ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XXI CONGRESSO DE CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO NA REGIÃO NORDESTE</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span style="color: #bc1520"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;00168</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #bc1520"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;JO</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #bc1520"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;JO07</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #bc1520"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;Reportagem multimídia: Não é todo mundo que sabe chorar - o fim do luto dos Apinayé no ritual do Parkapê</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #bc1520"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Isabel Maria Lima Sousa (UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #bc1520"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;, , , , </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A reportagem multimídia   Não é todo mundo que sabe chorar  O fim do luto dos Apinayé no ritual do Parkapê , foi desenvolvida na disciplina de Trabalho de Conclusão de Curso, como requisito parcial para obtenção de graduação em Comunicação Social/Jornalismo na UFMA  Campus Imperatriz, em 2018, e busca contemplar a pluralidade, o conhecimento e o patrimônio cultural do povo Apinayé a partir da produção de uma narrativa multimídia sobre a Festa da Tora Grande  Parkapê, que reúne até quatro gerações em torno de inúmeros rituais para a finalização de luto após o falecimento de um ente querido. A Festa da Tora Grande é uma manifestação cultural e espiritual deste povo. É uma festa comum aos demais povos Timbira  Gavião, Kanela, Krahô e Krikati, com variações significativas entre cada uma. A escolha de apresentar este ritual Apinayé nesta reportagem se deu após um período de convivência pessoal e profissional com este povo, quando convidada para cobrir encontros de mulheres nas aldeias nos anos de 2015, 2017 e 2018. Para compor a reportagem, acompanhamos duas festas em aldeias diferentes, Abacaxi e Prata, que ocorreram em agosto e setembro de 2018, respectivamente. A reportagem   Não é todo mundo que sabe chorar  O fim do luto dos Apinayé no ritual do Parkapê , está disponível no link: www.naoetodomundoquesabechorar.com, pode ser acessada em computador desktop ou dispositivos móveis, pois tem design responsivo. Contém fotos, vídeos, áudios, textos, gráficos e mapas, produzidos para contar uma parte da narrativa, não somente como complemento do texto, mas como um complexo integrado, como se caracteriza a produção multimídia no jornalismo digital. A reportagem se apresenta na seguinte estrutura: 1. Página Inicial, com um vídeo de início automático, acesso ao menu e botão de início; 2. As quatro páginas da reportagem, que também dão acesso ao menu e apresentam botão para seguir a leitura linear; 3. Página final, com o glossário, dados da autora e links relacionados. O menu de acesso é uma janela ativada pelo clique/toque do leitor em um ícone localizado no lado superior direito da página.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Compreendendo esse processo, fizemos uma pesquisa bibliográfica e documental sobre as produções jornalísticas e acadêmicas sobre indígenas no Brasil. Desde a Carta de Caminha, o primeiro registro sobre o Brasil, os povos indígenas são objetificados. Segundo Pinto (2010), os registros encontrados sobre os povos da América Latina os descreve como  uma raça inferior, em desaparição, de forma degradante e ofensiva , e essa visão colonial afeta a legislação e o tratamento dispensado aos indígenas. Neste prisma, foi constatado que as pautas jornalísticas se firmam em uma narrativa da violência ou do silenciamento (BANDEIRA DE MELO, 2003, p. 154). Outra abordagem é a da identidade generalizada ou do reforço de estereótipos, que prejudica ainda mais a população indígena, como demonstra Lima (2012)  as matérias e imagens dos jornais analisados invisibilizam e deslegitimam a luta indígena, alimentando, assim, os preconceitos já existentes entre a população urbana . Mesmo nas mídias não comerciais, a representação da pluralidade étnica no país ainda é insuficiente. Na programação da TV Brasil entre 2008 e 2015, analisada por Montenegro, ainda não há produção expressiva por parte de indígenas, e a grande maioria dos programas assume uma postura de alteridade. Não há complexidade nos personagens, adotam estereótipos, como o bom e mau selvagem, ou os colocam na condição de vítimas. Em uma das categorias jornalísticas, Montenegro expressa que  chamou a atenção o número de programas que discutiram questões indígenas atuais à época da exibição sem convidar fontes indígenas (MONTENEGRO, 2017, p. 135). Diante do exposto, percebemos que os assuntos sobre cultura, estrutura social, genealogia, formalidades e dados históricos dos indígenas brasileiros ficam em um local secundário, sufocados pelas pautas de violência. Os Apinayé vivem no norte do estado do Tocantins, em uma área de 141 mil hectares declarada e homologada pelo Decreto da República N° 90.960 de 1985. A Terra Indígena Apinayé é morada de 2227 pessoas, distribuídas em 45 aldeias e abrange quatro municípios: Cachoeirinha, São Bento, Tocantinópolis e Maurilândia do Tocantins. Algumas aldeias já têm energia elétrica, escola, posto de saúde e água encanada, mas são a minoria. As festas e rituais Apinayé são marcadas pela profusão de cores das pinturas e enfeites, a presença das metades cerimoniais, os significados e as corridas