meio Ambiente e Recursos Hídricos da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e presidente da Associação Águas do Nordeste. Gravamos seu depoimento e ele se mostrou essencial para contextualizar tudo o que está acontecendo na foz do São Francisco. Ao assistirmos as imagens feitas do rio, contemplando toda aquela beleza natural, sentimos falta de uma trilha sonora que fizesse jus à potência das imagens. Procurarmos então artistas que se identificassem com o tema, e foi a partir daí que firmamos uma parceria com a cantora Luiza Raboni, estudante de Engenharia Florestal da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) que desenvolve trabalhos junto a comunidades ribeirinhas. Como base musical, escolhemos a canção do compositor indígena Nilton Junior, que se chama Vontade de Tu, com pequenas alterações na letra  com autorização do próprio  para que melhor se encaixasse na história contada. A gravação da música aconteceu no próprio estúdio de rádio da Universidade Católica de Pernambuco (Unicap).</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2"> </td></tr></table></body></html>