INSCRIÇÃO: 00292
 
CATEGORIA: JO
 
MODALIDADE: JO12
 
TÍTULO: Corpos e Armaduras que se preparam para uma Chuva de Bala
 
AUTORES: Luane Fernandes Costa (Universidade do Estado do Rio Grande do Norte); Daiany Ferreira Dantas (Universidade do Estado do Rio Grande do Norte); Maria Laiany Almeida Santiago (Universidade do Estado do Rio Grande do Norte); Amanda Veríssimo da Silva (Universidade do Estado do Rio Grande do Norte); Natanael da Silva Leão (Universidade do Estado do Rio Grande do Norte); Thayonara Izabel Gomes Filgueira (Universidade do Estado do Rio Grande do Norte); Laíse Holanda de Lira (Universidade do Estado do Rio Grande do Norte); Calianne Lima Celedonio (Universidade Federal do Ceará)
 
PALAVRAS-CHAVE: , , , ,
 
RESUMO
Esta produção foi desenvolvida ao longo da disciplina de Fotojornalismo, do curso de Comunicação Social – Jornalismo, da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), na qual os estudantes aprenderam teorias e técnicas fotográficas e as colocaram em prática através da cobertura fotográfica Corpos e armaduras que se preparam para uma Chuva de Bala. A produção consistiu em apresentar, através de uma série de fotografias, o espetáculo Chuva de Bala no País de Mossoró, que ocorre anualmente na cidade de Mossoró, no período junino. O espetáculo, genuinamente mossoroense, é um importante evento para a cidade, pois conta a história de resistência do povo mossoroense ao bando de Lampião, por meio de dança, música e arte, atraindo milhares de espectadores. Todo mês de junho o adro da Igreja de São Vicente se transforma em palco para recontar a história da resistência. Os estudantes tiveram acesso aos bastidores da peça, que ocorre dentro da igreja, local no qual o embate entre os cangaceiros e os mossoroenses ocorreu, onde as marcas de bala do acontecimento ainda podem ser vistas. Desse modo, toda a preparação dos artistas, como a sua caracterização e aquecimento para dar vida aos palcos do Chuva de Bala, puderam ser capturados durante a cobertura fotográfica. Além disso, diante de uma posição privilegiada, seja dentro dos bastidores ou nas proximidades do palco do Chuva de Bala, as fotografias feitas pelos estudantes apresentam momentos cruciais da peça, como a chegada de Lampião a cidade, a chuva de bala propriamente dita e a morte de Jararaca. A iluminação ficou por conta do espetáculo, de forma que toda a sua estrutura e cores foram preservadas. Os objetivos desta produção consistem em construir um ensaio em fotojornalismo que observa o trabalho de composição de atores populares num grande espetáculo de rua, atração central do São João da cidade de Mossoró, RN, em sua edição do ano de 2018. E, através da prática do jornalismo, ajudar a reconhecer e promover a relevância social e cultural do espetáculo Chuva de Balas no País de Mossoró para a região. Como os objetos centrais eram os atores e seu ritual de preparo, buscou-se capturar não somente os principais momentos da peça, como também os bastidores na igreja de São Vicente e entrevistas com alguns dos personagens. Além disso, este trabalho se propõe a servir como instrumento de aprendizagem dos alunos de fotojornalismo, estimulando também a criatividade individual, contribuindo para sua formação enquanto profissionais. Os métodos e técnicas utilizados neste trabalho se deram a partir do referencial teórico de Barthes (1980), em seu livro A Câmara Clara, um clássico da teoria fotográfica, e na observação das práticas de fotojornalismo. Ao fotografar o espetáculo Chuva de Bala no País de Mossoró, memoriza-se algo de grande valor cultural, a tradição que se criou em celebrar anualmente o passado de Mossoró através do teatro. A partir da aplicação dos conceitos teóricos e técnicos aprendidos no desenvolvimento da disciplina de Fotojornalismo, foi possível unir a teoria e a prática fotográfica, resultando em uma produção que capturou a história de resistência de um povo, a cultura e a arte local, onde, nas armaduras da arte e história, os corpos se preparam para mais uma chuva de balas.