de tora. Dos rituais tradicionais, os que remetem aos ciclos da vida são os mais presentes na atualidade, principalmente sobre a morte. De acordo com Giraldin (2012), a morte, entre os Timbira, não representa o fim da vida,  mas a passagem do sujeito para outra condição de sujeito. Os Timbira falam da morte como sendo uma viagem, pois que ela implica nessa passagem de uma condição humana para outra, sendo ambas semelhantes, ainda que invertidas (GIRALDIN, 2012, p. 3). Essa mudança de condição carece de uma série de procedimentos rituais para ser consolidada, como o choro ritual. Nos relatos de Giraldin, o choro representa a aceitação da morte de alguém pelos vivos, após um  contato com o espírito (karõ) que já deixou o corpo. Estas atividades que devem ser cumpridas são também uma forma de movimentar a vida nas aldeias. Entre os Apinayé, as pessoas que tiveram contato com o morto devem tomar banhos com cascas de árvores, fazer resguardos de alimentos. Os parentes se ausentam por certo tempo das cantorias no pátio, do corte de cabelo tradicional e da pintura corporal. Cerca de dois anos após o falecimento, é realizado o último ritual de fim de luto dos Apinayé. O principal e mais frequente é o Parkapê, mas existem dois rituais mais curtos, m&#7869;ôkrépoxrundi e o m&#7869;ôkrepoxmex. Nesta festa, toda a rotina da aldeia se volta para as atividades rituais, realizam-se pinturas, cantorias, danças, corridas de flecha, corridas de tora  um dos principais pontos que caracterizam os Timbira. É uma reavivação da tradição motivada pelo falecimento de outrem.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O primeiro contato com os Apinayé foi o registro fotográfico da cerimônia de batismo, que formaliza as relações entre os Apinayé, de uma pesquisadora que estabeleceu uma relação afetuosa com Maricota Apinajé, em outubro de 2013. Nos anos de 2015, 2017 e 2018 recebemos convites para registrar os Encontros de Mulheres Apinayé. A partir do convívio, surgiu o interesse de desenvolver um trabalho jornalístico sobre a cultura Apinayé como forma de documentar e divulgar, tendo em vista que muito ouvimos dos mais velhos o desejo de manter as atividades tradicionais vivas, principalmente as cantorias, a corrida de tora e as festas. Após ter contato com produções multimídia e as potencialidades do jornalismo digital na disciplina de Webjornalismo, optamos por uma reportagem multimídia voltada para os aspectos culturais dos Apinayé. Realizamos a primeira viagem de campo no mês de julho com duração de 7 dias e visitas a 5 aldeias. De posse de datas e informações sobre a festa, decidimos que a reportagem seria sobre o Parkapê, que reúne diferentes rituais em torno da socialização e da homenagem a um ente querido. A Aldeia Abacaxi iniciaria a festa no dia 24 de agosto e finalizaria no dia 31. Já a da Prata aconteceria entre 10 e 20 de setembro. Neste momento optamos por acompanhar o começo de uma e o fim de outra, caso não fosse possível comparecer mais vezes. O material necessário para esta etapa compreendeu câmeras Canon 70D, Canon T3i e Nikon D3200, duas lentes fixas (35mm e 50mm), duas lentes grande angulares com zoom 18-55mm, tripé e monopé para estabilização. Após as atividades de campo, selecionamos os arquivos audiovisuais e fotográficos em pastas específicas com subpastas relativas às atividades, como pinturas, corridas, alimentos, cantorias e danças. Algumas fotos e vídeos de arquivo da autora foram incluídos para compor a reportagem. Posteriormente, elaboramos uma estrutura de narrativa multimídia com os elementos da festa que foram registrados, assim definida: Página Inicial - Vídeo automático sem áudio e o título da reportagem, botão de acesso à reportagem para leitura ordenada, botão de acesso ao menu principal para leitura personalizada; Parte 1 - História dos Apinayé, contato interétnico, depopulação, demarcação da terra, criação das pessoas segundo a crença tradicional; Parte 2 - Organização da festa, captação de recursos, o que mudou, quem comparece. Destaque para a fabricação dos enfeites e de alguns alimentos, como a farinha; Parte 3 - Reunião de tudo produzido durante a festa, que inicia após a derrubada do buritizeiro. As pinturas, os alimentos, as brincadeiras que antecedem o último dia de festa; Parte 4 - O fim da festa, os momentos rituais mais significativos, a corrida da tora grande, a visita aos parentes; Sobre - Informações sobre a produção, créditos, contato e links para sites relacionados. Primeiro produzimos um esboço manual das seções e elementos desejados e depois um esboço digital, mais parecido com o que seria o resultado final já na plataforma de hospedagem. Optamos pelo Wix, tendo em vista os recursos e facilidades para a montagem de sites, como plug-ins, templates e ferramentas intuitivas. Além disso, a plataforma é responsiva, com a possibilidade de adaptar os conteúdos para web ou smartphones. Utilizamos um plano de fundo branco para realçar as cores das fotografias, vídeos e elementos gráficos, com os detalhes em preto e vermelho, cores predominantes nas pinturas rituais dos Apinayé. Os vídeos estão divididos em vídeos de background, sem áudio, com início automático e os vídeos com informações em áudio e legendas, que devem ser ativados pelo leitor. Eles foram editados, legendados e tratados no programa Adobe Premiere Pro CS6, e as fotos passaram por edição e tratamento de cor nos programas Adobe Ligthroom 6 e Adobe Photoshop CS6. O Corel Draw 2018 foi utilizado para alteração de ícones, grafismos e produção de gráficos.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2"> </td></tr></table></body></html>