ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XXI CONGRESSO DE CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO NA REGIÃO NORDESTE</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span style="color: #bc1520"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;00342</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #bc1520"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;PT</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #bc1520"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;PT11</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #bc1520"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;Recantar Caruaru: produção transmídia de conteúdos para TV Pernambuco</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #bc1520"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Natália Barbosa Ribeiro (UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO); Rayanne Elisã da Silva Santos (UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO); Carla da Silva Nogueira (UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO); Pedro Feillipe da Silva (UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO); Luis Enrique Lopes do Nascimento (UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO); Hanna Giovanna Amorim Rocha Aragão (UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO); Luiz Claudio Ribeiro Sales Fonsêca (UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO); Gabriella Paiva Ambrósio Guimarães (UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #bc1520"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;, , , , </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A canção popular é uma das formas artísticas que mais despertam a identificação e o engajamento afetivo do público. Desde o advento da MTV, na década de 1980, o videoclipe se dissemina como meio de divulgação da canção popular, que passa a ser consumida também como produto audiovisual. Hoje, em qualquer estratégia de lançamento de uma nova canção, o videoclipe, seja ele de uma performance ao vivo ou produzido em estúdio, desempenha um papel central. É notório que a relação do público com a música no contemporâneo passa necessariamente pelo audiovisual, o que torna a música uma grande parceira em potencial para a TV do século XXI. Neste século, tem sido observado o avanço das mídias digitais e também o processo de adaptação dos meios de comunicação tradicionais. A televisão mudou consideravelmente, não apenas em aspectos técnicos com o processo de digitalização, mas também a partir das demandas da cultura da convergência. Com esse termo, Jenkins (2008) estuda o conteúdo que circula por múltiplos suportes e mercados midiáticos, considerando o comportamento do público, que utiliza diversos canais em busca de novas experiências de entretenimento. O autor ressalta outros dois importantes princípios: o da inteligência coletiva e o da cultura participativa. A inteligência coletiva está relacionada à nova forma de consumo, que se tornou um processo conjunto e pode ser considerada uma nova fonte de poder. Já a expressão cultura participativa serve para caracterizar o comportamento do consumidor midiático contemporâneo. A cultura participativa seria, portanto, o cenário e o conjunto variado de possibilidades abertas aos consumidores de maior acesso, produção e circulação de conteúdos midiáticos, a partir da digitalização e convergência dos meios (FECHINE et al., 2013). No Brasil, a TV tem desenvolvido estratégias para se manter atrativa para os consumidores. A principal alternativa encontrada é o lançamento de conteúdos em múltiplas plataformas de mídias. Esse novo modelo televisivo consiste em uma produção transmídia, ditado, portanto, pela articulação dos conteúdos da programação com outros disponibilizados em outros meios de comunicação. No primeiro semestre do ano passado, de olho nesse movimento, a TV Pernambuco, uma empresa pública de comunicação, lançou, por meio da Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia do Estado de Pernambuco (Facepe), o edital 03/2018 "TV digital, novas mídias e inovação na comunicação pública". O objetivo era apoiar, com cotas de bolsas, a participação de pesquisadores doutores das universidades públicas e privadas, sem fins lucrativos, sediadas no estado, em projetos de pesquisa e desenvolvimento tecnológico de novas formas de integração entre os canais públicos da Empresa Pernambuco de Comunicação S.A. (EPC), sede em Caruaru-PE, que visem produzir estudos, experimentos, ferramentas e soluções para a integração entre os canais públicos da TVPE, em fase de digitalização, o Portal da EPC na Internet, e a produção independente de conteúdo, com vistas à estruturação de novas iniciativas de democratização do direito à comunicação e negócios inovadores na região e no estado. Lançado o edital, os professores curso de Comunicação Social do Núcleo de Design e Comunicação do Centro Acadêmico do Agreste da Universidade Federal de Pernambuco Rodrigo Barbosa, Amilcar Bezerra e Diego Gouveia submeteram o projeto "Crônicas musicais de Caruaru: produção participativa de conteúdos para TV Pernambuco a partir da integração de canais de comunicação". A proposta foi aceita e, diante disso, o projeto de pesquisa problematizou como uma iniciativa, em uma pesquisa ação, envolvendo música, memória e cultura caruaruense poderia ser desenvolvido na TV Pernambuco a partir de estratégias transmídias e estímulo à cultura participativa. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O modelo televisivo de produção transmídia, ditado pela articulação dos conteúdos da programação com outros disponibilizados em outros meios de comunicação, começa a ser descrito por Jenkins (2008), a partir da identificação na TV norte-americana, sobretudo, das chamadas transmedia storytelling ou narrativas transmídias. Adotamos aqui a mesma perspectiva da Equipe do Observatório Ibero-americano da Ficção Televisiva Brasil/UFPE para quem a transmidiação é: [...] um modelo de produção orientado pela distribuição em distintas mídias e plataformas tecnológicas de conteúdos associados entre si e cuja articulação está ancorada em estratégias e práticas interacionais propiciadas pela cultura participativa estimulada pela digitalização e convergência dos meios (FECHINE et. al., 2013, p. 26). A comunicação pública tem como principal característica a busca pela independência de governos e mercados. Diferentemente de empresas de mídias privadas, as públicas são coordenadas por organizações da sociedade civil e se propõem a estimular debates e reflexões que contribuam para a valorização da diversidade social. Ela também não é sinônimo de mídia estatal, visto que esta responde diretamente a interesses dos governos aos quais está vinculada. Sendo uma empresa pública de comunicação, a TV Pernambuco tem na transmidiação a oportunidade de aumentar o alcance de seus conteúdos, além de permitir a participação direta da sociedade na produção de conteúdo. A proposição de um projeto como este em uma empresa pública de comunicação tem um diferencial. Além de não haver um forte engajamento para geração de lucro como nas comerciais, um meio público de comunicação trata dos processos de comunicação realizados pela sociedade civil organizada, Estado, governo e terceiro setor, com foco no interesse público, na formação de uma sociedade cidadã e democrática, em encurtar distâncias sociais, reduzindo as diferenças e em ampliar a capacidade analítica individual em prol do coletivo. Esse modelo cria uma atenuação das fronteiras entre o público e o privado, abre espaço para a atuação da sociedade e de suas organizações em áreas tidas até então como exclusivas do Estado e exige dos cidadãos uma postura atuante, crítica e responsável. Contribui, dessa forma, para uma perspectiva que preza pela democratização da comunicação e contribui para efetivação do direito humano à comunicação, entendido não apenas como a possibilidade de receber conteúdos, mas também de produzir e interferir na produção. Caruaru cantada em versos É difícil encontrar alguém que nunca tenha ouvido os seguintes versos: "A feira de Caruaru/ Faz gosto da gente ver/ De tudo que há no mundo/ Nela tem pra vender/ Na feira de Caruaru/ Tem massa de mandioca/ Batata assada/ Tem ovo cru...". Consagrada na voz de Luiz Gonzaga, "A Feira de Caruaru" ganhou o mundo contando histórias sobre uma das mais conhecidas feiras do mundo. No entanto, não é apenas essa canção que fala sobre a cidade. Onildo Almeida, compositor da referida música, fez muitas outras ressaltando as belezas da terra. Mas não é apenas de forró que a cidade vive. Hoje, a cena musical do Agreste atravessa uma excelente fase, com talentosas revelações de peso, a exemplo de Almério Feitosa, Isabela Moraes, Gabi da Pele Preta, Rogéria, Valdir Santos e outros artistas que vêm despontando nacionalmente. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Após aprovação do projeto, os professores Rodrigo Barbosa e Amilcar Bezerra ofereceram, no semestre 2018.2, a disciplina Projetos de Comunicação Integrada. A turma contou com 25 estudantes do curso de Comunicação Social. O objetivo da disciplina foi formar os alunos para o desenvolvimento de estratégias e ações de comunicação integrada, percebendo a importância da mixagem de ferramentas, plataformas e linguagens de forma estratégica. Desde o mês de agosto, então, os discentes se envolveram no projeto elaborado para a EPC. A metodologia de execução empregada para realização da iniciativa esteve centrada nas rotinas de produção de conteúdos audiovisuais nos meios de comunicação, passando pelas reuniões de equipe com planejamento das atividades, produção dos conteúdos e dos materiais audiovisuais, incluindo agendamento com artistas, locais e equipamentos para filmagem, edição e divulgação dos produtos audiovisuais. O projeto que tinha nome inicial "Crônicas musicais de Caruaru" foi alterado uma vez que já era o nome do álbum gravado por Carlos Fernando. Assim, em sala de aula foi realizado um grande brainstorm e o nome escolhido para o projeto foi Recantar Caruaru. O nome representa a relação da memória afetiva de relembrar os grandes momentos de vivência das pessoas, da cidade e suas músicas e que agora seriam recantadas em uma nova roupagem. No dia 12 de setembro de 2018, alunos e professores ocuparam as ruas de Caruaru com cartazes e equipamentos de filmagem para conversar com moradores e gravar depoimentos. O objetivo dessa ação foi justamente o de pesquisar possíveis personagens para o projeto e que seriam então levados posteriormente para gravar entrevistas no estúdio de gravação. Logo depois desse dia, foram criados os perfis do Recantar Caruaru no Facebook (facebook.com/recantarcaruaru), Instagram (@recantarcaruaru). Nessas redes sociais, foram lançados os vídeos promocionais chamando as pessoas para contarem sua relação com as músicas que falam sobre Caruaru. Determinados os personagens, o passo seguinte foi agendar as gravações com artistas e moradores. A Vertigo emprestou os equipamentos para gravação, que foram conduzidas por professores e alunos. Foram produzidos mais de 10 interprogramas, que vão ser liberados ao longo da programação da TVPE durante o aniversário da cidade, dia 18 de maio. Os interprogramas têm entre 2' e 4' e serão veiculados em intervalos comerciais da TV Pernambuco. Eles constituem o produto principal proposto pelo projeto Recantar Caruaru a partir do qual os demais conteúdos são planejados em postados em múltiplas plataformas. Enquanto isso, as redes sociais do Recantar Caruaru permanecem com atualizações sobre a memória da cidade, sobre músicas que falam da cidade, chamadas para os interprogramas e trechos de depoimentos, numa proposta transmídia de lançamento e desdobramento de conteúdos em múltiplas plataformas. O site foi desenvolvido para comportar informações sobre a iniciativa, além dos interprogramas, entrevistas adicionais, conteúdos enviados pelos usuários. No site é possível visitar cada ponto da cidade a partir de um mapa interativo, ler sobre a história do local e da música e ver comparativos entre fotos antigas e atuais da cidade. Pensando na interação principalmente a partir de smartphones também implementamos a possibilidade de enviar comentários em formato de áudio e incentivando os visitantes a enviarem as suas histórias para o site. Uma das estratégias para interação direta com a população foi a distribuição de cartazes, contendo um QR code nas ruas abordando um pouco da história, com o objetivo de permitir o acesso das pessoas, através de seus celulares, para o site do projeto contendo vídeos e conteúdos adicionais relacionados à rua onde o cartaz está anexado. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2"> </td></tr></table></body></html>