ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XXI CONGRESSO DE CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO NA REGIÃO NORDESTE</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span style="color: #bc1520"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;00205</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #bc1520"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;JO</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #bc1520"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;JO16</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #bc1520"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;FLAU: UMA GRANDE REPORTAGEM SOBRE HOMICÍDIOS DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #bc1520"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;KIMBERLY EMILY DA SILVA (CENTRO UNIVERSITÁRIO MAURÍCIO DE NASSAU); Luís Boaventura (Centro Universitário Maurício de Nassau)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #bc1520"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;, , , , </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O relatório do Fundo das Nações Unidas para a Infância, no texto Um rosto familiar: a violência na vida de crianças e adolescentes (UNICEF, 2017) mostra que pessoas, entre 10 e 19 anos, morrem vítima de homicídio, ou de violência coletiva, ou de conflito armado no mundo, a cada sete minutos. Um cenário que não está longe de existir no Brasil, pelo contrário, o país tem o maior índice de mortes absolutas em todo o planeta, quando se refere aos adolescentes. Uma realidade que também se reflete em Pernambuco. E para evitar que esses meninos e meninas continuem sendo vítimas da violência, existem instituições que buscam proteger, cuidar e formar esses menores para preveni-los de situação de vulnerabilidade social. Entre essas entidades, está o Centro Educacional Profissionalizante do Flau, que fica em Brasília Teimosa, bairro periférico da Zona Sul do Recife. Nesta comunidade, conforme a Prefeitura Municipal do Recife, no título Brasília Teimosa (Disponível em: <http://www2.recife.pe.gov.br/servico/brasilia-teimosa> Acesso em: 30 abr. 2018), existem 18.334 habitantes. Desse total, 3.761 tem faixa etária de 5 a 17 anos, ou seja, isso corresponde a 14,37% da população do bairro. Uma missão para a 'Turma do Flau , como é carinhosamente chamada, que desde 1982 oferece ações de cidadania para o público infanto-juvenil de Brasília Teimosa. Por falta de recurso financeiro, atualmente, apenas 70 meninos e meninas são contemplados na entidade que se mantém por meio de publicação de edital para projetos e doações que recebe de uma fundação católica alemã.  Flau: uma grande reportagem sobre homicídios de crianças e adolescentes , desenvolvida como trabalho de conclusão do curso de jornalismo do Centro Universitário Maurício de Nassau, objetiva mostrar o trabalho desenvolvido pelo Centro Educacional Profissionalizante do Flau, como subsídio para discutir os homicídios de crianças e adolescentes no Recife, tendo em vista que essa Organização Não Governamental luta para prevenir da violência os meninos e meninas que participam da entidade. Por meio de arquivos de reportagens cedidos pelas TV Jornal e TV JC, o trabalho exemplifica casos de assassinatos que vitimizaram crianças e adolescentes na capital pernambucana, além de apresentar os números de homicídios contra menores de idade em Pernambuco, como também, o que o Estado tem feito para combater essa violência. A grande reportagem traz, ainda, a análise de um sociólogo/especialista em segurança pública para discutir acerca dessa problemática e a atuação da Turma do Flau, junto aos seus colaboradores, na prevenção da violência. O jornalismo se faz necessário para conscientizar a população de que crianças e adolescentes morrem diariamente e que é imprescindível a participação conjunta do Estado e da sociedade civil para tentar frear as crescentes estatísticas. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A implantação do Estatuto da Criança e do Adolescente não foi o bastante para mudar a violência, haja vista, na seguinte afirmação:  desde a aprovação do ECA, o número de homicídios de crianças e adolescentes dobrou Fundo das Nações Unidas para a Infância, no texto Estatuto da Criança e do Adolescente 25 anos: Avanços e desafios para a infância e adolescência no Brasil (UNICEF, 2015). O país não tem conseguido assegurar os direitos básicos e, de acordo com dados do órgão, essa realidade já vem sendo registrada desde o século XX. Um exemplo disto está na execução de adolescentes durante a Chacina da Candelária, em 1993. De acordo com o pesquisador Waiselfisz, no texto Homicídios de Crianças e Adolescentes no Brasil (Instituto Igarapé, 2017), o país  é campeão de assassinatos em números absolutos no mundo , para além disto,  está passando por uma epidemia de homicídios, já que apresenta altas taxas de violência letal contra crianças e adolescentes. "Segundo os registros do Ministério da Saúde, entre 1980 e 2013 foram assassinadas no Brasil 218.580 crianças e adolescentes, com uma intensidade crescente ao longo do tempo. Em 1980 foram 1.825 homicídios; já em 2014, o número aumentou em seis vezes e passou para 11.142, o que representa 30,5 homicídios diários. Ao se comparar este crescimento, que corresponde a 510,5%, ao exíguo aumento de 4,2% na população de crianças e adolescentes, podemos inferir o drástico crescimento real dos assassinatos de jovens". Waiselfisz, no texto Homicídios de Crianças e Adolescentes no Brasil (Instituto Igarapé, 2017). Em Pernambuco, entre os anos de 2016 a 2017, o índice de homicídios contra adolescentes aumentou em 104 casos. Ou seja, de 390 notificações para 494, de acordo com a Secretaria de Defesa Social, por meio de Solicitação de dados (Mensagem recebida por: <imprensasdspe@gmail.com> em 03 maio 2018). Na contramão