 
INTRODUÇÃO
Para conceber este ensaio fotográfico, foram realizadas pesquisas exploratórias e qualitativas. Uma coleta de dados foi produzida através do método de entrevista com os principais atores da peça. Além disso, foi utilizado o referencial teórico apresentado na disciplina de Fotojornalismo, unindo a teoria a prática fotográfica. As fotografias foram capturadas com base em dois conceitos de Roland Barthes, o punctum e o studium. De acordo com Barthes: "Muitas fotos, infelizmente, permanecem inertes diante de meu olhar. Mas mesmo entre as que têm alguma existência a meus olhos, a maioria provoca em mim apenas um interesse geral e, se assim posso dizer, polido: nelas nenhum punctum: agradam-me ou desagradam-me sem me pungir: estão investidas somente de Studium [...]. O Studium é o campo muito vasto do desejo indolente, do interesse diversificado, do gosto inconseqüente" BARTHES, Roland. A Câmara Clara: nota sobre a fotografia. p. 47. (Nova Fronteira, 1984). Para Barthes, o studium tem caráter objetivo e representa exatamente o que a fotografia quer passar, seus signos e características ligadas ao contexto cultural e social da imagem. Já o punctum tem caráter subjetivo. Sua interpretação depende unicamente do seu observador, de suas referências pessoais. É aquele pequeno detalhe que toca emocionalmente o espectador, aquele ponto que lhe instiga na foto. Já que o nosso foco era o corpo dos atores em estado de preparação ou a postos e caracterizados, tivemos o desafio de trabalhá-los dentro dessas duas possibilidades. Em diálogo com os elementos históricos e o imaginário político da peça ou em estado de escape, preparando-se para o seu momento debaixo dos holofotes. A cobertura da peça também reforça a importância em conservar as memórias locais e auxiliar os alunos na prática do fotojornalismo. Durante esta produção, se fez presente a necessidade de capturar o trabalho de cada participante. Retratar a arte do ator é também prestar reverência à história e sentimento que se dedica ao teatro numa cidade periférica do Nordeste, pois: A fotografia é capaz de transmitir outros olhares através de seus recursos auxiliares (...) dando visibilidade a coisas que antes estariam ocultas. BENJAMIN, Walter. Magia e técnica, arte e política. p. 94. (Brasiliense, 1994). Logo, é preciso conhecer as técnicas fotográficas necessárias para se obter um melhor resultado daquilo que se deseja transmitir. Ao fazer a fotografia, as noções técnicas é o que garantirá ao fotógrafo uma aproximação entre seu objeto e seu desejo de como reproduzi-lo. Portanto, é possível chegar à conclusão de que "uma foto não é somente o resultado de uma impressão inicial de um objeto, mas também das propriedades particulares da câmera, da lente, da emulsão, da(s) fonte(s) de luz, do papel de reprodução, do banho de revelação, do método de secagem, etc. MACHADO, Arlindo. A Fotografia como Expressão do Conceito. p. 6. (Revista Studium 2, 2000). Desse modo, o ensaio fotográfico em questão possibilitou aos alunos aprimorar e explorar diferentes técnicas, num processo preparatório tanto para a cobertura fotográfica, quanto na presença silenciosa nos bastidores, na tentativa de capturar expressões e posturas espontâneas. Através da aprendizagem do fotojornalismo é possível também notar o elo entre a arte e a informação. Jorge Pedro Sousa defende que "como nos restantes tipos de jornalismo, a finalidade primeira do fotojornalismo, entendido de uma forma lata, é informar." SOUSA, Jorge. Fotojornalismo: Uma introdução à história, às técnicas e a linguagem da fotografia na imprensa. p. 8. (Porto, 2002). A fotografia favorece, então, uma relação entre a história do passado e sua representação. O dever do fotojornalismo com a realidade está também em reconhecer a relevância social e cultural deste espetáculo para a região. As fotografias relembram essa importância não só para os envolvidos no ensaio fotográfico, mas também para a cidade, pois é através delas que se pode perpetuar uma memória.