da violência, surgem as Organizações Não Governamentais (ONGs), como alternativas de minimizar problemas socioeconômicos encontrados nas diversas instâncias. Para Leal, no texto A mobilização das ONGs no enfrentamento à exploração sexual comercial de crianças e adolescentes no Brasil (Universidade de Brasília, 2014), o Estado tem lançado a essas entidades parte da responsabilidade de amparar a sociedade em determinadas tarefas. Entre essas, pode-se destacar a superação da violência contra meninos e meninas. Um estigma que ainda está longe de erradicar, porém as instituições não governamentais  [...] têm procurado exercer uma maior mobilização nas esferas públicas estatais e não estatais, tendo como intuito elaborar estratégias no combate à violência contra as crianças e os adolescentes no âmbito familiar e extrafamiliar conforme Paula, no texto Combate e prevenção à violência familiar contra a criança e o adolescente (Revista Anhangüera v.9 n.1 jan./dez. p.77-94, 2008) Sendo assim, as Organizações Não Governamentais têm preponderante participação na tentativa de resolução de problemas sociais. É dentro desta perspectiva que o jornalismo também assume  o compromisso de manter a universalidade dos direitos humanos assim dito pelos autores Barbeiro; Lima, no Manual de Telejornalismo: os segredos da notícia na TV (Elsevier, 2005). As formas de repassar informações e relatar histórias a fim de expor fatos a serem resolvidos ou denunciar certos acontecimentos, podem ser feitos em várias plataformas, uma delas é a grande reportagem, pela qual este trabalho se aprofunda. Para a execução da mesma, foi utilizada a pesquisa de campo exploratória, que permitiu buscar mais informações relacionadas e se aprofundar com mais respaldo sobre o assunto pautado. Quanto a forma de abordagem, foi empregada a análise qualitativa. A coleta de dados se deu por meio de entrevistas e e-mails, além da pesquisa bibliográfica que foi imprescindível para o procedimento técnico do conteúdo na qual apropriou-se de artigos, livros, periódicos e sites. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A curiosidade de produtora levou a visitar o Centro Educacional Turma do Flau, indicado por um colega que conhecia o trabalho desenvolvido pela Irmã Aurieta, fundadora da entidade. No decorrer da apresentação das instalações do espaço, feita pela religiosa, algo despertou a atenção: o mural com cruzes, essas com nomes de meninos e meninas que foram mortos pela violência. Foi a partir desta perspectiva que se imaginou como se daria a abordagem da grande reportagem. A intenção não seria apenas mostrar o trabalho da Turma do Flau, mas também dá um enfoque nos homicídios e saber ao menos uma história de uma cruz daquela e qual era a relação dela com a instituição. Foi a partir desse contexto que surgiu o tema e começou-se a apuração. Foram semanas para encontrar personagens que se enquadrassem no assunto abordado. De todos os nomes afixados naquele painel, Ir. Aurieta sabia apenas onde morava a família de uma daquelas vítimas. Segundo ela, ao longo dos anos, outros parentes se mudaram da região e foi perdida a comunicação. Então foi localizada somente uma mãe, Maria do Bom Parto, mais conhecida como Pacinha, de tantos outros que lá estavam representados. A princípio, a ideia era contar três histórias dos personagens retratados naquelas cruzes até chegar à ONG. No entanto, como só foi encontrada apenas uma fonte ligada àquelas cruzes, teve-se de procurar outras histórias de homicídios que vitimaram crianças e adolescentes no Recife. Foi por meio da pesquisa em sites de notícias, em Pernambuco, que foi dado a conhecer o assassinado do garoto de 14 anos, Mário Andrade de Lima. A escolha deste fato se deu diante da repercussão que esse crime teve à época, já que um sargento reformado da Polícia Militar foi acusado de ter matado o adolescente, e pelos atos de justiça promovidos pela mãe e a sociedade civil para provar a inocência da vítima. Por meio de uma pesquisa na rede social Facebook, foi localizado o perfil de Joelma Lima, mãe do adolescente. Foi a partir desse canal que a comunicação aconteceu e, conversando-se sobre a proposta da grande reportagem, Joelma aceitou abrir as portas da casa dela e relatar a sua dor. Outro caso de homicídio, desta vez envolvendo criança, é a história da Menina sem nome, que, em 1970, foi morta. O assassinato teve grande repercussão no estado. Sendo assim, resolveu-se reportar este fato pela crença milagrosa que muitos recifenses atribuem à garota e também pelo local onde o crime aconteceu, já que foi no Pina, bairro bem próximo ao de Brasília Teimosa, onde situa-se a Tuma do Flau. Para a produção das imagens deste trabalho foram utilizadas as câmeras DSLR Nikon D5300, EOS 40d Canon, Sony Handycam Hdr Xr160, drone phantom 4 pto e por um iPhone 5s. Em muitas das entrevistas e em todas as passagens, os áudios foram coletados por meio do gravador de voz digital Sony Icd-Px 240, que precisou da utilização de um microfone de mão e lapela para ampliar a qualidade. A pós-produção deste projeto consistiu-se em decupar todo o material gravado. Foram analisadas as imagens para compor o trabalho e, a partir delas, começou-se a redigir o OFF. Foram transcritas as sonoras que fizeram parte da produção, para desenvolver melhor o texto da grande reportagem. Também foram concedidas imagens de arquivo da TV Jornal e TV JC, que ajudaram a embasar os casos de homicídios de crianças e adolescentes. O material escolhido para a edição rendeu quase 40 minutos. Foram feitos cortes para que atingisse o tempo máximo de até 25 minutos estabelecido pela instituição de ensino. Na ilha de edição, o software utilizado foi o Final Cut Pro X. O material finalizado ficou com 24 minutos e 55 segundos, com resolução de 1920x1080. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2"> </td></tr></table></body></html>