 
OBJETIVO
Os métodos e técnicas utilizados nesta produção buscam unir a teoria e a técnica da fotografia. Através da prática fotográfica, almejou-se também a análise e reflexão das imagens capturadas, visando a importância da interpretação teórica na linguagem do Fotojornalismo e nas técnicas para a composição fotográfica.਀ऀ倀愀爀愀 愀 挀漀渀猀琀爀甀漀 搀愀猀 椀洀愀最攀渀猀 昀漀椀 甀琀椀氀椀稀愀搀愀 愀 挀洀攀爀愀 䌀愀渀漀渀 㘀 搀Ⰰ 挀漀洀 氀攀渀琀攀 ㄀㜀ⴀ㈀  ⸀ 䄀 椀氀甀洀椀渀愀漀 昀椀挀漀甀 瀀漀爀 挀漀渀琀愀 搀漀 瀀爀瀀爀椀漀 攀猀瀀攀琀挀甀氀漀Ⰰ 瀀愀爀愀 焀甀攀 愀 挀漀氀漀爀愀漀 攀 漀猀 琀漀渀猀 搀愀 瀀攀愀 昀漀猀猀攀洀 挀愀瀀琀甀爀愀搀漀猀 搀愀 昀漀爀洀愀 洀愀椀猀 昀椀搀攀搀椀最渀愀 瀀漀猀猀瘀攀氀 攀 瀀愀爀愀 焀甀攀 渀漀 挀栀愀洀猀猀攀洀漀猀 愀琀攀渀漀 挀漀洀 漀 戀愀爀甀氀栀漀 搀攀 昀氀愀猀栀攀猀 渀愀猀 挀漀砀椀愀猀Ⰰ 椀洀瀀爀漀瘀椀猀愀搀愀猀 渀漀 椀渀琀攀爀椀漀爀 搀愀 椀最爀攀樀愀Ⰰ 瀀愀氀挀漀 瀀爀漀瘀椀猀爀椀漀 搀愀 瀀攀愀⸀ 伀 挀漀渀栀攀挀椀洀攀渀琀漀 琀攀爀椀挀漀 攀 琀挀渀椀挀漀 挀漀渀琀爀椀戀甀爀愀洀 瀀愀爀愀 椀洀愀最攀渀猀 焀甀攀 爀攀瘀攀氀愀洀 渀漀 愀瀀攀渀愀猀 甀洀愀 瀀攀愀 琀攀愀琀爀愀氀Ⰰ 洀愀猀 愀 挀甀氀琀甀爀愀Ⰰ 栀椀猀琀爀椀愀 攀 愀爀琀攀 愀氀椀 瀀爀攀猀攀渀琀攀猀⸀ Todo o processo de construção do ensaio foi realizado ao longo da disciplina, que se iniciou com a parte teórica, onde as alunas e os alunos debateram a fotografia como linguagem que identifica aspectos da realidade a partir do enquadramento. Partindo para a técnica no manuseio da câmera, lentes e seus dispositivos de controle de luz e velocidade. Até às técnicas de composição, tais como a simetria, assimetria, a regra dos terços e o uso da perspectiva.਀ऀ䘀漀爀愀洀 搀椀瘀椀搀椀搀愀猀 攀焀甀椀瀀攀猀 焀甀攀 猀攀 漀挀甀瀀愀爀愀洀 搀愀 挀漀渀猀琀爀甀漀 搀攀 瀀愀甀琀愀猀Ⰰ 攀猀挀爀椀琀愀 搀漀猀 琀攀砀琀漀猀 搀攀猀挀爀椀琀椀瘀漀猀 攀 攀渀琀爀攀瘀椀猀琀愀猀 搀攀 瀀攀爀昀椀氀Ⰰ 瀀爀漀搀甀漀 搀漀猀 爀攀琀爀愀琀漀猀 攀 挀漀戀攀爀琀甀爀愀 搀漀 攀猀瀀攀琀挀甀氀漀Ⰰ 挀漀洀 愀挀攀猀猀漀 愀漀猀 戀愀猀琀椀搀漀爀攀猀 攀 愀漀 攀猀瀀愀漀 搀攀猀琀椀渀愀搀漀  椀洀瀀爀攀渀猀愀⸀ 倀漀爀 昀椀洀Ⰰ 漀 挀漀渀栀攀挀椀洀攀渀琀漀 琀攀爀椀挀漀 攀 琀挀渀椀挀漀 昀漀爀愀洀 愀瀀氀椀挀愀搀漀猀 渀愀 挀愀瀀琀甀爀愀 搀愀猀 椀洀愀最攀渀猀 搀愀 瀀攀愀⸀ A professora solicitou que o ensaio fosse pensado em três atos: corpos em preparação: momento em que os atores estariam concentrados antes da peça; corpos em armadura: o instante do palco e corpos e gestos: exibindo a diversidade de atores que participam da peça, destacando um objeto de sua indumentária. As três partes eram compostas também por textos descritivos, sendo a terceira ilustrada por entrevistas de perfil.਀ऀ一漀 昀椀渀愀氀 搀愀 搀椀猀挀椀瀀氀椀渀愀Ⰰ 昀漀爀愀洀 猀攀氀攀挀椀漀渀愀搀愀猀 㐀㜀 昀漀琀漀最爀愀昀椀愀猀 爀攀愀氀椀稀愀搀愀猀 搀甀爀愀渀琀攀 漀猀 琀爀猀 愀琀漀猀Ⰰ 瀀爀漀搀甀稀椀搀愀猀 瀀攀氀漀猀 漀氀栀愀爀攀猀 昀漀琀漀最爀昀椀挀漀猀 搀漀猀 攀猀琀甀搀愀渀琀攀猀 搀攀 䨀漀爀渀愀氀椀猀洀漀 愀漀 氀漀渀最漀 搀漀 攀猀瀀攀琀挀甀氀漀Ⰰ 猀攀甀猀 戀愀猀琀椀搀漀爀攀猀 攀 漀 洀漀洀攀渀琀漀 搀攀 攀渀琀爀攀瘀椀猀琀愀 挀漀洀 漀猀 愀琀漀爀攀猀Ⰰ 焀甀攀 爀攀瀀爀攀猀攀渀琀愀洀 愀 愀爀琀攀 琀攀愀琀爀愀氀 攀洀 猀甀愀 昀漀爀洀愀 洀愀椀猀 挀爀甀愀Ⰰ 愀 栀椀猀琀爀椀愀 攀 爀攀猀椀猀琀渀挀椀愀 搀漀 瀀漀瘀漀 洀漀猀猀漀爀漀攀渀猀攀⸀  Essa produção fotográfica permitiu que os graduandos de jornalismo vivenciassem o espetáculo Chuva de Bala de forma intimista, sentindo a proximidade que bastidores proporcionam, com a montagem dos atores, treinos vocais, alongamentos. Durante o espetáculo, puderam ver de perto a representação teatral anual mais esperada da cidade do ponto de vista que cabe à imprensa, vivenciando uma cobertura fotojornalística de grande contribuição para a sua formação profissional. ਀ऀ䐀攀猀猀愀  昀漀爀洀愀Ⰰ 漀 爀攀氀愀琀漀 昀漀琀漀最爀昀椀挀漀 挀爀椀愀 甀洀愀 氀椀渀栀愀 攀渀琀爀攀 瀀愀猀猀愀搀漀 攀 瀀爀攀猀攀渀琀攀Ⰰ  瀀漀猀猀椀戀椀氀椀琀愀渀搀漀 愀漀猀 攀猀琀甀搀愀渀琀攀猀 甀洀愀 愀瀀爀漀砀椀洀愀漀 琀愀渀琀漀 挀漀洀 漀 昀漀琀漀樀漀爀渀愀氀椀猀洀漀 焀甀愀渀琀漀  猀甀愀 栀椀猀琀爀椀愀 爀攀最椀漀渀愀氀⸀ “Quando poderosas, as imagens fotográficas conseguem evocar o acontecimento representado (...) e a sua atmosfera.” SOUSA, Jorge. Fotojornalismo: Uma introdução à história, às técnicas e a linguagem da fotografia na imprensa. p. 8. (Porto, 2002). ਀ऀ䄀琀爀愀瘀猀 搀漀猀 挀漀渀栀攀挀椀洀攀渀琀漀猀 琀攀爀椀挀漀猀 攀 琀挀渀椀挀漀猀 搀攀猀攀渀瘀漀氀瘀椀搀漀猀 愀漀 氀漀渀最漀 搀愀 搀椀猀挀椀瀀氀椀渀愀 搀攀 昀漀琀漀樀漀爀渀愀氀椀猀洀漀Ⰰ 昀漀椀 瀀漀猀猀瘀攀氀 焀甀攀 漀猀 愀氀甀渀漀猀 甀猀愀猀猀攀洀 愀猀 琀挀渀椀挀愀猀 愀瀀爀攀渀搀椀搀愀猀 瀀愀爀愀 搀攀猀挀漀戀爀椀爀 渀愀 昀漀琀漀最爀愀昀椀愀 愀 挀愀瀀愀挀椀搀愀搀攀 搀攀 挀漀洀瀀漀爀 爀攀最椀猀琀爀漀猀 搀椀最渀漀猀 搀攀 爀攀瀀漀爀琀愀最攀洀Ⰰ 搀漀琀愀搀漀猀 搀攀 氀椀渀最甀愀最攀洀 攀 挀漀渀琀愀渀搀漀 甀洀愀 栀椀猀琀爀椀愀 瘀漀氀琀愀搀愀 瀀愀爀愀 漀 洀愀最渀攀琀椀猀洀漀 搀漀猀 愀琀漀爀攀猀 攀 愀琀爀椀稀攀猀 搀漀 䌀栀甀瘀愀 搀攀 䈀愀氀愀⸀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀☀渀戀猀瀀㬀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀㰀猀瀀愀渀 猀琀礀氀攀㴀∀挀漀氀漀爀㨀 ⌀戀挀㄀㔀㈀ ∀㸀㰀戀㸀䨀唀匀吀䤀䘀䤀䌀䄀吀䤀嘀䄀㰀⼀戀㸀㰀⼀猀瀀愀渀㸀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀 眀椀搀琀栀㴀∀㤀 ─∀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀ 愀氀椀最渀㴀∀樀甀猀琀椀昀礀∀㸀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀☀渀戀猀瀀㬀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀㰀猀瀀愀渀 猀琀礀氀攀㴀∀挀漀氀漀爀㨀 ⌀戀挀㄀㔀㈀ ∀㸀㰀戀㸀䴀준吀伀䐀伀匀 䔀 吀준䌀一䤀䌀䄀匀 唀吀䤀䰀䤀娀䄀䐀伀匀㰀⼀戀㸀㰀⼀猀瀀愀渀㸀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀 眀椀搀琀栀㴀∀㤀 ─∀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀ 愀氀椀最渀㴀∀樀甀猀琀椀昀礀∀㸀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀☀渀戀猀瀀㬀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀㸀ऀ㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀㰀猀瀀愀渀 猀琀礀氀攀㴀∀挀漀氀漀爀㨀 ⌀戀挀㄀㔀㈀ ∀㸀㰀戀㸀䐀䔀匀䌀刀䤀윀쌀伀 䐀伀 倀刀伀䐀唀吀伀 伀唀 倀刀伀䌀䔀匀匀伀㰀⼀戀㸀㰀⼀猀瀀愀渀㸀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀 眀椀搀琀栀㴀∀㤀 ─∀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀ 愀氀椀最渀㴀∀樀甀猀琀椀昀礀∀㸀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀☀渀戀猀瀀㬀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀㰀猀瀀愀渀 猀琀礀氀攀㴀∀挀漀氀漀爀㨀 ⌀戀挀㄀㔀㈀ ∀㸀㰀戀㸀䌀伀一匀䤀䐀䔀刀䄀윀픀䔀匀㰀⼀戀㸀㰀⼀猀瀀愀渀㸀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀 眀椀搀琀栀㴀∀㤀 ─∀㸀ऀ㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀ 愀氀椀最渀㴀∀樀甀猀琀椀昀礀∀㸀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀☀渀戀猀瀀㬀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀㰀猀瀀愀渀 猀琀礀氀攀㴀∀挀漀氀漀爀㨀 ⌀戀挀㄀㔀㈀ ∀㸀㰀戀㸀刀䔀䘀䔀刀쨀一䌀䤀䄀匀 䈀䤀䈀䰀䤀伀䜀刀섀䤀䌀䄀匀㰀⼀戀㸀㰀⼀猀瀀愀渀㸀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀 眀椀搀琀栀㴀∀㤀 ─∀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀ऀ㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀⼀琀愀戀氀攀㸀㰀⼀戀漀搀礀㸀㰀⼀栀琀洀氀㸀